sábado, 30 de março de 2013

Páscoa Feliz


Não gosto muito de coelhos daí ter optado por esta imagem para vos desejar uma BOA PÁSCOA, assim com os votos de uma Páscoa Feliz deixo-vos esta imagem das gigantescas estátuas de uma ilha na Polinésia a quem, em 1722, um capitão holandês chamado Jacob Roggeveen, num Domingo de Páscoa, rebatizou a ilha dando-lhe a designação de Ilha de Páscoa.

Imperdível


Intervenção do Professor António Sampaio da Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, na Sessão Evocativa do Centenário de Álvaro Cunhal, 23 de Março de 2013, Aula Magna da universidade de Lisboa. 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Chuvas de Agosto (*)


“A melhor maneira de ser livre é ser culto!”
José Martí

Foi-me solicitado que descrevesse um episódio, uma estória da minha vida estudantil, lamento desapontar-vos mas, na verdade, depois de algum esforço feito, entre os afazeres que me preenchem o tempo, só me vieram à lembrança acontecimentos que não se constituem, diria, bons exemplos para partilhar convosco nas celebrações do “ Dia do Estudante”. Julgo que o objetivo desta iniciativa da vossa escola é a recolha de depoimentos que valorizem o saber, o conhecimento e a cultura escolástica, se calhar ajuízo mal mas, na dúvida e para não me meter em trabalhos dando a conhecer alguns aspetos das aprendizagens marginais feitas sob a égide do “currículo escondido”, e, como vale mais prevenir do que remediar, optei por vos transcrever um texto que escrevi em Agosto de 2004. Fala da escola, da minha primeira escola. Frequentei-a apenas alguns meses, aliás no meu primeiro ano de escolaridade frequentei 3 escolas em outros tantos locais.

Esta minha opção não é sinónima de desvalorização da Escola, o meu currículo académico é suficiente para perceber o quanto a valorizo, isto para não ter de vos recordar o tempo que dediquei à Escola enquanto professor que sou, porém não me pareceu uma boa opção vir fazer a apologia do bom aluno e da importância da frequência, certificação e aprendizagem escolares, para isso estão aí os vossos pais, encarregados de educação e professores.
Fiquem então com o texto a que dei o título “Chuvas de Agosto”. Nada criativo, estava por lá em férias e de visita às memórias da minha infância e juventude e, nesse Agosto de 2004 choveu no interior continental, limitei-me a dizê-lo.

«Chuvas de Agosto
As temperaturas desceram e uma incomum chuva de Agosto abateu-se sobre algumas regiões continentais – veio mesmo a “calhar” para a azeitona. As oliveiras estão “carregadas” e esta rega vai engrossá-las. Vai ser um bom ano de azeite – diz-me um agricultor, ao acabar de plantar alguns pés de couve portuguesa que hoje, pela manhã, comprou no mercado agrícola da cidade (Castelo Branco, Beira Baixa).
As inusitadas condições meteorológicas que, nos últimos dias, afetaram algumas regiões do continente português afastaram o perigo de novos incêndios florestais e deixam os agricultores satisfeitos na expectativa de um bom ano agrícola. Eu, embora de férias, fiquei contente, não só pela floresta poupada e pelas esperanças dos agricultores, mas também por mim, habituado que estou aos índices de humidade mais elevados e às temperaturas mais amenas dos Açores. Confesso-vos que já me é difícil aguentar com as altas temperaturas e com o ar seco do verão na interioridade continental onde nasci e cresci.

Interioridade que, apesar das novas e rápidas vias de comunicação viária e das novas tecnologias de informação à velocidade da banda larga, continua a marcar os lugares e as pessoas. Hoje chega-se à capital (Lisboa) em 2 horas ou, um pouco mais se em vez do automóvel se utilizar o comboio ou o autocarro, bem diferente das 5, 6 ou 7 horas de há 30 anos. A “net” está por aí disponível para quem quer, ou melhor, para quem pode. Os grandes espaços comerciais proliferam como cogumelos. 
É inegável, o interior ficou mais perto, as condições de vida melhoraram e o acesso aos bens de consumo, seja para satisfação das necessidades básicas ou outras, está mais facilitado mas é, igualmente, inegável que a par de todo o progresso registado se foi assistindo ao declínio e destruição dos sectores produtivos e, ao consequente empobrecimento desta como de outras regiões do interior do continente português. 
Embora sem os contornos de outros tempos, os jovens adultos continuam a procurar, na Europa e no litoral, as oportunidades que lhes satisfaçam expectativas e necessidades, que por aqui não encontram, por muito que procurem e queiram. A desertificação e o envelhecimento da população aumentam e o espaço rural vai-se transformando num enorme “lar de terceira idade”.
A chuva deste Agosto veio amenizar o tempo e dar-me coragem para sair da sombra das “latadas” e pôr-me ao caminho de um desses lugares do interior que, pela sua diminuta população, dificuldades na acessibilidade, importância económica, afastamento da sede do concelho e do distrito ou, outros motivos menos objetivos, são como pequenas “ilhas” perdidas na vastidão destes campos onde ainda impera o pinheiro bravo, o sobreiro, o olival e a vinha. 

