segunda-feira, 31 de julho de 2017

Açores destino de aventura

Foto by Aníbal C. Pires (algures no Atlântico Norte, 2016)
Li por aí algures que um grupo de visitantes, também designados por turistas, terão mostrado o seu desagrado por algumas alterações na programação prevista no seu plano de férias. E foi logo à chegada. Vamos lá ver como corre a estadia. Desejo que a meteorologia seja favorável às suas pretensões e expetativas, bem assim como todos os outros serviços que contrataram, ou que venham a contratar.
O voo que seria direto, Não foi e acabaram por ter de passar em mais duas ilhas até chegar ao destino final, sendo que a última parte da viagem foi feita, de semirrígido, já durante a noite.
Os agentes de viagens deviam acrescentar uma cláusula ao contrato que fazem com os seus clientes, que visitam os Açores, e que os proteja de eventuais reclamações. Uma cláusula de salvaguarda que preveja o aumento do valor do contrato sempre que se verifiquem situações semelhantes à que foi descrita, afinal, a experiência foi muito para além da expetativa inicial, que seria apenas um voo sem estória num A320 entre a capital e o Faial, o que já não seria mau se o Pico estivesse descoberto. Mas não, foi muito mais do que isso, o voo foi cancelado e ao invés do Faial foi para a Terceira, sendo que da Terceira para Horta não foi possível a sua realização, os voos (foram 2, pois foram efetuados pela Sata Air Açores) tiveram como destino o Pico. À chegada ao Pico, estranhamente, os visitantes não tinham à sua espera, como é habitual, um barco da Atlântico Line, e foram transportados num semirrígido. Como a lotação da embarcação era reduzida foram necessárias várias viagens para transportar os visitantes que se queixaram, de entre outras coisas, da falta de coletes de salvação. Estas viagens realizaram-se já na madrugada do dia seguinte, ao da chegada aos Açores. Os Açores são um destino de aventura, pois bem esta foi uma aventura extraprograma, sem custos adicionais para os clientes.

Foto by Aníbal C. Pires (Aeroporto de PDL, 2016)
Claro que este último e enorme parágrafo tem alguma ironia à mistura. Se o cancelamento de um voo, ou a alteração do seu destino por motivos meteorológicos é aceitável, acontece e não é só no Faial (1), já o mesmo não posso dizer do bizarro horário de chegada ao Pico e da solução encontrada para fazer chegar os passageiros ao seu destino final.
Como não gosto de especular e não tenho todos os dados sobre esta atribulada viagem fico-me apenas por quatro questões que, julgo, necessitam de explicações.

- Havia ou não alternativa na programação de voos da SATA tendo em conta a articulação com os horários das carreiras regulares da Atlântico Line?

- Porque não funcionou o Plano Integrado de Transportes, agora terá uma nova designação, mas a eficácia é a mesma, ou seja, porque não foi mobilizado um barco da Atlântico Line para o transporte daqueles passageiros?

- Quem contratou o serviço da embarcação que assegurou o transporte marítimo dos passageiros entre a Madalena e a Horta?

- Não dispondo a embarcação, como foi afirmado pelos passageiros, meios de salvação individual (coletes) qual o papel e responsabilidade da Autoridade Marítima?


Foto by Aníbal C. Pires (Canal S. Jorge/Pico, 2016)
(1) Tenho, por razões várias, muitas dezenas de voos (talvez centenas) e muitas centenas de horas voadas dentro da Região e entre a Região e Lisboa e, vice-versa. Foram mais as vezes que não cheguei a Ponta Delgada ao vir de Lisboa, do que vindo de qualquer ilha da Região. Nos voos inter ilhas apenas por 2 vezes não cheguei a Ponta Delgada. Fiquei retido 1 vez nas Flores e 1 vez na Terceira. Nas ligações de Lisboa com Ponta Delgada embora não tenha de memória o número de vezes que o voo regressou a Lisboa, ou que que divergimos para a Terceira ou Santa Maria, foram seguramente mais vezes do que os dedos de uma só mão.  

