O Parlamento Europeu (PE) aprovou recentemente um Relatório sobre a Regiões Ultraperiféricas (RUP), elaborado por Nuno Teixeira, eurodeputado do PSD.
O Relatório contém um conjunto de aspetos positivos que foram valorizados pelos eurodeputados do PCP como sejam: o tratamento diferenciado das RUP, a crítica à proposta da Comissão de diminuição (40%) das verbas do Fundo de Coesão e FEDER e a defesa de uma taxa de cofinanciamento de 85% para todos os instrumentos de apoio, de entre outros aspetos indiscutíveis, todavia, o Relatório enforma de algumas lacunas que, pela importância que têm, designadamente para os Açores, motivaram a abstenção dos eurodeputados do PCP. Um Relatório do PE sobre as RUP que não alude às questões da salvaguarda da produção, como seja a questão das quotas, ou que deixa em branco a reivindicação da gestão, pelos Açores, das 200 milhas não poderia ter o apoio acrítico dos eurodeputados do PCP.
O calor que se faz sentir em Ponta Delgada e o ambiente pré eleitoral, à qual se aduz, ainda, uma estranha necessidade do CDS/PP de assestar baterias sobre o PCP Açores levou o eurodeputado, Nuno Melo, do CDS/PP, a referenciar a abstenção dos eurodeputados do PCP na votação do referido Relatório sem que, porém, tivesse referido os aspetos que levaram a tal tomada de posição.
Quem terá de explicar ao Povo Açoriano a aprovação acrítica do Relatório, do eurodeputado Nuno Teixeira do PSD, será o CDS/PP pois, como se pode constatar pela declaração de voto dos eurodeputados do PCP apesar, dos aspetos positivos do Relatório ficaram por acautelar questões tão importantes como: a salvaguarda da produção regional, designadamente a fileira do leite e a reivindicação regional da gestão dos mares dos Açores.
Para o PCP a defesa da autonomia e a defesa dos interesses dos Açores não se constituem como uma corrida, são um imperativo regional assumido por quem não se verga a imposições externas.
O PCP Açores ao contrário do que Nuno Melo afirmou não reclama estar "na linha da frente da defesa da região autónoma", o PCP Açores assume a defesa da autonomia regional como um desígnio nacional que a Revolução de Abril consagrou e não troca a sua sustentabilidade política e económica por um punhado de amendoins.
O eurodeputado do CDS/PP, Nuno Melo, veio aos Açores cometer um pecado por omissão. Pecados são pecados e tratando-se de um “democrata cristão” é caso para dizer que a penitência terá de ser, forçosamente, redobrada e que dificilmente conseguirá ser absolvido pelo Povo Açoriano.
Ponta Delgada, 24 de abril de 2012
O Relatório contém um conjunto de aspetos positivos que foram valorizados pelos eurodeputados do PCP como sejam: o tratamento diferenciado das RUP, a crítica à proposta da Comissão de diminuição (40%) das verbas do Fundo de Coesão e FEDER e a defesa de uma taxa de cofinanciamento de 85% para todos os instrumentos de apoio, de entre outros aspetos indiscutíveis, todavia, o Relatório enforma de algumas lacunas que, pela importância que têm, designadamente para os Açores, motivaram a abstenção dos eurodeputados do PCP. Um Relatório do PE sobre as RUP que não alude às questões da salvaguarda da produção, como seja a questão das quotas, ou que deixa em branco a reivindicação da gestão, pelos Açores, das 200 milhas não poderia ter o apoio acrítico dos eurodeputados do PCP.
O calor que se faz sentir em Ponta Delgada e o ambiente pré eleitoral, à qual se aduz, ainda, uma estranha necessidade do CDS/PP de assestar baterias sobre o PCP Açores levou o eurodeputado, Nuno Melo, do CDS/PP, a referenciar a abstenção dos eurodeputados do PCP na votação do referido Relatório sem que, porém, tivesse referido os aspetos que levaram a tal tomada de posição.
Quem terá de explicar ao Povo Açoriano a aprovação acrítica do Relatório, do eurodeputado Nuno Teixeira do PSD, será o CDS/PP pois, como se pode constatar pela declaração de voto dos eurodeputados do PCP apesar, dos aspetos positivos do Relatório ficaram por acautelar questões tão importantes como: a salvaguarda da produção regional, designadamente a fileira do leite e a reivindicação regional da gestão dos mares dos Açores.
Para o PCP a defesa da autonomia e a defesa dos interesses dos Açores não se constituem como uma corrida, são um imperativo regional assumido por quem não se verga a imposições externas.
O PCP Açores ao contrário do que Nuno Melo afirmou não reclama estar "na linha da frente da defesa da região autónoma", o PCP Açores assume a defesa da autonomia regional como um desígnio nacional que a Revolução de Abril consagrou e não troca a sua sustentabilidade política e económica por um punhado de amendoins.
O eurodeputado do CDS/PP, Nuno Melo, veio aos Açores cometer um pecado por omissão. Pecados são pecados e tratando-se de um “democrata cristão” é caso para dizer que a penitência terá de ser, forçosamente, redobrada e que dificilmente conseguirá ser absolvido pelo Povo Açoriano.
Ponta Delgada, 24 de abril de 2012
Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 25 de abril de 2012, Angra do Heroísmo
De facto o actual PP (o CDS já não existe) é o cavalo de troyka na estratégia centralista de Lisboa para pôr os Açores de joelho.
ResponderEliminarPara além de cavaquistas, são um partido verdadeiramente anti-social!