Há cerca de 42 anos que não vinha a este lugar do qual, na altura, se dizia ser o “centro do mundo” (Barbaído, Concelho de Castelo Branco). Nunca soube porquê, e ainda não procurei saber, ficará para mais tarde se tempo houver. A razão que me levou a percorrer o sinuoso caminho, hoje de asfalto, até esse perdido lugar onde o único meio de transporte para lá chegar, à época, era o burro ou, para quem o não tivesse, as próprias pernas, foi o facto de aí ter iniciado o ensino primário. 
À data vivia numa secular aldeia, já sem a importância de outros tempos mas, ainda assim, uma das mais emblemáticas do concelho de Castelo Branco, o episódio que me levou a abandonar o aconchego materno e a deslocar-me para esse pequeno lugar, do qual se dizia ser o “centro do mundo”, para frequentar a primeira classe do ensino primário numa pequena escola da qual era professora a minha tia Celeste, ficou a dever-se à impossibilidade de me poder matricular, ao que julgo por não haver vaga e pela idade, na escola primária de S. Vicente da Beira, onde vivia com os meus pais e irmã. Não cheguei a terminar o ano na escola da minha tia, resolvidas que foram as questões que impediam a minha entrada legal no ensino regressei ao seio da família e a S. Vicente da Beira.
Chegado ao meu destino para além dos postes de eletricidade, inexistentes quando por ali percorri os caminhos da minha infância, nada parecia ter mudado, o pequeno edifício onde aprendera as primeiras letras lá estava. Ao aproximar-me a nostalgia misturou-se com alguma tristeza, a exígua construção aparentava estar em ruínas mas, numa observação mais minuciosa verifiquei que os sinais, afinal, eram de reconstrução. Alguns instantes depois três jovens, que vieram indagar o que fazia por ali um forasteiro de máquina fotográfica em punho, confirmaram isso mesmo. A escola foi desativada, como tantas outras, há uma dezena de anos. O seu estado degradou-se mas, agora, está a ser reconstruída para outras serventias.
A melancolia misturou-se com esperança e alegria. A “minha” primeira escola vai voltar a encher-se de vida e a servir aquela pequena comunidade.»
Horta, 17 de Março de 2013

(*) Escrito para o suplemento especial do "Pisca de Gente" , comemorativo do Dia do Estudante.

Aníbal C. Pires, In PISCA DE GENTE, 24 de Março de 2013, Praia da Vitória

segunda-feira, 25 de março de 2013

Caça, o filme de hoje em Ponta Delgada


Um filme de ThomasVinterberg. Hoje no Cineclube de Ponta Delgada.

Depois de um duro divórcio, Lucas, 40 anos, tem uma nova namorada, um novo trabalho e está a
tentar recuperar a sua relação com o filho adolescente, Marcus. Mas uma mentira que se espalha
 como um vírus vai mudar a vida de Lucas. A desconfiança abate-se sobre a pequena comunidade e
Lucas é obrigado a lutar para salvar a sua dignidade.

