tag:blogger.com,1999:blog-73584690858273156002024-03-15T23:01:40.332-01:00momentospedaços, registos, instantes, olhares, notas à soltaAníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.comBlogger2781125tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-1750991716614184182024-03-12T23:51:00.007-01:002024-03-13T16:48:05.035-01:00Abril é mais futuro<p><span></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; font-size: x-large; font-weight: bold;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Lrqjl_JFhmSaPJC02bep15F7kzoS9kUShzrQDXc4BCg4fTXC7dL4xkNOEOBcg-KTH8tijPP4fikWsYBdnr0rfWp_H4TKryJQD_AAuS6W2MZjqfyval7Z05eLILJWaOusP7kZH95U1Ohy7i3k5uliQYA6_KN92TtTm9dp8EN8hT8Fdt5N3uSXHFCZYhA/s707/cravo2.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="707" data-original-width="706" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Lrqjl_JFhmSaPJC02bep15F7kzoS9kUShzrQDXc4BCg4fTXC7dL4xkNOEOBcg-KTH8tijPP4fikWsYBdnr0rfWp_H4TKryJQD_AAuS6W2MZjqfyval7Z05eLILJWaOusP7kZH95U1Ohy7i3k5uliQYA6_KN92TtTm9dp8EN8hT8Fdt5N3uSXHFCZYhA/s320/cravo2.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Madalena Pires</span></b></td></tr></tbody></table><span>Texto publicado na edição especial de <b><a href="https://drive.google.com/file/d/1g0Zpg11WBcvvPTqUPUmHpc6qFWD5Za1K/view" target="_blank">"O Barbilho"</a></b> que assinala o cinquentenário do 25 de Abril</span><p></p><p><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></p><p><b><span style="font-size: large;">Construção embargada - Abril é mais futuro</span></b></p><p><br /></p><div style="text-align: left;"><div style="text-align: left;"><b style="font-size: small;">futuro adiado</b></div><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: left;"><br /></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">não é este o futuro</span></div><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: left;">que as portas de Abril abriram</div><div style="text-align: left;">este é o presente</div><div style="text-align: left;">fechado em novembro</div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;"><b>In "Esperança Velha e outros poemas", Aníbal C. Pires, Letras Lavadas, 2020</b></span></div></div><p style="text-align: right;"><br /></p><p style="text-align: left;"><b><span style="font-size: x-large;">“A</span></b>bril” é uma quimera por cumprir que habita o sonho dos portugueses que mantêm bem viva a esperança num país novo. Um país mais justo, mais fraterno, mais livre. “Abril” é a utopia que nutre a luta e a caminhada que se iniciou no dia, em que felizes rolaram livres as lágrimas na face de um povo oprimido.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">F</span></b>alar do 25 de Abril e da Constituição, que consagrou os principais valores de Abril, não significa falar do passado ou assinalar as correspondentes efemérides, por mais importante e significativo que isso seja. Falar da Revolução de Abril, comemorar “Abril”, é falar do presente e projetar o futuro.</p><p><span style="font-size: x-large;"><b>A</b></span> Liberdade, a Democracia, a Justiça Social, a Paz e a Soberania conquistadas, em 1974, pelo Povo Português foram consagradas na Constituição da República, aprovada a 2 de Abril de 1976, uma das mais avançadas e progressistas do século XX, projetando os valores da Revolução de Abril, reconhecendo e dando suporte aos direitos, conquistas e às profundas transformações e mudanças que foram protagonizadas pelo Povo Português. Apesar das distorções que as sucessivas revisões constitucionais introduziram ao texto inicial, a Constituição continua a ser um suporte fundamental e indispensável na regulação da nossa vida democrática, e o garante de importantes direitos políticos, económicos sociais e culturais dos trabalhadores e do povo.</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgz-0MA1o20hOlkjdYYFjG3abojevJxNegOgXt_XeDMvgKrJB3bSADHYrhgxoYF3MNFTe3iKN1kX0R-oonk2rWr6529vorZAjNC-Hu05dSCKWYTMeE__mCQB17xOGho1WOBPsaDvJtgDQ956k78KQvhtmWk3LcYSdfXpes9fDJ5DfJX1P8cDEYgIvPPUA/s1500/CRP.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1500" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgz-0MA1o20hOlkjdYYFjG3abojevJxNegOgXt_XeDMvgKrJB3bSADHYrhgxoYF3MNFTe3iKN1kX0R-oonk2rWr6529vorZAjNC-Hu05dSCKWYTMeE__mCQB17xOGho1WOBPsaDvJtgDQ956k78KQvhtmWk3LcYSdfXpes9fDJ5DfJX1P8cDEYgIvPPUA/s320/CRP.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> Constituição assume um conceito holístico de democracia. A democracia por inteiro tem de ser política, económica, social e cultural. Na Constituição inscrevem-se os direitos dos trabalhadores como intrínsecos à democracia, desde os direitos sindicais aos direitos laborais e à justiça, à segurança no emprego, a uma redistribuição mais justa da riqueza com a efetivação do direito a salários mais justos, a horários de trabalho mais dignos. Nela se expressa o direito ao trabalho para todos e a execução de políticas económicas de pleno emprego. Nela se reconhece às mulheres o direito à igualdade no trabalho, na família e na sociedade e importantes direitos às crianças, aos jovens, aos reformados e aos cidadãos com deficiência. Nela se proclama a exigência da subordinação do poder económico ao poder político e a incumbência ao Estado de dar prioridade às políticas económicas e de desenvolvimento que assegurem o aumento do bem-estar social, a qualidade de vida das pessoas, a justiça social e a coesão económica e social de todo o território nacional. Nela estão consignadas as obrigações do Estado em relação a domínios tão importantes como os da educação e do ensino, da saúde, da segurança social, da cultura. Nela subsistem princípios fundamentais para a organização do Estado, como a independência dos tribunais e a autonomia do Ministério Público, mas também a autonomia do Poder Local democrático e consagrou a histórica aspiração dos Povos Insulares à Autonomia. Nela se estipulam os princípios que devem nortear as relações internacionais e pelas quais Portugal se deve reger – da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos e da não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, o desarmamento e a dissolução dos blocos militares.<p></p><p><span style="font-size: x-large;"><b>A</b></span>pesar de “novembro” e das sucessivas revisões a Constituição da República Portuguesa consagra, ainda, o essencial do projeto político procedente da Revolução de Abril. No presente defender “Abril” é defender a Constituição e exigir o seu cumprimento.</p><p><br /></p><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><b style="font-size: small;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1NMipaMQ00q_Qb8HIZR5Te_KJbYQSbl3WrjE0Eu1gm1AVYZ8WekkhuhSvz2iEYCVTUz1Oi82dpyUOzMlrxM4n_9k5A50sOqBGZ_DRcMTKw1sa-R1OYiglNcAAxvqzwVJS32A92QJkJRBgJQGnz3MJPXgarwbOOFx4iI54WuMgl-I1UBdcNjnSN-OsDBQ/s512/cravo1.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="151" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1NMipaMQ00q_Qb8HIZR5Te_KJbYQSbl3WrjE0Eu1gm1AVYZ8WekkhuhSvz2iEYCVTUz1Oi82dpyUOzMlrxM4n_9k5A50sOqBGZ_DRcMTKw1sa-R1OYiglNcAAxvqzwVJS32A92QJkJRBgJQGnz3MJPXgarwbOOFx4iI54WuMgl-I1UBdcNjnSN-OsDBQ/s320/cravo1.jpg" width="94" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><b>foto Aníbal C. Pires</b></span></td></tr></tbody></table><br />do 25 de Abril</b></div><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: right;"> </div><div style="text-align: right;">abril é</div><div style="text-align: right;">um amor que resiste </div><div style="text-align: right;">uma construção embargada </div><div style="text-align: right;">uma lágrima de alegria</div><div style="text-align: right;">uma poesia por recitar</div><div style="text-align: right;"><br /></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;">abril não é</span></div><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: right;">passado</div><div style="text-align: right;">abril é</div><div style="text-align: right;">futuro</div><div style="text-align: right;">abril é</div><div style="text-align: right;">um sonho por cumprir</div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: xx-small;"><b>In “Esperança Velha e Outros Poemas”, Aníbal C. Pires, Letras Lavadas, 2020</b></span></div></div><p style="text-align: right;"><br /></p><p style="text-align: left;"><br /></p><p><br /></p><p>Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 12 de novembro de 2023</p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-71271779640598944912024-03-12T00:11:00.004-01:002024-03-12T00:11:40.880-01:00nota breve<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg21iDyd7eEhre2XtdjpcXyECC2N2DGKIJSO3QO-AJbazg8nuAzKFRP5fRp9OZtouOXFw0UVxGDp2OL3lDghfLwWW0kJmZcR8_oQMOtb24zMKqF1ORFe6DyXW5Z-1JPBE7Z7af2RsGXO1NxIh52i-iX6yibH5Y8Y96UO4qJidbnF74_y4h4nOtw1LjccMY/s300/antinazi.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg21iDyd7eEhre2XtdjpcXyECC2N2DGKIJSO3QO-AJbazg8nuAzKFRP5fRp9OZtouOXFw0UVxGDp2OL3lDghfLwWW0kJmZcR8_oQMOtb24zMKqF1ORFe6DyXW5Z-1JPBE7Z7af2RsGXO1NxIh52i-iX6yibH5Y8Y96UO4qJidbnF74_y4h4nOtw1LjccMY/s1600/antinazi.jpg" width="300" /></a></div>As eleições em Portugal foram ganhas pela opinião mediática.<p></p><p>A construção mediática do resultado só foi possível pela elevada iliteracia política e funcional que carateriza os portugueses. Não terá sido só, outras razões se poderão aduzir a estas, mas por agora fica apenas este registo.</p><p>Os mais desprendidos ou pragmáticos dirão que é a democracia a funcionar, eu direi que não. O que funcionou foi a moldagem e a manipulação do pensamento que os “donos do mundo” promovem e financiam, ao qual se pode associar a ressuscitação de bolorentos pensamentos salazaristas aos quais os portugueses continuam a aderir.</p><p>Vi por aí escrito, algures numa rede social, que os eleitores deram esta dimensão à extrema-direita, mas não professam ideais fascistas. Eu tenho as minhas dúvidas, o voto pode até ter sido de protesto, mas foi também um voto de identificação. Se assim não fosse o protesto teria sido distribuído pela ampla oferta de opções eleitorais para além dos partidos alternantes no poder em Portugal.</p><p>Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 11 de março de 2024</p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-84751893461406059952024-03-08T00:30:00.001-01:002024-03-08T00:30:00.268-01:00dia da Mulher<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3G9NOEEnqE_G1R7N-QvkXLyqFvXWdNun-Dbk83D9zK-htxC3j7KiMEPr45kpgc-YAHxPJkp4hAhrr2x6zcXK_o5LYeG2LxwZNo357o0Qe0mwpuyzDv97erxEv7RMIGZPuhvUpIwXzulcEykyHd9-KHzsf4vfGSppgvmnsXcKl3TzTSOvbrDyLBikTBGg/s660/RosaLux.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="371" data-original-width="660" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3G9NOEEnqE_G1R7N-QvkXLyqFvXWdNun-Dbk83D9zK-htxC3j7KiMEPr45kpgc-YAHxPJkp4hAhrr2x6zcXK_o5LYeG2LxwZNo357o0Qe0mwpuyzDv97erxEv7RMIGZPuhvUpIwXzulcEykyHd9-KHzsf4vfGSppgvmnsXcKl3TzTSOvbrDyLBikTBGg/s320/RosaLux.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">Rosa Luxemburgo (1871-1919)</span></b></td></tr></tbody></table><br />Celebra-se hoje o Dia Internacional da Mulher.</p><p>E esta frase de Rosa Luxemburgo (1871-1919) continua a ser tão atual como quando ela a proferiu.</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><b><span style="font-size: x-large;">"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres."</span></b></p><p>Rosa Luxemburgo.</p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-7951627950535000582024-03-06T18:00:00.001-01:002024-03-06T18:00:00.199-01:00 “Semear em março, para colher Abril!”<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWSlsIMLtDv_C3FQT2kknqFhQEKsCC6noeIpCJf9il8ehL_-8f1yFJU_kvl9wNMx4goBW_urIEsriN67FdlQ6nZnLsDFPPgYWn-m_oaT3zQLYUtKKDZw0I6TouMMjZ5dQjogDXIuLezYqjKgDi9meb1zqKGRA5Jb49mBq05FPJJ8c1FK_qdIQtotwLNDo/s1920/XIV%20Governo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWSlsIMLtDv_C3FQT2kknqFhQEKsCC6noeIpCJf9il8ehL_-8f1yFJU_kvl9wNMx4goBW_urIEsriN67FdlQ6nZnLsDFPPgYWn-m_oaT3zQLYUtKKDZw0I6TouMMjZ5dQjogDXIuLezYqjKgDi9meb1zqKGRA5Jb49mBq05FPJJ8c1FK_qdIQtotwLNDo/w400-h225/XIV%20Governo.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b> XIV governo regional dos Açores tomou posse. Sobre as personalidades que o integram nada tenho a dizer, conquanto as dúvidas sobre a convivência pacífica deste elenco e o seu desempenho sejam mais que muitas. Aguardo pelo programa de governo para ajuizar do projeto político para esta legislatura que se antevê de curta duração, face ao posicionamento dos partidos políticos que lhe podem conferir durabilidade, não digo estabilidade pois, com a inconstância de posicionamentos de alguns dos agentes políticos que compõem o atual parlamento regional, estejam sozinhos ou agrupados, não vislumbro que a estabilidade seja apanágio deste período da vida política regional. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">C</span></b>omo sempre, será a população a pagar os desmandos da satisfação de interesses políticos pessoais e dos grupos que beneficiam com as respostas políticas que perpetuam o histórico atraso destas ilhas. A afirmação anterior tem subjacente um juízo de valor sobre o desempenho e o projeto político do novo governo regional. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>im é verdade! Mas não o faço de forma gratuita pois, foi José Manuel Bolieiro que o disse, quando em declarações recentes, após ter dado conhecimento do novo elenco governativo, ao afirmar: “Nesta nova composição do XIV Governo aponto para um exercício de continuidade. Existem pequenos ajustamentos, mas o governo terá praticamente todos os membros do governo que fizeram parte do XIII Governo, a orgânica também tem meros ajustamentos. É, por isso, um governo e uma governação de consistência e de continuidade com uma visão reformista…”; com estas palavras do presidente do governo regional é legítimo afirmar que nada se vai alterar, ou seja, as crónicas dificuldades sociais e económicas que nos situam na cauda das regiões europeias com os piores índices de desenvolvimento vão ter consistência e continuidade, mas com uma visão reformista, seja lá o que isso for atualmente pois, o “reformismo” já foi uma doutrina política adotada pelo socialismo democrático (social democracia) coisa que os partidos, da coligação governamental, desde logo o PSD, não são.