quinta-feira, 31 de julho de 2014
Mind da Gap - os artistas da FESTA
Este ano os Mind da Gap vão estar na FESTA
Depois de comemorarem 20 anos de carreira (1993-2013), os MDG continuam na sua melhor forma de sempre, a levar os temas do seu aclamado álbum «Regresso ao Futuro» a todos os cantos do País, bem como os seus grandes clássicos. Ao lado de Ace, Presto e Serial estão agora três músicos fantásticos: André Hollanda (bateria), Sérgio Freitas (teclados) e DJ Slimcutz. O videoclip do single «És onde quero estar» – vídeo oficial, conhecido como «Borboletas», contou com um convidado de peso: Sam The Kid, ultrapassando um milhão de views.
Artes na FESTA
No ano em que se comemoram os 40 anos de Abril, o Espaço das Artes apresentará duas exposições, sob o lema «Rupturas anos 70», uma documental e outra sobre artes plásticas com obras de artistas realizadas e/ou relacionadas com o período da Revolução.
Haverá também uma exposição de fotografia de Eduardo Gageiro, com o título «40 anos – 40 fotos». No Espaço das Artes funcionará ainda uma banca com venda de materiais.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Diabo na Cruz - os artistas da FESTA
Os "Diabo na Cruz" vão estar na FESTA.
Integrando sonoridades da música tradicional e do rock contemporâneo, a banda surgiu em cena em 2009 com o álbum «Virou!» (reeditado em versão dupla em 2010), a que se seguiu, depois de um intenso período na estrada, «Roque Popular» (2012). Lançaram recentemente o single «Vida de Estrada», à qual regressam para se reencontrarem com os seus seguidores e lhes anunciarem que «podem contar com um álbum em 2014 recheado daquilo que o Diabo na Cruz sabe fazer».
Uma pérola do PS no Corvo, ou os incómodos da democracia
Foto - Aníbal C. Pires |
Eu diria que é necessário que o Deputado e Coordenador do PCP Açores faça uma visita ao Corvo para que o PS local dê sinais de vida e se ouça a voz do Deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral da ilha do Corvo.
Ainda nem sequer foi produzido o comunicado de imprensa ou uma proposta de iniciativa política e/ou parlamentar em resultado da visita mas, pelo incómodo causado, já se poderá dizer, com propriedade, ainda bem que o Deputado do PCP Açores foi ao Corvo para o PS local ter oportunidade de dizer que existe e enumerar, uma vez mais, o rol de promessas eleitorais e de obras programadas, que como se sabe não é sinónimo de obras executadas.
Mas deixemos as obras de lado, designadamente a obra marítima de ampliação do Porto da Casa, que como se sabe aguarda por melhores dias, mas não deixa de ser urgente, e passemos ao prometório do PS no Corvo, em 2012.
"Promover a colocação na Escola Básica e Secundária de um professor de ensino especial"
Com tantos professores no desemprego, designadamente professores qualificados para o Ensino Especial, não se percebe muito bem porque ainda não está cumprida esta promessa do PS no Corvo.
Este é apenas um dos muitos exemplos que, julgo eu que só vou de visita ao Corvo, será cumprida muito brevemente.
Foto - Aníbal C. Pires |
"Promover a colocação na Escola Básica e Secundária de um professor de ensino especial"
Com tantos professores no desemprego, designadamente professores qualificados para o Ensino Especial, não se percebe muito bem porque ainda não está cumprida esta promessa do PS no Corvo.
Este é apenas um dos muitos exemplos que, julgo eu que só vou de visita ao Corvo, será cumprida muito brevemente.
A Ciência na FESTA
As observações, demonstrações e experiências, conduzidas por especialistas, a relação da ciência com as várias formas de arte como a literatura, a fotografia, o desenho, a escultura ou pintura, o espaço criança onde os mais pequenos (se) descobrem brincando são, alguns dos atractivos que o Espaço Ciência oferece ao visitante, seja um mero curioso ou um especialista. A colaboração de instituições académicas e de investigadores e cientistas de várias áreas, são garantia do rigor científico desta iniciativa, permitindo que a exposição, após a Festa, circule por todo o país, particularmente nas escolas.
O Espaço Ciência situa-se junto ao Lago, lugar de excepcional beleza natural e construída, onde se desfruta da paisagem e do conhecimento em plena liberdade e fraternidade.
«Sexualidade: mecanismos e identidades. A vida continua». Estes serão o tema e lema da exposição e actividades no Espaço Ciência 2014. Do ponto de vista científico, biológico e evolutivo, o surgimento da reprodução sexuada é assunto central, pois é a partir desse novo modo de reprodução surgido há 1200 milhões de anos que é possível a explosão da biodiversidade, o maior salto qualitativo na evolução da vida na Terra.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Paulo de Carvalho - os artistas da FESTA
Vai lá estar, na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal, na FESTA.
