Nem sempre quem tutela, politicamente, tem conhecimento de como os pequenos “poderes” são exercidos. Porém, convém à tutela que assim seja e, convém ainda mais que isso tenha como efeito a aceitação acrítica, de orientações, políticas e práticas de poder, pelos cidadãos que utilizam ou são utentes dos serviços públicos e pelos servidores do Estado que dependem hierarquicamente dos pequenos “poderes”.
Ao poder político executivo e tutelar não convém que se levantem vagas que possam induzir à reflexão e, os pequenos “poderes” tratam de que assim seja. Alguns destes protagonistas são seres subservientes, diria mesmo, são seres invertebrados, seres sempre de costas curvadas perante quem os tutela politicamente, e autênticos “coronéis” no exercício das suas funções de chefia. Mas, como se sabe, tudo isso tem um tempo pois, com exceção da instituição militar, os “generais” na administração pública são-no apenas a momentos, algum tempo depois voltam às fileiras da soldadesca, sem galões, nem honra, nem glória.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 10 de Julho de 2017
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