</p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirJigGppAqdUFLbTtf7cTaJRuiiB5FLFIMhjxleKc0g5lBhi53FfdtZ9o2WRWEEttPJytJMbaReeopis0f2Da24FOImhLv_m5i6hyphenhyphenvTwf3joNig09JvyHC5MrDBSzM2EeCPgthKsX6iBdGqOlfeDC6ICCx5ZdfRaRW0FaWJeYSxHNyKg_Spy4XyQ6kJUU/s760/Rabo%20de%20Peixe.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="760" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirJigGppAqdUFLbTtf7cTaJRuiiB5FLFIMhjxleKc0g5lBhi53FfdtZ9o2WRWEEttPJytJMbaReeopis0f2Da24FOImhLv_m5i6hyphenhyphenvTwf3joNig09JvyHC5MrDBSzM2EeCPgthKsX6iBdGqOlfeDC6ICCx5ZdfRaRW0FaWJeYSxHNyKg_Spy4XyQ6kJUU/s320/Rabo%20de%20Peixe.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b>s deputados eleitos a 4 de fevereiro tomaram posse e constituíram-se em grupos e representações parlamentares. O grupo parlamentar do PSD tem 23 deputados (mais 2 que na legislatura anterior), o grupo parlamentar do PS tem 23 deputados (menos 2 que na legislatura anterior), o grupo parlamentar do CDS tem 2 deputados (menos 1 que na legislatura anterior), o PPM tem 1 deputado (menos 1 que na legislatura anterior e perdeu o estatuto de grupo parlamentar), o Chega tem 5 deputados (mais 3 que os eleitos na legislatura anterior), o BE tem 1 deputado (menos 1 que na legislatura anterior e perdeu o estatuto de grupo parlamentar), a IL tem 1 deputado (mantém o mesmo número), o PAN tem 1 deputado (mantém o mesmo número). Estes dados desagregados têm alguma importância para melhor compreender a maioria relativa da coligação PSD, CDS e PPM.</div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b> CDS, de 3 para 2, e o PPM de 2 para 1, perderam 2 deputados a favor do PSD que passou de 21 para 23. A comunicação social e mesmo as forças partidárias em presença não se têm referido a este facto, nem à igual dimensão dos grupos parlamentares do PSD (23) e do PS (23). Valorizou-se a vitória da coligação como se esse triunfo fosse, inequivocamente, um grande êxito. Mas, em boa verdade, a coligação tripartida tem exatamente o mesmo número de deputados de que dispunha na legislatura anterior, os mesmos 26, agora distribuídos de forma diferente e com o CDS e o PPM a perderem terreno no contexto parlamentar o que, ainda assim, não foi suficiente para o PSD abdicar da presença do CDS e do PPM no novo elenco governativo. </p><p><span style="font-size: x-large;"><b>A</b></span> ânsia do poder tem razões que a razão desconhece. Já não refiro a ética pois essa há muito que anda arredada da política regional, vale tudo, a qualquer preço, desde que se garanta um lugar à mesa onde se distribuem influências e se satisfazem egos políticos. </p><p><b><span style="font-size: x-large;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIb5R5rKe5u3s_NEZK-bcSIXAggpTMXtHksRCIv6YSfP2J-zau4TxPYohtDbPBe2bq1b64oVUBzSwDxtwJK3A68WgUaA8HMwTblsXQgwByHf1xRxI4BbTXM1kthyphenhyphensM-9JM0xgBsCXfqV97ytI-INF9JOgpbfHQMQdy4UzwYQ-EVsvjADdqLVD99xhUdYQ/s1100/rabo%20de%20peixe%201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="620" data-original-width="1100" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIb5R5rKe5u3s_NEZK-bcSIXAggpTMXtHksRCIv6YSfP2J-zau4TxPYohtDbPBe2bq1b64oVUBzSwDxtwJK3A68WgUaA8HMwTblsXQgwByHf1xRxI4BbTXM1kthyphenhyphensM-9JM0xgBsCXfqV97ytI-INF9JOgpbfHQMQdy4UzwYQ-EVsvjADdqLVD99xhUdYQ/w400-h225/rabo%20de%20peixe%201.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table>O</span></b> parlamento regional tem uma configuração diversificada e uma maioria de direita (PSD, CDS, Chega, IL e PPM). O PS e o BE ocupam o espaço da esquerda parlamentar e deles se espera uma oposição firme à direita parlamentar. Veremos! O PAN não se sabe muito bem para que lado tomba, é assim como um catavento a apontar para a direção que melhor satisfaça os interesses políticos do seu porta-voz. O PAN não é carne nem é peixe, mas também não é vegetariano e muito menos vegano.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">C</span></b>om este quadro parlamentar e com este poder executivo não se pode esperar a adoção de medidas políticas que se traduzam na melhoria da vida dos açorianos. A direita governa para os grandes grupos económicos, promove a concentração da riqueza e o empobrecimento da generalidade dos cidadãos que vivem do seu trabalho (trabalhadores, micro, pequenos e médios empresários). Nada mudou, aliás como demonstram os resultados eleitorais. Alteração, a vir a acontecer, dependendo de eventuais entendimentos partidários, será a radicalização das políticas de direita que, como se sabe, só produzem mais desigualdade, mais intolerância, mais retrocesso civilizacional, mais exclusão, mais dependências.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">N</span></b>os Açores as posições partidárias estão, diria eu, extremadas o que pode indiciar que a durabilidade deste governo seja de apenas alguns meses. Mas, há sempre um mas, tudo está dependente do que as eleições nacionais de 10 de março ditarem. As posições partidárias, na Região, irão ajustar-se consoante os resultados nacionais de partidos como o Chega, a IL, e a coligação de direita (PSD/CDS/PPM) e do quadro de maiorias parlamentares que se vier a verificar.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>s sondagens são para todos os gostos e a sua utilidade é perversa, servem apenas para condicionar o voto dos cidadãos que, perante um determinado cenário, abdicam do voto esclarecido para o chamado “voto útil”, o que se constitui como uma inutilidade, e, bastas vezes, coloca em causa a boa governança, veja-se o resultado da governação da atual maioria absoluta, recue-se à legislatura de 2015 a 2019 e façam-se as devidas comparações. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b>s resultados alternantes das sondagens, hoje ganha o PS amanhã ganha a AD, são um bom exemplo da continuada e promovida bipolarização, alimentada por politólogos e comentadores, que beneficia o bipartidarismo e enfraquece a democracia. </p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUyRkvXu58uTsIYwHw99UcWyo-F9FxGORvTa4lDy6ypEDnAdRu10Mzcm2q2kQWjBYqY1K9kckXpKo9ESlXDVm1yDk4-LWHPglh8ZgH8wuI_JGpwRQgvMJfMD7fMo-INWUKBoOx6PDBDbf_vW2fRdEN8rjR01w-ThmBxqZt5ZCZJ1nf0wPCxqKB5BsDYNA/s749/media-spoonfeeding-cartoon.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="749" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUyRkvXu58uTsIYwHw99UcWyo-F9FxGORvTa4lDy6ypEDnAdRu10Mzcm2q2kQWjBYqY1K9kckXpKo9ESlXDVm1yDk4-LWHPglh8ZgH8wuI_JGpwRQgvMJfMD7fMo-INWUKBoOx6PDBDbf_vW2fRdEN8rjR01w-ThmBxqZt5ZCZJ1nf0wPCxqKB5BsDYNA/s320/media-spoonfeeding-cartoon.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> cobertura da campanha eleitoral em curso é um exemplo acabado do que acabo de afirmar. Tempos reduzidos de debate entre os protagonistas e infindáveis tempos para o comentário. Tudo isto como se os espetadores necessitassem de uma iluminada mediação para compreenderem o que os dirigentes partidários dizem e debatem, e assim se constrói uma opinião mediática que a generalidade dos cidadãos adota como sua. Não é de agora, mas tem-se agudizado. A chamada opinião pública é cada vez menos de ordem pessoal e coletiva e cada vez mais o resultado da opinião mediática, isto é, a opinião forma-se não pelo conhecimento estruturado, mas através de clichés, análises do acessório e de meias-verdades, sempre enganosas, veiculadas pela generalidade dos comentadores com estatuto de politólogos.</div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b>s resultados eleitorais de 10 de março podem fazer-nos recuar aos períodos da austeridade e do empobrecimento, ou ao período em que foi demonstrado que o crescimento económico e o desenvolvimento são compagináveis com o aumento dos rendimentos do trabalho e dos direitos. A opção eleitoral dos portugueses, mais do que conferir uma vitória relativa ao PS ou à AD, vai ditar uma maioria parlamentar de direita ou de esquerda, e isso é o que está verdadeiramente em jogo.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>ó com o reforço eleitoral e parlamentar de quem defende a consigna: “Semear em março, para colher Abril!”, será possível assegurar uma política à esquerda, o PS sozinho governa à direita, o reforço eleitoral de quem traduz a sua atuação política na defesa dos valores de Abril é contribuir para acabar com os sonhos de poder da extrema-direita. Não deixemos que se cerrem as portas que Abril abriu.</p><p>Ponta Delgada, 5 de março de 2024 </p><div>Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 6 de março de 2024</div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-61576639993791485752024-03-06T11:49:00.000-01:002024-03-06T11:49:07.511-01:00pelo 103.º aniversário do PCP<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid5hh1DLQlGWQMPUSwlswarpRHTNAjubpl5XL2lAoZ_rg01xL5_nhe4OvgyNQL-A4c_PcQjsGC94OqucGC5I1myQ-A-kKqPjWAAuMJneaNI-QTlnxs1kbgzH-VTfFbj8whncvnkywplLTs04r-uujj-KbGZBQA2rweNg7cUVcZ6Rq6T-SBdhFZvK8BeoQ/s1024/avante2022_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="683" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid5hh1DLQlGWQMPUSwlswarpRHTNAjubpl5XL2lAoZ_rg01xL5_nhe4OvgyNQL-A4c_PcQjsGC94OqucGC5I1myQ-A-kKqPjWAAuMJneaNI-QTlnxs1kbgzH-VTfFbj8whncvnkywplLTs04r-uujj-KbGZBQA2rweNg7cUVcZ6Rq6T-SBdhFZvK8BeoQ/s320/avante2022_1.jpg" width="213" /></a></div>O PCP comemora hoje 103 anos de existência, de resistência e de luta por um país mais justo, independente e desenvolvido.<p></p><p>O PCP é hoje, como foi durante a longa noite fascista, alvo dos mais soezes ataques alimentados pelos seus inimigos de classe.</p><p>A direita liberal, base de todos os fascismos, reergueu-se pela mão dos oligopólios apátridas que dominam a política nacional, da União Europeia e dos Estados Unidos.</p><p>As corporações mediáticas dão voz aos populistas liberais e alimentam o anticomunismo primário. Cumprem o seu papel enquanto parte dos conglomerados empresariais que ditam as agendas “informativas”.</p><p>O PCP mantém-se fiel aos princípios e, por isso, não morreu, nem morre, como amiúde têm vaticinado os acólitos do mercado, do liberalismo e do fascismo.</p><p><span style="font-size: x-large;"><b>Viva o PCP!</b></span></p><p><br /></p><p><span style="font-size: large;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6dXHmEB6PiHNA4r-hnczoMmXnoB6WPx9T4CwT22ECAyp6ThIgDP7DK4uanM89nB21puNgddUGYD5kwyXJnYymXl-P4Y4g1-ANkqSiWTKnLMrZADSC3g4HqtTILkLSU2iNYQVUJNUcJsbvo8FsgXP1AkY591Ddj2Fou6mGrBhdSq9uX04HPzcDRE4Auw/s720/bandeira_pcp_partido_foice_martelo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="720" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6dXHmEB6PiHNA4r-hnczoMmXnoB6WPx9T4CwT22ECAyp6ThIgDP7DK4uanM89nB21puNgddUGYD5kwyXJnYymXl-P4Y4g1-ANkqSiWTKnLMrZADSC3g4HqtTILkLSU2iNYQVUJNUcJsbvo8FsgXP1AkY591Ddj2Fou6mGrBhdSq9uX04HPzcDRE4Auw/s320/bandeira_pcp_partido_foice_martelo.jpg" width="320" /></a></b></span></div><span style="font-size: large;"><b><br /><br /></b></span><p></p><p><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></p><p><span style="font-size: large;"><b>Ao meu Partido - poema de </b><b>Pablo Neruda</b></span></p><div style="text-align: left;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: large;">Deste-me a fraternidade para com o que não conheço<br />Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem<br />Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo<br />Deste-me a liberdade que o solitário não tem<br />Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo<br />Deste-me a rectidão de que a árvore necessita<br />Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens<br />Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos<br />Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.<br />Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético<br />Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria<br />Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo</span></div><p><span style="font-size: medium;"><br /></span></p>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-26434896735549720082024-03-05T14:47:00.004-01:002024-03-05T14:49:59.324-01:00uma vitória assim-assim<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIC1Xf8ht83eGGxFVE8ysTv9Bn4mlYyTa5BiK4n3sVRipSuxFxxv02YpVsjMDpIC9qD8RZLsZ0r_GnkGCzjt0ddPZnfZohJBljUOxpbvsXvD2tjj-y4WQeYQJ6StIZtKHRbm7LiPFrytkaPe7kGQV9rXJ_i4bzOoYhnI5dmzR9CvfixuYQrlcu1634ARs/s1080/ALRAA1.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="880" data-original-width="1080" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIC1Xf8ht83eGGxFVE8ysTv9Bn4mlYyTa5BiK4n3sVRipSuxFxxv02YpVsjMDpIC9qD8RZLsZ0r_GnkGCzjt0ddPZnfZohJBljUOxpbvsXvD2tjj-y4WQeYQJ6StIZtKHRbm7LiPFrytkaPe7kGQV9rXJ_i4bzOoYhnI5dmzR9CvfixuYQrlcu1634ARs/s320/ALRAA1.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><p></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.<p></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-size: large;">(...) O CDS, de 3 para 2, e o PPM de 2 para 1, perderam 2 deputados a favor do PSD que passou de 21 para 23. A comunicação social e mesmo as forças partidárias em presença não se têm referido a este facto, nem à igual dimensão dos grupos parlamentares do PSD (23) e do PS (23). Valorizou-se a vitória da coligação como se esse triunfo fosse, inequivocamente, um grande êxito. Mas, em boa verdade, a coligação tripartida tem exatamente o mesmo número de deputados de que dispunha na legislatura anterior, os mesmos 26, agora distribuídos de forma diferente e com o CDS e o PPM a perderem terreno no contexto parlamentar o que, ainda assim, não foi suficiente para o PSD abdicar da presença do CDS e do PPM no novo elenco governativo. </span></p><p><span style="font-size: large;">A ânsia do poder tem razões que a razão desconhece. Já não refiro a ética pois essa há muito que anda arredada da política regional, vale tudo, a qualquer preço, desde que se garanta um lugar à mesa onde se distribuem influências e se satisfazem egos políticos. (...)</span></p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-18603523507893645912024-03-02T16:00:00.002-01:002024-03-03T00:35:58.901-01:00alguns dados sobre os 16 anos do "momentos"<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimqv8Uln9CK7UptCmmOSqN378K_Aac_LvJFjyPpfQf8a8rYj7ea0ytWSjIRDN1BiJ9A8GTqasSxREnPah5ihdHxiKLRuCGQuJydfYqVrLGDJKcjWUnCqgsCiXNCr8-EPuPCXDZgQ2QCYbXU6M76oZgXD4zDpgIBLfouo6a58Gn3jJn-xnligOMh4PH5TE/s2531/An%C3%ADbalCPires1.