Com uma voz plena de personalidade e um timbre único, Paulo de Carvalho confere a todas as suas músicas um cunho próprio, o que leva a descobrir e a cruzar géneros e influências musicais.
domingo, 27 de julho de 2014
O Livro na FESTA
OqueStrada - os artistas da FESTA
Oh pra eles também vão estar na FESTA
«AtlanticBeat Mad’in Portugal» é o novo álbum dos OqueStrada que dá continuidade ao famoso beat acústico do «Tasca beat – O sonho português». Agora, num novo registo de originais, os OqueStrada, projecto amadurecido por 12 anos de estradas nacionais e internacionais, prometem refrescar, emocionar e intervir, abrindo uma nova janela de possibilidades no panorama musical português e internacional. Marta Miranda, Pablo e João Lima são autores, intérpretes e compositores das suas canções.
A FESTA é sempre, os premiados no Concurso de Postais
1.º prémio - Irene Sá |
2.º prémio - Vanessa Namora Caeiro |
3.º prémio - Verena Basto |
O concurso foi aberto a todos os que «de forma profissional ou amadora, quiseram contribuir com a sua expressão artística para esta iniciativa».
sábado, 26 de julho de 2014
Gonçalo Bilé - os artistas da FESTA
O Gonçalo também vai à FESTA.
Gonçalo Bilé (2012) revela-se um sólido conjunto de canções frescas e despreocupadas, marcado pela fusão de folk acústico, blues, roots e pop/rock. Para a gravação do primeiro registo de originais, que falam do amor, da amizade e do inconformismo, este novo cantautor da cena musical portuguesa rodeou-se de amigos: a produção esteve a cargo de Bruno Vasconcelos; a gravação e a mistura foram conduzidas por Nélson Carvalho; e o tema «Líderes e Nações» contou com a participação de Frankie Chavez.
O desporto na FESTA
Pois é, a FESTA também é desporto.
Cerca de 35 modalidades, praticadas por milhares de atletas de todas as idades, em representação de mais de 300 colectividades de desporto, cultura e recreio e associações desportivas, em equipas informais ou participação individual farão da Festa também a Festa do Desporto.
Durante os três dias haverá torneios de voleibol, basquetebol, hóquei em patins, futsal, boxe e kikboxing, xadrez, matraquilhos, malha, chinquilho e outros desportos de raiz tradicional, festivais gímnicos, as artes marciais, patinagem artística, hip-hop e danças de salão. Especial destaque terão este ano os desportos adaptados, dirigidos a pessoas portadoras de deficiência, nomeadamente os jogos de boccia, a dança adaptada e o golbol. Os desportos radicais voltam a marcar presença com a parede de escalada, o slide e o sliklines.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
BuraKa Som Sistema - os artistas da FESTA
Na FESTA vai haver música a rodos e para todos os gostos.
Com um novo álbum lançado em Junho, Buraka Som Sistema faz questão de manter o privilégio que tem dado ao espectáculo ao vivo e ao impacto da actuação em palco. Apresenta um renovado concerto e o «From Buraka To The World» do EP de estreia inverte-se em «From The World To Buraka». Branko, Riot, Kalaf, Conductor & Blaya, com a cantora britânico-argelina Yadi, o luso Vhils e o produtor lisboeta Bison partem pela sonoridade zoukbass, carregam kuduro e electro, batidas tropicais de inspiração indiana, a que juntam a arte do vídeo.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Amores fortuitos
Foto - Aníbal C. Pires |
Amam
Sem prazo
Nem tempo
Amam
Com sofreguidão
Fundem-se
Famintos
No deleite
Dum momento
Irrepetível
Os amantes casuais
Amam
Com a avidez
Incontrolada dos sentidos
Amam
Sem ponderar
Desfrutam somente
O prazer de ocasião
Amam
O sôfrego instante
De amores fortuitos
Sem prazo
Nem tempo
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 24 de Julho de 2014
Júlio Pereira - os artistas da FESTA
Júlio Pereira tem como referência a universalidade das manifestações culturais, este divulgador da música tradicional portuguesa traz à FESTA o seu mais recente trabalho, «Cavaquinho.pt»
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Avanteatro - o teatro na FESTA
O Menino de Sua Avó é uma de outras peças que sobem ao palco do AVANTEATRO.
Movimento de rotação
Foto - Madalena Pires |
Excitante, inspiradora
Envolvente, sedutora
E chega, perpetuamente
Ao final do dia
Ora inquieta, ora serena
Mas sempre, desejada
A noite, esperada
E deixo
Que me enlace
Num amplexo
Que a luz difusa
Projeta
Em alongadas sombras
Na noite da cidade
Adormecida
Aguardando
Pela madrugada
De um novo dia
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 23 de Julho de 2014
Sinfonietta de Lisboa - os artistas da FESTA
A Festa do Avante realiza-se, como vem sendo habitual, no primeiro fim de semana de Setembro, este ano a 5, 5 e 7. O momentos inicia hoje a divulgação da sua principal programação.
Cabe à Sinfonietta de Lisboa, sob a direcção do Maestro Vasco Pearce de Azevedo, interpretar mais uma vez, obras que, a exemplo dos anos anteriores, vão emocionar a grande plateia que assiste a este concerto.
Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, Robert Schumann, Wolfgang Amadeus Mozart são os grandes compositores clássicos escolhidos este ano para a abertura do Palco 25 de Abril, na Festa do Avante!.
