sábado, 24 de setembro de 2022

a poeta desnuda-se

 

imagem retirada da internet




Apresentação de Contrastes, de Alexandra Cunha Cordeiro

Casa da Escrita, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 23 de setembro de 2022





a poeta desnuda-se

Senhoras e senhores, 

Caros amigos

Antes de vos falar do livro e da autora, razão maior que nos junta, de novo e sempre aqui, neste espaço onde as palavras repousam e ganham vida, permitam-me alguns agradecimentos.

Agradeço, desde logo, a Vossa presença. Presença sem a qual pouco sentido faria este momento. Os autores libertam as palavras e os leitores dão-lhe uso e voz, cada um com a sua própria leitura e interpretação. É desse modo, por via dos leitores, que os textos literários reunidos em livro cumprem a sua finalidade. E os poemas da Alexandra Cordeiro irão, através de cada um de nós, viajar livremente cumprindo o seu desígnio e povoando o imaginário de cada um dos seus leitores.

À Alexandra agradeço a confiança em mim depositada que se traduziu no convite para tecer algumas considerações sobre o seu primeiro livro de poesia, ou seja, a de fazer a apresentação pública de “Contrastes”. Convite que aceitei sem reservas, mas com a consciência da enorme responsabilidade que lhe está intrínseca.

Obrigado Alexandra! Pelo convite e, sobretudo, pela confiança que em mim depositas para apresentar o teu livro.


Alexandra Cunha Cordeiro - Imagem retirada da internet

Senhoras e senhores,

Caros amigos,

Partilho convosco algumas palavras sobre este livro, o primeiro de muitos, assim o esperamos. Palavras que não têm a pretensão de se constituir como uma recensão e, muito menos como uma análise de índole literária.

São breves as minhas palavras pois a poesia é para deleite de quem a lê, a poesia sente-se e vive-se e não pretendo antecipar aos leitores a viagem pelos poemas da Alexandra.  

A capa contrasta o preto e o branco, oposição de tons ou cores, o que de per si nos pode proporcionar uma ligação linear ao título, mas não se fica por aí. A bolha negra explode em mil pedaços libertando os estados de alma que estavam, direi eu, aprisionados e transformaram-se nesta aventura poética intimista da Alexandra Cordeiro. E assim é. Se dúvidas houvesse elas dissipam-se nas palavras escritas pela autora na contracapa e que terminam assim: “Partilho-me nesta escrita da minha alma”.

Ao iniciarmos a leitura dos poemas deste livro comprovamos que a interpretação, sempre subjetiva, dos grafismos da capa, se comprova a cada verso, a cada estrofe, a cada poema. Este livro é, como poderão comprovar pela leitura, poesia sentida e intimista em estado puro, mas é também o registo poético de momentos que quase podemos datar, assim como se de entradas diarísticas se tratasse, sem qualquer ordem cronológica pois, não nos relatam os dias, dizem-nos da memória, dos instantes, do quotidiano e dos estados de alma.

Não costumo recorrer à citação de excertos dos livros que tenho apresentado para não subtrair aos leitores prazeres que devem ser só seus, mas neste caso e como é de poesia que se trata, abro uma exceção e vou-vos ler alguns versos dos poemas Vem, Onde andas?  Entra e Vizinhas que, em minha opinião, ilustram, de forma modelar, o que já vos disse sobre a poesia da Alexandra.

Vem

(…) Estarei /À espera/Ansiosa(Quando, se e o que quiseres (…)

Onde andas?

(…) Se quiseres, um dia, estarei aqui/À espera de te ver,/De te ouvir,/De te sentir… (…)

Entra

(…) Entra suavemente/Invade o meu espaço./Deixo a porta aberta/Para ti, sempre (…)

Vizinhas

(…) Lá fora/Gargalhadas suaves/Em cima de copos de vinho. (…)

A poesia de Alexandra Cordeiro diz-nos da nossa condição de seres afetivos dotados de razão, por isso nos comovemos e nos sensibilizamos com os sentires partilhados neste livro.  Nestes poemas a autora desnuda-se para os seus leitores e partilha, sem limites, o âmago do seu ser.

