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A justificação dada pelo XIII Governo Regional colheu apoio na opinião pública, afinal tratava-se de “despolitizar” um organismo que deve cingir a sua ação apenas às questões científicas e técnicas e, como tal, a generalidade da população aceita bem e, até aplaude. Engano de quem se deixa embalar por estas medidas, aparentemente, tomadas em nome do rigor e da independência, mas que mais não visam do que a desresponsabilização política.
Esta decisão peregrina do XIII Governo Regional, como alertei, não passa de uma falácia. O tempo veio demonstrar que a Autoridade de Saúde e a Comissão de Acompanhamento só têm servido para aliviar a pressão política sobre a Direção Regional e a Secretaria Regional da Saúde ou, se preferirem, sobre o Governo Regional e o seu Presidente.
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A crescente e descontrolada vaga de novas infeções fica a dever-se incumprimento das medidas preventivas adotadas e à deficiente fiscalização, ou seja, a responsabilidade é política, não é da Autoridade Regional de Saúde que nada decide, é do Governo Regional que tem a responsabilidade de politicamente decidir e executar.
Face aos dados que têm sido disponibilizados pela Autoridade Regional de Saúde a atual situação exige a tomada de novas medidas que visem a contenção das infeções. As medidas que vierem a ser anunciadas devem ter em conta a situação de cada freguesia, concelho e ilha e não podem, nem devem, generalizar-se a medidas restritivas que se assemelhem a um novo confinamento geral.
O Presidente do Governo Regional vai dar um ar da sua graça e aparecer publicamente (amanhã 13 de janeiro) para anunciar novas medidas para a contenção da atual vaga de infeções. A ausência de José Manuel Bolieiro já não era politicamente sustentável e a estratégia de remeter a pressão para a “independente” Autoridade Regional de Saúde está a esgotar-se. A falácia está em falência.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 12 de janeiro de 2021
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