Intervenção na Universidade de Verão promovida pelo IAEERI
Comunicação proferida no âmbito da Universidade de Verão promovida pelo Instituto Açoriano de Estudos Europeus e Relações Internacionais
Universidade de Verão - “A GEOPOLÍTICA AÇORIANA: UM CONCEITO EM TRANSFORMAÇÃO”
Praia da Vitória, 18 de Julho de 2014
Muito bom dia,
Em primeiro lugar, em meu nome pessoal e em nome do PCP Açores quero agradecer ao Instituto Açoriano de Estudos Europeus e Relações Internacionais o convite para participar nesta sessão da Universidade de Verão, uma iniciativa que considero valiosa, importante e cuja realização saúdo na pessoa do seu Presidente, o Dr. Aranda e Silva.
1. Introdução
A nossa situação geográfica define-nos, a todos os níveis. A nossa história e a nossa cultura são o produto direto destas ilhas em que estamos e vivemos, das proximidades e distâncias, do isolamento, mas também do encontro e circulação, de produtos, gentes e ideias, que no passado como no presente, chegam e partem dos Açores.
Nunca fomos um arquipélago fechado e autossuficiente. Pelo contrário fomos, nos Açores, construindo comunidades e desenvolvendo uma Região aberta ao mundo, colhendo os frutos dessas ligações e vizinhanças e, também, como não podia deixar de ser, pagando o preço, por vezes bem alto, da distância e do isolamento que a geografia nos conferiu e que o centralismo dos poderes acentuou.
Ontem, como hoje e como certamente será amanhã, esse é o paradigma fundamental da nossa existência enquanto comunidade humana. Tratamos, por isso, aqui, hoje, de matéria estratégica de uma importância absolutamente fundamental para o futuro do Povo Açoriano. Precisamos assim de convocar para esta discussão o arrojo, o rasgo e a visão e pôr de parte as vistas-curtas, o preconceito e o provincianismo.
Nesse esforço, que tem de ser de todos os açorianos de todas as ilhas e da diáspora, queremos, com humildade mas, também, com convicção, apresentar alguns contributos do PCP Açores para esta reflexão.
2. A pertença à Pátria Portuguesa e a integração na União Europeia
O facto mais basilar da nossa posição geoestratégica é a nossa pertença, quer se queira, quer não, à Pátria Portuguesa. Trata-se de um facto iniludível, incontornável e consensual, distanciados que estamos, no tempo e nas ideias, da utilização demagógica e descomedida do espetro de um inusitado independentismo para fins que não visaram, nem visam o interesse do Povo Açoriano.
O espectro do independentismo serviu para satisfazer objetivos. Objetivos bem diferentes do que os discursos inflamados de um suposto nacionalismo açoriano faziam e fazem crer, manifestações de nacionalismo sim, mas de um certo nacionalismo português que visava perpetuar os valores herdados do Estado Novo, bem diferente do patriotismo que une todos os portugueses apesar das suas diferenças culturais.
Diferenças provocadas pelas vivências da interioridade transmontana, beirã, da litoralidade a norte do Tejo, ou no território do litoral e do interior português que no século XII integrava a região geográfica designada por Al-Andaluz, da insularidade madeirense e, da insularidade açoriana que como sabemos e sentimos é marcadamente arquipelágica. Nestas diferenças mas, sobretudo no que histórica e culturalmente nos é comum se foi forjando a Pátria Portuguesa.
Essa pertença trouxe-nos vantagens e desvantagens que, seria moroso – e porventura um esforço diletante e puramente académico – estar aqui analisar, mas das quais queria sublinhar alguns aspetos, estes sim, contemporâneos e que considero significativos para o enquadramento deste debate.
Portugal ligou-nos inseparavelmente ao continente europeu e abriu-nos o acesso à União Europeia. Uma participação que, independentemente da profunda crítica que fazemos – que temos de fazer – à natureza supranacional, capitalista e financeira da UE, trouxe inegavelmente muitos benefícios, diretos e indiretos, à Região. Benefícios que são bem conhecidos e que as instâncias governamentais e políticas responsáveis pelos rumos da integração europeia não se cansam de nos lembrar até à exaustão.
Mas este aspeto não nos pode fazer esquecer tudo o que os Açores pagam por esta integração na Europa. Há um balanço que tem de ser feito, com honestidade e sem preconceitos.
E a realidade que me parece incontestável é que os muitos milhões de Euros de financiamento europeu recebidos pela Região ao longo das últimas décadas não conseguiram elevar-nos aos patamares de desenvolvimento económico e humano que ambicionávamos.
Se é verdade que se criaram infraestruturas essenciais e se desenvolveram setores exportadores, também é uma verdade, verdade que não pode ser ocultada, que se acentuaram assimetrias intrarregionais, que diversos indicadores de bem estar-social e de desenvolvimento humano tiveram progressões incipientes e que, do ponto de vista económico, a nossa capacidade de geração de riqueza continua a definir-nos como região dependente e periférica.