Festival de Cannes - Prémio Melhor Actor



Oposição consequente


Os três dias de debates das Orientações de Médio Prazo (OMP), 2013/2016, do Plano e Orçamento para 2013 foram, numa dada perspetiva, bastante esclarecedores, desde logo, porque ficou clara a total recusa por parte do Grupo Parlamentar do PS em mudar seja o que for, em sair do labirinto cor-de-rosa da sua própria propaganda, por outro lado, as palavras de todos os membros do Governo foram de continuidade quando, no contexto que vivemos era necessário um rasgo de coragem para romper com a continuidade das políticas que, também na Região, nos estão a empobrecer, políticas que nos estão a encaminhar para um cenário de aprofundadamente da dramática crise e social que estamos a viver.
As vozes que se ergueram da bancada da maioria que dá suporte ao Governo nunca se dedicaram à proposta construtiva ou à crítica corajosa dos aspetos que deviam ser melhorados. Não. Ficaram-se sempre pela apatia, mais ou menos próxima do absurdo, diria mesmo pelo total acriticismo pelo que o Governo fez ou propõe, pelo que o Governo faz ou fará. 
Este Governo Regional, a que alguns insistem em chamar “novo”, conseguiu concentrar nos três documentos em apreciação todos os piores defeitos dos anteriores governos do PS, mostrando que, ainda que com algumas caras novas, as políticas continuam velhas.
A ausência de uma estratégia real, coerente e corajosa para vencer a crise, para gerar riqueza, para criar emprego continua. A falta de coragem para utilizar os mecanismos da Autonomia para proteger os açorianos, a recusa de aumentar os rendimentos dos açorianos, de lhes minorar os sacrifícios, continuam.
A opção política de favorecer as grandes empresas e os grandes negócios com os sacrifícios impostos aos mais pobres, a política de subsidiar lucros e nacionalizar prejuízos, a despreocupação em relação à desigualdade na distribuição dos rendimentos e à injustiça social, continuam.
A concentração de investimentos nas ilhas politicamente prioritárias para o poder instalado em prejuízo da coesão regional, continuam.
A opacidade das rúbricas orçamentais, não desagregadas, ao dispor da arbitrariedade do Governo Regional, continua.
O alinhamento com a política da troika, que já nem a maré de críticas ao Governo da República consegue ocultar, continua. 
O PS continua a defender com unhas e dentes o trato com Passos Coelho, através do qual entregou a Autonomia dos Açores, a comprová-lo aí estão as OMP, o Plano e o Orçamento com a marca indelével das políticas de empobrecimento e da recessão que vão caraterizar o ano de 2013. A diminuição do investimento público nos setores produtivos e a diminuição dos recursos para os apoios sociais só podem ter como resultado o aumento das insolvências, o aumento do desemprego e da desigualdade social.
As propostas apresentadas pela Representação Parlamentar do PCP consubstanciaram, mas sobretudo simbolizaram, um rumo diferente para os Açores e contribuem para defrontar no presente as dificuldades e construir no futuro uma Região mais próspera e humana. Assumi, no início desta legislatura, a atitude que desde sempre me tem caracterizado, represento uma oposição consequente e com consequência, que se mantém fiel aos compromissos eleitorais que assumimos em cada uma das nossas ilhas, apresentando propostas de alteração especificamente para todas elas.
Represento uma oposição consequente, uma oposição que não abdica de lutar pelo nosso Povo, usando com coragem as competências que a Autonomia Constitucional nos confere, que PS Açores não quer utilizar e que o PSD e CDS nos querem negar.
Ponta Delgada, 24 de Março de 2013

Aníbal C. Pires, In Expresso das Nove, 25 de Março de 2013, Ponta Delgada

Uma flor contra a discriminação




Em dia de luta contra a discriminação, recebi a na sede da ALRAA, delegação da AIPA do Faial. Trouxeram uma flor e uma mensagem contra a discriminação.
Contam, como sempre contaram, com o meu apoio incondicional à luta contra a discriminação e o racismo.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Cumplicidade ativa


Os documentos de planeamento e do seu financiamento em discussão, durante esta semana, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) podem resumir-se com uma só palavra, Ausência, ou melhor, muitas ausências e muitas omissões.
Desde logo, a ausência de qualquer estratégia real e integrada para vencer a crise que na Região é ainda mais penalizadora que no território continental. Em vez disso, apenas a tentativa desesperada de manter o status quo político e económico da Região, tentando segurar com dedos trémulos as paredes que se desmoronam à nossa volta.
Assim, em vez de tentar contrariar a recessão estimulando o mercado interno, melhorando os rendimentos e o poder de compra dos açorianos, o Governo prefere pôr os fundos públicos da Região a subsidiar as grandes empresas e, agora, até as suas despesas de funcionamento.
Em vez de reduzir custos para as famílias e empresas, por exemplo reduzindo o custo da eletricidade, aumentando prestações sociais ou melhorando salários, o Governo embarca neste rumo insustentável de em vez de criar emprego, financiar artificialmente os lucros das grandes empresas e grupos económicos.
Grave é, também, a ausência de uma visão estruturante sobre o que se pretende para o desenvolvimento da Região. Onde será que podemos encontrar a tal via açoriana para o desenvolvimento que serviu de mote à campanha eleitoral do PS, nos documentos que foram apresentados a este Parlamento não se vislumbra, e garanto que me esforcei, tentei, tentei mas não encontrei vestígios sequer da tal “via açoriana para o desenvolvimento” que catapultou o PS Açores para mais uma maioria absoluta. 
Os próprios programas setoriais são confusos e contraditórios. Por um lado insiste-se na terciarização e ultramodernização da base económica regional, como se de um dogma se tratasse, e, assim decidem-se, por exemplo pela opção de enterrar picos de milhões de euros num parque tecnológico, o Nonagon, mas paradoxalmente cortam nas verbas para a investigação científica, traindo um compromisso com os bolseiros da Região. Aprofundam-se os fatores que são responsáveis pelos crónicos maus resultados do nosso sistema educativo, perpetuando a desigualdade social e as baixas qualificações dos açorianos com formações profissionais “á lá minute”, em contexto laboral, o que, a bem dizer, mais não significa do que transformar estudantes em mão de obra barata gratuita.
Mas vale ainda a pena dedicar algumas palavras à ausência da mínima noção de realidade nas previsões em que se baseiam para este quadro de programação. Os pressupostos em que assentam estes documentos são errados, são fantasistas ou, talvez, talvez sejam apenas meros dogmas ideológicos. 
Surfando no postulado ideológico que está a fazer escola, embora os indicadores da execução sejam de total fracasso, o Governo Regional, continua a pensar que, face à redução da procura interna será a exportação a contribuir para o crescimento. Como se os nossos potenciais clientes não estivessem também em crise e se os preços não caíssem no mercado mundial. 
E num otimismo sem qualquer fundamento, que eu situaria entre a realidade e o desejo, esperam que a procura interna comece a recuperar a partir deste ano seguindo, cegamente, os disparates de Vítor Gaspar. Só mesmo o Governo regional e o ministro Gaspar acreditam pois, de resto ninguém sabe, nem acredita, como é que isso pode acontecer, neste contexto de aumento continuado da austeridade, da redução dos rendimentos das famílias e de redução do investimento público. 
Mas o Governo faz figas e, tal como o ministro Gaspar tem fé, fé nos modelos teóricos da Escola de Chicago! Bem podem esperar sentados, como diz a sabedoria popular. Não é por aí, não é trilhando esse caminho que vamos sair do pântano em que o capital financeiro e os seus representantes nas instâncias nacionais e europeias estão a afundar a economia regional e, lamento, mas tenho de o afirmar, é o caminho que o Governo de Vasco Cordeiro teima em percorrer, chegados a esta encruzilhada o PS Açores optou, optou por se colocar ao lado do poder dos oligopólios financeiros tornando-se assim, cúmplice ativo da destruição do adquirido autonómico e da esperança de um futuro melhor para as açorianas e açorianos.
Horta, 19 de Março de 2013

