No primeiro dia do ano de 2009 completou-se, em definitivo, a fusão integral do BANIF, isto é, a ténue ligação, mais de afectividade do que outra, que os açorianos mantinham com o herdeiro do “Banco Micaelense/BCA” cessou definitivamente. Já o tinha afirmado em escritos anteriores mas agora que os clientes do BANIF viram os seus débitos directos serem devolvidos devido à alteração do seu Número de Identificação Bancária (NIB). Desvaneceram-se todas as dúvidas, se é que ainda perplexidades subsistiam quanto à perda daquela instituição bancária quando a Região optou pela sua privatização.
É legítimo perguntar se fará algum sentido que a Conta da Região continue centralizada nesta instituição bancária, agora que se quebraram todos os laços com os Açores. O BANIF mantém com a Região o mesmo tipo de relação como qualquer outra instituição bancária comercial, com excepção das Caixas da Misericórdia com sede na Região e ao que julgo saber, do BES Açores que, pertencendo ao grupo BES, mantém uma personalidade jurídica que o liga à Região.
Se me perguntarem, julgo que a Tesouraria Regional deveria ser alocada ao banco público, Caixa Geral de Depósitos, mas até aceitaria que o fosse a uma instituição bancária privada com sede na Região, mesmo com as reservas cautelares que os últimos tempos aconselham no relacionamento dos cidadãos e das organizações com a banca privada.
A privatização do BCA, concretizada a meados da década de 90, foi antecedida da centralização da Tesouraria Regional e da introdução de novos procedimentos de tesouraria em todos os departamentos da administração regional (escolas, unidades de saúde, secretarias regionais, etc.). A nova metodologia processual que foi introduzida forçou a que toda a administração regional alocasse as suas contas bancárias ao então BCA. Mera coincidência ou não a verdade é que após ou no decurso deste processo, de momento não posso precisar, o BCA foi privatizado e integrado no BANIF.
A Região com a privatização do BCA perdeu receita própria (questão a que me referi num outro escrito publicado em 2008) mas não só, os Açores perderam com a privatização do BCA um instrumento financeiro estratégico que nos tempos que correm poderia ser de grande utilidade para influenciar o mercado dos produtos bancários. Por exemplo: a falta de liquidez no sector e a baixa das taxas de referência foram a justificação para a banca aumentar as margens de lucro (spread). Havendo um banco público, com relativa facilidade se resolveria esta que é mais uma das dificuldades com que os particulares e as empresas se defrontam, a somar ao rol de muitas outras. Como!? Pois bem: Instituindo um tecto máximo para o spread a praticar pelo banco público. A banca privada sentir-se-ia na obrigação de acompanhar esta medida e a tendência natural seria a manutenção do spread em valores fora do espectro especulativo.
Julgo que não utilizei uma vez sequer a palavra crise, o que em tempo dela não é tarefa fácil.
É legítimo perguntar se fará algum sentido que a Conta da Região continue centralizada nesta instituição bancária, agora que se quebraram todos os laços com os Açores. O BANIF mantém com a Região o mesmo tipo de relação como qualquer outra instituição bancária comercial, com excepção das Caixas da Misericórdia com sede na Região e ao que julgo saber, do BES Açores que, pertencendo ao grupo BES, mantém uma personalidade jurídica que o liga à Região.
Se me perguntarem, julgo que a Tesouraria Regional deveria ser alocada ao banco público, Caixa Geral de Depósitos, mas até aceitaria que o fosse a uma instituição bancária privada com sede na Região, mesmo com as reservas cautelares que os últimos tempos aconselham no relacionamento dos cidadãos e das organizações com a banca privada.
A privatização do BCA, concretizada a meados da década de 90, foi antecedida da centralização da Tesouraria Regional e da introdução de novos procedimentos de tesouraria em todos os departamentos da administração regional (escolas, unidades de saúde, secretarias regionais, etc.). A nova metodologia processual que foi introduzida forçou a que toda a administração regional alocasse as suas contas bancárias ao então BCA. Mera coincidência ou não a verdade é que após ou no decurso deste processo, de momento não posso precisar, o BCA foi privatizado e integrado no BANIF.
A Região com a privatização do BCA perdeu receita própria (questão a que me referi num outro escrito publicado em 2008) mas não só, os Açores perderam com a privatização do BCA um instrumento financeiro estratégico que nos tempos que correm poderia ser de grande utilidade para influenciar o mercado dos produtos bancários. Por exemplo: a falta de liquidez no sector e a baixa das taxas de referência foram a justificação para a banca aumentar as margens de lucro (spread). Havendo um banco público, com relativa facilidade se resolveria esta que é mais uma das dificuldades com que os particulares e as empresas se defrontam, a somar ao rol de muitas outras. Como!? Pois bem: Instituindo um tecto máximo para o spread a praticar pelo banco público. A banca privada sentir-se-ia na obrigação de acompanhar esta medida e a tendência natural seria a manutenção do spread em valores fora do espectro especulativo.
Julgo que não utilizei uma vez sequer a palavra crise, o que em tempo dela não é tarefa fácil.
Aníbal Pires, IN Expresso das Nove, 13 de Fevereiro de 2009, Ponta Delgada
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