Tem de ser dito que esses subsídios não foram gratuitos. Longe disso. Serviram para impor limitações à nossa capacidade produtiva. Serviram para limitar a nossa capacidade de regulamentar e disciplinar os mercados de bens e serviços que nos são essenciais. Serviram para nos fazer aceitar o acesso e mesmo a gestão, dos nossos recursos naturais, nomeadamente aos marinhos, por parte de interesses estrangeiros.
Para além disto, os Açores pagam um preço que é estrutural, um custo de oportunidade que é de difícil quantificação mas que certamente não é desprezível. Pagamos pelas vias e oportunidades de desenvolvimento que não trilhámos devido ao fácil acesso e abundância dos apoios financeiros para não produzir. Na prática esta integração europeia tornou-nos uma Região menos produtiva, muito mais endividada, muito mais dependente.
Teria sido um processo inevitável? Estou convencido que não. A importância geoestratégica dos Açores, a dimensão Atlântica que confere à UE e o peso próprio de Portugal na União poderiam ter permitido outras posições políticas que nos tivessem conduzido a situações mais favoráveis. Não sucedeu assim, é um facto. Mas estou convicto que não é tarde para mudar de política e de atitude e nunca será tarde demais para defender o interesse regional e nacional. Esta é uma questão que não podia deixar de equacionar no âmbito desta reflexão.
3. Uma Pátria madrasta ou um Governo que não cuida
Sermos Portugal dá-nos dimensão, mercados, trocas, e referências. No entanto, isto significa que muitos dos serviços e funções do Estado, embora essenciais, estão fora do nosso controlo. O crescente abandono do Governo central em relação às suas responsabilidades dos Açores, o estrangular da tal ligação a que aludi, é hoje a causa de muitos dos nossos problemas. O estrangulamento financeiro da Universidade, a mutilação da RTP Açores, os encerramentos – planeados ou concretizados – de serviços postais, finanças e tribunais, a redução dos meios e capacidade operacional das forças militares e de segurança (com recentes e trágicas consequências que se conhecem), são parte da face visível desse movimento de afastamento dos Açores, aumentando as distâncias entre Açores e continente, que o atual Governo da República tem sistematicamente levado a cabo.
Desse afastamento, dessa acrescentada distância, talvez o mais gritante dos exemplos seja a deserção completa, o total abandono a que o Governo da República votou o Mar dos Açores, em especial entre as 100 e as 200 milhas, onde durante anos não realizou um única ação de fiscalização, facto de onde decorre uma total impunidade para todo o tipo de abusos ambientais, com graves prejuízos para os Açores e para a conservação dos frágeis ecossistemas desta zona do Atlântico Norte.
Tendo em conta a crescente importância geoestratégica dos Açores, em função da sua área marítima, do valor e fragilidade dos seus recursos naturais, este afastamento, esta deserção da República levanta muitíssimas preocupações e é talvez o primeiro e fundamental problema que temos de resolver para que possamos aproveitar o nosso potencial e fazer valer os nossos direitos.
4. Os interesses açorianos no contexto das relações externas nacionais
Decorre naturalmente de sermos uma parte da Pátria Portuguesa, que os aspetos fulcrais das relações externas seja gerido a nível central. É algo perfeitamente natural que não contestamos.
Agora, o que já não nos parece aceitável, o que temos forçosamente de contestar é que a opinião e os próprios interesses dos Açores e dos açorianos não sejam levados em conta na gestão da política externa portuguesa. A legitimidade do poder central decorre da sua atribuição de defender o país no seu conjunto, sem exclusão de parcelas. E, no campo das relações externas, infelizmente não é isso que tem acontecido.
Se essa gestão danosa para o interesse dos Açores encontra claros exemplos nas questões europeias, da Política Agrícola, das Pescas ou da gestão do Mar, por exemplo, torna-se ainda mais nítida quando abordamos a temática do Acordo de Cooperação e Defesa com os Estados Unidos.
Portanto, depois de falarmos da Europa, falemos da América do Norte, e mias concretamente dos Estados Unidos da América.
Em pinceladas largas, a história da evolução desse acordo, especialmente no tocante à Base das Lajes, pode resumir-se numa frase:
O que os Estados Unidos propõem, Portugal aceita.
Os Estados Unidos quiseram deixar de pagar compensações financeiras diretas: Portugal aceitou. Os Estados Unidos recusaram, durante anos, o recurso aos tribunais para resolver disputas laborais: Portugal aceitou. Os Estados Unidos quiseram utilizar a Base das Lajes para transportar ilegalmente prisioneiros para Guantánamo: Portugal aceitou e até ajudou a encobrir esse facto. Os Estados Unidos quiseram reduzir a sua presença militar e reduzir o número de postos de trabalho de portugueses na Base das Lajes: Portugal aceitou. E, minhas senhoras e meus senhores, por aí fora… é a subserviência dos dirigentes portugueses que tem prevalecido.
Não tenho ilusões sobre as dificuldades destes processos negociais, nem presumo conhecer os seus meandros, mas factos são factos, a cada renegociação obtivemos sempre o mesmo resultado. E, infelizmente, o que se vislumbra no horizonte, apesar do reconhecido esforço dos Órgãos de Governo Próprio da Região, por parte do Estado, como dizia, o que se constata é mais do mesmo, a habitual subserviência.