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2531" data-original-width="1472" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimqv8Uln9CK7UptCmmOSqN378K_Aac_LvJFjyPpfQf8a8rYj7ea0ytWSjIRDN1BiJ9A8GTqasSxREnPah5ihdHxiKLRuCGQuJydfYqVrLGDJKcjWUnCqgsCiXNCr8-EPuPCXDZgQ2QCYbXU6M76oZgXD4zDpgIBLfouo6a58Gn3jJn-xnligOMh4PH5TE/w233-h400/An%C3%ADbalCPires1.jpg" width="233" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">Aníbal C. Pires </span></b></td></tr></tbody></table>Em dia de aniversário deixo alguns dados sobre o “momentos”<p></p><p>Nestes <b><span style="font-size: medium;">16</span></b> anos foram divulgadas <b><span style="font-size: medium;">2774</span></b> publicações, registaram-se <b><span style="font-size: medium;">919590</span></b> visualizações e <b><span style="font-size: medium;">824</span></b> comentários às postagens.</p><p>Seguem o blogue <b><span style="font-size: medium;">56</span></b> pessoas.</p><p>As visualizações têm origem, um pouco, por todo o mundo. Sendo que os países que acumulam mais visitantes são:</p><p>-<b><span style="font-size: medium;"> Portugal;</span></b></p><p><b><span style="font-size: medium;">- Estados Unidos; e </span></b></p><p><b><span style="font-size: medium;">- Brasil,</span></b></p><p>Esta aventura vai continuar. Sei que os blogues passaram de moda, mas mantenho-me por aqui enquanto tiver alguma coisa para partilhar para lá dos 140 carateres e da efemeridade das “redes sociais” mais populares, das quais também faço uso.</p><p>Agradeço a todos os visitantes que aqui vêm com frequência, mas também aos que “picam” pontualmente este espaço.</p><p>Bem hajam!</p><p><br /></p>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-18306501417865705282024-03-02T14:00:00.001-01:002024-03-03T00:11:39.197-01:0016.º aniversário do "momentos"<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAyBY2FZbcPYKLHgk6C94wz-ONmyza-f2FjkbY6GBWe12vfv8_YXv_Q9zAeE31sujVCR4YShPLyefjoEomxAck8QASohPL_QhrExWRzbSY2oeM-y90-l-FuaWn9y0pNHzCzwO5sf96M9VxG9_cCTUo-BfWSH_hQOOsfr5MGIIzq4Sgx_XxixY3vai_Fv8/s1280/16_anivers%C3%A1rio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAyBY2FZbcPYKLHgk6C94wz-ONmyza-f2FjkbY6GBWe12vfv8_YXv_Q9zAeE31sujVCR4YShPLyefjoEomxAck8QASohPL_QhrExWRzbSY2oeM-y90-l-FuaWn9y0pNHzCzwO5sf96M9VxG9_cCTUo-BfWSH_hQOOsfr5MGIIzq4Sgx_XxixY3vai_Fv8/s320/16_anivers%C3%A1rio.jpg" width="320" /></a></div>O “momentos” completa hoje dezasseis anos e o autor pretende prolongar-lhe a existência. <p></p><p>Com o advento de outras plataformas de comunicação e interação para partilha de textos, imagens e vídeos os blogues perderam alguma importância. Muitos entusiastas e até alguns dos pioneiros abandonaram a blogosfera, eu optei por manter este espaço e aproveitei as caraterísticas de outras plataformas, como o Facebook e o Twitter (X), para potenciar o “momentos”. </p><p>Vou continuar por aqui.</p><p>Sejam bem-vindos. </p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-50287353094991392752024-03-01T12:05:00.001-01:002024-03-01T12:05:27.889-01:00Amira Al-Assouli - a abrir março<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzxZ27YIfsV1CMI0-wCCvtuJV_tGqL4LzC3aM1v4h7PUSF4_Q0ygj-0v1Wlj0gj5tsEileBOlVvxHyoI2OA0s0PBTfmeXTLGIMWpi6JnltB2_gCOFvZjkaYfOC2dazXMWK9c8K3u4R7Ik10Gof1t0tK9C1NAIeTfPL73iMgWVA3L4UoaFPlzQN7HqbISI/s1170/amira-al-assouli.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1169" data-original-width="1170" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzxZ27YIfsV1CMI0-wCCvtuJV_tGqL4LzC3aM1v4h7PUSF4_Q0ygj-0v1Wlj0gj5tsEileBOlVvxHyoI2OA0s0PBTfmeXTLGIMWpi6JnltB2_gCOFvZjkaYfOC2dazXMWK9c8K3u4R7Ik10Gof1t0tK9C1NAIeTfPL73iMgWVA3L4UoaFPlzQN7HqbISI/s320/amira-al-assouli.jpeg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">Amira Al-Assouli - imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><br /><a href="https://www.youtube.com/watch?v=d-XKM4204C8" target="_blank"><b><span style="font-size: x-large;">Amira Al-Assouli</span></b>,</a> médica no Hospital Nasser em Gaza, arriscou
a vida para socorrer pessoas em Khan Younis com a sua equipa, debaixo do fogo
israelita. Perdeu familiares, amigos e a casa, mas continua o seu trabalho em
Gaza, Palestina.</p><p><span style="font-size: large;">Lindas são as mulheres que lutam.</span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os olhos do civilizado mundo “ocidental” fecham-se agora,
como se fecharam em 1948, perante as atrocidades dos sionistas que ocupam a
Palestina.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Até quando vamos continuar a permitir este genocídio!? Só
não ouve e não vê quem não quer.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">"Vemos, ouvimos e lemos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Não podemos ignorar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Vemos, ouvimos e lemos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Não podemos ignorar"<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">(...)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">"Nada pode apagar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">O concerto dos gritos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">O nosso tempo é<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Pecado organizado."</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Excertos do poema Cantata da Paz de Sophia de Mello Breyner
Andresen<o:p></o:p></p>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-67390359724980349962024-02-23T21:12:00.003-01:002024-02-23T21:12:17.396-01:00O cantador<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnW5BYmCR6s3bTgFK25iAnlSORCg7nyCAcyjjoLB5txastRiwd9SZCEgnXnrMwiT0b5rLRVw6lfcG32Bl8wKvTiTgoLxKtjbmQXb8hfS-L0M_VGtGbfY-dQfWFd0dACkw_lysGNMU0H5-guiR-ndECYYTyo1OYD8F2aDRgZbb1RrVw0NEQpsad3RatYAE/s991/jos%C3%A9%20afonso.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="732" data-original-width="991" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnW5BYmCR6s3bTgFK25iAnlSORCg7nyCAcyjjoLB5txastRiwd9SZCEgnXnrMwiT0b5rLRVw6lfcG32Bl8wKvTiTgoLxKtjbmQXb8hfS-L0M_VGtGbfY-dQfWFd0dACkw_lysGNMU0H5-guiR-ndECYYTyo1OYD8F2aDRgZbb1RrVw0NEQpsad3RatYAE/s320/jos%C3%A9%20afonso.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><br />Há 37 anos morreu o homem. O seu legado poético, musical e político continuou e vai perdurar na memória de todos os que não se submetem às inevitabilidades que provocam injustiça, discriminação, exclusão e pobreza. </p><p><b><span style="font-size: large;">José Afonso foi um <span style="background-color: #fcff01;">resistente</span> e, como todos os resistentes, um <span style="background-color: #fcff01;">vencedor</span>, pois, <span style="background-color: #fcff01;">resistir é vencer.</span> </span></b></p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-67767163114364972852024-02-21T18:00:00.002-01:002024-02-21T23:51:53.662-01:00Saúde: má gestão ou estratégia<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHh0r0SJmB-WFukYtCUY7Yvp85Pr7Rsujn1hZcfhjodty-K5gxtvIcKvJmiDnIjkfCRTHnVcwiQ43EfGYvq7m7YbXHkYuxes0Fl-EDfscL1O50EoMbO_p7-QdgVmRR4vMnhLQm8razrfk9_LQpxwFQuC_oqw0KHme8LCr4l5k3kW8T8nCqtfwufJOXFqg/s700/MGF_DR.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="357" data-original-width="700" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHh0r0SJmB-WFukYtCUY7Yvp85Pr7Rsujn1hZcfhjodty-K5gxtvIcKvJmiDnIjkfCRTHnVcwiQ43EfGYvq7m7YbXHkYuxes0Fl-EDfscL1O50EoMbO_p7-QdgVmRR4vMnhLQm8razrfk9_LQpxwFQuC_oqw0KHme8LCr4l5k3kW8T8nCqtfwufJOXFqg/w400-h204/MGF_DR.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> saúde é um bem inestimável. Se há verdades insofismáveis esta será uma delas. A prevenção da doença ou, se preferirmos a promoção da saúde, deveria ser uma prioridade no desenho e na afetação de recursos de qualquer projeto político para os serviços públicos de saúde.<p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> realidade é, contudo, bem diferente dos anúncios feitos circunstancialmente por quem exerce o poder, na região e no país. Os utentes dos hospitais e dos centros de saúde públicos identificam e denunciam de amiúde as dificuldades no acesso, em tempo útil, e na qualidade do serviço prestados pelos organismos públicos que prestam cuidados de saúde, sejam eles primários, sejam de outra natureza, reconhecendo que as insuficiências verificadas não se devem aos diferentes profissionais, mas ao modelo organizacional, às prioridades políticas e ao desinvestimento nos serviços públicos. Mas se os utentes manifestam o seu desagrado também os profissionais de saúde pública o fazem, tendo como efeito prático, mais visível, o abandono dos serviços.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> falta de atratividade das carreiras, as baixas remunerações e a insatisfação gerada com a imposição de objetivos de produtividade definidos por critérios economicistas e administrativos traduzem-se na migração dos diferentes técnicos de saúde para o setor privado, ou mesmo para o estrangeiro.</p><p><span style="font-size: x-large;"><b>A</b></span>o fazer uma pesquisa sobre a taxa de cobertura da medicina familiar no Serviço Regional de Saúde deparamo-nos com taxas elevadas, nunca abaixo dos 90%, sendo que algumas das parcelas territoriais da região têm uma taxa de cobertura plena, por outro lado, verificamos que houve algum aumento na afetação técnicos para as equipas multidisciplinares de saúde familiar, em particular de médicos e enfermeiros, sendo que outras valências, como seja a nutrição ou a psicologia clínica, estão muito aquém do desejável.</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW3oQ2LT1Pu6cIUCgQ6VPzSWOubT-Z67-kjiEJ_rI0EP-cX3GFCLxFx6cR-zypPMtYZ2uYw96yewa5XNoNHno_gxhFAwoWm2kYyzK9gdzciLiMDF-D0743CT5o5T40gfwJKiCJ05a8fLi1ylVBzFKHeTWsPj-Bn-L7al646Z0r9eu2jBg1WAfgNq11BwY/s800/urg%C3%AAncias.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="526" data-original-width="800" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW3oQ2LT1Pu6cIUCgQ6VPzSWOubT-Z67-kjiEJ_rI0EP-cX3GFCLxFx6cR-zypPMtYZ2uYw96yewa5XNoNHno_gxhFAwoWm2kYyzK9gdzciLiMDF-D0743CT5o5T40gfwJKiCJ05a8fLi1ylVBzFKHeTWsPj-Bn-L7al646Z0r9eu2jBg1WAfgNq11BwY/s320/urg%C3%AAncias.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> cobertura da quase totalidade da população açoriana pela medicina familiar pública resulta da dimensão das listas de utentes por médico/equipa e não pelo, insuficiente, aumento do pessoal médico e técnico que integram as equipas de saúde familiar, conquanto seja um facto que há mais técnicos de saúde primária afetos aos cuidados primários de saúde, mas não é menos verdade que as listas por médico/equipa cresceram muito mais. O resultado destas políticas reflete-se, em particular nas ilhas com maior dimensão populacional, como se constata na diminuição da qualidade do serviço: menos tempo por doente, diminuição da frequência das consultas, ou seja, distanciamento quando o que se pretende é proximidade e disponibilidade para cumprir com o desiderato da medicina familiar: a prevenção e a manutenção da saúde.</div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> relação utente médico/equipa degrada-se e, naturalmente, gera insatisfação nos utentes e nos profissionais de saúde, os primeiros pelo sentimento de abandono e distanciamento e os segundos por não conseguirem desenvolver cabalmente o seu trabalho. Pode parecer uma questão de somenos importância, mas se atentarmos, por exemplo, ao que a Ordem dos Médicos diz, por via do Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar, constamos que os serviços públicos de cuidados de saúde primários na região, nas ilhas e concelhos mais populosos, estão muito longe de cumprirem as funções que lhe são atribuídas. Este incumprimento não resulta da inércia ou incúria dos profissionais médicos e outros técnicos afetos às equipas, mas do elevado número de utentes que servem e do trabalho administrativo a que os sujeitam, tudo em nome de uma suposta produtividade.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">V</span></b>ejamos então o que diz a Ordem dos Médicos sobre esta importante especialidade: “A Medicina Geral e Familiar é uma especialidade médica que promove cuidados de saúde a todos os que procuram o médico de família, independentemente da idade, género, etnia ou estado de saúde, de forma personalizada (a cada um o que precisa), global (abarcando todos os problemas de saúde), acessível (está junto das pessoas) e em continuidade (ao longo do tempo).</p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> Medicina Geral e Familiar assenta no modelo biopsicossocial, que inclui os dados da pessoa, o seu passado, a sua estrutura familiar e o contexto da sua comunidade, e entende que a interação com a pessoa pode ser, por si só, terapêutica.</p><p><span style="font-size: x-large;"><b>O </b></span>médico de família cuida da pessoa, em termos de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos. A Medicina Geral e Familiar trabalha em conjunto com outros profissionais, médicos e não médicos, promovendo a coordenação dos cuidados de saúde prestados, através da articulação entre os seus diferentes níveis.”</p><p><b><span style="font-size: x-large;">N</span></b>ão poderia estar mais de acordo e assim deveriam funcionar os serviços públicos de medicina familiar, mormente, no que concerne ao pessoal médico. A pergunta é: As equipas de medicina geral e familiar do seu Centro de Saúde funcionam assim!? A minha resposta é: - Não. E a sua qual é!?</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZB0QKgJn2i0tKvp3XpTYSMGV0shfKS8FjNh8HzOS0UWwrrDf-_tdz14v2YPm9szfxqDJDPOd4hLsSxIYQUJzBzsP83B3frYJRb2I27DfGzmuc3YflPNTwmvM7Xa7QoZWQvZEYrQpYsSUpBMzBgb__cCV3thQyOUZDrQuLule4-ASb9ZHTFEqiaVXRvd8/s536/medicina%20familiar.png" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="536" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZB0QKgJn2i0tKvp3XpTYSMGV0shfKS8FjNh8HzOS0UWwrrDf-_tdz14v2YPm9szfxqDJDPOd4hLsSxIYQUJzBzsP83B3frYJRb2I27DfGzmuc3YflPNTwmvM7Xa7QoZWQvZEYrQpYsSUpBMzBgb__cCV3thQyOUZDrQuLule4-ASb9ZHTFEqiaVXRvd8/s320/medicina%20familiar.