foto de Aníbal C. Pires |
Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.
(...) Esta abordagem inicial tem, apenas, o propósito de introduzir alguns aspetos, todos conhecidos e devidamente estudados, que contribuíram para a construção de uma cultura singular, nem melhor nem pior que outras, mas diferente e, por esse motivo, como outras, digna de ser preservada, não no aspeto conservador e museológico, mas na valorização dos seus traços distintivos.
Já referi o povoamento, a concentração da riqueza, a emigração, a geografia, o isolamento, a condição insular e arquipelágica e, sem querer ser exaustivo, não é esse o intento, acrescentaria a religiosidade. Não a devoção utilitária do poder económico para exercer domínio sobre o povo, que sendo determinante na formação do ser açoriano, não é, no caso vertente, a que me interessa, como mais adiante se verá, mas a religiosidade de cunho popular que se foi mantendo liberta dos poderes, ou seja, o culto ao Divino Espírito Santo que é o pilar, não direi único, mas o principal sustentáculo da açorianidade, ou se preferirmos da identidade regional se é que, de facto, essa construção identitária está consolidada. Por vezes tenho dúvidas que assim seja e não serei só eu a tê-las. (...)
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