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Estranha aliança |
O concurso extraordinário para recrutamento e mobilidade dos educadores e professores tem sido alvo de uma grande polémica e muitas contradições.
Conhecida é a posição do BE assumida na proposta inicial e, posteriormente na proposta de substituição integral, as duas propostas foram retiradas no fim da discussão da generalidade, como também é público. A proposta inicial foi de imediato assumida pelo PCP e pelo PS, ao abrigo do ponto 2 do art.º 118 do Regimento da ALRAA. Importa esclarecer porquê a primeira, e não a de substituição, porque antes da deputada do BE retirar as duas propostas já tinham dado entrada na Mesa da ALRAA e distribuídas a todos os deputados, propostas de alteração à proposta inicial do BE, sendo assim só fazia sentido a assunção, pelo PCP e pelo PS, da versão original.
Seguiu-se o que também é do conhecimento público, o CDS/PP secundado pelo PPM, abandonaram o plenário e a discussão, os trabalhos foram interrompidos. Na manhã seguinte, antes de se iniciar a discussão do diploma, o BE anuncia o abandono do Plenário e da discussão.
Não faço nenhum juízo sobre esta tomada de posição pois esse juízo cabe em primeira e última instância ao Povo Açoriano.
Face ao que é conhecido, ou seja, as propostas do BE, o diploma que foi subscrito e aprovado pelo PCP, pelo PS e a abstenção do PSD, que participou nos trabalhos tendo apresentado 3 propostas de alteração, resta conhecer a posição do CDS/PP e do PPM sobre o conteúdo do Regulamento do Concurso Extraordinário.
É conhecida a posição sobre a forma e o processo, aliás é sobre isso que o PPM e o CDS/PP têm alimentado a comunicação social e conseguido primeira páginas e manchetes de jornal, mas é legítimo que o Povo açoriano e, designadamente, todos os educadores e professores da RAA conheçam a posição do CDS/PP e do PPM em relação à matéria de facto. Mas não, sobre as posições do Regulamento do Concurso, Nada. Digamos que em relação ao PPM não será difícil adivinhar, o deputado Paulo Estêvão tem património de intervenção em matéria de Educação de uma forma geral e sobre concursos, em particular. Quanto ao CDS/PP é mais difícil tentar qualquer exercício para perceber o que pensa o CDS/PP sobre o concurso extraordinário de educadores e professores.
Uma coisa é certa o concurso extraordinário vai atrasar-se devido ao comportamento do CDS/PP, do PPM e do BE e é as estes partidos que os educadores e professores têm de pedir responsabilidade por essa demora.
Estranho mesmo é a comunicação social regional, cujo nobre objeto é informar, ainda não ter perguntado quer ao PPM, quer ao CDS/PP qual é a sua posição sobre o Regulamento do Concurso Extraordinário.
Mas isso sou eu que acho estranho, as redações têm os critérios editoriais que tudo justificam.
Ponta Delgada, 25 de Fevereiro de 2014
Acho muito bem que sejam os professores já no quadro os primeiros a concorrer. Já andam há muitos anos longe das suas residências, famílias e noutras ilhas. As vagas que sobrarem, fora de S. Miguel e Terceira, quero ver se vão ser ocupadas pelos contratados que estão na região...
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