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> minha resposta revela insatisfação pelo serviço. O meu descontentamento não é motivado pelos profissionais (administrativos, técnicos, enfermeiros e pessoal médico), mas por não serem respeitados os requisitos organizacionais para que as equipas possam cumprir os propósitos que lhe estão atribuídos. Distanciamento quando devia haver proximidade, um olhar parcial sobre o utente quando devia ser holístico, descontínuo e distante quando devia ser regular e próximo.<p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">J</span></b>á referi a migração do pessoal técnico, de enfermagem e médico, para o setor privado, mas também os utentes, detentores de seguros ou de subsistemas de saúde que têm acordos com as empresas privadas que prestam serviços de saúde, recorrem aos serviços de saúde particulares, quem os não tem procura nos hospitais públicos a assistência médica que não lhe é fornecida entupindo os serviços de atendimento permanente, ou madrugando para conseguir uma consulta, não agendada, no Centro de Saúde sem garantia de vir a ser atendido pelo seu médico de família.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>e este fenómeno é fruto do acaso ou da má gestão da coisa pública, assim pode parecer, mas eu diria que não, embora a administração e a gestão do setor público sejam, por vezes, vítimas da incompetência de alguns gestores e administradores cuja capacidade, apesar de diplomados, só é validada pela opção partidária do momento.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> destruição do Serviços Regional e Nacional de Saúde também se faz por via da insatisfação dos utentes e, nada disto acontece por acaso, a finalidade é cada vez mais clara: abrir espaço à atividade privada e, como percecionamos, a estratégia está a dar os seus frutos. A proliferação de clínicas e policlínicas privadas nos Açores, em particular nas ilhas com maior dimensão populacional, mais parece a reprodução de cogumelos nas primeiras chuvas do outono. Todas elas instaladas com os programas de apoio público às empresas e o seu funcionamento só é rentável por via dos protocolos com os serviços públicos de saúde, ou seja, os sistemas privados alimentam-se com o financiamento público que deveria ser investido nos Serviços Regional e Nacional de Saúde.</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijNY7Mcw-LBfDq6jf_hkjP2oUMbio8sSmn67GOALSrLhpP8QW3UnxBG14QUFaEMizNiffoy5bWOvdUuWQbpAm-Cl8maBTLeOuqEyqkpTykrWz0_wHPKvMEsFfOH_AxQRNYCgE7BUGEqq3dxjazRcVvzyyK6lZ2jbjE5Ud1St4_jDGhwyyZwWXb8tkkao8/s1050/medico_fam%C3%ADlia.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="653" data-original-width="1050" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijNY7Mcw-LBfDq6jf_hkjP2oUMbio8sSmn67GOALSrLhpP8QW3UnxBG14QUFaEMizNiffoy5bWOvdUuWQbpAm-Cl8maBTLeOuqEyqkpTykrWz0_wHPKvMEsFfOH_AxQRNYCgE7BUGEqq3dxjazRcVvzyyK6lZ2jbjE5Ud1St4_jDGhwyyZwWXb8tkkao8/s320/medico_fam%C3%ADlia.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b>s cuidados de saúde primários têm como principais pilares a relação médico utente (personalização), a construção da história clínica do utente e familiares (um olhar holístico), a proximidade (acessível pelo utente) e o acompanhamento ao longo do tempo (continuidade). Não é difícil constatar que nenhum destes pilares tem sustentação face às longas listas de utentes por médico/equipa, ou seja, a estrutura de saúde que tem como missão prevenir e manter a saúde está a degradar-se, os custos dessa deterioração são elevados, pois, o tratamento da doença é sempre mais alto do que a manutenção da saúde, por outro lado o negócio das clínicas e hospitais privados e das farmacêuticas é a doença não é a saúde. As políticas públicas, na região e no país, têm ido ao encontro dos interesses privados e das farmacêuticas, mas não tem de ser assim. Como já referi o caminho que estamos a trilhar é fruto de opções políticas de quem tem exercido o poder na região e no país. A opção tem sido deixar degradar os serviços públicos para abrir espaço às empresas privadas e alocar o financiamento, que deveria ser para os serviços públicos, no setor privado. </div><p></p><p> Arranhó, 20 de fevereiro de 2024 </p><div>Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 21 de fevereiro de 2024</div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-55122094735074828572024-02-20T15:07:00.000-01:002024-02-20T15:07:21.940-01:00o abandono SRS e do SNS<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pY7PhI1iLk2-1BRWIO6Q5igdm1RxeJdddBnPXGJz2PYzxDYpjhYifNKyR-vKPPWR9ePmen9987_q_-1Q69YkTrx_bKOKXv8YXtRYTAtZ8sWIQ8LYOZp3sluQA0zGSCNmy8ov849Ch3aYOS0-dg68jglJi_2jf4AgDg63DOWVOP1lbNNmbs9EZV4Z7N4/s711/centro%20de%20sa%C3%BAde.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="711" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pY7PhI1iLk2-1BRWIO6Q5igdm1RxeJdddBnPXGJz2PYzxDYpjhYifNKyR-vKPPWR9ePmen9987_q_-1Q69YkTrx_bKOKXv8YXtRYTAtZ8sWIQ8LYOZp3sluQA0zGSCNmy8ov849Ch3aYOS0-dg68jglJi_2jf4AgDg63DOWVOP1lbNNmbs9EZV4Z7N4/s320/centro%20de%20sa%C3%BAde.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><br /></p><div style="text-align: right;">Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.</div><p></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-size: large;">(...) A realidade é, contudo, bem diferente dos anúncios feitos circunstancialmente por quem exerce o poder, na região e no país. Os utentes dos hospitais e dos centros de saúde públicos identificam e denunciam de amiúde as dificuldades no acesso, em tempo útil, e na qualidade do serviço prestados pelos organismos públicos que prestam cuidados de saúde, sejam eles primários, sejam de outra natureza, reconhecendo que as insuficiências verificadas não se devem aos diferentes profissionais, mas ao modelo organizacional, às prioridades políticas e ao desinvestimento nos serviços públicos. Mas se os utentes manifestam o seu desagrado também os profissionais de saúde pública o fazem, tendo como efeito prático, mais visível, o abandono dos serviços. (...)</span></p>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-69274274274035592082024-02-19T21:19:00.002-01:002024-02-19T21:20:00.666-01:00 o dia D de Assange<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTv8IlXKCLZ2by1aW_OVE4LpaPcEz-hBYM-EbNM4OTJjL4wIlUTE1vBqyqE55VfbaFi3gsqsIDgO7V5j3Bssj3rH2FkVmO3Ptq_k5NyC0n_CPkblaxONEqy6IBRgm78C73RIngKvC7l2xbz5GQlh2sAUOdzztL2l2nPJ7q_b7HWE5vH-m5k1ThGnG2KIg/s1191/free-assange-A3poster.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1191" data-original-width="842" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTv8IlXKCLZ2by1aW_OVE4LpaPcEz-hBYM-EbNM4OTJjL4wIlUTE1vBqyqE55VfbaFi3gsqsIDgO7V5j3Bssj3rH2FkVmO3Ptq_k5NyC0n_CPkblaxONEqy6IBRgm78C73RIngKvC7l2xbz5GQlh2sAUOdzztL2l2nPJ7q_b7HWE5vH-m5k1ThGnG2KIg/s320/free-assange-A3poster.jpg" width="226" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><br />Amanhã, 20 de fevereiro, terá lugar a apreciação, pelo Tribunal Superior de Justiça de Londres, de um novo recurso do jornalista australiano contra sua extradição para os Estados Unidos. <p></p><p>Mas quem é <b><span style="font-size: large;"><a href="https://www.ifj.org/actions/ifj-campaigns/free-assange-now" target="_blank">Julian Assange</a></span></b> e quais são os crimes de é acusado!? É um jornalista de nacionalidade australiana e os EUA acusam-no de espionagem e de divulgação de informação classificada obtida de forma ilegal.</p><p><b>É um jornalista e mostrou ao Mundo a verdade que os Estados Unidos escondiam, em particular sobre as intervenções no Iraque e no Afeganistão.</b></p><p><b>Amanhã, um pouco por todo o Mundo, há mesma hora em que os juízes se reúnem para decidir do recurso de Assange estão previstos vários atos públicos de apoio ao jornalista e a exigência da sua libertação. </b></p><div>Aníbal C. Pires, Arranhó, 19 de fevereiro de 2024</div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-56530836935468638352024-02-18T12:50:00.003-01:002024-02-18T12:50:44.294-01:00(...) um jardim quase perfeito. (...)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoDXVKAn3SGLB9Aich6oeIFxfEw24NqB4abUfEuLU4NcxT8OdL-pygx8yRj5FT4zc3DMxuItj34gvVt4i36fiH378eI_Xy4J4_w2ZqqUGrvgGyYPQ4mWVsRc1YEw4-1TeT9sY4OAPTQ4VoVGoQM71eDUbYSZDlVFSGDSFPQwlsdw8Aho5ljyCHtpfueeg/s825/550x.webp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="825" data-original-width="550" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoDXVKAn3SGLB9Aich6oeIFxfEw24NqB4abUfEuLU4NcxT8OdL-pygx8yRj5FT4zc3DMxuItj34gvVt4i36fiH378eI_Xy4J4_w2ZqqUGrvgGyYPQ4mWVsRc1YEw4-1TeT9sY4OAPTQ4VoVGoQM71eDUbYSZDlVFSGDSFPQwlsdw8Aho5ljyCHtpfueeg/s320/550x.webp" width="213" /></a></div>“O Alfarrabista de Ponta Delgada” é uma narrativa construída a duas vozes em geografias e tempos diferentes.<p></p><p><br /></p><p><i><b>«(…) Provocava-o: Porque não voas, Avelino? Aproximava-me, quase corpo a corpo, quando ele levantava a cabeça, dava-lhe um beijo. A ternura atarantava-o. Já longe, voltava-me, e via o meu amado a seguir-me com os olhos verdes, muito verdes, como os campos de Busteliberne. As mãos em concha ao redor da boca, para a palavras não se perderem no destino, gritava: “Voa Avelino. Voa para dentro do meu coração.” Um amor juvenil, doce, na extraordinária primavera, que tudo aviva, até as pedras da serra pareciam felizes no seu silêncio comunicante. (…)»</b></i></p><p><br /></p><p><i><b>«(…) O Vento. Quem educa o vento terá um jardim quase perfeito. Educar não significa barrar-lhe o voo, uma sebe de pau branco ou louro açoriano resolveria o problema. Educar o vento é deixá-lo circular, limpo de bravuras, melodioso como um rouxinol. Trabalhando-o, ele ficará uma espécie de música. Falei uma vez do cultivo do vento ao proprietário do jardim, numa das suas passagens por S. Miguel, vindo de Paris. “Para poeta, basta-me o meu Camões”, disse.» (…)</b></i></p><p><br /></p><p><b><i>«(…) Hei de voltar a esse sítio, quase mágico, onde julguei ser feliz, como se a juventude fosse infinita, onde beijei o único homem da minha vida. Eu não me casaria com o Avelino. Ele primeiro que eu, pressentiu: o nosso amor era como uma rabanada de vento, um capricho de Laurinha em tempo de férias. Por isso com a serenidade de quem escuta as penedias, disse para eu não voltar a procurá-lo. Nesse dia, Avelino olhou-me bem nos olhos, como se quisesse guardar a minha imagem no coração, e seguiu a falar ao rebanho e ao cão sem olhar para trás, sem nunca olhar para trás. (…)»</i></b></p><p><br /></p><p><b><i>«Brown, meu bom amigo, não deixes cair os sonhos, mesmo que a teus pés a terra pareça fértil. Um jardineiro destituído de utopias desmerece a amizade das árvores, o canto dos pássaros sobre a manhã.»</i></b></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTbnSGY9qe4oX5JEVUOOSo2SuOik2i1rZBfjRmNf3ohWqAgMa2NulT7YUTkLVnWfk_gy2FI-nDHU0XUNdgWgsuy3YmulL7JKykCXpeDSH50-bQ1wx3mCN157nss6xRbKPiDfU4bjeRd61aGYXB0GkTjxaeNESDTHEmMJ-NBn56ulTQoKfBU2dDh16rzzg/s2048/francisco%20duarte%20mangas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTbnSGY9qe4oX5JEVUOOSo2SuOik2i1rZBfjRmNf3ohWqAgMa2NulT7YUTkLVnWfk_gy2FI-nDHU0XUNdgWgsuy3YmulL7JKykCXpeDSH50-bQ1wx3mCN157nss6xRbKPiDfU4bjeRd61aGYXB0GkTjxaeNESDTHEmMJ-NBn56ulTQoKfBU2dDh16rzzg/s320/francisco%20duarte%20mangas.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="font-size: medium;"><a href="https://eterogemeas.com/autores/francisco-duarte-mangas/" target="_blank">Francisco Duarte Mangas</a></span></b> brinda-nos com este romance que é, antes e depois de tudo, uma narrativa de singular beleza, mas também uma obra literária comprometida com as mulheres e homens de um país por construir. <p></p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-18884600070310100202024-02-13T21:04:00.002-01:002024-02-13T21:05:28.729-01:00“O cheiro da tinta acalma-me,” …<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQqP8tCj4JvoY4ZBPWcU9ZfAOtLbgNMgo1g0ZNmUNw9r35bdbdkVtZDbk-Cdn5lsgJEYfdoAUQEI5gVLyFZ3MHuFB_jNjnwlcd-BFUaCCH911D2az4KsNAuSmZvs-xBzKIC1ZiacWzANpEh2voej9amgW-UJSBEk3nJhZiO5lGgclXBlAk0Sea5-viT0E/s3047/for%C3%A7a_das_senten%C3%A7as.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="3047" data-original-width="1985" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQqP8tCj4JvoY4ZBPWcU9ZfAOtLbgNMgo1g0ZNmUNw9r35bdbdkVtZDbk-Cdn5lsgJEYfdoAUQEI5gVLyFZ3MHuFB_jNjnwlcd-BFUaCCH911D2az4KsNAuSmZvs-xBzKIC1ZiacWzANpEh2voej9amgW-UJSBEk3nJhZiO5lGgclXBlAk0Sea5-viT0E/s320/for%C3%A7a_das_senten%C3%A7as.jpg" width="208" /></a></div>“A Força das Sentenças” retrata uma dura realidade que afeta um número significativo de cidadãos e famílias. <p></p><p>Este premiado romance de Pedro Almeida Maia, tendo como tema uma situação de doença irreversível não é, contudo, uma narrativa misericordiosa, poderá ser esclarecedora e até didática para quem cuida (família ou instituições), mas não assume, em momento algum, um caráter de comiseração nem induz, outros sentimentos, que não sejam de respeito por quem é vítima da doença e por quem cuida. </p><p>A narrativa é crua e dura sem ser indiferente ao drama que se abateu sobre um reformado professor e homem de Letras que continua a escrever como terapia para retardar a evolução da doença.</p><p><i><b>“(…) Não faço a mínima ideia do porquê de estar aqui a sangrar letras, números e símbolos, só sei que ajuda. A mente deixa de mentir e o pânico descruza os braços, à procura da próxima vítima. Deixá-lo ir! (…)”</b></i></p><p><b><i>“(…) O cheiro da tinta acalma-me, o som da esfera a escorregar seduz-me, a imagem desta imensidão da folha vicia-me. E enquanto as linhas deslizam e se cruzam e se tocam e se beijam e se amam e se orgasmam, eu vivo mais um pouco. (…)”</i></b></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9JAbENyaqTN6sq_Yd0DikupAa-hixQyJSGriDLIJERA-Yl7-DqxtN-Flx5xXBjZv6XypSW8CjLZ2zQ-xJKYpXW1vPFmVtmz1FvWS21FwbTJL9XylTWdEIa0vLGg65AoJfeVQfjsc1vTY9bRE2prijXfU6LC81KaE9H58Yg4JLA1QLQBDWakzUs3utW4w/s900/pedro_almeida_Maia.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9JAbENyaqTN6sq_Yd0DikupAa-hixQyJSGriDLIJERA-Yl7-DqxtN-Flx5xXBjZv6XypSW8CjLZ2zQ-xJKYpXW1vPFmVtmz1FvWS21FwbTJL9XylTWdEIa0vLGg65AoJfeVQfjsc1vTY9bRE2prijXfU6LC81KaE9H58Yg4JLA1QLQBDWakzUs3utW4w/s320/pedro_almeida_Maia.jpg" width="320" /></a></div>A estrutura e a construção narrativa aliciam e a leitura flui como um rio para a foz.