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 20 de Março de 2013, Angra do Heroísmo

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pequenas coisas (*)


Foi há poucos minutos. Aconteceu um gesto de reconhecimento que me animou. Animou sim. Em boa verdade tenho andado desalentado e aquilo foi como um reforço energético que fez de imediato elevar os níveis anímicos. Estava a jantar na “Avozinha”, nos Flamengos. Sim, ainda estou no Faial, não tenho por hábito sair a correr para o aeroporto mal acaba o Plenário.
Quando entrei e me dirigi ao balcão para que me dessem indicação da mesa onde me poderia sentar, fui cumprimentando com os votos de uma boa noite quem por ali estava. Quem por ali estava não estava sozinho a não ser um cidadão que, tal como eu tinha ido jantar sem companhia. Reparei, em particular nele, quando lhe disse boa noite. Pareceu-me estrangeiro o que não é de espantar pois ao Faial aportam temporariamente muito estrangeiros e, muitos outros por aqui fixam e fixaram residência.
Já no fim da refeição que apenas durou alguns minutos porque estava sozinho, isto da alimentação tem tanto de necessidade como de social, abeirou-se de mim o solitário cidadão que eu tinha catalogado como estrangeiro, e não me enganei, Perguntou-me se eu falava inglês, ao que respondi “a little”, pediu para se sentar e surpreendentemente disse-me: Venho agradecer-lhe. Posso sentar-me. Claro que sim, sente-se. Enquanto pensava para comigo, Agradecer, mas agradecer o quê. Sabe, sou americano e vivo no Faial há mais de vinte anos, aqui trabalho e aqui pago os meus impostos mas quando viajava para Lisboa não tinha direito à tarifa de residente, sentia-me discriminado e, como sei que foi o senhor que aqui há uns anos atrás propôs a Lei que permitiu aos cidadãos estrangeiros residentes nos Açores, acederem, em igualdade de circunstâncias com os residentes nacionais, à tarifa aérea de residente senti, agora que tive oportunidade de lhe falar, necessidade de lhe transmitir o meu reconhecimento. Disse-lhe que era uma questão de justiça e que não tinha feito mais do que a minha obrigação. Depois conversámos mais alguns minutos, dos Açores, das dificuldades que estamos a atravessar e de outras minudências. Não foi uma longa conversa, até porque o português que o cidadão fala é pouco melhor que o meu domínio da língua inglesa.
Mas nem sempre o tempo tem significado. Na verdade aquele lapso de tempo, aquele momento em que me foi recordado que a iniciativa legislativa que permite aos cidadãos estrangeiros aceder à tarifa aérea de residente foi da Representação Parlamentar do PCP, proporcionou-me alegria, a alegria do reconhecimento, é certo, mas sobretudo a alegria de poder ser útil aos meus concidadãos, quer por aqui tenham nascido, quer tenham optado por aqui viver.
Quase ninguém sabe que esta iniciativa foi do PCP. A imprensa regional, como é hábito obliterou, não a iniciativa, mas o seu autor. O Presidente da Associação de Imigrantes nos Açores (AIPA) teve o cuidado de, religiosamente esconder o facto e, o deputado Ricardo Rodrigues do PS (na campanha eleitoral para as legislativas de 2011) num programa de televisão apropriou-se dos “louros”. 
Mas aquele cidadão conhece a história e reconhece a importância da iniciativa. Por enquanto isso vai-me bastando.
(*) O texto que hoje partilho foi escrito no dia 18 de Janeiro de 2013, no meu gabinete na sede da ALRAA, logo após o jantar. Foi publicado no blogue “momentos” às 22h30mn desse mesmo dia. Hoje foi revisto para publicação.
Horta, 17 de Março de 2013

