O senhor Allan Katz, Embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, tomou a iniciativa de escrever ao Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) aconselhando os órgãos de governo próprio a reverem a sua posição sobre a proibição do cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM). Não é um facto novo e as diferentes posições políticas sobre o assunto são conhecidas, percebendo-se a existência de uma linha comum na crítica a esta inusitada iniciativa do embaixador - o senhor Katz exorbitou as suas competências.
O PCP Açores apresentou na ALRAA um voto de protesto pelo teor e despropósito da missiva do embaixador à ALRAA. O voto veio a ser reprovado pelo PSD e CDS/PP, com o argumento de que enformava de antiamericanismo congénito, com uma absurda abstenção do PS e o voto favorável do PCP, BE e PPM
Darei como prémio uma “D. Amélia”, uma “queijada da Vila” ou, uma “queijada da Graciosa”, conforme a preferência, ou seja, darei um doce a quem encontrar, no texto do voto apresentado, uma palavra que seja, da qual, implícita ou explicitamente, se possa inferir ou concluir qualquer sentimento antiamericano.
O preconceito pode levar a conclusões precipitadas. O PSD e o CDS/PP concluíram que sendo o “voto de protesto” da autoria do PCP só podia ser antiamericano, nada mais falso. Claro que os deputados do PSD e do CDS/PP leram e perceberam o conteúdo e o alcance do voto cujo objeto era, como se pode verificar, apenas o de salvaguardar o direito do Povo Açoriano a decidir livremente, sobre esta e outras matérias sobre as quais tem competências.
A paradoxal abstenção do PS viabilizou a reprovação, pelo PSD e pelo CDS/PP, do seguinte:
“A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores lamenta a atitude do Senhor Embaixador dos Estados Unidos da América em Lisboa, que considera como exorbitando o que deve ser a sua postura e atribuições e reafirma a sua firme resolução de não ceder a quaisquer pressões, interferências ou tentativas de influência na realização da vontade do Povo Açoriano.”
A argumentação para justificar a subserviência e não repudiar a ingerência foi, desta vez como em muitas outras, o preconceito em relação ao PCP que ainda colhe apoio na opinião pública, apoio que o PSD e o CDS/PP mas, também o PS, sabem que existe e não se cansam de alimentar mesmo que isso signifique trair o seu povo.
Este é apenas mais um exemplo que confirma o abandono de qualquer sentimento de patriotismo, de defesa da soberania e da autonomia pelos partidos políticos que exercem o poder em Lisboa e nos Açores... Até que os povos se decidam a ser livres.
Ponta Delgada, 31 de janeiro de 2012
O PCP Açores apresentou na ALRAA um voto de protesto pelo teor e despropósito da missiva do embaixador à ALRAA. O voto veio a ser reprovado pelo PSD e CDS/PP, com o argumento de que enformava de antiamericanismo congénito, com uma absurda abstenção do PS e o voto favorável do PCP, BE e PPM
Darei como prémio uma “D. Amélia”, uma “queijada da Vila” ou, uma “queijada da Graciosa”, conforme a preferência, ou seja, darei um doce a quem encontrar, no texto do voto apresentado, uma palavra que seja, da qual, implícita ou explicitamente, se possa inferir ou concluir qualquer sentimento antiamericano.
O preconceito pode levar a conclusões precipitadas. O PSD e o CDS/PP concluíram que sendo o “voto de protesto” da autoria do PCP só podia ser antiamericano, nada mais falso. Claro que os deputados do PSD e do CDS/PP leram e perceberam o conteúdo e o alcance do voto cujo objeto era, como se pode verificar, apenas o de salvaguardar o direito do Povo Açoriano a decidir livremente, sobre esta e outras matérias sobre as quais tem competências.
A paradoxal abstenção do PS viabilizou a reprovação, pelo PSD e pelo CDS/PP, do seguinte:
“A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores lamenta a atitude do Senhor Embaixador dos Estados Unidos da América em Lisboa, que considera como exorbitando o que deve ser a sua postura e atribuições e reafirma a sua firme resolução de não ceder a quaisquer pressões, interferências ou tentativas de influência na realização da vontade do Povo Açoriano.”
A argumentação para justificar a subserviência e não repudiar a ingerência foi, desta vez como em muitas outras, o preconceito em relação ao PCP que ainda colhe apoio na opinião pública, apoio que o PSD e o CDS/PP mas, também o PS, sabem que existe e não se cansam de alimentar mesmo que isso signifique trair o seu povo.
Este é apenas mais um exemplo que confirma o abandono de qualquer sentimento de patriotismo, de defesa da soberania e da autonomia pelos partidos políticos que exercem o poder em Lisboa e nos Açores... Até que os povos se decidam a ser livres.
Ponta Delgada, 31 de janeiro de 2012
Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 01 de fevereiro de 2012, Angra do Heroísmo
1 comentário:
Olha camarada, acho que tens uma boa prspectiva de como encarar o problema, mas confesso-te uma coisa
:admiro quem tem paciência de mexer uma palha para defender aquele governo que só sabe explorar tudo o que há de mau desde que mantenha a elite no poder. Pessoalmente considero-os capazes das maiores torpezas que a imaginação humana possa produzir, só precisam de acautelar as aparências. Não confio nem por um segundo no que dizem ou no que fazem.Estão neste mundo para explorar a inocência e a incultura dos outros povos. Desde os Acordos de Bretton Woods, que o seu objectivo tem sido criar um sistema financeiro, apoiado nas mais sórdidas Máfias e nas marginalidades do Vaticano para manterem a sua supremacia. E como o dinheiro, infelizmente compra "quase" toda a gente ELES SÓ TEM DE SABER O PREÇO A PAGAR. Depois é imprimir umas notitas que o petróleo dá cobertura.
É contra este mundo que lutamos e portanto havemos de vencer, por somos humanos.Um abraço.Juvenal
Enviar um comentário