<p></p><p><b><i>“(…) A nossa mente não sabe o que é a felicidade, nem sequer do que necessitamos para ser felizes. É um estado de graça que só reconhecemos quando o habitamos. (…)”</i></b></p><p>Pedro Almeida Maia tinha este tesouro guardado, mas em boa hora lhe deu uso público.</p><p>Os leitores agradecem.</p><p><br /></p><p>Aníbal C. Pires, Arranhó, 13 de fevereiro de 2024</p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-54846839608624641652024-02-07T18:00:00.001-01:002024-02-07T18:00:00.128-01:00o que mudou, ou não<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqxzCzcI4DnDY0YEy6lJ6H9P8Os0lGMqA7iMC8Ak_zNyczcvfnFJlmM_72Q4ZWtSlCTFIIAFzJpCOMwYjOZC_o52fRIt668TtmNedDLlIFdb4DMkPP3ZoFVZtSl00xisiThLQbFrOey08-1hvjygvZGWB09AWKZs6dq7BwilrVYdwN7bSR5oya4iRR-t0/s300/alraa.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="210" data-original-width="300" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqxzCzcI4DnDY0YEy6lJ6H9P8Os0lGMqA7iMC8Ak_zNyczcvfnFJlmM_72Q4ZWtSlCTFIIAFzJpCOMwYjOZC_o52fRIt668TtmNedDLlIFdb4DMkPP3ZoFVZtSl00xisiThLQbFrOey08-1hvjygvZGWB09AWKZs6dq7BwilrVYdwN7bSR5oya4iRR-t0/s1600/alraa.png" width="300" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b>s atos eleitorais têm como principal objetivo alterar os quadros políticos e parlamentares, mas sobretudo o rumo, ou assim deveria ser, das opções políticas do poder executivo assente em maiorias absolutas, em acordos de incidência parlamentar, ou como foi o caso de 2015 em acordos bilaterais de vários partidos (PCP, “Os Verdes” e o BE, com o PS). Com exceção deste último e concreto caso, pouco muda nos parlamentos portugueses (AR, ALRAA e ALRAM) e, por consequência, no poder executivo. As mudanças têm sido de protagonistas e não de políticas, por outro lado se atendermos à diversidade das representações verificam-se, substantivas, diferenças ainda que as agendas políticas dos partidos que foram ganhando assento parlamentar pouco, ou nada, tenham contribuído para que, o essencial, das opções se alterassem a favor dos trabalhadores e das populações. Satisfizeram-se clientelas segmentadas por reivindicações que em nada contribuíram para resolver o problema da exclusão, da pobreza, da precariedade, do desemprego, da produção nacional e dos micro, pequenos e médios empresários, da desertificação e promoveram a concentração da riqueza, isto para além de introduzirem na discussão política e mediática assuntos que, sendo importantes, não são prioritários para quem a grande luta diária é colocar pão na mesa para alimentar a família. <p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>e considerarmos, apenas a Região Autónoma dos Açores, a situação é ainda mais gravosa. Para o comprovar basta atentar aos indicadores sociais e económicos, descodificá-los, procurar pelas razões (opções políticas) que lhe estão na origem e que a autonomia regional nunca quis ou soube resolver.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">H</span></b>ouve um tempo em que, por força das responsabilidades políticas que detive, fazia as análises dos resultados eleitorais logo que eram conhecidos. Deixei de o fazer e, a norma tem sido evitar emitir opinião, no imediato, mas também depois de alguma reflexão. Desta vez vou quebrar a regra e tecer algumas considerações sobre as escolhas dos eleitores e o que daí adveio, mas também sobre eventuais cenários que possibilitem a formação do futuro governo, o seu significado e o que daí pode resultar para o futuro destas ilhas e deste povo.</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisIb2I63kAyBywJFIMeTyq1u5ShqXUQUfrahjeKH_YJs88FMo6A3SNqrw4_JFgCS00ZuA_07Dtzh1KNBmPKIJIGhzg4fj8uiibAOHHb4cUPXILJWyiHQDxTa7IYx7TtAfNOukAmZpeFKJxEchCxF-4OlerYxAbjpQOmKy-FQiiZTePJz2VDqLXUqCsxWU/s750/mudanca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisIb2I63kAyBywJFIMeTyq1u5ShqXUQUfrahjeKH_YJs88FMo6A3SNqrw4_JFgCS00ZuA_07Dtzh1KNBmPKIJIGhzg4fj8uiibAOHHb4cUPXILJWyiHQDxTa7IYx7TtAfNOukAmZpeFKJxEchCxF-4OlerYxAbjpQOmKy-FQiiZTePJz2VDqLXUqCsxWU/s320/mudanca.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b>s efeitos pós-eleitorais, que resultam das opções do voto popular, no quotidiano da generalidade das populações não tem sofrido alterações de monta e, face aos resultados eleitorais dos Açores, do passado domingo, não se afigura que ocorram melhorias, por outro lado “o dito por não dito” das promessas eleitorais e a prática do exercício do poder afastam os cidadãos do direito e dever do voto, esta não será a única variável que justifica o fenómeno da abstenção, mas tem a sua importância. Sim, é verdade. A abstenção inverteu a sua tendência e baixou (55% em 2020; 50% em 2024), num quadro de aumento do número de eleitores (mais 11mil), o que pode ser justificado, por um lado pela habitual bipolarização e, por outro pelo voto de protesto que se concentrou, no essencial, no partido liderado por José Pacheco, mas também pela diversificada oferta eleitoral que terá mobilizado alguns eleitores a ir às urnas e exercer o direito e o dever de votar.</div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> vitória da coligação PSD, CDS e PPM, como era expetável, foi “expressiva”, mais 5300 votos que a soma dos votos obtida pelos três partidos em 2020 e, o mesmo número de deputados, ou seja 26 (em 2020 o PSD elegeu 21, o CDS 3 e o PPM 2) ou seja, a vitória tem um sabor agridoce: faltam 3 deputados para a maioria absoluta. Contas feitas o PSD, o CDS e o PPM, não têm razões para grande contentamento.</p><p><b><span style="font-size: x-large;"></span></b></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikaiteOklba5-ZkjfRSLFZo1qOgf7RibuUrrxsT2KNCLxNG-bMRHczwPVvHgAkJx_W3cQKCza72u874YZcdudaKeGuYol6CvzibNPWyyRmpj8MK9qcBOSa6JB5sthafvsIuR4hE-1GnL6bDGTyhOoUci6LkUSZM-hFG109EBTqvZEWrMaDAU69lb-aZbs/s1080/ALRAA1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="880" data-original-width="1080" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikaiteOklba5-ZkjfRSLFZo1qOgf7RibuUrrxsT2KNCLxNG-bMRHczwPVvHgAkJx_W3cQKCza72u874YZcdudaKeGuYol6CvzibNPWyyRmpj8MK9qcBOSa6JB5sthafvsIuR4hE-1GnL6bDGTyhOoUci6LkUSZM-hFG109EBTqvZEWrMaDAU69lb-aZbs/s320/ALRAA1.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>s eleições regionais antecipadas foram provocadas pelo chumbo do orçamento regional para 2024 e pelos jogos de bastidor de Marcelo Rebelo de Sousa. A interrupção da governação, por norma, beneficia o(s) partido(s) que foram apeados do poder e penaliza quem esteve na origem da abrupta descontinuidade governativa. Os resultados eleitorais das eleições açorianas não confirmam a norma. O PSD/CDS/PPM mantêm o número de deputados e os responsáveis locais pela queda do governo foram premiados pelos eleitores. A IL aumentou a sua base apoio eleitoral (mais 470 votos) e o Chega, este sim com uma subida assinalável, cresceu para 5 deputados e dobrou o número de votos, ou seja, os parceiros parlamentares que estiveram na origem da queda do governo regional foram beneficiados pelos eleitores.<p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>inda antes de me referir a outros resultados importa dizer que este cenário implica, sempre, o necessário apoio do Chega para que a coligação de direita possa vir a manter-se no poder, isto se a opção, passar por formar um governo minoritário, pois, mesmo com o eventual apoio da IL (um deputado) e do PAN (um deputado) isso perfaz, apenas, vinte e oito deputados, faltando um para a maioria absoluta, de onde resulta que o Chega será sempre determinante na sobrevivência de um governo da coligação PSD/CDS/PPM, ou para a formação de uma coligação governamental alargada ao Chega. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>s declarações de José Manuel Bolieiro e de José Pacheco, na noite eleitoral, valem o que costumam valer: muito pouco; é por estes dias que tudo se irá resolver e encontrar justificações para que seja encontrada uma solução governativa, pois, não estou em crer que a coligação abdique do poder e, muito menos que o Chega queira desperdiçar o resultado que obteve e poderá, num outro cenário, não voltar a repetir-se. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>obre a gestão que o PSD/CDS/PPM irá fazer para formar governo com ou sem o Chega, abstenho-me de fazer qualquer comentário, embora considere que o PSD tem aqui, mais uma vez, uma situação muito delicada para gerir internamente. Quanto ao CDS e ao PPM é indiferente, desde logo, por não existirem enquanto partidos para além dos líderes e, por outro lado, pelo oportunismo político que os carateriza e da sua disponibilidade para tudo aceitar e não serem arredados do poder que, em 2020, lhes caiu no colo.</p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirZw8t0zNs_7qlSSA3JhPerCMJM5_hbSjN7aIZ40ymbZhymZZN_MGabvYw7fDNTHD8pq5JhsYjgJJYYhiJLs0QUJbJ86eg4K1YQMy62Ev03BwQKpQrnnjiZiLGxbw7ffxp23_5y14zJFzptqOrvOh5ZY6yvAXRq7FjA6FxT9EhYbZkiUshz7uvEM7ZEoQ/s1080/praia_vit%C3%B3ria.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirZw8t0zNs_7qlSSA3JhPerCMJM5_hbSjN7aIZ40ymbZhymZZN_MGabvYw7fDNTHD8pq5JhsYjgJJYYhiJLs0QUJbJ86eg4K1YQMy62Ev03BwQKpQrnnjiZiLGxbw7ffxp23_5y14zJFzptqOrvOh5ZY6yvAXRq7FjA6FxT9EhYbZkiUshz7uvEM7ZEoQ/s320/praia_vit%C3%B3ria.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>foto de Aníbal C. Pires</b></td></tr></tbody></table></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b> PS aumentou o número de eleitores e perdeu dois deputados, sendo um resultado esperado, ou seja, perder as eleições para a coligação, não configura um afundamento eleitoral e, quiçá voltará a ter o maior grupo parlamentar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, uma vez que os partidos da coligação constituirão os seus próprios grupos. A incapacidade do PS em se libertar do passado, não se ter assumido uma oposição forte e com um projeto alternativo, esperando, sem levantar muitas ondas, que o desgaste da solução governativa “arranjada” em 2020 se esboroasse eleitoralmente. O que, como se verificou, não veio a acontecer, aliás sem surpresa.</div><p></p><p style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b> resultado do BE não me surpreendeu. Perdeu um deputado e mais de mil votos. A inconsistência política deste agrupamento partidário e passado que foi o auge de resposta às agendas dos movimentos sociais inorgânicos, justifica o seu declínio eleitoral nos Açores.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">P</span></b>or fim algumas palavras sobre os resultados obtidos pela CDU (coligação PCP/PEV). Ao contrário do sempre anunciado e desejado não submergiu eleitoralmente, tendo mesmo aumentado ligeiramente o número de votos, ainda que não tivesse sido suficiente para a eleição de um deputado. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> CDU é a terceira força política mais votada em quatro (Corvo, Flores, Faial e S. Jorge) das nove ilhas açorianas o que não é um dado de somenos importância e comprova uma dimensão regional que outros partidos não dispõem e que beneficiaram do voto urbano de Ponta Delgada para garantir a eleição de um deputado.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">P</span></b>assada a euforia da noite eleitoral e dos discursos inflamados abate-se a realidade sobre os vencedores e os perdedores e, afinal, o que mudou foi muito pouco. As mesmas forças políticas representadas na ALRAA. O PSD/CDS/PPM a depender de terceiros, politicamente pouco confiáveis, para sobreviver. A esperada continuidade das políticas que colocam em causa a sustentabilidade de um modelo de desenvolvimento inclusivo e de promoção do bem-estar para quem aqui reside e trabalha.</p><p>Ponta Delgada, 6 de fevereiro de 2024 </p><div>Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 7 de fevereiro de 2024</div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-88566153508795364192024-02-06T23:45:00.000-01:002024-02-06T23:45:28.697-01:00não foi o PSD, foi a coligação PSD/CDS/PPM<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhITihYUQ3INrQc3Kg5Bq9IOaiaB8B9BNzV4WSQJQk6QRaVU1IbJD3VzqbfY-Nye4-6z9vcuiLD2tRFAifMxb4pqh0THXRVRpSWLeG8uevej_Cv4n4tKe3TR98QPYTC5uJNXgEjjORJU4EykVVtNOi_YoUA1S9yjy9QiZcLL2DaLYA_TzqkbS8UXMHDpzg/s1348/resultados_A%C3%A7ores2024.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="939" data-original-width="1348" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhITihYUQ3INrQc3Kg5Bq9IOaiaB8B9BNzV4WSQJQk6QRaVU1IbJD3VzqbfY-Nye4-6z9vcuiLD2tRFAifMxb4pqh0THXRVRpSWLeG8uevej_Cv4n4tKe3TR98QPYTC5uJNXgEjjORJU4EykVVtNOi_YoUA1S9yjy9QiZcLL2DaLYA_TzqkbS8UXMHDpzg/s320/resultados_A%C3%A7ores2024.png" width="320" /></a></div><b>Quem ganhou</b> as eleições na Região Autónoma dos Açores f<b>oi a coligação PSD/CDS/PPM</b>,<b> não foi o PSD.</b><p></p><p>Parece-me claro como água, mas vá-se lá saber em nome de que santinho a comunicação social e alguns comentadores vão dizendo, sem vergonha nenhuma, que o PSD venceu as eleições açorianas. </p><p>Isto é mentir descaradamente, não é informar.</p><p><b>Que os dirigentes partidários da coligação PSD/CDS/PPM tentem, como fizeram com o chumbo do orçamento para 2024, responsabilizar o PS pela eventual, crise política que possa acontecer caso a coligação não chegue a acordo, parlamentar ou governativo, com o “basta”, até compreendo. </b></p><p><b>Que esta posição seja assumida por comentadores da região e do país e por dirigentes políticos do próprio PS no continente, parece-me uma aberração, embora com propósitos claros.</b></p><p>O PS Açores fará o que muito bem entender, mas não me parece politicamente aceitável que seja da sua responsabilidade a viabilização de um governo da coligação PSD/CDS/PPM.</p><p><br /></p><p>Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 6 de fevereiro de 2024</p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-76603335837212021962024-02-06T10:58:00.000-01:002024-02-06T10:58:05.429-01:00sem alternativa<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi58-8aj5axXM_RIoo4dWjPjtu8EiPOZmU9mfAAIE3Lxl41a37MUfQRPsQ_3ljdX2CT8GX3NtEw4bidoPilSl5bYmHiqlpmo8gzj5OsPoX_Ar_3DdvGwDxd3CYVk2zo_AdvkG_aEVm0lNH0PEDuUyloesg9fSEa_GG2l2K90ufaD9AutWhVwl9q0qjXBj4/s1080/ALRAA1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="880" data-original-width="1080" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi58-8aj5axXM_RIoo4dWjPjtu8EiPOZmU9mfAAIE3Lxl41a37MUfQRPsQ_3ljdX2CT8GX3NtEw4bidoPilSl5bYmHiqlpmo8gzj5OsPoX_Ar_3DdvGwDxd3CYVk2zo_AdvkG_aEVm0lNH0PEDuUyloesg9fSEa_GG2l2K90ufaD9AutWhVwl9q0qjXBj4/s320/ALRAA1.