Aníbal C. Pires, In Expresso das Nove, 18 de Março de 2013, Ponta Delgada

quarta-feira, 13 de março de 2013

À procura do tesouro (*)


Pela manhã a preparar uma saída para um passeio pedestre que nos levaria até às margens da Lagoa do Fogo. 
Verificado o material necessário, onde não podia faltar a máquina fotográfica, um pequeno farnel e água e, claro um indispensável equipamento de geolocalização pois o passeio não era só contemplativo, tinha outros objetivos. Saí em direção à Ribeira Grande, a concentração estava marcada para a cidade norte da ilha do Arcanjo. Café e um pequeno briefing sobre o que nos esperava e aí estamos a caminho das Lombadas onde o passeio tinha o seu início. Ainda antes de principiar a subida até ao cume da caldeira da Lagoa do Fogo pude observar a continuada degradação dos edifícios que há menos de 30 anos albergavam a pequena indústria de engarrafamento de água mineral, a “Água das Lombadas”, assim como uma espécie de “Água das Pedras” local. A fonte que alimentava a antiga indústria corre agora para as ribeiras que ali se cruzam. 
Lembro-me de outra pequena indústria desaparecida vai para mais de duas dezenas de anos, uma pequena fábrica, em Santa Clara, que produzia papel reciclado. Eram pequenas indústrias, Sim, eram à nossa dimensão e do seu funcionamento resultavam postos de trabalho que geravam riqueza. Não tinham escala de mercado, pois não, mas no contexto das economias globalizadas nada do que produzimos nos Açores, tem escala de mercado. A economia regional não pode, não deve, competir a essa dimensão, talvez pela diferenciação, talvez pela excelência, nunca pela quantidade, nunca na selvajaria do mercado global. 
Bem regressemos ao passeio cuja primeira etapa nos levaria às margens da Lagoa do Fogo pois a ideia é partilhar uma pequena experiência e promover, sim promover, uma atividade com cada vez mais adeptos na Região, em Portugal e no Mundo.
Esmagados pela orografia do local, pela beleza dos matizes do verde, pelos pedaços de azul que lá de vez em quando espreitava pela bruma que, ora subia ora descia as encostas das cumeeiras da Lagoa do Fogo. A vegetação era exuberante, os pequenos cursos de água corriam para ribeira grande para se lançarem no mar, lá em baixo onde a terra se funde com o oceano. O esforço exigido pela subida era sobejamente compensado pela permanente descoberta de uma nova perspetiva da paisagem que a espaços se vislumbrava por entre a neblina. Por fim avistamos a Lagoa do Fogo, era a primeira vez que fazia a abordagem pela margem voltada para Nordeste, um deslumbramento. As gaivotas faziam-se ouvir na tranquilidade do espaço, aqui o tempo parece outro que não o nosso tempo.
O areal da acolheu-nos para a merecida merenda. Retemperadas as forças e com o equipamento de geolocalização em punho lá fomos procurar aquilo que motivou o passeio, as caches da Lagoa do Fogo. Este grupo que acompanhei tem como afinidade o gosto pelas atividades de ar livre e pelo Geocaching.
Os passeios pedestres nos trilhos dos Açores valem por si mesmo e constituem uma das ofertas turísticas mais procuradas por quem nos visita. Os grupos informais de geocaching e os geocachers que existem nos Açores divulgam a custo zero, por todo o Mundo, o destino Açores, existem caches em todas as ilhas da Região. Podem encontrar na internet basta informação sobre esta atividade pois não me cabe a mim fazê-lo, nem tenho essa pretensão.
O passeio acabou no antigo porto da Ribeirinha, da Ribeira Grande, já a Lua ia alta e a alma estava cheia.
Ponta Delgada, 12 de Março de 2013

Anibal C. Pires, In Diário Insular, 13 de Março de 2013, Angra do Heroísmo

(*) Foto Madalena Pires. Não participei no passeio, o texto foi escrito com auxílio da descrição feita pela Madalena.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Santa Maria, à (re)descoberta (*)


