Nada do que acima ficou dito é suscetível de contestação. Este texto não pretende mais do que levantar algumas questões para reflexão de todos, para colocar algumas dúvidas sobre a informação veiculada oficialmente sobre a doença Covid19 e, também, para refletir sobre o que tem sido feito, o que não tem sido e o que, digo eu, deveria ser feito.
Antes de iniciar este escrito consultei o site onde o governo regional dos Açores disponibiliza os dados da evolução do surto pandémico na Região.
Casos confirmados – 3291; casos ativos – 643; casos recuperados – 2526; óbitos - 23 (dados de 21 de janeiro de 2021).
Ao tentar perceber estes dados levantam-se algumas dúvidas, vejamos:- os casos confirmados são casos de positivos aos SARS-CoV2;
- os casos recuperados são evoluções de positivo para negativo (tinha e deixou de ter (SARS-CoV2);
- os casos ativos mantêm-se positivos para o SARS-CoV2;
E as dúvidas residem no seguinte: quantos são os casos com Covid19 (a infeção viral) e qual a evolução!? Em relação à Covid19 apenas sabemos dos óbitos (23).
Na informação disponibilizada sabemos quem é portador do vírus, mas não sabemos quem desenvolveu a doença pois, como é sabido, pode-se ser portador do SARS-CoV2 (estar infetado) e não ter a doença Covid19 (não desenvolver a infeção viral).
Não sabemos, pelos dados que nos são facultados, quantos dos 643 casos ativos têm a doença Covid19, assim como não sabemos quantos dos 2526 recuperados foram diagnosticados com Covid19. Vírus tinham todos, mas nem todos sofreram da doença Covid19.Pode parecer que não tem grande importância ou até um preciosismo, mas as leituras são diferentes e, sobretudo, mais rigorosas e menos alarmistas. Os dados da propagação do vírus são importantes para os estudos epidemiológicos, mas para se perceber e relativizar são necessários os dados da doença.
Que a comunicação social não questione, eu percebo.
Que os cidadãos o não façam, já não entendo.
(continua)
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 21 de janeiro de 2021
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