Os poemas reunidos neste livro, por não obedecerem a nenhuma métrica, conferiram à autora a liberdade para criar as suas próprias normas e ritmos, procurando, contudo, garantir uma das caraterísticas transversais aos textos poéticos, a sua musicalidade.

A poesia de Alexandra Cordeiro insere-se, assim, na chamada poesia contemporânea que veio, de alguma forma, subverter as formas poéticas tradicionais.

Os poemas reunidos no livro “Contrastes” não se confinam a um território, a uma geografia. A Alexandra sem abdicar da sua condição de açoriana, como de forma explícita podemos constatar no último poema do livro (Da ilha). 

A Alexandra abre o coração ao mundo e aos afetos, vagueia pelas palavras constrói poemas e confere-lhes um caráter humano e, por isso mesmo, universal.


Bem hajam pela Vossa presença, atenção e pela paciência com que me ouviram.


Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 23 de setembro de 2022


quarta-feira, 21 de setembro de 2022

o mundo às avessas

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Não gosto e não concordo. Não gosto da forma como o governo PS e a sua maioria exercem o poder, não concordo com as opções políticas internas e externas do governo de António Costa, julgo mesmo que alguns dos cidadãos que manifestaram desagrado pela posição do PCP e do BE, aquando da votação do orçamento de estado que precipitou as eleições das quais resultou a maioria absoluta do PS, já terão percebido que esses partidos não tinham outra alternativa. Concorde-se, ou não, goste-se, ou não, mas está legitimado pelo sufrágio popular. O que não significa que não se faça oposição e se proponham alternativas. A democracia, ainda que limitada pela maioria absoluta, funciona assim. Embora às vezes tenha dúvidas pois, quando me dou conta do que a senhora Ursula von der Leyen afirma e, sobretudo, decide em nome dos povos da União Europeia pergunto-me qual é a legitimidade democrática da presidente da Comissão Europeia e concluo que: não tem. Não tem a senhora von der Leyen, nem o senhor Josep Borrell, ou qualquer outro comissário europeu, nenhum deles se submeteu ao sufrágio popular e, por conseguinte, não têm legitimidade democrática. Neste caso, não gosto, não concordo e não lhes reconheço nenhuma autoridade para representarem e decidirem em nome dos povos da União Europeia

E, caros visitantes da “Sala de Espera”, não se trata do momento político, com os efeitos conhecidos, que estamos a viver. Nunca reconheci ao órgão executivo da União Europeia, ou seja, à Comissão, nenhuma legitimidade democrática. A Comissão é um órgão de nomeação ao qual não deviam ser atribuídos tamanhos poderes. E notem bem que este órgão, a sua presidente e o comissário Borrell, sem legitimidade democrática permitem-se ajuizar sobre se este ou aquele país são democráticos ou autocráticos, se este ou aquele presidente ou primeiro ministro são democratas ou autocratas, em claro desrespeito pela vontade popular dos povos que os elegeram em eleições democráticas. Não gosto como exercem o poder, e não concordo com as opções políticas de muitos dos atuais dirigentes políticos mundiais, desde logo do presidente e do primeiro ministro portugueses, mas há um aspeto que os diferencia dos comissários europeus, exercem o poder em resultado de eleições e da vontade popular e respondem perante as oposições, têm uma legitimidade que a Comissão Europeia e a sua presidente não têm, para além dos tiques, eles sim, autocratas.

