Foto - Aníbal C. Pires |
Fragmentos de texto escrito e publicado em 2008, onde se reflete sobre o contínuo estado festivo que a nossa contemporaneidade promove.
"(...) A expectativa da aproximação de uma data festiva era, em si mesmo, uma festa. Festa que culminava naquele dia preciso e, depois de um período de acalmia recomeçava a espera de uma nova celebração. Tinha algum encanto, alguma magia.
Outros tempos. A festa hoje é uma constante do quotidiano. É, direi mesmo, um modo de vida para alguns que procuram na tenda do 'circo' a mesa do pão que em casa escasseia.(...)
"(...) A vulgarização do estado festivo, enfastia. Pessoalmente estou desejoso que a festa acabe e que devolvam os espaços públicos aos cidadãos para quem a vida vai para além do 'circo' ou, se preferirem, para quem a vida pode ser uma festa sem o 'circo'. (...)"
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