Da minha última visita a Santa Maria resultaram vários textos e algumas iniciativas que tiveram divulgação pública através dos OCS. Aquilo que aos OCS se destinava, outros textos e outras iniciativas tiveram apenas divulgação nas redes sociais mas, nem tudo teve divulgação, nem terá. Destas visitas resultam sempre instantes e sensações que ficam com quem as vive e sente. Não as partilho. Não é por nada, é apenas porque não sou capaz. Os poetas fazem-no, mesmo quando escrevem em prosa, mas isso são os poetas, não eu.
Vou com regularidade a Santa Maria e posso afirmar que já a vou conhecendo um pouco, um pouco mais para lá do Central Pub. Mas também tenho de confessar que a cada viagem acabo por descobrir algo de novo. Desta vez fui à Maia, vou sempre à Maia como sempre vou ao Central Pub, e numa breve visita ao Núcleo Interpretativo da Baleação tomei consciência que também na ilha de Gonçalo Velho, a indústria baleeira e a baleação tiveram significado e importância na economia local. Do alto da Ponta do Castelo, na costa Sudeste da ilha de Gonçalo Velho pude observar o que resta dessa indústria, ruínas. Como em ruínas, ou para lá caminhando, estão outras memórias de Santa Maria. 
Do que foi a baleação em Santa Maria retive algumas notas que me despertaram a atenção. A atividade iniciou-se no final do século XIX (1896) e cessou no princípio da segunda metade do século XX (1966), foram capturados 900 cachalotes, diz-se que foi em Santa Maria que a média de capturas por bote foi a mais elevada dos Açores. No primeiro período da história da baleação em Santa Maria (1896 a 1906) as tripulações integraram baleeiros vindos de Cabo Verde.
A Ponta do Castelo, onde o farol Gonçalo Velho brilha na noite num alerta de aviso aos navegadores, é uma das zonas açorianas com mais características mediterrânicas. As suas abrutas encostas foram sabiamente aproveitadas para o cultivo da vinha. A cultura da vinha tem em Santa Maria uma paisagem singular, na Maia e em S. Lourenço. É preciso ver e sentir aqueles lugares para os valorizar, não basta varrer o olhar pelas encostas, pelas baías e perder-se na linha do horizonte.
Nesta última visita soube, não sabia, é imperdoável e penitencio-me pelo meu desconhecimento, da existência da “Confraria dos Escravos da Cadeinha”. Estórias da história da pirataria que assolou estas ilhas. A “ Confraria dos Escravos da Cadeinha” foi criada, no século XVII, para resgatar os marienses raptados e escravizados por piratas vindos do Norte de África.
Muito me falta conhecer e descobrir em Santa Maria. Ainda não fui à “Pedra que Pica”, jazidas fósseis, nem mergulhei, no “Ambrósio”, com a colónia residente de Jamantas, e quem sabe, talvez seja este ano que o tempo me permita ir ao “Maia Folk”, à “Maré de Agosto” ou ao festival de “Blues” nos Anjos.
Muito me falta conhecer de Santa Maria mas tive, este ano, um encontro privilegiado com um exemplar da Regulus regulus sanctae-mariae. Já tinha ouvido falar da famosa “estrelinha de Santa Maria”, sabia também o quanto é difícil avistar estas aves, não só porque o seu número as classifica em perigo de extinção, mas também porque as estrelinhas se movimentam nas copas das árvores o que torna o seu avistamento e observação bastante difíceis. Mas, desta vez, uma estrelinha de Santa Maria quis dar um ar da sua graça e veio até ao coração da freguesia de Santo Espírito mostrar-se ao visitante, como se viesse dizer-lhe, estou aqui, não te esqueças de mim, também faço parte do património desta ilha que tu teimas em defender contra a vontade de alguns e para além da compreensão de muitos outros.
Não é por acaso que Santa Maria é referenciada como um destino turístico de excelência, mesmo sem ter campos de golfe e Spas. Ou, talvez por isso, talvez porque o mar e a terra, a flora e a fauna endémicas, a paisagem natural e humanizada sejam, por si só, os elementos suficientes para que o destino Santa Maria, nos Açores seja um destino turístico de excelência. Aos homens exige-se que aproximem Santa Maria do Mundo, não mais do que isso.
(*) As notas que estão na origem deste texto foram publicadas no blogue “momentos”, no dia 27 de Janeiro de 2013. Hoje foi revisto e ampliado para publicação na imprensa regional.
Ponta Delgada, 10 de Março de 2013

Aníbal C. Pires, In Expresso das Nove, 11 de Março de 2013, Ponta Delgada

domingo, 10 de março de 2013

Sete Cidades, em Fevereiro




Aspetos parciais da Lagoa das Sete Cidades (lagoa azul), vista das cumeeiras Norte.
Fotos de Madalena Pires (Fevereiro de 2013)

sexta-feira, 8 de março de 2013

Jantar do 92º aniversário do PCP - Ponta Delgada


Imagens do jantar comemorativo do 92.º aniversário do PCP, no Centro Cultural de Santa Clara em Ponta Delgada.




Algumas dezenas de militantes e simpatizantes do PCP participaram no jantar.


Tiveram lugar intervenções políticas de Martinho Baptista, membro do CC do PCP e da DORAA e de Aníbal Pires, Coordenador Regional da Organização da Região Autónoma dos Açores (DORAA). 



A Rádio e Televisão públicas (RTP/Açores) cobriram a iniciativa.

Lutadoras da liberdade


Alguns exemplos:


Tania Bunke
Frida Kahlo
Ella Baker
Angela Davis
Octavia Butler
Leila Khalid

Juntar vontades


Mulher,
Vamos juntar vontades
Mudar o Mundo
Na diversidade marchamos pela igualdade
Lado a lado

Mulher,
Vamos em demanda da utopia
Lutar, por ti, por mim, por nós
Pela humanidade

Ponta Delgada, 8 de Março de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

Exposição - Álvaro Cunhal




Ontem, em Ponta Delgada, realizou-se uma sessão evocativa do centenário de Álvaro Cunhal com a inauguração de uma exposição sobre a vida pensamento e luta de Álvaro Cunhal.