Aníbal C. Pires, Ponta delgada 31 de Julho de 2017

sábado, 29 de julho de 2017

Gisela João - os artistas da FESTA


Nua é a designação dada ao último trabalho discográfico de Gisela João. É fado tal como ela o sente e gosta de cantar. E vai cantar na FESTA.


O disco dá voz às palavras de alguns poetas da atualidade, visita temas clássicos e tradicionais e surpreende-nos mostrando que, vinda de onde vier, e vem de muitos sítios, a música que passa pela voz de Gisela João é fado. É esse o seu fado.

... momento efémero

Aníbal C. Pires (S. Miguel)  foto by Catarina Pires
Amargura

O passado é imutável
Este presente é amargo
É triste 
E dói

O presente 
É um efémero momento
Já findou, é passado
Passou

No porvir habita a esperança
Confio
Olho em frente
Sigo o meu caminho

Virão
Outros presentes
Outros momentos
Sem dor, nem amargura

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 29 de Julho de 2017

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Júlio Pereira - os artistas da FESTA


Júlio Pereira vai apresentar vários tema do seu novo trabalho discográfico com lançamento em Setembro de 2017, onde o som do cavaquinho contrasta com o Violoncelo – Sandra Martins, com a Guitarra Portuguesa – Pedro Dias  e com a Viola – Miguel Veras, numa criação musical de contemporânea mestiçagem.


Neste concerto Júlio Pereira revisitará “Cavaquinho.pt” - o seu último Álbum.
No palco da FESTA, este conjunto de universos resultará numa diversificada viagem por múltiplas paisagens sonoras.

Dos transportes e das infraestruturas*

Foto by Aníbal C. Pires (Vila do Corvo)
A geografia doa Açores, quer no diz respeito à nossa localização global, quer no que concerne à dispersão e dimensão territorial, faz-nos depender dos transportes. A dependência de transportes que nos unam e liguem ao Mundo não é de hoje, é de sempre. Mas hoje, quase a entrar na terceira década do Século XXI, a questão dos transportes marítimos, veja-se lá, e aéreos continuam a motivar acesas, e por vezes interessantes, discussões. Discussões umas mais objetivas e pertinentes do que outras, mas em bom rigor elas, as discussões, sobre os transportes continuam bem vivas no espaço público e político regional e algumas merecem atenção, outras por infundamentadas e instrumentalizadas, nem por isso, mas ainda assim não podem nem devem ser ignoradas.
Muito foi feito nestas mais de quatro décadas de autonomia constitucional. Construíram-se as necessárias infraestruturas, sempre a multiplicar por nove, e registaram-se importantes avanços nas ligações marítimas e aéreas e no transporte de mercadorias e pessoas. Depois com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação foi dado mais um importante avanço na quebra do isolamento a que este povo esteve sujeito desde os primórdios do povoamento.

Foto by Aníbal C. Pires (Porto da Horta)
Quanto às infraestruturas portuárias e aeroportuárias a sua localização foi, em grande parte, ditada pela orografia das nossas ilhas e por condicionantes meteorológicas . Em algumas das soluções adotadas, quanto à sua localização, salta à vista que não havia alternativa, ou era ali ou, não era. Mas também existem algumas situações que deviam ter merecido outra atenção e, sobretudo, capacidade de decisão política contra interesses, de momento, que, como se sabe, induziram decisões que não foram as mais adequadas. E não me refiro apenas às infraestruturas construídas já depois de consagrada a autonomia constitucional.
Seja como for temos hoje uma Região dotada de infraestruturas portuárias e aeroportuárias que, no essencial, respondem às necessidades da Região. Ainda é cedo para abandonarem a leitura do texto, Claro que existem e subsistem problemas de operacionalidade com algumas das infraestruturas, quer portuárias, quer aeroportuárias, e lá chegarei. Pelo menos é o que pretendo, embora tenha consciência que a minha opinião poderá gerar alguma controvérsia.

