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As refeições escolares não têm qualidade e a responsabilidade é, desde logo, de quem introduziu na administração pública regional a contratação externa de serviços em nome da eficiência e qualidade dos serviços privados, quando comparado com o setor público, e de uma suposta contenção de gastos do erário público.
Nada de mais errado. As premissas que serviram aos primeiros governos do PS Açores para justificar a privatização de serviços, quer nas escolas, quer em muitos outros serviços da administração pública regional, como a realidade o demonstra, estavam erradas.
E aí está a revolta dos pais e encarregados de educação para o provar. Só numa escola, Não. A qualidade baixou em todos os serviços que recorreram à contratação externa de serviços de fornecimento de refeições. Nem todos os pais e encarregados de educação de outras escolas vieram a terreiro demonstrando a sua revolta e descontentamento, é verdade. Mas isso não significa, necessariamente, que os refeitórios escolares sirvam refeições nutricionalmente equilibradas e possuam o devido enquadramento pedagógico e didático que o momento em que se servem as refeições, em contexto escolar, deve ter, mas não tem.
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As opções são sempre ideológicas e a que esteve na génese deste problema não fugiu à regra. A escola pública foi despojada de recursos humanos e financeiros e a autonomia depende da linha telefónica que liga à Direção Regional de Educação, é uma autonomia cerceada e uniformizadora, ou seja, o contrário do próprio conceito.
O subfinanciamento dos setores sociais tem destas coisas. Na Saúde cresce a dívida, na Educação diminui a qualidade. São as opções ideológicas do PS Açores.
Ponta Delgada, 29 de Janeiro de 2017
Aníbal C. Pires, In Azores Digital, 30 de Janeiro de 2017
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