A inexistência de uma política regional de transportes aéreos e marítimos de passageiros e mercadorias está na origem de uma sucessão de erros cometidos pelo governo regional que põem em causa a gestão dos dinheiros públicos e o mau serviço prestado aos cidadãos e aos agentes económicos, pelos diferentes prestadores desses serviços.
É incompreensível, para além de ser caro, que a Região não disponha dessa política e dos planos estratégicos para o sector onde, claro está, a SATA ocupa um papel e uma preocupação central.
A onda de privatizações que se tornou dogma dos governos do PS com o conluio do PSD, pois quanto a esta e outras opções políticas as diferenças são muito ténues se é que chegam a existir, levaram à privatização do Banco Comercial dos Açores, hoje BANIF, Açores, com custos elevados para a receita pública. Senão, vejamos! Sendo um banco público, os resultados líquidos eram receita regional que, eventualmente, seriam a preços reais e inferiores aos que a gestão de Horácio Roque hoje apresenta. Mas… será que a receita fiscal que é arrecadada pela região, resultante da tributação do BANIF, é a preços reais, superior à receita que a região arrecadava quando o BCA era o banco dos açorianos!? Julgo que não e gostaria de ver esta afirmação desmentida com a respectiva demonstração financeira mesmo sem contabilizar as perdas indirectas, pois o serviço não melhorou qualitativamente. Pelo contrário, ao invés dos custos e taxas que os clientes hoje têm de pagar, encareceram substancialmente.
O mesmo se poderá aplicar à EDA que, não estando totalmente privatizada, para lá caminha. Mas isso, claro que só depois das eleições de Outubro porque agora não é o “timing” apropriado, assim como não o é para pôr em prática a segmentação da SATA.
Quanto à EDA, a parte privada cabe quase exclusivamente ao grupo Bensaúde, o que não seria relevante se não fosse o facto de as centrais térmicas utilizarem “fuelóleo” para a produção de energia eléctrica e o referido grupo deter o monopólio da venda deste combustível. Pois é! Muita coincidência… O serviço e o custo final é o que sabemos: um desceu na qualidade e o outro é o que os consumidores conhecem.
A febre liberal e privatizadora têm como alvos próximos a liberalização dos céus para o transporte aéreo e a privatização da SATA. A transformação da SATA, EP em SATA, SA foi um passo para abrir caminho, primeiro para a segmentação e depois, num horizonte não muito longínquo, para a sua privatização.
A privatização, ao contrário daquilo que nos é incutido na generalidade dos casos, não é sinónimo de melhoria da qualidade do serviço nem diminuição do custo final do produto ou serviço.
O exemplo do que acabei de afirmar é perfeitamente compreensível, quando nos lembramos do tempo de espera da bagagem no aeroporto de Lisboa. Desde que uma tal “Groundforce” iniciou o serviço de “handling”, dificilmente esperamos menos de 45 minutos pela primeira mala. A “Groundforce” é nem mais nem menos que uma empresa que resultou da segmentação da TAP. É isto que está anunciado para a SATA: a segmentação na SATA Handling e na SATA Serviços. Qual é a vantagem!? Nenhuma. Qual é o objectivo? Preparar a empresa para a privatização.
Afinal, é bem capaz de haver uma política e um plano estratégico para os transportes aéreo e marítimo! Plano de onde decorrem os maus serviços e a má gestão dos dinheiros públicos, bem visíveis nas opções na aquisição das frotas marítima e aérea e na qualidade dos serviços prestados.
Quanto à liberalização do espaço aéreo, que melhor exemplo da sua falência do que a Madeira? E a Madeira até tem aquilo a que se costuma chamar escala de mercado. Coisa que nós, pela nossa dimensão e dispersão geográfica, não temos e dificilmente viremos a ter.
É incompreensível, para além de ser caro, que a Região não disponha dessa política e dos planos estratégicos para o sector onde, claro está, a SATA ocupa um papel e uma preocupação central.
A onda de privatizações que se tornou dogma dos governos do PS com o conluio do PSD, pois quanto a esta e outras opções políticas as diferenças são muito ténues se é que chegam a existir, levaram à privatização do Banco Comercial dos Açores, hoje BANIF, Açores, com custos elevados para a receita pública. Senão, vejamos! Sendo um banco público, os resultados líquidos eram receita regional que, eventualmente, seriam a preços reais e inferiores aos que a gestão de Horácio Roque hoje apresenta. Mas… será que a receita fiscal que é arrecadada pela região, resultante da tributação do BANIF, é a preços reais, superior à receita que a região arrecadava quando o BCA era o banco dos açorianos!? Julgo que não e gostaria de ver esta afirmação desmentida com a respectiva demonstração financeira mesmo sem contabilizar as perdas indirectas, pois o serviço não melhorou qualitativamente. Pelo contrário, ao invés dos custos e taxas que os clientes hoje têm de pagar, encareceram substancialmente.
O mesmo se poderá aplicar à EDA que, não estando totalmente privatizada, para lá caminha. Mas isso, claro que só depois das eleições de Outubro porque agora não é o “timing” apropriado, assim como não o é para pôr em prática a segmentação da SATA.
Quanto à EDA, a parte privada cabe quase exclusivamente ao grupo Bensaúde, o que não seria relevante se não fosse o facto de as centrais térmicas utilizarem “fuelóleo” para a produção de energia eléctrica e o referido grupo deter o monopólio da venda deste combustível. Pois é! Muita coincidência… O serviço e o custo final é o que sabemos: um desceu na qualidade e o outro é o que os consumidores conhecem.
A febre liberal e privatizadora têm como alvos próximos a liberalização dos céus para o transporte aéreo e a privatização da SATA. A transformação da SATA, EP em SATA, SA foi um passo para abrir caminho, primeiro para a segmentação e depois, num horizonte não muito longínquo, para a sua privatização.
A privatização, ao contrário daquilo que nos é incutido na generalidade dos casos, não é sinónimo de melhoria da qualidade do serviço nem diminuição do custo final do produto ou serviço.
O exemplo do que acabei de afirmar é perfeitamente compreensível, quando nos lembramos do tempo de espera da bagagem no aeroporto de Lisboa. Desde que uma tal “Groundforce” iniciou o serviço de “handling”, dificilmente esperamos menos de 45 minutos pela primeira mala. A “Groundforce” é nem mais nem menos que uma empresa que resultou da segmentação da TAP. É isto que está anunciado para a SATA: a segmentação na SATA Handling e na SATA Serviços. Qual é a vantagem!? Nenhuma. Qual é o objectivo? Preparar a empresa para a privatização.
Afinal, é bem capaz de haver uma política e um plano estratégico para os transportes aéreo e marítimo! Plano de onde decorrem os maus serviços e a má gestão dos dinheiros públicos, bem visíveis nas opções na aquisição das frotas marítima e aérea e na qualidade dos serviços prestados.
Quanto à liberalização do espaço aéreo, que melhor exemplo da sua falência do que a Madeira? E a Madeira até tem aquilo a que se costuma chamar escala de mercado. Coisa que nós, pela nossa dimensão e dispersão geográfica, não temos e dificilmente viremos a ter.