Foto by Aníbal C. Pires (vista aérea do aeroporto de S. Jorge)


Da localização nada há a fazer. Julgo que a ninguém, em seu perfeito juízo, passará pela ideia mudar a localização dos portos e aeroportos da Região. Quanto às melhorias operacionais, certamente que sim, mas sem megalomanias ou tiques de novo-riquismo.



(Continuará brevemente)



Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 27 de Julho de 2017

(*) Este texto, surge na sequência de um outro, que podem consultar aqui. Outros textos se seguirão porque o assunto é vasto e controverso.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Olhando o Mundo

Foto by Madalena Pires (S. Miguel, Açores, Julho de 2017)











A aprender o que não se aprende na Escola. 
Não é o currículo alternativo, É o currículo necessário para educar e formar para a vida, para a cultura, para a cidadania.


















Foto by Madalena Pires (S. Miguel, Açores, Julho de 2017)







Aprender vivendo, estando e experimentando, calcorreando o caminho da vida e do sonho, ouvindo o silêncio da brisa que sopra na folhagem, o canto das aves, o murmúrio da água que corre mansamente nas ribeiras a caminho do mar. 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Capicua, Valete, Emicida e Rael (Língua Franca) - os artistas da FESTA


Sobre “Língua Franca”, disco de Capicua Valete, Emicida e Rael, disse Caetano Veloso, “é todo um Mundo humano que se representa nesta associação de MCs. Todo um Mundo que aprende a levantar-se”.
Sou um fã de Valete. Só por ele já valia migrar, nos dias 1,2 e 3 de Setembro, para a Festa do Avante, que se realiza ali para os lados da Amora, Seixal. Sim na margem Sul, a margem esquerda, a margem certa da vida, Sim, do lado do coração.


Mas com esta associação de 2 rappers portugueses, Capicua e Valete, e 2 rappers brasileiros, Emicida e Rael, à volta da língua que irmana estes dois países, quadruplica os motivos para ir à FESTA e constatar que por ali coexistem e interagem diversos géneros musicais.
A música na FESTA é para todos os gostos.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Xabier Diaz e Adufeiras do Salitre - os Artistas da FESTA


Xabier Diaz e as Adufeiras de Salitre também vão à FESTA.


E é o seu mais recente trabalho, com as Adufeiras de Salitre, um grupo de percussionistas e cantoras de música popular (acompanhados por Guti Álvarez, na sanfona e violino, e Javier Álvarez, no acordeão diatónico), que vai ser apresentado na FESTA.

O modelo de transporte aéreo e alguns equívocos

Foto by Aníbal C. Pires
Os faialenses e os picoenses, pelo menos alguns, estão mobilizados em defesa de melhorias nas infraestruturas aeroportuárias que servem as duas ilhas e das ligações aéreas para o exterior. Os faialenses e os picoenses, pelo menos alguns, não se mobilizaram contra a privatização da ANA Aeroportos e da TAP, por outro lado os terceirenses, também estão, pelo menos alguns, mobilizados para garantir que a operação aérea civil que serve aquela ilha se liberte de alguns constrangimentos que decorrem do facto da infraestrutura aeroportuária da Terceira ser militar, mas os terceirenses também estão mobilizados, pelo menos alguns, para que as ligações aéreas com o exterior possam melhorar.
Os terceirenses exigiram, pelo menos alguns, a liberalização da rota e a entrada no mercado de companhias lowcost, os terceirenses, pelo menos alguns, aceitaram sem reservas a liberalização das rotas com o continente português.
A Terceira, se bem se lembram, serviu, em primeira instância, para aumentar ilusoriamente o mercado açoriano para a entrada das lowcosts. Pois, e se bem se lembram, num primeiro momento, não houve nenhuma manifestação de interesse por qualquer companhia aérea de baixo custo, pela rota Terceira/Lisboa ou Terceira/Porto, ou se houve exigências das aludidas transportadoras não foram, na altura, satisfeitas. Esta questão, as exigências das lowcost, só recentemente teve resposta positiva e, finalmente, uma das putativas interessadas entrou no “mercado”. Não me perguntem quais, nem me perguntem quem satisfez as tais exigências de que todos ouvimos falar, mas que todos desconhecemos. Eu também não as conheço, mas lá que elas existem, existem, e que foram satisfeitas, lá isso foram. Um dia destes se tiver tempo para isso ainda vou à procura dos valores que estas exigências custaram e custam aos contribuintes, quer residam nas regiões insulares, quer residam no continente.