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Alguns democratas da nossa e de outras praças, desde que continuem a jorrar milhões, estão pouco preocupados com a qualidade da democracia nos organismos tecnocráticos da União Europeia, mas o caudal foi desviado para outras agendas, por outro lado a escassez alimentar e energética, que já se faz sentir, o aumento das taxas de juro e da inflação são os ingredientes para trazer os povos para a rua, o que aliás já verifica em alguns dos países da União Europeia. Sei, meu caro visitante da “Sala de Espera”, que não tem visto na televisão, nem tem lido nos jornais, mas, como sabe, isso não significa que não esteja a acontecer. Está e vai acentuar-se. Alguns democratas da nossa e outras praças deixaram cair as preocupações com a liberdade de informação e com a pluralidade de expressão no espaço a que vulgarmente se chama “mundo ocidental”, é lamentável, mas é um facto. Claro que as preocupações de alguns democratas, da nossa e outras praças, com a liberdade de expressão e a pluralidade se mantêm, quando se trata de países fora da esfera de influência do “mundo ocidental”, como convém ao pensamento que dá corpo e forma à unipolaridade, ao atlantismo e ao eurocentrismo. Como se o mundo se resumisse a tão pouco e esses princípios ideológicos não se estivessem a desmoronar, ou, talvez não. Mas tudo leva a crer que sim.

O conflito bélico que domina as agendas mediáticas e políticas do “mundo ocidental” vai, aparentemente, determinar a emergência de um mundo multipolar e é essa, e não outra, a razão do empenho da Inglaterra, da União Europeia e dos Estados Unidos no apoio incondicional a um dos beligerantes. Os Estados Unidos não querem perder ou dividir o protagonismo geopolítico e estratégico, a Inglaterra é o aliado natural dos Estados Unidos e a União Europeia serve, tão-somente, como municiador do conflito, sacrificando os seus cidadãos ao abdicar do papel diplomático. Sim, se queremos pôr fim a um conflito não podemos adotar como estratégia o fornecimento de material de guerra a uma das partes. Como é público apoio a Palestina, mas não advogo uma solução que passe pelo fornecimento de material de guerra aos palestinianos, defendo uma solução diplomática, sob a égide das Nações Unidas, que reponha a legalidade e promova a paz.

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O “mundo ocidental/comunidade internacional” representa 20% da população mundial, ou seja, os 151 países que não subscreveram as sanções à Rússia representam 80% da população mundial. Como se percebe o conflito sendo “regional” tem uma dimensão que extravasa as fronteiras europeias e coloca em causa a hegemonia da ideologia atlantista e eurocentrista. Quer-me parecer, independentemente do que vier a acontecer, que nada será com até aqui. Os povos oprimidos e despojados pelo “mundo ocidental” estão, por fim, a emancipar-se da tutela dos colonizadores.

Arranhó, 19 de setembro de 2022

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 21 de setembro de 2022

não gosto e não concordo

imagem retirada da internet



Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.





(...) Nunca reconheci ao órgão executivo da União Europeia, ou seja, à Comissão, nenhuma legitimidade democrática. A Comissão é um órgão de nomeação ao qual não deviam ser atribuídos tamanhos poderes. E notem bem que este órgão, a sua presidente e o comissário Borrell, sem legitimidade democrática permitem-se ajuizar sobre se este ou aquele país são democráticos ou autocráticos, se este ou aquele presidente ou primeiro ministro são democratas ou autocratas, em claro desrespeito pela vontade popular dos povos que os elegeram em eleições democráticas. Não gosto como exercem o poder, e não concordo com as opções políticas de muitos dos atuais dirigentes políticos mundiais, desde logo do presidente e do primeiro ministro portugueses, mas há um aspeto que os diferencia dos comissários europeus, exercem o poder em resultado de eleições e da vontade popular e respondem perante as oposições, têm uma legitimidade que a Comissão Europeia e a sua presidente não têm, para além dos tiques, eles sim, autocratas. (...)

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

prenúncio de Outono

foto by Aníbal C. Pires

O relógio do campanário anunciou as horas, era meio dia. Enquanto aguardava pelo grupo de amigos para o almoço sentei-me a ler e a usufruir daquele espaço onde um convite me fez chegar. Tenho cada vez mais dificuldade, talvez pelo avançar da idade, em sair dos lugares que habito, mas, talvez por ser tão acolhedor e recatado, enamorei-me daquele lugar. Foi amor à primeira vista. Cultivei essa relação de bem-querer, como se cuida de outros amores e deleitei-me com o espaço e o tempo como se estivesse numa outra dimensão. Sabe bem sair da urbe nervosa de uma suposta modernidade. Cidade hodierna cujos sinais se traduzem em roubos de céu à paisagem, muita agitação e ruídos que perturbam quem gosta de ouvir o dia, a noite e a passagem do tempo. Talvez seja isso o progresso, talvez. Mas eu prefiro outros conceitos de cidade, prefiro outros modelos de progresso e de civilização. Os meus parâmetros de avaliação do progresso civilizacional não são compatíveis com a padronização dos espaços públicos e dos lugares, nem com a uniformização do consumo ou, do pensamento.