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><br /><br /></p><p><br /></p><p>Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-size: large;">(...) Ainda antes de me referir a outros resultados importa dizer que este cenário implica, sempre, o necessário apoio do Chega para que a coligação de direita possa vir a manter-se no poder, isto se a opção, passar por formar um governo minoritário, pois, mesmo com o eventual apoio da IL (um deputado) e do PAN (um deputado) isso perfaz, apenas, vinte e oito deputados, faltando um para a maioria absoluta, de onde resulta que o Chega será sempre determinante na sobrevivência de um governo da coligação PSD/CDS/PPM, ou para a formação de uma coligação governamental alargada ao Chega. (...)</span></p>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-87331289115325716182024-02-05T15:54:00.003-01:002024-02-05T15:54:21.666-01:00o dia seguinte<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguRQdPSszbhPRIKaaO2bz0HL_8Spq0G8fUmyfvlUPBbBkTcfRHCjylCg68wJfN0D4mrQWDYk3XhNtxuiBZJ7PmTnQJQv5VqzMCU_aJiGqvcLiQIhV1z22wn3ukT8KK57V3xud2Go_JHKLJrqdpUEMhfA_qB40MRvgydEIkwEzhpSmH4tltwEQSNMLsMBI/s1755/Durval_Mendon%C3%A7a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1755" data-original-width="1713" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguRQdPSszbhPRIKaaO2bz0HL_8Spq0G8fUmyfvlUPBbBkTcfRHCjylCg68wJfN0D4mrQWDYk3XhNtxuiBZJ7PmTnQJQv5VqzMCU_aJiGqvcLiQIhV1z22wn3ukT8KK57V3xud2Go_JHKLJrqdpUEMhfA_qB40MRvgydEIkwEzhpSmH4tltwEQSNMLsMBI/w195-h200/Durval_Mendon%C3%A7a.jpg" width="195" /></a></div>Conhecidos os resultados eleitorais das eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores é hora de dar continuidade à luta que travamos quotidianamente e de preparar os novos atos eleitorais.<p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH5k526k4cBM_wKFXu_kTQMyrI9s5wXuAz4ESMmhrX61c6iO_hr3oFabZ9-6TR1bQdKi6bIA-oEp-3oTU9MctkGiNhJq90eQ91XWvVzwo4a6F2Z4zsWDB-I9sK78FnXCDzjWX5-7bB0Rl-mIUCXhyphenhyphenCSCe0ysbL_T0tl-QHaoxHUktgQd6ydk2_nnKQmtA/s776/luisa_corvelo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="688" data-original-width="776" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH5k526k4cBM_wKFXu_kTQMyrI9s5wXuAz4ESMmhrX61c6iO_hr3oFabZ9-6TR1bQdKi6bIA-oEp-3oTU9MctkGiNhJq90eQ91XWvVzwo4a6F2Z4zsWDB-I9sK78FnXCDzjWX5-7bB0Rl-mIUCXhyphenhyphenCSCe0ysbL_T0tl-QHaoxHUktgQd6ydk2_nnKQmtA/w200-h178/luisa_corvelo.jpg" width="200" /></a></div><p></p><p>Não elegemos o deputado que poderia fazer a diferença, mas a nossa luta não se esgota nas batalhas eleitorais. Retomamos, já hoje, e todos os dias que se seguirão a este, como fazemos desde 1921, a luta pela Liberdade, pela Democracia e pelo Socialismo.</p><p><br /></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtpnmv_7lnVGlUSr4vgTaSIVpTFcn05ojjzfnr8eO8wo3JadE-ZARpiWwcuMGBBP9dzWq26TpOMCL_FBfrj0WF-NF2NgASaxDUo7ZIF6o7tCCDmI2kO3bWQcOQ50qxJPuI_KV58ohjiHnv_tspuw9WS3DCt90PyQsGq_vqkciKvnwdzk2ZMe7jpFUbE8/s206/paula.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="206" data-original-width="206" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtpnmv_7lnVGlUSr4vgTaSIVpTFcn05ojjzfnr8eO8wo3JadE-ZARpiWwcuMGBBP9dzWq26TpOMCL_FBfrj0WF-NF2NgASaxDUo7ZIF6o7tCCDmI2kO3bWQcOQ50qxJPuI_KV58ohjiHnv_tspuw9WS3DCt90PyQsGq_vqkciKvnwdzk2ZMe7jpFUbE8/s1600/paula.jpg" width="206" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p>Mas hoje é também dia de agradecer a todos os candidatos da CDU que com determinação e coragem, é necessária muita, deram rosto e voz ao projeto político transformador que a CDU propõe para os Açores e para Portugal.</p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVvsIk-foi4WSMoY4yiMkRHd4HS602iOok1IczUEYugKc3moFdMU4GcRdpSOs2xdMM4K5ApwASuZRyQb8JUj-Q9G2Xt1X61-OzoNw3zzHyIGyuYY96tB3Z9wrIhXCI_11rNliU7q_xYNJsJ-NMg8O3zNDcgHv3vyF_9d887oFvU999BsKTexcXPdjEfM8/s1276/salgado%20almeida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1276" data-original-width="1276" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVvsIk-foi4WSMoY4yiMkRHd4HS602iOok1IczUEYugKc3moFdMU4GcRdpSOs2xdMM4K5ApwASuZRyQb8JUj-Q9G2Xt1X61-OzoNw3zzHyIGyuYY96tB3Z9wrIhXCI_11rNliU7q_xYNJsJ-NMg8O3zNDcgHv3vyF_9d887oFvU999BsKTexcXPdjEfM8/w200-h200/salgado%20almeida.jpg" width="200" /></a></b></div><b><br /><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVWQ_ck7BzlwMlvjoep6AnVJiOM2u4zJE8cY-S8jW2RO1EGuJb0veg9i8LkHbhBraNAfM2HB7rImRQdPw8aGsBavnORJgBHEQGPOu-EjGJ_yjVvBpMfBLtLjwBTPFv_E49UenSIoUV53NTkMmdzfdEHMKJXcqtA0pwSOjx765bKDeZt-vtvaJtC0PSXCw/s705/Paulo_Correia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="705" data-original-width="659" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVWQ_ck7BzlwMlvjoep6AnVJiOM2u4zJE8cY-S8jW2RO1EGuJb0veg9i8LkHbhBraNAfM2HB7rImRQdPw8aGsBavnORJgBHEQGPOu-EjGJ_yjVvBpMfBLtLjwBTPFv_E49UenSIoUV53NTkMmdzfdEHMKJXcqtA0pwSOjx765bKDeZt-vtvaJtC0PSXCw/w187-h200/Paulo_Correia.jpg" width="187" /></a></b></div><b><br /><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqCIoBMjms833u2ARKGBidzGnqQZ5EKLJi3kSTMo614xb-PjACYIatZcLcfGxEEccHkqQxZKKMGXCEeyXjvRfy5P5zLZ9MsP7Zgg26AKA79TjVjryqtMCumKIRV8AxONl4gOYL9yz_EtBrCIdtvaZLTrKmttC__Yr18BCV9gh7eiZhZNYwnlivl8YQj0A/s1811/joana_fonseca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1811" data-original-width="1449" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqCIoBMjms833u2ARKGBidzGnqQZ5EKLJi3kSTMo614xb-PjACYIatZcLcfGxEEccHkqQxZKKMGXCEeyXjvRfy5P5zLZ9MsP7Zgg26AKA79TjVjryqtMCumKIRV8AxONl4gOYL9yz_EtBrCIdtvaZLTrKmttC__Yr18BCV9gh7eiZhZNYwnlivl8YQj0A/w160-h200/joana_fonseca.jpg" width="160" /></a></b></div><b><br /><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt2qOX2dj9fGU_8hIOUstZrH5yBHko5jAmsfA414KGZekcQMx0deWCJS6JR66jgh5Pou_DzH_NJnZWvda-r7v6wRmH0rXfawtwyxYua1I10H7AprUjzW0uJNVVK2uKFiixOXTOGlW-KR2YqUdYIcIS9nxGuXysLILP4b2Wg_iFu6OS3B1vvJpIxpQnOd8/s1700/candidato%20terceira.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1700" data-original-width="1360" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt2qOX2dj9fGU_8hIOUstZrH5yBHko5jAmsfA414KGZekcQMx0deWCJS6JR66jgh5Pou_DzH_NJnZWvda-r7v6wRmH0rXfawtwyxYua1I10H7AprUjzW0uJNVVK2uKFiixOXTOGlW-KR2YqUdYIcIS9nxGuXysLILP4b2Wg_iFu6OS3B1vvJpIxpQnOd8/w160-h200/candidato%20terceira.jpg" width="160" /></a></b></div><b><br /><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtSu8h9c5pA-j4PYq3Jakzm-xiK3zXzQd9Sua5qg1bsSfnDCaoVu9kS7mNw6GjxhUg3KEq5QQuRolrDVtfP7uW1GbVgRqvHHx2TIEjEbYFnX7tZmM-rAV_a3PcCcf-FAFsMIDj403ccAgibxzYWRRGYGJcaaAIY8YuKgmOgJ8HtMeeDr3yPOCheoc9wb4/s1414/rui.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1203" data-original-width="1414" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtSu8h9c5pA-j4PYq3Jakzm-xiK3zXzQd9Sua5qg1bsSfnDCaoVu9kS7mNw6GjxhUg3KEq5QQuRolrDVtfP7uW1GbVgRqvHHx2TIEjEbYFnX7tZmM-rAV_a3PcCcf-FAFsMIDj403ccAgibxzYWRRGYGJcaaAIY8YuKgmOgJ8HtMeeDr3yPOCheoc9wb4/w200-h170/rui.jpg" width="200" /></a></b></div><b><br /><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqWPQ48VwN0CssLhaXZcZM7yJbyMcPOmSupPu9DxEV1VaIFX95r2Mi2P2dYvn9fh1_8l0sY35tgvJLGC3oPV6wttpXY8AsqtMQIJ8g1QdUZhNY4gAoCa78VOZ496i_PS2Jq9ZsrJjzbBiJFCMBZLBOwDrpTojCgr6_jBD6H_kZTQtVLlbZc7Udy2LaOwY/s1332/ana_loura.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1332" data-original-width="1066" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqWPQ48VwN0CssLhaXZcZM7yJbyMcPOmSupPu9DxEV1VaIFX95r2Mi2P2dYvn9fh1_8l0sY35tgvJLGC3oPV6wttpXY8AsqtMQIJ8g1QdUZhNY4gAoCa78VOZ496i_PS2Jq9ZsrJjzbBiJFCMBZLBOwDrpTojCgr6_jBD6H_kZTQtVLlbZc7Udy2LaOwY/w160-h200/ana_loura.jpg" width="160" /></a></b></div><b><br />Ao Durval, no Corvo; à Luísa, nas Flores; à Paula, no Faial, ao Salgado Almeida, em S. Jorge; ao Paulo, no Pico; à Joana, na Graciosa; ao Pedro, Terceira; ao Rui, em S. Miguel; e, à Ana, em Santa Maria; o devido reconhecimento pelo trabalho de contatos e esclarecimento que produziram durante a campanha eleitoral. Muito obrigado pelo contributo que deram e dão na luta pelos Açores e pelas suas gentes. Reconhecimento e agradecimento que estendo a todos os outros candidatos, ativistas, militantes, simpatizantes e eleitores da CDU.</b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh1zcJ-mVwhv0G13kGBBeHOYQ6sFPG4KSAbfJVUv-APMlTi7aK7l7jdlfLvRNa8oe9QCzqGvalyx0bZelTutbI7dB8FMQXAorSa6fkel9N7j9AdEbVCPwCy9LhR7FE8m-ixo2jrzLDgtIUBEeRzUP1_i3ZGPBRJhbBLN2oTblvPUMranDCzbvi8ewbKx0/s2048/henrique-levy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh1zcJ-mVwhv0G13kGBBeHOYQ6sFPG4KSAbfJVUv-APMlTi7aK7l7jdlfLvRNa8oe9QCzqGvalyx0bZelTutbI7dB8FMQXAorSa6fkel9N7j9AdEbVCPwCy9LhR7FE8m-ixo2jrzLDgtIUBEeRzUP1_i3ZGPBRJhbBLN2oTblvPUMranDCzbvi8ewbKx0/w200-h133/henrique-levy.jpg" width="200" /></a></b></div><b><br /><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsGQPpK48xNJwJ4KDIdnCUqcsgH8hBW9TLMJYwbHYyVNBLbUTa8V1SG8SFEPbmg3w7gAH-WrN3K-GIAOYDn08ta53O2KI4KL2ogS9sbLO3tVzo4yda0sn2LEjODlicE16xiybHdvskhA-LEqNB6-_AHfnVQh9lEBUah7xAqKFlz9Fr67dVYry4ZAt0Nfc/s1326/marco.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="696" data-original-width="1326" height="105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsGQPpK48xNJwJ4KDIdnCUqcsgH8hBW9TLMJYwbHYyVNBLbUTa8V1SG8SFEPbmg3w7gAH-WrN3K-GIAOYDn08ta53O2KI4KL2ogS9sbLO3tVzo4yda0sn2LEjODlicE16xiybHdvskhA-LEqNB6-_AHfnVQh9lEBUah7xAqKFlz9Fr67dVYry4ZAt0Nfc/w200-h105/marco.jpg" width="200" /></a></b></div><b><br />Ao Henrique Levy, Mandatário Regional, e ao Marco Varela, Coordenador Regional</b> do PCP, deixo um forte abraço e um agradecimento especial, pois, sem o vosso contributo, o mais visível e o que foi feito longe dos holofotes mediáticos, não teria sido possível a obtenção deste resultado, que não nos satisfaz, mas que não nos quebranta.<p></p><p>Obrigado!</p><p>Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 5 de fevereiro de 2024 </p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-67895660211657506202024-02-04T10:59:00.001-01:002024-02-04T10:59:08.602-01:00Alma Rivera - a abrir fevereiro<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhewnUT5T0rdCgllZoFA087isk4U2bisFzB5m_GL0niG_YOi0y9AkSBMlRsd8DMtXNkLaIncmrEbYordSxdSR-YD8sAF0Oxfk5Lb-gZByvhEzYNw_f3RZvqCBmITdyVntBk4OpRscLODFNCgqnBgiIwJLSCRk-9Yp5xHBisnI722HfABYY4CEY91tokvQI/s600/alma_rivera.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="600" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhewnUT5T0rdCgllZoFA087isk4U2bisFzB5m_GL0niG_YOi0y9AkSBMlRsd8DMtXNkLaIncmrEbYordSxdSR-YD8sAF0Oxfk5Lb-gZByvhEzYNw_f3RZvqCBmITdyVntBk4OpRscLODFNCgqnBgiIwJLSCRk-9Yp5xHBisnI722HfABYY4CEY91tokvQI/s320/alma_rivera.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">Alma Rivera - imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><br />Uma jovem mulher que não abdica de participar na luta política em defesa dos valores da revolução de Abril.</p><p><b><span style="font-size: large;"><a href="https://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/Biografia.aspx?BID=5706" target="_blank">Alma Rivera</a></span></b> é um exemplo de participação ativa na defesa da liberdade e democracia e a reafirmar, todos os dias, que o lugar da mulher é: onde ela quiser.</p><p>Lindas são as mulheres que lutam.</p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-84713936430291457092024-01-24T23:27:00.000-01:002024-01-24T23:27:17.883-01:00 palavras leva-as o vento <p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic3zPUj9ECpPpa2PJXuwKPo4o11KYALekjZBijTcZ6OvmV1GNbhPJ6fSE2LuIw-bIWDEoYpMWQrKgGETTI8WjQvDxqNirE3rmk06GVWWOA3yQDGCfoPxV7agSoq6QOnyJqjfnLy1f8D2wspdkYCMlEdDWixHuNy8bQ-oa8ENrtOUNidZh3B9CUDbKF3A8/s275/amizade.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic3zPUj9ECpPpa2PJXuwKPo4o11KYALekjZBijTcZ6OvmV1GNbhPJ6fSE2LuIw-bIWDEoYpMWQrKgGETTI8WjQvDxqNirE3rmk06GVWWOA3yQDGCfoPxV7agSoq6QOnyJqjfnLy1f8D2wspdkYCMlEdDWixHuNy8bQ-oa8ENrtOUNidZh3B9CUDbKF3A8/w320-h213/amizade.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>mizade, confiança, seriedade, liberal. Não são palavras vãs, mas há quem as vulgarize retirando-lhes os atributos que lhes estão inerentes.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>mizade, confiança, seriedade, liberal. Não são apenas palavras, são conceitos significantes cujo valor só é real se for reconhecido pelo “outro”, e não se for imposto, isto é, não basta afirmá-lo repetidamente, para que se transforme numa verdade, conquanto a publicidade e a propaganda política se sirvam destas e de outras palavras para vender um produto, ou convencer eleitores. O imediatismo e o mediatismo, a par da generalização da estupidificação, assim o permitem.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">R</span></b>aros são, os consumidores e eleitores que leem os rótulos, com a composição dos produtos que adquirem, ou os programas eleitorais que, mais do que os protagonistas e as palavras de circunstância, servirão de justificação para as opções políticas das quais, mais tarde, constataremos que, afinal, são contrárias aos interesses da generalidade da população. Veja-se o caso recente da eleição de Javier Milei para a presidência da Argentina e as manifestações populares que, passadas poucas semanas da eleição, aconteceram para contrariar um pacote de medidas neoliberais que Milei quer implementar. Em Portugal exemplos, como o da Argentina, são diversos, todos estaremos lembrados, e têm acontecido com os protagonistas do costume. Aconteceu com governos do PS, aconteceu com governos do PSD, e sempre, sempre, com a cumplicidade ativa do CDS.</p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzonindeMQVTIDiVIiwFxQaEfht-QjQLuAILEBon-aHb18AQFU-TcLozjnXewEQOsV6BmkG4PkQn5AlBMmy0jylU10lkJOkHXVYyhA1lfFET1XU-l7BS9HRBmIZUB-hZyX04EUCFAdi2vpKIN7eJ5f29VMoM-B57m2XODuMjUTBDcg7z2ZFnif4vtIfwk/s2084/megaphone.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1269" data-original-width="2084" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzonindeMQVTIDiVIiwFxQaEfht-QjQLuAILEBon-aHb18AQFU-TcLozjnXewEQOsV6BmkG4PkQn5AlBMmy0jylU10lkJOkHXVYyhA1lfFET1XU-l7BS9HRBmIZUB-hZyX04EUCFAdi2vpKIN7eJ5f29VMoM-B57m2XODuMjUTBDcg7z2ZFnif4vtIfwk/s320/megaphone.