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Comemoro o Solstício de Inverno, mas não deixo de festejar o Natal enquanto data que assinala a natalidade, afinal nada mais natural do que o nascimento de alguém, seja Jesus ou Maria de seu nome próprio.
O nascimento de um novo ser está ligado à família, não importa se formal ou informalmente constituída, família enquanto grupo de pessoas ligadas geneticamente ou, ainda por laços culturais e interesses comuns, digamos elementos do mesmo clã. E é nesta perspetiva que assinalo e festejo o Natal, como festa da família e dos amigos. O Natal é a festa da minha tribo.
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À noite mais longa do calendário solar sucede-se o aumento gradual da duração dos dias, é a vitória da luz sobre as trevas, é o Solstício de Inverno. Esta era a comemoração primordial, a comemoração pagã que assumia manifestações diversas, como diversos são os povos e diverso o entendimento e interpretação que cada grupo (tribo) tinha do calendário solar, ou seja, da influência que a posição relativa da Terra em relação ao Sol tem na vida dos homens.
Ficam os votos de Boas Festas e não deixem de celebrar a vida, o amor e a amizade, neste Solstício de Inverno, Neste Natal.
Lisboa, 20 de Dezembro de 2016
Aníbal C. Pires, In Diário Insular e Açores 9, 21 de Dezembro de 2016
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