Foto by Aníbal C. Pires

A privatização da ANA e da TAP, a liberalização das rotas da Terceira e de S. Miguel, entenda-se o fim das Obrigações de Serviço Público (OSP), e as alterações às OSP, alteraram substantivamente o paradigma do transporte aéreo na Região. A maioria da população açoriana, não tenho dúvidas, continua satisfeita, ou não vivesse a maioria da população açoriana na ilha de S. Miguel.
As exigências dos faialenses, dos picoenses e dos terceirenses são legítimas, lá isso são. Mas que as soluções preconizadas nem sempre são as mais adequadas e os alvos nem sempre são bem escolhidos, também é verdade. Isto sem considerar que muitos dos problemas que se verificam ficam a dever-se a opções políticas contra as quais apenas alguns, poucos, faialenses, picoenses e terceirenses, poucos açorianos, colocaram reservas ou, de forma clara, se manifestaram contra.
Os aeroportos da ANA/VINCI na Região, com exceção do aeroporto João Paulo II, dificilmente serão objeto de investimentos que respondam a algumas das exigências que estão colocadas pelos faialenses, mas também pelos marienses e até pelos florentinos. Em Santa Maria também existem reivindicações e o aeroporto das Flores aguarda há anos pela certificação da iluminação. A razão é simples, são deficitários. Em virtude disso, ou não, a VINCI já anunciou um aumento em algumas das taxas aeroportuárias nos seus aeroportos.
Já os aeroportos da Região, esses sim, continuarão a ser objeto de investimento público, naturalmente, afinal estes ainda são públicos. Que seja o investimento que está a ser exigido, tenho algumas dúvidas.

Foto by Aníbal C. Pires
Quanto à saudosa TAP, não voltará. Ou melhor até pode voltar se houver mercado e rentabilidade. A TAP, tal como a ANA foram privatizadas não estão por cá por qualquer obrigação, ou por que os Açores lhe merecem uma atenção especial. Nada disso trata-se de um negócio e, os negócios são para dar lucro. Embora no caso da ANA/VINCI existam algumas obrigações decorrentes do contrato de concessão.
Quanto ao Grupo SATA sobre o qual recaem grandes e profundos ódios e, quando não há mais em quem assentar o chicote pois bem, fustigue-se a SATA.
O Grupo SATA não é nem deve ser, assim, como uma espécie de vaca sagrada, mas que diabo a sua existência enquanto transportadora aérea pública é ou não é importante para os Açores. Que o GRUPO SATA necessita de ser recapitalizado e reestruturado para dar resposta a velhas e novas exigências de uma operação cuja complexidade não é apenas de ordem operacional, vai muito para além disso, não tenho dúvidas, mas de cada vez que se fustiga a SATA está-se a estender uma passadeira vermelha para a sua privatização.

Foto by Aníbal C. Pires
Para além de pequenas e grandes lutas políticas sobre as questões que aqui abordo existem muitos equívocos e, sobretudo, a falta de um olhar hodierno e holístico sobre a problemática do transporte aéreo dentro da Região e da Região para o exterior, tendo em conta o serviço público, mas também uma vertente comercial que importa aprofundar e até expandir. A falta desse olhar serve a baixa política e induz decisões e indecisões que a prazo nos vão prejudicar a todos.
Fica o compromisso de proximamente regressar a este assunto.



Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 24 de Julho de 2017

sábado, 22 de julho de 2017

Surpreendam-se com João Barradas - os artistas da FESTA


O programa musical da FESTA não deixa ninguém de fora, a ideia é essa, incluir na diversidade de géneros musicais e do gosto de cada um.
Jazz com João Barradas e a introdução de um invulgar instrumento musical neste género musical, O acordeão. Esta é uma, de entre as muitas e constantes surpresas que o jazz português nos tem proporcionado nos últimos anos.

Comprovem assistindo ao vídeo e indo à FESTA para o ver e ouvir ao vivo.


sexta-feira, 21 de julho de 2017

Espaço à Ciência - a Ciência na FESTA


A FESTA não é só da Música, do Teatro, das Artes Plásticas e do Livro. A FESTA é também da Ciência.

Mar – património e potencialidades é o lema do Espaço Ciência, que inclui uma exposição central com elevado rigor científico e atualidade e proporciona a oportunidade para refletir, debater e perspetivar sobre áreas do conhecimento próprias das ciências naturais e sociais. Na exposição sistematiza-se aspetos como o contexto histórico, cultural e social, o enquadramento científico, os recursos marítimos, as potencialidades e oportunidades, o desenvolvimento regional e nacional, as decisões políticas e as propostas do PCP.

As observações, demonstrações e experiências conduzidas por especialistas, a relação da ciência com as várias formas de arte e o espaço Criança são algumas das atrações que o Espaço Ciência oferece ao visitante, seja este mero curioso ou especialista. Haverá ainda debates subordinados às várias perspetivas relacionadas com a temática.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Festa do Livro - a literatura na FESTA


A FESTA não é só da Música, do Teatro ou das Artes Plásticas, a Festa é, também, do Livro.
Sessões de apresentação de novos livros, conversas com os autores, debates e a Festinha do Livro para os mais novos.






São milhares de títulos, dezenas de editoras, descontos e promoções. Ou seja, a Festa do Livro é de visita obrigatória. Porque ler é libertador.

domingo, 16 de julho de 2017

António Zambujo - os artistas da FESTA





O António Zambujo também vai à FESTA e, como ele, muitos outros cantautores como os açorianos Luís Alberto Bettencourt e Zeca Medeiros. 






O momentos dará conta de outros artistas e grupos musicais que irão participar na edição 2017 da FESTA DO AVANTE.
António Zambujo cultiva e afirmou um estilo musical muito próprio que, bebendo nas suas raízes culturais, se foi libertando e universalizando.



sábado, 15 de julho de 2017

A 20.ª Bienal - as artes plásticas na FESTA


A FESTA não é só da Música ou do Teatro. A FESTA é, também, das Artes Plásticas.



No espaço das Artes Plásticas decorre a 20.ª Bienal. O desenho, a pintura, a escultura, a gravura, a fotografia e o vídeo.
Esta edição da Bienal, a 20.ª, registou a participação de cerca de 120 concorrentes, nacionais e estrangeiros, nomeadamente da Colômbia, Brasil e Espanha, e mais de 200 obras, das quais foram selecionadas 80, de 66 autores, que serão expostas durante os três dias da Festa.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

... dos pequenos poderes ou a turma dos lambe-lambe

Na administração pública alguns servidores do Estado julgam estar empossados, vá-se lá saber porquê, de um poder que lhes permite ter comportamentos discricionários e praticam-nos impunemente, Até um dia.
Nem sempre quem tutela, politicamente, tem conhecimento de como os pequenos “poderes” são exercidos. Porém, convém à tutela que assim seja e, convém ainda mais que isso tenha como efeito a aceitação acrítica, de orientações, políticas e práticas de poder, pelos cidadãos que utilizam ou são utentes dos serviços públicos e pelos servidores do Estado que dependem hierarquicamente dos pequenos “poderes”. 
Ao poder político executivo e tutelar não convém que se levantem vagas que possam induzir à reflexão e, os pequenos “poderes” tratam de que assim seja. Alguns destes protagonistas são seres subservientes, diria mesmo, são seres invertebrados, seres sempre de costas curvadas perante quem os tutela politicamente, e autênticos “coronéis” no exercício das suas funções de chefia. Mas, como se sabe, tudo isso tem um tempo pois, com exceção da instituição militar, os “generais” na administração pública são-no apenas a momentos, algum tempo depois voltam às fileiras da soldadesca, sem galões, nem honra, nem glória.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 10 de Julho de 2017