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> escassez de tempo, dizem, obriga à síntese e tudo se reduz à imagem, às pequenas frases impactantes <i>(sound bites)</i> e à superficialidade. A invenção das frases impactantes foi de alguns agentes políticos à qual os jornalistas não resistiram a citar. Fiquemos a aguardar (talvez sentados) pelo regresso do jornalismo analítico e imparcial para que as nossas opções possam ser ancoradas em ideias, debates e conhecimentos, e não na cor dos olhos dos candidatos, ou na sua habilidade para produzir frases impactantes que podem soar bem, mas são ocas quanto ao conteúdo, e, bastas vezes, contrárias ao próprio projeto político grafado nos seus programas eleitorais.</div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>mizade, confiança, seriedade, liberal. São algumas das palavras que, recentemente, inundaram o espaço público regional e por aí se vão manter até ao dia 4 de fevereiro. Nas ruas, praças, avenidas e rotundas a propaganda partidária estática dá-nos conta do presidente amigo, ou de confiança, ou mesmo amigo e de confiança, levar a sério (agora é que é), políticos e políticas sérios, e, ainda, nem de esquerda nem de direita, a opção é liberal. Estes são apenas alguns exemplos de outros, mas são significantes, direi eu, para esta reflexão.</p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQr4XZ2Q7rUkrG1k3dhIsZbqRRfwA2YWIoOFQx4esZBvVyegGW5Qre_ztND-PzLdgBFSvP5YnZcED79aLcxqpndCmW6NcDBxXjO6-EphX5aSp2W3A_PCMa5VLPzf10gYwAMpi_5NeWJm1XanbXM4GKziwqeTcZag-6TN7xCkgn-mkicTScSZ8e1A72s00/s1000/enganos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQr4XZ2Q7rUkrG1k3dhIsZbqRRfwA2YWIoOFQx4esZBvVyegGW5Qre_ztND-PzLdgBFSvP5YnZcED79aLcxqpndCmW6NcDBxXjO6-EphX5aSp2W3A_PCMa5VLPzf10gYwAMpi_5NeWJm1XanbXM4GKziwqeTcZag-6TN7xCkgn-mkicTScSZ8e1A72s00/s320/enganos.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A </span></b>IL desde a sua génese utiliza uma propaganda enganosa, pois, ser liberal é um conceito que, por si só, diz muito pouco. Podemos ser liberais nos costumes, mas politicamente situarmo-nos nos antípodas do liberalismo económico, por outro lado ser liberal nos Estados Unidos é ser da “esquerda fofinha”, em Portugal, na Argentina e outras democracias liberais, ser liberal é ser da direita mais à direita do espetro partidário, ou seja, os potenciais eleitores da IL, se concretizarem a sua intenção de voto neste grupo político, irão votar à direita e na destruição do pouco que vai restando do Estado Social.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">L</span></b>evar os Açores a sério. Sempre! Porquê só agora!? O BE anda a flutuar em águas turvas e sem memória. Ou será que a seriedade não é uma qualidade intrínseca deste agrupamento político social-democrata e, se tem entretido com coisas sérias.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">I</span></b>nteressante é o lema do JPP. Política séria! Para quem tem vindo a saltitar de formação em formação partidária sempre com o propósito de se servir, bem poderia ter encontrado outro lema. Como diz o povo “não bate a bota com a perdigota”. Mas, estou certo disso, alguns eleitores irão inocentemente, outros nem tanto, dar o voto ao “saltitões”.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">C</span></b>onfiança é a breve mensagem política do PS e da coligação PSD, CDS e PPM. Não será por acaso que estes partidos, responsáveis pela governação e pelos resultados que dela decorrem e que nos mantêm na cauda da União Europeia, nada mais têm para dizer ao povo açoriano. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> confiança conquista-se, não se impõe, e confiança é coisa que, nem o PS, nem qualquer dos partidos da coligação PSD, CDS e PPM merecem dos eleitores açorianos, talvez por isso juntem à confiança outras palavras, como por exemplo, presidente e num dos casos até amigo, como se estas fossem eleições para uma qualquer presidência de amizades. A personalização, no caso da coligação de direita, é uma vã tentativa para esconder os incómodos parceiros de circunstância que o PSD traz pendurados e dos quais vai ter muitas dificuldades em se libertar, a não ser que os resultados eleitorais lhe sejam desfavoráveis, o que para alguns setores do PSD seria uma bênção.</p><p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjeYEq7inAVpgK0pXtyhKZBlBCirn1YyerAjq0gNRBoKy7N0CHCx5Z9ZeQGSguqUop90Iwldvx41-Pa0Bl1Ften8w6plGCNU8HXrkGX0sVBRCAhfEfjKFZ9U1v6EoJjjz3PwWhgecZdYF7ep5aVlvEtqGM2S1RCf-b4qH_LTbn8hU7Xlxo02TSytsZPV8/s895/cdu_bandeiras.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="690" data-original-width="895" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjeYEq7inAVpgK0pXtyhKZBlBCirn1YyerAjq0gNRBoKy7N0CHCx5Z9ZeQGSguqUop90Iwldvx41-Pa0Bl1Ften8w6plGCNU8HXrkGX0sVBRCAhfEfjKFZ9U1v6EoJjjz3PwWhgecZdYF7ep5aVlvEtqGM2S1RCf-b4qH_LTbn8hU7Xlxo02TSytsZPV8/s320/cdu_bandeiras.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>e estavam a pensar que a CDU não seria objeto de apreciação, pensaram mal. O mote da campanha eleitoral da CDU, “Mais CDU, vida melhor”, parte da premissa de que quando a CDU é reforçada eleitoralmente, número de votos e mandatos, a vida dos trabalhadores e das populações melhora e que essa melhoria está diretamente relacionada com a dimensão do apoio eleitoral que for conferido à CDU e à tradução no aumento do número dos eleitos. Ou seja, o voto na CDU é um voto útil, pois, os compromissos eleitorais são honrados, o que é reconhecido por militantes, apoiantes, simpatizantes, mas também pelos adversários políticos. É este património de ação e luta política que o mote “Mais CDU, vida melhor” traduz e que os eleitores, apoiando ou não a CDU, reconhecem. Se o mote eleitoral da CDU poderia ser mais assertivo, admito que sim, embora, no atual contexto e tendo em consideração o passado próximo me pareça adequada e digna. </div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>s palavras de ordem “Mais CDU, vida melhor”, são complementadas por: Palavra, Dignidade, Confiança. Também a CDU usa a palavra “Confiança”, dirão os leitores mais atentos. Assim é, mas aqui aparece devidamente contextualizada e bem acompanhada. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">É</span></b> uma opinião parcial! Dirá o leitor. E eu concordarei: - é sim como o são todas as opiniões por mais inócuas que possam parecer e esta nem sequer o pretende ser.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">C</span></b>onfiança, seriedade e amizade são palavras com um profundo significado e, convenhamos, não deviam ser usadas para atrair eleitores, se é que os vai arregimentar. Por outro lado, esta superficialidade e leviandade, afasta compreensivelmente, muitos cidadãos da ida às urnas, embora, esta demissão venha a favorecer eleitoralmente quem motivou o seu descrédito.</p><p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhURJcVhQkyKzMQ6gVlnI8du46-G292M4tA7AfN7dNutKtHxXuhPjYXce01-w3tDcirHwysh3wjnv33s0NtHP5Bq6wErB1LAlagH2oxCFYuG65DoGssp_PdHiM1BWTYlqteCNVx6-cHxQAuLj2BJfbLWNUOeJXq2RDvS7qt_O5QPhqcoD2ebIL1bSPvZUQ/s561/manipulacao-em-massa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="561" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhURJcVhQkyKzMQ6gVlnI8du46-G292M4tA7AfN7dNutKtHxXuhPjYXce01-w3tDcirHwysh3wjnv33s0NtHP5Bq6wErB1LAlagH2oxCFYuG65DoGssp_PdHiM1BWTYlqteCNVx6-cHxQAuLj2BJfbLWNUOeJXq2RDvS7qt_O5QPhqcoD2ebIL1bSPvZUQ/s320/manipulacao-em-massa.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> lógica da opção eleitoral da massa flutuante de eleitores é influenciada pela propaganda partidária, mas não só. Existem outros fatores, quiçá, mais importantes para a construção das escolhas eleitorais, quase sempre ancoradas em motivações subjetivas e, como tal, pouco racionais, aliás, esta será uma das razões, outras existem, com que se pode justificar o crescimento eleitoral de forças políticas de natureza fascizante. Sendo uma opção individual a escolha do apoio eleitoral traduzida num voto é, contudo, fortemente condicionada pela comunicação social e pelas sondagens que criam narrativas indutoras de cenários eleitorais ancorados em falsas premissas, mas que influenciam, por vezes à boca das urnas, o sentido de voto.<p></p><p><i><b><span style="font-size: x-large;">"I</span></b>a votar em si, mas votei no partido X pois havia o perigo do partido Y ganhar."</i> Perigo que nunca tinha existido, mas que a opinião mediática induziu. </p><p>Ponta Delgada, 23 de janeiro de 2024 </p><div>Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 24 de janeiro de 2024</div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-45682083791301124532024-01-23T18:23:00.002-01:002024-01-23T18:23:57.704-01:00palavras vãs <p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3qWaMU5ckXXDlpNiX_Jta2U3SI3AredS_uxnqgRV6BfcLiYdeTm7M2iwCTFj98e0JDxbzUWXuc6OtiUZYgbYVS5W1Z75aNdQsdIGtEkZxWqhtkTNG39zKYzycwDeTvcucocuLQOtfg1S_6idJxMrAWor2rUOufw2XXO-EGL_n43wxwo2sdTw7uOKfOPk/s1200/alraa2024.1200x0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3qWaMU5ckXXDlpNiX_Jta2U3SI3AredS_uxnqgRV6BfcLiYdeTm7M2iwCTFj98e0JDxbzUWXuc6OtiUZYgbYVS5W1Z75aNdQsdIGtEkZxWqhtkTNG39zKYzycwDeTvcucocuLQOtfg1S_6idJxMrAWor2rUOufw2XXO-EGL_n43wxwo2sdTw7uOKfOPk/s320/alraa2024.1200x0.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">imagem retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><br />Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p><span style="font-size: large;">(...) Amizade, confiança, seriedade, liberal. São algumas das palavras que, recentemente, inundaram o espaço público regional e por aí se vão manter até ao dia 4 de fevereiro. Nas ruas, praças, avenidas e rotundas a propaganda partidária estática dá-nos conta do presidente amigo, ou de confiança, ou mesmo amigo e de confiança, levar a sério (agora é que é), políticos e políticas sérios, e, ainda, nem de esquerda nem de direita, a opção é liberal. Estes são apenas alguns exemplos de outros, mas são significantes, direi eu, para esta reflexão. (...)</span></p>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-60728399596973808732024-01-20T14:56:00.005-01:002024-01-20T15:02:43.602-01:00Amílcar Cabral, pelos 51 anos da sua morte<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5KHK25YvUqTe8KX3zJq3wsA4E0UG77tRhyphenhyphenWxaQZit1pMyFQ7S26e2svfTc1bpzF9TD6J5hc9e_Hx1Glu3P8iWKo0Qp-zLN9meI0J1_IQ7FnkaIavUy_nCqAGEJBmN-9hq0xslhF1cb1FjQvR0i1iba8CfEjlAo0spHJomXO_D3hO6c8TveeHoK-lBTA/s420/amilcarcabral%201.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="279" data-original-width="420" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5KHK25YvUqTe8KX3zJq3wsA4E0UG77tRhyphenhyphenWxaQZit1pMyFQ7S26e2svfTc1bpzF9TD6J5hc9e_Hx1Glu3P8iWKo0Qp-zLN9meI0J1_IQ7FnkaIavUy_nCqAGEJBmN-9hq0xslhF1cb1FjQvR0i1iba8CfEjlAo0spHJomXO_D3hO6c8TveeHoK-lBTA/s320/amilcarcabral%201.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto retirada da internet</span></b></td></tr></tbody></table><div style="text-align: right;">Passam hoje 51 anos sobre a morte de Amílcar Cabral. O "momentos" assinala esta data prestando assim tributo ao líder que conduziu a luta armada, para a qual foi empurrado, pela independência da Guiné e Cabo Verde (quem fecha as portas à revolução pacífica abre as portas à revolução violenta).</div><p></p><p style="text-align: right;">Os caminhos do pós-independência foram diversos para estes dois países para os quais Amílcar sonhava paz, prosperidade, justiça social e económica. </p><p style="text-align: right;">Os herdeiros políticos de Amílcar Cabral destruíram, quer em Cabo Verde, quer na Guiné-Bissau, o seu projeto político e defraudam a cada dia o sonho e a utopia que mobilizou aqueles povos para se libertarem do colonialismo português.</p><p><i><b>"Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios."</b></i></p><p>Amílcar Cabral</p><div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaC-wFv3VufExBJh0zo7RnKKXIW4uWbtlo33glO5vrQtZEtMpfopV2D-7nD_AYtdotHd_C2PMP67XpD6846Gzpb8OoC4UD1AhtUl6t0doe5IBOxewSxmT2RWOTesn27flJyre9-DoCa4bIENGR5A7aK12ixsfew3ES6xEzFgqXJDwMUkd8ZuzLfG6JdeA/s1080/AmilcarCabral%202.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaC-wFv3VufExBJh0zo7RnKKXIW4uWbtlo33glO5vrQtZEtMpfopV2D-7nD_AYtdotHd_C2PMP67XpD6846Gzpb8OoC4UD1AhtUl6t0doe5IBOxewSxmT2RWOTesn27flJyre9-DoCa4bIENGR5A7aK12ixsfew3ES6xEzFgqXJDwMUkd8ZuzLfG6JdeA/s320/AmilcarCabral%202.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Madalena Pires (2016)</span></b></td></tr></tbody></table><br />O insurgente Amílcar, como todos os revolucionários, era um humanista e uma personalidade sensível às artes e à libertação pela cultura.</div><div><br /></div><div><div><i><b><span style="font-size: large;">A minha poesia sou eu</span></b></i></div><div><i><span style="font-size: large;"><br /></span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">… Não, Poesia:</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Não te escondas nas grutas de meu ser,</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">não fujas à Vida.</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Quebra as grades invisíveis da minha prisão,</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">abre de par em par as portas do meu ser</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">— sai…</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Sai para a luta (a vida é luta)</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">os homens lá fora chamam por ti,</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">e tu, Poesia és também um Homem.</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Ama as Poesias de todo o Mundo,</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">— ama os Homens</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Solta teus poemas para todas as raças,</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">para todas as coisas.</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Confunde-te comigo…</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Vai, Poesia:</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">Toma os meus braços para abraçares o Mundo,</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">dá-me os teus braços para que abrace a Vida.