Fotos de Madalena Pires 

quarta-feira, 6 de março de 2013

A propósito de um homem ímpar


Este ano assinala-se o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. O PCP tem programado um vasto conjunto de iniciativas para as comemorações do nascimento de uma personalidade que marcou indelevelmente o século XX português. Nos Açores estará patente uma exposição, inaugurada esta semana em Ponta Delgada, sobre a sua vida, pensamento e obra. A exposição seguirá posteriormente para outras ilhas e faz parte do vasto programa das comemorações que se irão realizar ao longo de todo o ano.
As palavras que se seguem, não são de hoje, são palavras que escrevi à chegada a Lisboa, no dia 13 de Junho do ano de 2005. Essa viagem a Lisboa vai ficar-me para sempre na memória, foi nesse dia que Álvaro Cunhal faleceu e foi no dia 15 de Junho que assisti à maior manifestação de pesar e de homenagem feita pelo povo português a uma personalidade que fez da sua vida, pensamento e luta um exemplo que se projeta na atualidade e no futuro.
“Qualquer referência a Álvaro Cunhal só pode ser de grande admiração e profundo respeito – admiração pelo seu génio literário e artístico mas também pelo seu despojamento material, respeito pela sua entrega, sem tréguas, às lutas dos trabalhadores, do povo português e do internacionalismo.
Álvaro Cunhal é uma figura incontornável do século XX português e uma referência internacional no seio dos movimentos sociais e políticos que não se acomodam à formatação do pensamento único e da globalização. 
A sua vida constitui um exemplo de tenacidade e firmeza na luta pela revolução democrática em Portugal, mas também na oposição aos movimentos contra revolucionários, internos e externos, que após o 25 de Abril eclodiram no nosso país. Catapultar os trabalhadores para sujeitos de um processo político e histórico conferindo-lhes toda a dimensão humana foi, a sua luta e a sua vida.
Por estas, e muitas outras razões, lhe presto a minha homenagem neste momento de pesar e consternação, por estas e muitas outras razões considero que a memória de Álvaro Cunhal só pode ser recordada e homenageada com a continuação da luta a que entregou toda a sua vida.
A determinação e a convicção de Álvaro Cunhal servirá de exemplo a quem, como eu, como muitos, luta por um ideal em que as pessoas são o centro do desenvolvimento e em que só a cultura torna o Homem verdadeiramente livre.
Um Mundo melhor é possível. E porque acredito, porque acreditamos, que sim, que um Mundo melhor é possível, continuaremos a lutar por esse ideal.
Até sempre camarada.”
Homenagear a memória de Álvaro Cunhal é dar continuidade à luta dos trabalhadores e dos povos pela sua emancipação. Como Álvaro Cunhal escreveu: “A maior alegria do militante comunista resulta do êxito alcançado, não para benefício próprio mas para benefício do povo.”
Ponta Delgada, 05 de Março de 2013

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 06 de Março de 2013, Angra do Heroísmo

terça-feira, 5 de março de 2013

Hugo Chavez - (1954-2013)


Hugo Chavez morreu hoje.
A Revolução Bolivariana segue em frente.

A alegria de viver e de lutar


Álvaro Cunhal é uma figura incontornável do século XX português e uma referência internacional no seio dos movimentos sociais e políticos que não se acomodam à formatação do pensamento único e da globalização.
A sua vida constitui um exemplo de tenacidade e firmeza na luta pela revolução democrática em Portugal, mas também na oposição aos movimentos contra revolucionários, internos e externos, que após o 25 de Abril eclodiram no nosso país. Catapultar os trabalhadores para sujeitos de um processo político e histórico conferindo-lhes toda a dimensão humana foi a sua luta e a sua vida.

segunda-feira, 4 de março de 2013

A unir vontades(*)


