Após a assunção da crise, julgo que já se pode utilizar o termo sem que Carlos César fique incomodado, eis que os governos iniciaram um processo de produção de medidas de combate à dita, não repito o vocábulo pois não quero correr o risco de alguém em Santana contar o número de vezes que utilizo o vocábulo e me acuse de falta de imaginação, têm-me feito muitas acusações e hoje vou procurar não dar nenhum motivo para que a “agência de informação governamental” (GACS) publique algum desmentido ou lamente a minha ignorância sobre este ou aquele tema.
Reconhecendo até que algumas das medidas “anticrise” têm aspectos positivos a verdade é que até agora os seus resultados junto de quem mais sofre com os efeitos avassaladores da recessão. A recessão, não é invenção minha, a recessão é oficial foi Governador do Banco de Portugal que a decretou, há uns meses atrás, José Sócrates “promulgou-a” logo de seguida e César, embora com reservas, também o admite. Mas, como dizia, os resultados ainda não se fizeram sentir, ou seja, o rendimento das famílias não aumentou, a precariedade laboral e o desemprego crescem, os incumprimentos no pagamento dos salários e outras renumerações atinge dimensões preocupantes, as pequenas e médias empresas continuam sem liquidez e, por outro lado a concentração e a acumulação de capitais intensifica-se disponibilizando os fundos públicos para apoios ao sector financeiro e para os grandes grupos económicos garantindo cobertura para chorudos negócios e lucros.
A desigualdade na distribuição da riqueza acentua-se escandalosamente e a propaganda difundida pela generalidade da opinião publicada e pela comunicação social, dita de referência, tenta justificar as evidências da falência do capitalismo neoliberal com a necessidade de introduzir medidas de regulação e de ética nos mercados financeiros tentando justificar a crise pelos excessos e irresponsabilidades de alguns procurando, assim, esconder as suas raízes sistémicas e o seu carácter global.
A estratégia das medidas “anticrise” é por demais evidente e mais não pretende que: desculpabilizar os governos e as suas opções políticas, induzir a interiorização da crise, a instalação do desânimo e, por fim, da resignação.
Há, todavia, outros caminhos, caminhos de luta e de ruptura contra esta tentativa de “refundação” das virtualidades do mercado e do capitalismo.
Reconhecendo até que algumas das medidas “anticrise” têm aspectos positivos a verdade é que até agora os seus resultados junto de quem mais sofre com os efeitos avassaladores da recessão. A recessão, não é invenção minha, a recessão é oficial foi Governador do Banco de Portugal que a decretou, há uns meses atrás, José Sócrates “promulgou-a” logo de seguida e César, embora com reservas, também o admite. Mas, como dizia, os resultados ainda não se fizeram sentir, ou seja, o rendimento das famílias não aumentou, a precariedade laboral e o desemprego crescem, os incumprimentos no pagamento dos salários e outras renumerações atinge dimensões preocupantes, as pequenas e médias empresas continuam sem liquidez e, por outro lado a concentração e a acumulação de capitais intensifica-se disponibilizando os fundos públicos para apoios ao sector financeiro e para os grandes grupos económicos garantindo cobertura para chorudos negócios e lucros.
A desigualdade na distribuição da riqueza acentua-se escandalosamente e a propaganda difundida pela generalidade da opinião publicada e pela comunicação social, dita de referência, tenta justificar as evidências da falência do capitalismo neoliberal com a necessidade de introduzir medidas de regulação e de ética nos mercados financeiros tentando justificar a crise pelos excessos e irresponsabilidades de alguns procurando, assim, esconder as suas raízes sistémicas e o seu carácter global.
A estratégia das medidas “anticrise” é por demais evidente e mais não pretende que: desculpabilizar os governos e as suas opções políticas, induzir a interiorização da crise, a instalação do desânimo e, por fim, da resignação.
Há, todavia, outros caminhos, caminhos de luta e de ruptura contra esta tentativa de “refundação” das virtualidades do mercado e do capitalismo.
Anibal Pires, IN Açoriano Oriental, 16 de Fevereiro de 2009, Ponta Delgada
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