foto by Madalena Pires
No ar havia um voluptuoso perfume que exalava das uvas de “cheiro” depositadas num cesto sobre a mesa. Aquele odor é um indício da proximidade de um novo ciclo temporal. A época das vindimas aproxima-se e com elas o prenúncio do Outono, mas ainda é Verão e o mar faz-se ouvir naquele seu sereno vai e vem no calhau rolado de uma praia, logo ali, depois da sebe que resguarda o espaço onde me encontro. Numa pausa da leitura levanto o olhar para os íngremes e verdes montes que flanqueiam o casario rasgado por uma ribeira para onde correm as linhas de água que serpenteiam nas vertentes. Os cumes tocam o azul, as nuvens escoam-se pelas alcantiladas encostas matizadas de verde e dissipam-se na brisa suave que ameniza o Verão. A paisagem majestosa estende-se por jardins há beira mar, coroados por pedras negras afagadas pelo oceano num perpétuo movimento.

O almoço tardio prolongou-se nas palavras. Recordações e estórias em comum encheram a tarde, mas nem só do passado foram as falas, do presente que nos preocupa e do futuro que se avizinha complexo e, sobretudo, caro, também se conversou. 

Não fique o visitante desta “Sala de Espera” com ideia que a tarde foi macambúzia e saudosista, nada disso. Houve alguns momentos de nostalgia na revisitação do passado, sim houve, mas o que marcou a tarde e os dias fora do bulício da urbe e das rotinas de cada um de nós, foi mesmo a boa disposição cúmplice que só a benquerença pode proporcionar. Foi um fim de semana de celebração da amizade que acontece quando e onde calha, desta vez aconteceu num lugar idílico como poderia ter acontecido num qualquer outro lugar. Os lugares, sendo importantes, valem pelas pessoas que os habitam e quando se trata de reunir um grupo de amigos, o local pouco importa perante o contentamento de estar, partilhar afetos e cultivar a afeição que une pelos laços da amizade que não se explica, tal como o amor, acontece.

foto by Madalena Pires

Antes do cair da noite tempo houve para um prazeroso banho de mar num pequeno porto a oeste da enseada onde desagua a ribeira que atravessa pequeno núcleo urbano que nos acolheu. Banhos de mar que já tinham acontecido pela manhã e na tarde do dia anterior. Ser ilhéu tem algumas vantagens, a proximidade do mar é uma delas, nem que seja, apenas, para o contemplar.

A noite chegou enquanto a fogueira crepitava sob a grelha onde, após o braseiro estar pronto, se fizeram alguns grelhados a gosto e a pedido, mal, médio ou bem passado, sempre com a boa disposição em alta, como alta estava a música com que alguns campistas clandestinos, o aviso de proibição era bem visível e legível, resolveram brindar a vizinhança subtraindo os sons da noite a quem gosta de os ouvir. 

Ao invés do canto das cagarras, do marulhar do mar, da brisa nas faias e das estrelas que a límpida noite, iludindo os sentidos, nos trazia ao alcance da mão e quase se podiam tocar, foi-nos imposto um ruído impróprio, era música, a poluir a noite e que se prolongou para lá do aceitável. Não, não se trata de saber se a música era ou não do meu gosto, fosse a que fosse era imprópria para ser difundida naquele, ou noutro espaço onde se vai para ouvir o silêncio. Terá sido a modernidade a invadir o espaço rural, ou a ruralidade a importar hábitos urbanos. Não sei, não averiguei, mas não me pareceu um ato de urbanidade. Urbanidade entendida aqui como civilidade que, como sabemos, não é um atributo exclusivo de quem vive na urbe. Esta situação, não sendo agradável, não foi, contudo, suficiente para nos indispor ou retirar prazer na fruição do jantar que, tal como o almoço, se prolongou nas palavras e se adentrou pela noite. O choro das cagarras regressou, o mar continuava naquele seu sereno vai e vem no calhau rolado, a brisa agitava as faias, a ténue luz límpida da noite alteava as negras encostas alcantiladas, as estrelas desciam ao alcance da mão, era a noite a fazer-se ouvir.

