Soube há pouco que se iniciou, hoje mesmo, um processo que vai levar à dispensa (despedimento) de trabalhadores da RTP Açores.
É do conhecimento público que os cortes financeiros (que no caso da RTP Açores não corresponde de todo à verdade) visam, tão-somente, a redução de trabalhadores e não alterações ao nível da gestão que, salvo melhor opinião, pouparia mais ao erário público do que os despedimentos que se configuram no horizonte próximo.
A reestruturação do grupo RTP, SA tem um objectivo central e que já foi tentado – a privatização de um canal da RTP e, embora não tenha sido anunciado fácil é perceber que a alienação vai recair sobre a RTP 1. Para que este objectivo seja cumprido o Estado português vai pagar, em 2012, 250 milhões de euros do passivo do grupo RTP, SA para tornar o “tal canal” atractivo ao sector privado.
O que resulta desta estratégia: redução com os custos do trabalho com o despedimento de várias centenas de trabalhadores da RTP, SA.
Assim com uma espécie de nota à margem - o salário mensal do Presidente do Conselho de Administração da RTP, SA é superior ao rendimento anual médio de um trabalhador desta empresa pública
O que se esperaria de um governo de Portugal não seria bem isto, mas sim reestruturar o grupo preservando o património público que ainda nos resta e elevar a qualidade do serviço público de rádio e televisão demarcando-se do lixo televisivo e informativo produzido pelas corporações de comunicação social privadas.
E assim se vai cumprindo a agressão externa com a cumplicidade activa do governo PSD/CDS que se despiram de qualquer sentimento ou vestígio de patriotismo e se assumiram como apátridas ao serviço dos directórios financeiros que escravizam os povos.
As razões para lutar são mais que muitas!
Não se resignem. Insurjam-se!
Sem comentários:
Enviar um comentário