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Por um lado, branqueia-se um golpe fascista apoiado e financiado pelos Estados Unidos do qual não só resultou a morte do Presidente de um governo eleito democraticamente, mas que fez nos dias e meses que se lhe seguiram mais de 3 dezenas de milhares de mortos entre o povo chileno. Ao que nos é dado constatar esta não é a efeméride que merece a atenção da comunicação social do mainstream. Se os cidadãos pretenderem obter alguma informação sobre o 11 de Setembro de 1973 no Chile terão de procurar nos canais de informação do underground. O que para os cidadãos menos atentos acaba por ser incompreensível pois, trata-se, quer num caso quer no outro, da nossa história recente. E é legítimo perguntar que raio de critérios editoriais são este que promovem um e escondem outro ato de terror. Sim porque, quer num caso quer noutro foi de terrorismo que se tratou.
Admito que o atentado de Nova Iorque, a 11 de Setembro de 2001, pelas imagens disponíveis, foi transmitido em direto pelas televisões de todo o Mundo, pela proximidade cronológica, mas, sobretudo pelo mediatismo que tem tido, e tem, esteja mais vivo na retina dos cidadãos, o que não justifica que a memória da barbárie que se abateu sobre o povo chileno seja remetida para o esquecimento ou, para as notas de roda pé.
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Insistem que as Twin Towers ruíram devido ao embate dos aviões, insistem que o ataque ao Pentágono foi perpetrado por um avião comercial, quando todas as evidências e estudos comprovam que não foi assim. E quanto ao hipotético avião que caiu na Pensilvânia e que supostamente se dirigia para a Casa Branca existem muitas dúvidas sobre a veracidade desse evento, até porque a zona de impacto não apresenta os sinais característicos da queda de um avião comercial.
Os dois acontecimentos a que me tenho vindo a referir tiveram desenvolvimentos que afetaram e afetam o Mundo. O golpe de Pinochet, com o apoio dos Estados Unidos, criou condições para a criação de um espaço experimental de algumas teses económicas que mais tarde, com as necessárias adaptações foram importadas pelos os Estados Unidos e pela a Europa, neste caso para pela mão de Margareth Tatcher e com efeitos diretos e imediatos na Inglaterra. Mais tarde, ainda que sob uma outra vestimenta essas teses foram sendo generalizadas por toda a União Europeia com os efeitos conhecidos que o endeusamento do mercado provocou.
O 11 de Setembro de 2001 serviu para justificar a invasão do Afeganistão e do Iraque, para além de outros episódios de ingerência em estados soberanos, e a instalação de um clima de terror que não está confinado a esses territórios. O histórico de atentados terroristas, tendo como autores grupos fundamentalistas, um pouco por todo o Mundo é longo e conhecido de todos.
Ponta Delgada, 11 de Setembro de 2018
Aníbal C. Pires, In Diário Insular e Açores 9, 12 de Setembro de 2018
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