</span></i></div><div><i><span style="font-size: large;">A minha Poesia sou eu.</span></i></div><div><br /></div><div>Amílcar Cabral, em “revista Seara Nova”, 1946.</div></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-12724146011751703442024-01-10T18:00:00.002-01:002024-01-10T19:17:54.372-01:00a importância dos símbolos<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvYV9-h4TyBGM27xUHWqbIfZMG-12H2Y6A3__Wvd0n7rEQWu8oq9oiWSEAmS-mhe5A8XeqQE-zTWGFtULmP8OXiJRapV6cFUEHrcCLQjn4l_4jPVfhmHwpF2d98J9O1PQpChx1lNzjLuacJh6CZjFnkAe9cEjuAoSO3XBBTnVVR1n8mPddjgE5EnUAbk8/s1080/emigra%C3%A7%C3%A3o_A%C3%A7oriana.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvYV9-h4TyBGM27xUHWqbIfZMG-12H2Y6A3__Wvd0n7rEQWu8oq9oiWSEAmS-mhe5A8XeqQE-zTWGFtULmP8OXiJRapV6cFUEHrcCLQjn4l_4jPVfhmHwpF2d98J9O1PQpChx1lNzjLuacJh6CZjFnkAe9cEjuAoSO3XBBTnVVR1n8mPddjgE5EnUAbk8/s320/emigra%C3%A7%C3%A3o_A%C3%A7oriana.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">U</span></b>ma região insular de dimensão territorial reduzida, descontínua, afastada dos continentes, com ecossistemas terrestres e marinhos frágeis, sujeita à fúria tectónica e vulcânica e às intempéries meteorológicas que anualmente, com mais ou menos violência fustigam a terra e as gentes, o isolamento, apesar de na bacia atlântica ter servido de plataforma para o trânsito de pessoas e mercadorias vindas da “índias” ocidentais e orientais, da África, a Norte e a Sul do Sahara, o que permitiu o contato com outras culturas e abriu os caminhos do mar ao povo martirizado destas ilhas. Muitos partiram compulsivamente, muitos outros por vontade própria, embora a génese da migração açoriana tenha denominadores comuns: servir o reino e a procura de condições de realização económica que o seu berço lhes negava (e nega) por uma injusta distribuição da riqueza decorrente da acumulação de capital pelos senhores da terra, pelo trabalho servil, que se mantém seja pela precariedade, seja pela desvalorização social e salarial do trabalho. </div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">N</span></b>um passeio pelas nossas cidades e vilas, esta evidências mostram-se a cada antigo convento, igrejas, palácios e casas apalaçadas, contrastando com a arquitetura das periferias urbanas e rurais onde viviam os trabalhadores rurais assalariados, os pescadores e, mais tarde com menor expressão, os operários industriais.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> história é a que é. Não pode ser alterada, mas deve conhecer-se e, sobretudo, compreender-se para perceber o que somos e como chegámos até aqui.</p><p><span style="font-size: x-large;"><b>E</b></span>sta abordagem inicial tem, apenas, o propósito de introduzir alguns aspetos, todos conhecidos e devidamente estudados, que contribuíram para a construção de uma cultura singular, nem melhor nem pior que outras, mas diferente e, por esse motivo, como outras, digna de ser preservada, não no aspeto conservador e museológico, mas na valorização dos seus traços distintivos.</p><p><b><span style="font-size: x-large;"></span></b></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1K85KrsBG8SSiuVluBMhPrj1cYrUhkTupNAXC-QMbSiSepbMcKcpfo_nHfSxKRYYrkFjCkZs0zo0c0DdXQbRyOclKRMsjiZHXAe2n3Ltb2kZADq-uvf7TA4wqqcBNPJeRxFT5YCLOGLF1If2Eio2thnhg1xf-7dzbAHiIdk5_fVdauDnLI9fepIoa7pQ/s1350/alcatra.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1K85KrsBG8SSiuVluBMhPrj1cYrUhkTupNAXC-QMbSiSepbMcKcpfo_nHfSxKRYYrkFjCkZs0zo0c0DdXQbRyOclKRMsjiZHXAe2n3Ltb2kZADq-uvf7TA4wqqcBNPJeRxFT5YCLOGLF1If2Eio2thnhg1xf-7dzbAHiIdk5_fVdauDnLI9fepIoa7pQ/s320/alcatra.jpg" width="256" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">J</span></b>á referi o povoamento, a concentração da riqueza, a emigração, a geografia, o isolamento, a condição insular e arquipelágica e, sem querer ser exaustivo, não é esse o intento, acrescentaria a religiosidade. Não a devoção utilitária do poder económico para exercer domínio sobre o povo, que sendo determinante na formação do ser açoriano, não é, no caso vertente, a que me interessa, como mais adiante se verá, mas a religiosidade de cunho popular que se foi mantendo liberta dos poderes, ou seja, o culto ao Divino Espírito Santo que é o pilar, não direi único, mas o principal sustentáculo da açorianidade, ou se preferirmos da identidade regional se é que, de facto, essa construção identitária está consolidada. Por vezes tenho dúvidas que assim seja e não serei só eu a tê-las.<p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>s nove ilhas do arquipélago açoriano, tendo culturalmente algumas semelhanças, registam algumas diferenças que as particulariza e que o poder autonómico, nunca quis ou soube, potenciar. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">O</span></b> conceito de desenvolvimento harmonioso, agora chamado de política de coesão, não tem, nem deve ser igualitário, desde logo pelas necessidades de cada uma das ilhas e dos concelhos, serem diferentes, mas também pelo seu potencial produtivo e económico terem particularidades que não se coadunam com a replicação do mesmo tipo de investimentos públicos. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">C</span></b>aro leitor, estaremos, por certo de acordo que um dos desígnios autonómicos e, talvez o principal pilar que sustenta a ideia de órgãos de governo próprio nos Açores está muito longe de ser alcançado. Diria mesmo que, o acentuar das assimetrias de desenvolvimento, rendimento e bem-estar entre os concelhos e entre as diferentes ilhas, é o maior fracasso da Autonomia regional, ou seja, os diferentes poderes legislativos e executivos que ao longo destes quase 48 anos lideraram os destinos da Região, passado o período da tão necessária infraestruturação, limitaram-se reproduzir modelos idênticos de desenvolvimento e investimento em ilhas tão diferentes como sejam, por exemplo, Santa Maria ou Terceira e, em concelhos tão distintos como Angra do Heroísmo ou, em Vila Franca do Campo. </p><p><b><span style="font-size: x-large;">P</span></b>assados que foram os anos da construção das infraestruturas portuárias e aeroportuárias, da instalação de serviços públicos de saúde e de educação, imprescindíveis a todas as ilhas, dimensionados com estruturas físicas e recursos humanos às necessidades daquele território específico, teria sido importante que as políticas públicas fossem desenhadas para potenciar as capacidades produtivas de cada uma delas e encontrar pontes de complementaridade e cooperação entre as diferentes parcelas territoriais do arquipélago, dando-lhe assim um cunho regional sem desvalorizar cada uma das ilhas.</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-FZsKz_HbDjVhKYNbMeVgeW-VLLVsVBH_B3hYMOC43-Knc9goPqEInhEecAXakp9RjUKBVNLbehWauor5ZmgzrvY2E_D7C-fuazTrNw9ZJAfJfnx9KCN7IzVXmworKSIxNFHK7Lr9NJoL96rLUxA_Bas1qwqzZ9P9gIFCRhunhIBjsEhponZykT7ec8/s1080/ALRAA1.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="880" data-original-width="1080" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-FZsKz_HbDjVhKYNbMeVgeW-VLLVsVBH_B3hYMOC43-Knc9goPqEInhEecAXakp9RjUKBVNLbehWauor5ZmgzrvY2E_D7C-fuazTrNw9ZJAfJfnx9KCN7IzVXmworKSIxNFHK7Lr9NJoL96rLUxA_Bas1qwqzZ9P9gIFCRhunhIBjsEhponZykT7ec8/s320/ALRAA1.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b> governação e a submissão do poder legislativo, com exceção da legislatura 1996/2000, foram repetindo ano após ano obras, algumas necessárias outras nem por isso, que não contribuíram para criar dinâmicas socias, culturais e económicas de desenvolvimento que evitassem a tendência de desertificação que se começou a verificar nas ilhas mais pequenas, mas também em alguns dos concelhos do Pico, S. Miguel e Terceira. E se ao centralismo, mais de Bruxelas do que Lisboa, podem ser atribuídas algumas responsabilidades, em bom rigor, é à governação autónoma, por não usar todas as suas competências e pela satisfação de clientelismos eleitorais, que devem ser imputados os fracos resultados que os indicadores sociais e económicos indiciam. Por muito que a propaganda institucional o tente negar continuamos a ser uma das regiões mais pobres do País e da União Europeia.</div><p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">N</span></b>ão é novidade e acontece inúmeras vezes. A pena com o correr da escrita tende a divagar e a afastar-se do propósito inicial que, por sinal, hoje até é bem simples e concreto. Intento que pode até não ter para os leitores a importância que eu lhe atribuo, contudo, acho por bem partilhar esta minha inquietação que se relaciona com um dos símbolos do culto ao Divino Espírito Santo e com o qual todos os açorianos e as suas comunidades diaspóricas se identificam.</p><p><b><span style="font-size: x-large;">E</span></b>m dezembro, como vem sendo hábito, realiza-se uma mostra de artesanato regional em Ponta Delgada. Costumo visitar a feira para rever velhos amigos que moldam e constroem peças mais tradicionais, ou mais hodiernas, mas também para poder conhecer melhor este setor de atividade que tem vindo a crescer e a afirmar-se um pouco por todas as ilhas açorianas. Também no artesanato cada uma das ilhas tem a sua marca identitária própria, mas há símbolos que não são de uma ilha, são dos Açores e dos açorianos: a Bandeira do Divino Espírito Santo, a Coroa e o Cetro. Estes são os mais importantes signos da iconografia das festas do Espírito Santo.</p><p><b><span style="font-size: x-large;"></span></b></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhakI0GsBdzrJB6K8ixRkRykDqBUwWj9MpNHAEvZANqM3NE4sF6KtLINw1a-bdoHniW_KXA_cchOpUi1s1xgEO-yrkAh-o7HDW-YgW2UUG3jXaFcaup0raGkU87LgaVjteH8lt39abxnzxd_kUeMn6oeqiSlVcyPtCvCyTCSe_mXoWti1V-VPo6PGES46I/s960/Esp%C3%ADrito%20santo.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhakI0GsBdzrJB6K8ixRkRykDqBUwWj9MpNHAEvZANqM3NE4sF6KtLINw1a-bdoHniW_KXA_cchOpUi1s1xgEO-yrkAh-o7HDW-YgW2UUG3jXaFcaup0raGkU87LgaVjteH8lt39abxnzxd_kUeMn6oeqiSlVcyPtCvCyTCSe_mXoWti1V-VPo6PGES46I/s320/Esp%C3%ADrito%20santo.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">Foto de Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><b><span style="font-size: x-large;">A</span></b>s miniaturas das bandeiras do Espírito Santo marcavam, naturalmente, presença na feira de artesanato. Um bom amigo chamou-me a atenção para que reparasse para o topo da bandeira e, para meu espanto, não vi a coroa encimada pela pomba que representa o Espírito Santo, mas sim uma coroa da Nossa Senhora de Fátima. Não tenho nada contra a coroa, mas não me parece que esta substituição valorize o trabalho dos artesãos e, por outro lado, é uma opção que desvirtua um dos ícones do culto ao Divino Espírito Santo. Talvez não seja importante, ou até existam justificações plausíveis para o uso de uma coroa encimada por uma cruz e não pela pomba que, desde sempre, representa o Espírito Santo. Mas não gostei e fiquei com a sensação de que aquele ícone está a ser desvirtuado, como desrespeitados estão a ser outros produtos vendidos, a locais e a forasteiros, como sendo de produção integralmente açoriana sabendo-se que não é bem assim.<p></p><p><b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>e em relação à aparente subversão de um símbolo pode não vir mal ao mundo, mas não deixa de ser preocupante e não devesse acontecer, já o mesmo não se passa com a comercialização de produtos certificados pela “Marca Açores” que, nem sempre, são genuína e inteiramente produzidos nos Açores. Mais cedo ou mais tarde os “consumidores” do mercado regional e do mercado internacional vão perceber que estão a ser ludibriados e, certamente, não vão gostar o que significa que deixarão de consumir. É, pois, aconselhável que a certificação de produtos com a “Marca Açores” seja feita com rigor e não configure publicidade enganosa. </p><p>Ponta Delgada, 9 de janeiro de 2024 </p><div>Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 10 de janeiro de 2024</div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358469085827315600.post-46269560844294022302024-01-09T12:25:00.001-01:002024-01-09T12:25:23.673-01:00da memória e da identidade<p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZUyOnMSmJ0wz8TT4s5PHJl3RI7fGJG5ggB9y7PFgwKF_EI3hpJ96FSgegaUofGWzrp1gDMKehCR8xc8KVL3bFNCZjntSBory08-rKEL593LItukMQGBOSQc5_O7hIpP5Et4ZqH1LNJWwWM_bldWxumjKGwip9ITwn9Wfmvj08DxjRxnnLfHr9nFDojbU/s960/Esp%C3%ADrito%20santo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZUyOnMSmJ0wz8TT4s5PHJl3RI7fGJG5ggB9y7PFgwKF_EI3hpJ96FSgegaUofGWzrp1gDMKehCR8xc8KVL3bFNCZjntSBory08-rKEL593LItukMQGBOSQc5_O7hIpP5Et4ZqH1LNJWwWM_bldWxumjKGwip9ITwn9Wfmvj08DxjRxnnLfHr9nFDojbU/s320/Esp%C3%ADrito%20santo.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: x-small;">foto de Aníbal C. Pires</span></b></td></tr></tbody></table><br />Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.</p><p><br /></p><p><br /></p><p><span style="font-size: medium;">(...) Esta abordagem inicial tem, apenas, o propósito de introduzir alguns aspetos, todos conhecidos e devidamente estudados, que contribuíram para a construção de uma cultura singular, nem melhor nem pior que outras, mas diferente e, por esse motivo, como outras, digna de ser preservada, não no aspeto conservador e museológico, mas na valorização dos seus traços distintivos.</span></p><p><span style="font-size: medium;">Já referi o povoamento, a concentração da riqueza, a emigração, a geografia, o isolamento, a condição insular e arquipelágica e, sem querer ser exaustivo, não é esse o intento, acrescentaria a religiosidade. Não a devoção utilitária do poder económico para exercer domínio sobre o povo, que sendo determinante na formação do ser açoriano, não é, no caso vertente, a que me interessa, como mais adiante se verá, mas a religiosidade de cunho popular que se foi mantendo liberta dos poderes, ou seja, o culto ao Divino Espírito Santo que é o pilar, não direi único, mas o principal sustentáculo da açorianidade, ou se preferirmos da identidade regional se é que, de facto, essa construção identitária está consolidada. Por vezes tenho dúvidas que assim seja e não serei só eu a tê-las. (...)</span></p><div><br /></div>Aníbal C. Pireshttp://www.blogger.com/profile/15391349664616688529noreply@blogger.com0