Estou seguro que não tinha de ser assim e que Portugal não está condenado a uma posição de submissão acrítica e sempre dócil. Uma relação bilateral tem de ser construída numa base de respeito mútuo e igualdade de direitos, em que cada uma das partes procura o terreno comum que permita o entendimento. Uma relação bilateral não é isto a que temos assistido nas últimas décadas.
É, por isto, sobretudo por isto, que os açorianos e os terceirenses em particular pagam hoje um preço elevadíssimo…
Penso que há, em relação à Base das Lajes, uma responsabilidade que tem de ser assumida. Mas antes de ser assumida pelo parceiro estado-unidense tem de ser assumida pelo próprio Governo Português.
Temos aqui uma ilha, uma comunidade, que serviu bem os interesses de Portugal, que acolheu bem os estado-unidenses, que recebeu no seu território uma base militar, para onde desviou os seus recursos humanos, com a qual criou circuitos económicos que foram a base do seu desenvolvimento económico durante décadas.
Também aqui há um enorme custo de oportunidade que decorre de outras vias de desenvolvimento que ficaram por explorar porque a Base das Lajes, naturalmente, centralizou boa parte dos esforços e das ligações do tecido económico da ilha. Este custo tem de ser assumido pelo Governo Português, primeiro, e pelos Estados Unidos da América, depois.
A decisão da redução de presença ou, mesmo, do encerramento da Base, para uso das forças armadas dos Estados Unidos, não cabe naturalmente à parte portuguesa,. Mas o que o Governo de Portugal não pode aceitar submissamente, como tem feito sempre, é que se feche subitamente uma porta fundamental do desenvolvimento da Terceira, em função do interesse próprio, sem preocupação pelos que cá ficam. Isto é: pela comunidade que os acolheu os militares estado-unidenses durante tantos e nas dinâmicas económicas que se desenvolveram, também, em função da sua presença.
E se é necessário assumir e encetar a reconversão da economia desta ilha, é necessário que se compreenda claramente que esse processo não se faz do dia para a noite, que exige tempo, esforço e investimento. Esse custo tem, antes do mais, de ser compreendido pelo Governo Português e assumido pelos Estados Unidos da América.
Há, felizmente, muitas vias e alternativas para o desenvolvimento da ilha Terceira e dos Açores no seu conjunto que podem e devem ser aproveitadas de forma complementar. Mas esta continua a ser a questão basilar a que é preciso dar uma resposta: como é que serão compensados os terceirenses e os açorianos pela redução da presença militar estado-unidense. Terá certamente de ser feita com mais do que palavras e boas intenções.
5. A política externa açoriana no contexto da política nacional de relações exteriores
Como disse, vejo de forma unificada as relações exteriores de Portugal, onde se incluem os Açores.
No entanto, tal não obsta a que a Região tenha uma política externa própria. O Estatuto Político-Administrativo dá-nos latitude para formularmos e levarmos à prática uma política própria, complementar, nunca alternativa à política nacional, de cooperação e desenvolvimento com outros países e regiões.
Este é um aspeto que os sucessivos governos regionais e o próprio Parlamento Regional têm subvalorizado ou reconduzido apenas a uma dimensão pouco mais do que simbólica.
Cremos que é necessário olhar para as relações exteriores da Região com outro arrojo, com uma visão de fundo, abrangente e de médio prazo.
Para o PCP Açores, a cooperação com as restantes ilhas da Macaronésia é uma prioridade natural que tem sido sempre subvalorizada em favor de um eurocentrismo artificial. Não acreditamos na dicotomia maniqueísta de que para estar na Europa é preciso estar de costas voltadas ao Atlântico, que tantos prejuízos tem causado ao nosso país e à nossa Região.
Aliás somos ilhéus. Para onde quer que nos viremos, nunca estaremos de costas para o mar que nos une a essas outras ilhas da Macaronésia.
É aí que encontraremos parceiros interessados em desenvolver as trocas e cooperação no âmbito técnico, científico, de formação e, sublinhe-se a importância: no âmbito do estabelecimento de circuitos económicos e comerciais.
Possuímos meios e capacidades para aprofundar essas relações agora, com reflexos imediatos. Mas, triste exemplo, a nossa transportadora aérea perdeu uma ligação, em regime charter, com Cabo Verde. Devia ser justamente ao contrário…
O próprio Parlamento Regional devia ter uma política mais ativa de cooperação e contactos com outros parlamentos da região da Macaronésia.
Podemos e devemos ser parceiros ativos na construção dessa grande região atlântica, devemos liderar a aproximação Açores-Madeira-Canárias-Cabo Verde, integrando-nos neste nosso grande espaço natural, onde podemos crescer e desenvolver-nos.
Mas com a ampliação do domínio português nesta região atlântica, por via do alargamento da plataforma continental, ou mesmo sem ela, a bacia do Atlântico continua a constituir-se como um mar de oportunidades, seja para Ocidente ao encontro das comunidades que vivem e trabalham na América do Norte, seja para Sul ao encontro do mundo lusófono que tem expressão na costa ocidental africana e na costa oriental da América do Sul, seja o imenso Brasil, ou a pequena comunidade luso descendente, “Los Azoreños”, no Uruguai.