domingo, 9 de julho de 2017

Dervish - os artistas da FESTA


O Luís Alberto Bettencourt e o Zeca Medeiros vão à FESTA, mas os Dervish também. Vai ser uma folia.



  


"Com 28 anos de existência e 12 álbuns editados, os Dervish são considerados internacionalmente como um dos nomes mais importantes da música tradicional irlandesa. Na sua formação encontram-se alguns dos melhores músicos da Irlanda, liderados por Cathy Jordan, considerada por muitos como a voz mais distinta e a melhor intérprete da folk irlandesa. Excecionais executantes, vozes de cortar o fôlego, os seus concertos caracterizam-se por arranjos cuidadosamente elaborados, explorando os ritmos e as infinitas complexidades da excelente música irlandesa." 

sábado, 8 de julho de 2017

Da Lua e da música que gosto e não gosto

Ontem, por cá, aconteceram alguns espetáculos ao vivo. Um deles terá sido na Ribeira Quente com a Aurea, não andaria um passo sequer para a ir ver e ouvir. Lamento se desiludo alguém, mas não gosto. Não gosto da Aurea nem de outros sucedâneos de um género musical que ainda estou para saber como é que tantos fãs, e por muitos bons que estivessem os chicharros, de que eu tanto gosto, prefiro ir à Ribeira Quente quando por lá não está a Aurea.





A noite estava cheia de Lua e houve quem fosse caminhar e correr para as cumeeiras das Sete Cidades. Uma alternativa ao ambiente de festa permanente que se vive um pouco por toda a Região, ambiente festivo que de vulgar começa a enfastiar.





Cá por mim depois de ver os cabelos de Iemanjá espraiados no mar de S. Miguel, recolhi e fui ver e ouvir um concerto de um animal de palco que dá pelo nome de Beth Hart.



Por música desta e por uma voz assim vale a pena ir a qualquer lado, embora não tenha saído da casa para assistir. Deixo uma amostra no vídeo abaixo e para quem gostar deste género musical ou, para quem, como eu, gosta apenas de música vejam o concerto integral clicando em Beth Hart Live At Paradiso Amsterdam, 2004






sexta-feira, 7 de julho de 2017

Avanteatro - o Teatro na FESTA


Nem só de música se faz a FESTA. Os motivos de interesse são os mais diversos e, todos eles valem por si só. São como tu. És único, mas não serás o único na FESTA. Contigo vão estar muitos milhares de jovens e menos jovens para fruir do maior e melhor, não temos que ter medo das palavras, é o maior e melhor evento cultural que anualmente se realiza em Portugal.
Se puderes vai. Vais gostar e nem sequer é preciso seres da JCP ou do PCP, nem sequer simpatizante da CDU. Há lugar para para ti, há lugar para todos.
A programação do Avanteatro para 2017 não é melhor nem pior que outras edições, É excelente. Confere aqui se não conferiste já.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

... de Cabo Verde

Foto by Aníbal C. Pires (ilha do Sal, Cabo Verde)









Porque hoje se comemora a independência de Cabo Verde ficam, em jeito de homenagem ao povo cabo-verdiano, estes pequenos trechos, separados por um vídeo, de um texto escrito em Julho de 2004.