Ponta Delgada, 6 de setembro de 2022

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 7 de setembro de 2022

terça-feira, 6 de setembro de 2022

dos lugares

foto by Madalena Pires




Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.









(...) No ar havia um voluptuoso perfume que exalava das uvas de “cheiro” depositadas num cesto sobre a mesa. Aquele odor é um indício da proximidade de um novo ciclo temporal. A época das vindimas aproxima-se e com elas o prenúncio do Outono, mas ainda é Verão e o mar faz-se ouvir naquele seu sereno vai e vem no calhau rolado de uma praia, logo ali, depois da sebe que resguarda o espaço onde me encontro. Numa pausa da leitura levanto o olhar para os íngremes e verdes montes que flanqueiam o casario rasgado por uma ribeira para onde correm as linhas de água que serpenteiam nas vertentes. Os cumes tocam o azul, as nuvens escoam-se pelas alcantiladas encostas matizadas de verde e dissipam-se na brisa suave que ameniza o Verão. A paisagem majestosa estende-se por jardins há beira mar, coroados por pedras negras afagadas pelo oceano num perpétuo movimento. (...)

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Henrique Levy vence o Prémio Literário Natália Correia, edição de 2022

Henrique Levy - imagem retirada da internet
Hoje, durante a tarde, foi anunciado o vencedor do Prémio Literário Natália Correia.

O premiado foi o poeta e romancista Henrique Levy.

Sobre a obra literária deste escritor nada vou acrescentar, ficam apenas os meus parabéns ao Henrique Levy pelo prémio que o júri lhe atribuiu por unanimidade, mas deixo também um excerto da nota de imprensa divulgada pelo júri no site da Câmara Municipal de Ponta Delgada e que acompanhou a divulgação do vencedor do prémio em 2022.


(...) "A escrita, poderosa em densidade e originalidade, revela, finalmente, uma voz consanguínea de Natália Correia. Não só pelo húmus açoriano que a percorre sem que se perca a ligação comunicante com o sentir e viver nacionais, como também pelo apelo universal de liberdade, corre, quente e frondoso, nas suas páginas desabrigadas, um espírito revolucionário, indomável, feito de coragem e de amor." (...)


Imagem retirada da internet


O texto do júri que acompanha o anúncio o vencedor do prémio literário Natália Correia, em 2022, pode ser lido integralmente aqui 


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

não há festa como esta


Ao contrário do que tem vindo a ser habitual este ano optei por não fazer a divulgação exaustiva da programação da Festa do Avante.

Os neofascistas, os liberais, o milhazes, o rogeiro, e outros que tais, perdoem-me as redundâncias, fizeram a devida propaganda à FESTA. Claro que o seu objetivo não era o da promoção do maior evento político e cultural que se realiza em Portugal, quiçá na Europa, mas foi isso que conseguiram.

 

Tenho conhecimento que muitos cidadãos decidiram ir este ano à FESTA em virtude dos vómitos de ódio que foram regurgitados na comunicação social e nas redes sociais e na tentativa de chantagem feitas sobre os artistas da FESTA. Os esforços para denegrir a FESTA foram, como costumam ser, em vão.

Para quem não conhece o programa (Música, Teatro, Cinema, Feira do Livro, Gastronomia, Debates, Desporto, Festa da Criança) pode encontrá-lo aqui.


Zinaida Ermolyeva - a abrir setembro

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Zinaida Ermolyeva foi uma cientista soviética que se notabilizou na área da microbiologia. Para que quiser conhecer um pouco mais sobre esta mulher clique aqui