É também na ilha Terceira que se situa o porto oceânico europeu mais próximo do continente americano.
É no Faial que se situa um Departamento de Oceanografia e Pescas de reconhecido mérito internacional, é na Graciosa que está instalada uma Estação Internacional para Monitorizar Ensaios Nucleares, é em Santa Maria que funciona uma estação da Agência Espacial Europeia.
Somos uma região ultraperiférica. Sim, é certo mas, em bom rigor, e apesar dos avanços tecnológicos ou, em virtude deles, não perdemos a nossa centralidade, continuamos a ser, permitam-me a expressão, o umbigo do Atlântico Norte, ou seja, a nossa posição geográfica, como a nossa economia, pode mudar de uso, mas a cada ciclo valoriza-se, saibamos nós, dar-lhe a cada momento, o uso mais adequado e valorizar essa centralidade que, paradoxalmente, nos é conferida pela distância aos continentes, ou seja, pela nossa ultraperiferia.
Muito obrigado pela vossa atenção.
Praia da Vitória, 18 de Julho de 2014
O Deputado do PCP Açores
Aníbal C. Pires
sexta-feira, 11 de julho de 2014
"O tempo não pára"
Em dia de aniversário (o meu) fica este belo poema de amor na voz da Mariza. Chegou até mim recomendado por quem partilha a vida comigo.
terça-feira, 8 de julho de 2014
SATA, presente e futuro
Interpelação ao GR - O Grupo SATA, presente e futuro
Intervenção de abertura
Senhora Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Senhor Presidente do Governo
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
No passado dia 8 de Abril promovemos uma interpelação ao Governo Regional sob o tema “Estratégia para o Grupo SATA no novo paradigma de transportes na Região”. Tendo sido, sob alguns aspetos, um debate esclarecedor ficaram, todavia alguns aspetos por clarificar.
No entanto, esta interpelação não pretende ser uma espécie de prolongamento do debate que aqui mantivemos em Abril passado pois, estes 3 meses vieram dar-nos, infelizmente, razão. Assistimos, por um lado, ao aumento das irregularidades da operação da SATA Internacional. Por outro lado, foi nomeado um novo Presidente do Conselho de Administração e divulgado Relatório de Contas de 2013 e, por último, a Administração do Grupo SATA chegou a um pré acordo com a Plataforma Sindical, facto com o qual não posso deixar de me congratular.
Segundo as notícias que vieram a público o Dr. Luís Parreirão, Presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, afirmou que: “Foi possível construir ao longo da reunião uma solução consensual em linha com aquilo que já foi possível em anos anteriores e que tem, sobretudo, como objetivo, criar condições, a médio e longo prazo, para que tenhamos paz social, trabalhadores motivados e a atenção focada no essencial, o trabalho da companhia”. De onde posso inferir a primeira das questões que irei colocar ao Governo Regional:
Porquê só agora!?
Por quê só agora há o entendimento de que a paz social, trabalhadores motivados e a atenção focada no essencial, o trabalho da companhia, são importantes? E não me venham com a espúria resposta que isso se fica a dever ao novo Presidente de Administração. As palavras foram do Dr. Luís Parreirão, mas esta mudança de atitude é uma clara inversão de orientação política e essa inversão, se de facto se vier a verificar e não passar apenas de uma pausa estratégica, é, como não poderia deixar de ser do Governo Regional.
No entanto, senhoras e senhores deputados, não posso deixar de estranhar que, assim, de um momento para o outro se tenha verificado esta inversão.
Vejamos, nas semanas que antecederam a “solução consensual”, em plena greve convocada pelo SINTAC, e após muitas tentativas de entendimento por parte deste sindicato, a administração da SATA argumentou que não negociava algumas das questões levantadas, por ter chegado a entendimento, em 2013, com a plataforma de sindicatos. Depois, apresenta uma “solução consensual” à qual o próprio SINTAC adere. De onde posso inferir que, uma vez mais a estratégia política empurrou, desnecessariamente a SATA e os seus clientes a passarem por várias greves.
Mas à “solução consensual” faltam-lhe instrumentos, desde logo, o Plano de Exploração, ou Plano de Negócios, como preferirem, e ainda este pormenor, que podendo parecer pequeno não é de somenos importância. As OSP serão alteradas permitindo, ao que tudo indica, a entrada de outros operadores no mercado Continente/Açores. Este facto terá como efeito a partilha de mercado e, por conseguinte, a quebra de receitas da SATA Internacional.
E as perguntas são, Senhor Secretário Regional do Turismo e Transportes:
Trata-se de uma verdadeira inversão na estratégia política e comercial para a empresa ou de uma pausa estratégica!?
Diga-nos lá Senhor Secretário se isto corresponde ao “canto do cisne” da SATA Internacional ou, existe de facto a determinação política de olhar para SATA Internacional como um importante ativo estratégico que é necessário manter, valorizar e dotar dos meios necessários para que se afirme no mercado do transporte aéreo e canalize fluxos financeiros para o Grupo SATA!?