(…) O meu fascínio por África, e em particular por Cabo Verde, surgiu e foi-se desenvolvendo durante a minha infância, vá-se lá saber porque é que uma criança nascida e criada em terras do interior do continente português, e de onde só saiu quando jovem adulto, se sentia atraída por uma terra, um povo e uma cultura tão distante.
Não sei se pela dolência das "mornas", se pela harmonia das "mazurkas", se foi a alegria do "funaná" e da "coladeira", ou os ritmos alucinantes da "tabanca" e do "batuque" que o fascínio por esse povo, moldado pelo vento Leste, pelo imenso Atlântico, pela chuva que não cai e pela dor da "hora di bai", foi crescendo e ganhando uma cada vez maior admiração. (…)





(…) A dispersão dos cabo-verdianos pelo mundo tem origem nas clássicas motivações da emigração e o ideário de retorno a "nos terra" está sempre presente. A coesão e pujança da comunidade transnacional assentam em dois pilares, que foram, igualmente, basilares na construção da própria caboverdianidade e identidade nacional: O crioulo – língua nacional; e a representação coletiva do território, a relação com a "terra mãe/nos terra", que nos cabo-verdianos tem um acentuado carácter mágico-religioso.
Para os cabo-verdianos da terra-longe e, em particular aos que vivem e trabalham na Região Autónoma dos Açores, aqui fica a minha homenagem e os votos de que Cabo Verde possa continuar na senda do progresso e do desenvolvimento. (…)

E porque não um pouco de bom senso

Dash Q 200 - Foto by Aníbal C. Pires
Hoje foi notícia uma aterragem de emergência no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada. A aeronave, um Dash Q 200 da SATA Air Açores, reportou um problema técnico e foram acionados no aeroporto de destino os procedimentos previstos para situações de emergência.
Não sei que tipo de problema/avaria se verificou, não disponho de informação privilegiada e não estou mandatado pelo Grupo SATA para dizer o que quer que seja.

Mas, santa paciência com tanta especulação e mais ainda com os títulos da notícia veiculada por uma agência noticiosa que não é propriamente o Correio da Manhã, nem o Correio da Manhã TV e da qual se espera mais, muito mais, na forma como se divulgam as notícias. A esta notícia foi dado um título que nada, ou pouco tem a ver com o seu conteúdo. Por isso não posso, nem devo, ficar calado.

Mas voltando ao cerne da questão. Os procedimentos de emergência foram, naturalmente acionados, a aeronave aterrou sem problemas, não houve necessidade de evacuar os passageiros, enfim a notícia foi essa. Mas o título foi, Aeronave da SATA aterrou de emergência em Ponta Delgada, sem vítimas.  Como se da emergência declarada fosse esperada uma tragédia. 

Da leitura do título e com alguma boa vontade ficamos, desde logo, satisfeitos porque não houve vítimas, mas que diabo aterragens de emergência acontecem diariamente por esse Mundo fora, e acontecem porque voar é seguro e os procedimentos, desde que cumpridos, garantem essa segurança, nem que para, não foi o caso, o avião após a descolagem tenha de voltar ao ponto de partida, aliás esta situação não causou nenhuma alteração pois a aeronave vinha da Terceira para Ponta Delgada e assim continuou, não voltou para lado nenhum seguiu até ao destino programado.

Aspeto da cauda de Dash Q 400 - Foto by Aníbal C. Pires





Quanto aos comentários das redes sociais nem vale a pena dizer o que quer que seja, tal é o chorrilho de asneiras que por ali é regurgitado. Há no entanto uma onda, provocada ou não, que continua a fazer escola e que visa a desvalorização do Grupo SATA e dos seus trabalhadores, Isso não é admissível.








Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 04 de Julho de 2017

sábado, 1 de julho de 2017

Bombeiras - a abrir Julho

Imagem retirada da Internet
O mês de Julho abre como é habitual com uma homenagem às mulheres, desta vez merecem destaque as bombeiras. 

Imagem retirada da Internet





São mulheres que dão o melhor de si próprias, a par dos homens, para acudir às populações nas mais diversas situações. São mulheres bonitas, são mulheres solidárias, são mulheres que lutam.






Imagem retirada da Internet




São rostos de mulheres que nada pedem a não ser respeito e dignidade pela sua profissão e entrega ao serviço público.