No sábado passado, 2 de Março, um número indeterminado de portugueses, sabe-se que foram muitos, sabe-se que foram mais e, sabe-se que muitos mais serão, manifestou-se pelas ruas, avenidas e praças deste país triste e empobrecido. Este número indeterminado de cidadãos manifestou-se contra o governo e contra as políticas de austeridade, e este será o mínimo denominador comum que uniu as vontades de um número indeterminado de portugueses no passado sábado dia 2 de Março. Este número indeterminado de cidadãos que desceu às ruas, avenidas e praças deste país triste e empobrecido entoou uma canção que fala de igualdade e de fraternidade, uma canção que algumas gerações de portugueses guardam na memória como a cantiga que deu inicio à madrugada libertadora de Abril. A canção tem sido entoada como forma de protesto por pequenos grupos de cidadãos e, no passado sábado, dia 2 de Março, fez-se ouvir de novo, desta vez cantada por um número indeterminado de portugueses, sabe-se que foram muitos, sabe-se que foram mais, e esse número indeterminado de cidadãos que encheu as ruas, avenidas e praças deste país triste e empobrecido cantou, “O povo é quem mais ordena”, e o povo disse que não quer este governo, e o povo disse que não quer estas políticas, e o povo disse que não quer continuar a empobrecer para os bancos enriquecer.
Sabe-se que foram muitos, sabe-se que foram mais, sabe-se que muitos mais serão. Foram mais de dez, foram mais de mil, foram mais de um milhão, não sei, sei que foram muitos, sei que foram mais, sei que muitos mais serão.
Há sempre quem não queira ver, há sempre quem não queira ouvir. Os serventuários do poder delegado da troika, também conhecido por Governo, resolveram contar o número de manifestantes numa vã tentativa de diminuir a importância da iniciativa de protesto do dia 2 de Março, estes indefetíveis apaniguados do PSD e do CDS/PP também nos dizem que os poucos manifestantes até nem conhecem bem a canção, que se enganam, pois que se desenganem os “migueis de vasconcelos” do século XXI português e tratem de ver, e tratem de ouvir este povo que é quem mais ordena e, vão-se embora.
Sabe-se que foram muitos, sabe-se que foram mais, sabe-se que muitos mais serão. Foram mais de dez, foram mais de mil, foram mais de um milhão, não sei, sei que foram muitos, sei que foram mais, sei que muitos mais serão.
Vi lágrimas rolarem no rosto do meu povo, vi revolta nos olhares, vi determinação, vi esperança, vi vontade, ouvi jovens e velhos, ouvi filhos e pais, ouvi trabalhadores e reformados, ouvi mulheres e homens, vi e ouvi o meu povo determinado em unir vontades para escorraçar a troika e quem a representa em Portugal. 
Sabe-se que foram muitos, sabe-se que foram mais, sabe-se que muitos mais serão. Foram mais de dez, foram mais de mil, foram mais de um milhão, não sei, sei que foram muitos, sei que foram mais, sei que muitos mais serão a unir vontades para derrubar este Governo, sei que muitos mais serão a unir vontades para derrotar estas políticas de empobrecimento dos cidadãos e do país, sei que muitos mais serão a unir vontades para construir uma alternativa patriótica e de esquerda.
Ponta Delgada, 03 de Março de 2013

Aníbal C. Pires, In Expresso das Nove, 04 de Março de 2013, Ponta Delgada

As fotos foram tiradas daqui

sábado, 2 de março de 2013

A viagem autonómica


 Depois da manifestação "Que se lixe a troika", que juntou várias centenas de pessoas em Ponta Delgada, é tempo de cinema. Hoje no Teatro Micaelense, pelas 21h30mn, tem lugar a ante estreia do filme "A viagem Autonómica". Foi com a Revolução de Abril que se abriu caminho à construção das autonomias regionais que a Constituição da República Portuguesa consagrou. Este é um tempo em que a direita pretende ajustar contas com as conquistas de Abril, não será por acaso que também as autonomias estão na mira do governo do PSD/PP, ou não fossem as autonomias regionais umas dessas conquistas. Vir para a rua manifestar repúdio por estas políticas e afirmar uma alternativa é um dever cívico.

Largo 2 de Março, logo às 15

Logo às 15 horas concentração no Largo 2 de Março, em Ponta Delgada.
Que se lixe a troika

As portas que Abril abriu - Ary dos Santos


É dia de luta contra quem quer fechar as portas que Abril abriu.
Este é o mais belo dos poemas sobre a Revolução de Abril.

Hoje é dia de Grândola


É dia de aniversário do momentos mas também é dia de luta. É dia de nas ruas, avenidas e praças de Portugal se ouvir, de novo, esta canção.
"Grândola Vila Morena" é sinónimo de luta pela liberdade e pela democracia e é de isso que hoje se trata, de luta. Luta contra as políticas de austeridade impostas pela troika e pelo governo de direita que se submete aos ditames do sector financeiro, luta contra os "migueis de vasconcelos" que pactuam com os interesses estrangeiros e que estão a empobrecer o povo e o país.
Pela Liberdade, Pela Democracia, Pela Justiça Social, pelo Direito ao Trabalho, pelo SONHO!

5.º aniversário do "momentos"


Este blog comemora hoje 5 anos de presença na blogosfera. Durante o dia vou trazer aqui mais alguns posts para assinalar a data.
Aqui, aqui, aqui e aqui podem ver algumas publicações feitas por ocasião dos aniversários anteriores.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Sónia Braga - a abrir Março

Depois da exibição da nova versão de "Gabriela" fica aqui o tributo a Sónia Braga.
Sem nenhum desprimor para a atriz que interpretou a mais recente versão a verdade é que fiquei "amarrado" à Gabriela que Sónia Braga interpretou "esbanjando sensualidade" ao longo de toda a novela.