Senhora Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Senhor Presidente do Governo
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
O Relatório de Contas, com todas as reservas que os revisores e auditores colocaram, mostra claramente que a responsabilidade pelos resultados negativos obtidos pelo Grupo SATA são do representante do acionista, ou seja, do Governo Regional.
Afinal não são os custos com o trabalho, afinal não é o acordo de empresa que é limitativo. Afinal é a deliberada redução da atividade da empresa. Afinal é a incapacidade de gestão dos recursos disponíveis, de onde resultam os resultados negativos, mas não só. São também os encargos com a dívida bancária, que decorre do incumprimento do Governo Regional para com aquela empresa pública.
Mais 2 questões para o Senhor Secretário Regional:
Quando pensa o Governo Regional dar cumprimento à recomendação do Tribunal de Contas, várias vezes reiterada, para que sejam transferidos, para a SATA, os 21,5 milhões de euros que resultaram da privatização de parte do capital social da EDA e que, como determina a Constituição, deveriam ser reinvestidos no Grupo SATA?
Quando pensa o Governo Regional efetuar o pagamento devido à SATA pelas obrigações de serviço público!? Ou seja, só de 2009 a 2012, mais de 20 milhões de euros. Ficam a faltar os valores de 2013 que incompreensivelmente ainda não são conhecidos.
Só aqui encontramos mais de 40 milhões de euros que o Governo Regional tem vindo a utilizar a custo zero, imputando ao Grupo SATA o ónus de ter de suportar os elevados encargos pelos empréstimos bancários a que tem de recorrer por falta de pagamento do Governo Regional. O Grupo SATA, senhoras e senhores deputados, não é uma entidade bancária mas o Governo Regional utiliza-o para se financiar.
E o valor que aqui refiro de mais de 41 milhões de euros está calculado por defeito pois, na opinião de alguns economistas, e sem ter em conta os 21,5 milhões de euros da privatização da EDA, este valor varia entre os 40 milhões e os 70 milhões de euros.
Se esta situação estivesse regularizada certamente que a renovação da frota de longo curso talvez não constituísse um grande óbice para o futuro próximo da SATA Internacional.
O Senhor Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou de forma categórica, há 3 meses durante a interpelação de Abril, e cito: “ (…) é evidente que a renovação da frota da SATA Internacional e o seu financiamento terão que ser feitos numa perspetiva de aluguer operacional que hoje existe e está claramente à disposição no mercado, com preços competitivos, dependendo naturalmente do tipo de aeronave que venha a ser escolhida no âmbito de servir aquilo que é o core da empresa. (…) ”.
Sabendo V. Ex.a que os A-310, terão de ser substituídos ou equipados com um novo sistema de navegação para fazer a travessia do Atlântico, a partir de 2015.
Estão previstas para 2015 intervenções em pelo menos dois dos aviões a nível dos motores, que ultrapassam num caso os 2,5 M$/ motor e no outro os 4 M$/ motor. (podemos chegar a estes números avaliando o tempo que estes motores estão instalados nas asas e sabendo dos preços que se praticam para intervenções estruturais em cada tipo de motor). A questão é que, estas intervenções sendo necessárias para manter os aviões a voar, os custos da não decisão sobre a sua substituição multiplicam-se e são difíceis de avaliar.
E a pergunta é: Continua V. Ex.a a poder afirmar que assim vai ser!? A minha dúvida é legítima e esta Câmara tem o direito de ser informada, é que para 2015 faltam apenas 5 meses e… digamos que já era altura de haver algumas decisões sobre este assunto que, como todos sabemos, é de crucial importância para o futuro, desde logo da SATA internacional, mas também de todo o Grupo SATA.
Fico a aguardar a resposta de V. Ex.a esta questão e deixo-lhe mais estas duas questões:
Para quando está prevista a revisão e entrada em vigor das revisões das OSP para as rotas interilhas?
E mais uma, que tem sido feita muitas vezes por muitos açorianos:
O que impede o Governo Regional e o Grupo SATA de implementar, desde já, a tarifa proposta na revisão das OSP (134 euros mais taxas)? Porque é que não aplica a partir de amanhã esse tarifário?
Senhora Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Senhor Presidente do Governo
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
Os últimos meses demonstraram que os problemas que o Grupo SATA enfrenta, designadamente, a SATA Internacional, lhe são externos. E não são razões nem de conjuntura, nem de mercados, aliás o mercado do transporte aéreo registou, a contra ciclo, uma aumento de mais de 5%.
Os problemas que a SATA enfrenta, senhoras e senhores deputados, resultam de uma visão redutora e dogmática que assola uma parte dos dirigentes do PS Açores e do seu governo, visão redutora e dogmática de onde resulta uma estratégia que é, em síntese, a procura incessante de demonstrar que o problema da SATA são os elevados custos do trabalho.
E insistiram e, quiçá continuarão a insistir, nesta malfadada estratégia mesmo tendo conhecimento, por estudos encomendados pelo próprio Grupo SATA, que o custo por trabalhador da SATA (considerando as duas transportadoras) é inferior ao custo por trabalhador da TAP, mas é inferior, pasme-se, ao de companhias como a Ryanair e à Easy Jet, neste último caso, diria bastante inferior.
