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Não é necessário conhecer profundamente a operação da SATA Internacional para se antever que chegada esta altura do ano a operação iria sofrer graves problemas.
Os voos operados pelos A 310 estão, em média, atrasados de 12h a 1 dia. Os custos com estes atrasos (alojamento e alimentação de passageiros) vão custar à SATA centenas de milhares, senão mesmo milhões de euros, os custos indiretos serão, certamente, ainda mais elevados.
A quem pedir responsabilidades, será que são os trabalhadores, neste caso os tripulantes de cabine ou do flight deck, não me parece pois, apesar do conflito há muito estar latente, em abono do rigor e da verdade, os trabalhadores da SATA têm, pacientemente, aguardado pelo entendimento e privilegiado o diálogo, embora, também em nome do rigor e da verdade, o que tem acontecido é um monólogo, ou seja, os trabalhadores da SATA têm estado a falar sozinhos.
Os trabalhadores da SATA, designadamente, os tripulantes de cabine e os pilotos há muito que vinham alertando a Administração, a antiga e a agora recauchutada equipa, para o que se previa viesse a acontecer, e aconteceu. Ou seja, a intermitência, para não dizer falência, operacional que se está a verificar e que tem sido denunciada, nem sempre da forma mais rigorosa, no espaço público regional.
Foto - Aníbal Pires |
O que fez a SATA!? Abriu um processo de recrutamento de pessoal de voo, designadamente pilotos, processo esse que ainda não está concluído e que, em si mesmo, não resolverá o enorme défice de pilotos que se verifica na SATA Internacional (entre 2011 e 2013 a SATA Internacional perdeu 20% dos seus pilotos, e mais se seguiram já durante o ano de 2014).
Mas será só a falta de pessoal que afeta a operação da SATA Internacional, ou será mais do que isso. Tenho cá para mim que os problemas são mais vastos e nem sequer é inércia, é incúria.
Não ficaria mais barato à SATA o aluguer de ACMIS até a normalidade da operação ser reposta, já que a Administração não soube ou não quis adotar medidas, em tempo útil, para evitar o que se previa e está a acontecer.
É que os custos diretos e indiretos desta intermitência operacional são muito mais elevados que o recurso a ACMIS.
Depois não venham, como é habitual, responsabilizar os trabalhadores.
Depois não venham, como é habitual, responsabilizar os trabalhadores.
Horta, 06 de Junho de 2014
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