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Aquando da sua eleição pelo Conclave pensei para comigo, tal como os Estados Unidos necessitaram de um presidente com o perfil Barack Obama para limpar a imagem internacional deixada pelo seu antecessor, agora é chegada a vez do Vaticano seguir a mesma estratégia.
Reconheço que em relação à eleição de Francisco e ao Vaticano talvez não seja bem assim. Quanto a Barack Obama e aos Estados Unidos não me restam dúvidas os seus mandatos não passaram de uma farsa construída e alimentada pelos média pois, no que era essencial mudar na política externa nada foi feito, aliás o caso da Síria e as espúrias ligações dos Estados Unidos ao Daesh, por via das agências de informação e de organizações privadas a soldo da administração estado-unidense, são disso um claro exemplo. Claro que o seu sucessor na Casa Branca vai contribuir para que Obama continue a ser idolatrado, quer interna quer externamente, pelos reformistas de uma certa esquerda, interna e externa, que por vezes se diz radical, mas nunca se afirma revolucionária.
Desta vez e numa recente entrevista ao jornal “Tertio”, semanário católico, o Papa Francisco analisa e crítica o papel e a responsabilidade dos órgãos de comunicação social (OCS) nos nossos tempos.
Francisco faz uma apreciação positiva da sua importância na difusão da informação e na promoção da fraternidade e da solidariedade, mas aponta alguns aspetos que contribuem para alimentar algumas patologias clínicas e sociais, ou seja, algumas linhas editoriais merecem a reprovação de Sua Santidade.
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Sem generalizar, porque as generalizações não são rigorosas e, como tal, injustas, diria que estes e outros “pecados” cometidos pela comunicação social, que o Papa Francisco apontou, se verificam numa imensa maioria de títulos da imprensa, de rádios e televisões. Quanto à questão da coprofilia, tão grave quanto os outros “pecados”, é cultivada por alguns OCS que se alimentam na coprofagia, patologia afinal muito comum ou então não seria necessário recorrer a coprofilia para ascender, com sucesso, aos tops de audiência e de tiragens dos OCS que a utilizam.
Esta é apenas mais uma, de muitas outras, reflexões e afirmações do Papa Francisco que, admito que sim, me surpreenderam e que estão a afastar a minha suspeição inicial de que o Vaticano tinha encontrado, apenas, mais um figurante para lavar a face de uma organização gigantesca e poderosa que também estava a passar por um período complexo. Francisco afirmou-se com um pontificado diferente, um pontificado humanista.
Ponta Delgada, 13 de Dezembro de 2016
Aníbal C. Pires, In Diário Insular e Açores 9, 14 de Dezembro de 2016
1 comentário:
Congratulo_me com a tua conversao.abraço.
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