A questão reside, como se pode verificar num estudo de 12 de Abril de 2013, na ineficácia comercial, ou seja, a estratégia política induzida no Grupo SATA levou à retração da operação, ao abandono de mercados e rotas lucrativas, que conduz a resultados de receita por trabalhador inferior à TAP e muito inferior em relação à Ryanair e à Easy Jet.
Senhora Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Senhor Presidente do Governo
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
Mas se é verdade que os problemas que existem com o Grupo SATA lhe são externos, existem contudo, algumas questões ligadas à Gestão de Recursos Humanos, o aumento do efetivo médio, onde não havia necessidade de haver aumento, de Gestão Operacional, de Gestão Comercial, à qual se pode aduzir uma deficiente ou mesmo inexistente, Comunicação Interna, isto é, existem alguns também, algumas questões de interna que merecem atenção.
Para melhor compreensão das açorianas e açorianos deixo alguns exemplos.
A Direção de Marketing e Vendas passou para Direção de Vendas, voltou a ser Direção de Marketing e Vendas para voltar a ser Direção de Vendas e agora, ao que tudo indica, vai passar para Direção Comercial e ao que tudo leva a crer com um recrutamento externo, ou seja, mais um quadro para o back office.
O Gabinete de Comunicação e Imagem passou para Gabinete de Marketing e Comunicação e voltou para Gabinete de Comunicação e Imagem.
Em Maio de 2013 foi criada Direção de Produto e Cliente cuja extinção se concretizou o mês passado. Fruto desta extinção foram alterados vários serviços, sendo que, o que causou maiores constrangimentos foi a passagem do serviço de pós-venda para fora da alçada da área comercial.
Em 2014 foi criado um Gabinete de Marketing mas, já foi desativado e ainda só estamos em Julho de 2014.
Diria, Senhoras e Senhores Deputados que no Grupo SATA a prática parece ser colocar ex-responsáveis de Direções em gabinetes, também, gabinetes também conhecidos por prateleiras.
Mas Senhoras e Senhores Deputados, deixo-vos apenas mais um exemplo, não que os exemplos se extingam por aqui, havendo necessidade voltarei municiado com os restantes durante o debate que se seguirá.
O Planeamento de tripulações, área critica para a atividade operacional, tem tido várias mudanças de responsável sem que se verifiquem as devidas consequências. Os resultados são catastróficos, não só ao nível do planeamento das tripulações, como ao nível dos custos diretos e indiretos que a deriva na gestão operacional tem provocado, sim porque se é verdade que são os problemas da frota e da falta de tripulantes que estão na origem de grande parte das irregularidades operacionais, de todos, conhecidas, não é menos verdade que a gestão comercial e operacional também tem responsabilidades na intermitência da operação da SATA Internacional.
Espero com estes exemplos não ter dado nenhuma novidade ao titular do Turismo e Transportes mas deixo-lhe, Senhor Secretário, mais uma pergunta, ou duas.
A quem serve e para que serve esta contínua criação e extinção de departamentos!?
Esta gestão peregrina deve-se a orientações políticas externas ou resulta exclusivamente do trabalho dos administradores do Grupo SATA!?
Senhora Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Senhor Presidente do Governo
Senhoras e Senhores Membros do Governo,
O Grupo SATA e as empresas que o constituem são, inequivocamente, um importante ativo estratégico para o desenvolvimento dos Açores, não só para assegurar o direito à mobilidade das açorianas e dos açorianos, mas também como fonte geradora de fluxos financeiros, quer eles sejam traduzidos no transporte de turistas, quer sejam por via da utilização da capacidade instalada nas transportadoras do Grupo no mercado de transporte aéreo.
O PCP Açores considera que esta deve ser a vocação do Grupo SATA e que as decisões que vierem a ser tomadas, mormente, no que diz respeito à renovação da frota, não devem ser redutoras, ou seja, a opção por uma aeronave não deve, em si mesmo condicionar a operação, mas antes potenciar e alargar a capacidade operacional da SATA.
Num tempo em que tanto se fala da “marca Açores”, a SATA tem tudo para ser, ela mesmo, a marca dos Açores no Mundo.
Disse,
Sala de Sessões, Horta, 08 de Julho de 2014
O Deputado,
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Aníbal C. Pires
sábado, 5 de julho de 2014
Assinalar a independência de Cabo Verde - 39.º aniversário
Amílcar Cabral - imagem retirada da ineternet |
O "momentos" tem vindo a recordar e a divulgar a nação crioula e a sua cultura.
Aqui, aqui e aqui podem verificar isso mesmo.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Gugu Mbatha-Raw - a abrir Julho
Esta jovem e bela atriz inglesa faz as honras de abertura do mês de Julho.
Apesar da sua curta carreira Gugu Mbatha-Raw tem já um registo notável no teatro, na televisão e no cinema. Aqui o trailer de "Belle"
E venha lá este mês com tudo o que ele tiver de mau e de bom para nos trazer.
O "momentos" abre Julho, como vem sendo habitual todos os meses, prestando homenagem à beleza femenina
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