A Margarida teve hoje a sua primeira aula de natação.
Sem demonstrar publicamente grande euforia, a verdade é que gostou.
Quem melhor que a mãe para avaliar o quanto ela vinha a irradiar contentamento, também cansada… mas com aquele sorriso nos lábios que tal como a mãe, a avó Madalena e a bisavó Hortelinda só é conhecido no seio da família.
A ida da Margarida à piscina trouxe da memória do tempo da infância a minha passagem pela aprendizagem da natação.
Nesse Verão, teria eu 9 anos, depois de alguns dias a aprender algumas técnicas e a exercitar o corpo com a segurança de ter sempre o fundo da piscina ao alcance dos pés o treinador resolveu que era tempo de nos largar onde o fundo era profundo.
Lá fomos caminhando até à zona onde o azul era mais escuro. Os mais afoitos não se fizeram rogados e atiraram-se para o abismo aquático, outros, como eu, foi preciso uma ajuda suplementar – um empurrão.
Aí vou eu pelo ar. Sinto o contacto com a água e o corpo a afundar-se, experimento a sensação de não ter nada que me ajude a impulsionar até à superfície. Mas mesmo que tivesse não sabia muito bem o que fazer quando chegado à tona de água. Nadei submerso até à segurança da margem. Com a cabeça fora de água deixei entrar o ar nos pulmões. Acalmei, saí para de novo saltar, mergulhar e experimentar o prazer de mais uma descoberta.
As inseguranças tolhem-nos, inibem-nos, privam-nos da necessária afirmação pessoal.
Por vezes é preciso o tal “empurrão”.
Sem demonstrar publicamente grande euforia, a verdade é que gostou.
Quem melhor que a mãe para avaliar o quanto ela vinha a irradiar contentamento, também cansada… mas com aquele sorriso nos lábios que tal como a mãe, a avó Madalena e a bisavó Hortelinda só é conhecido no seio da família.
A ida da Margarida à piscina trouxe da memória do tempo da infância a minha passagem pela aprendizagem da natação.
Nesse Verão, teria eu 9 anos, depois de alguns dias a aprender algumas técnicas e a exercitar o corpo com a segurança de ter sempre o fundo da piscina ao alcance dos pés o treinador resolveu que era tempo de nos largar onde o fundo era profundo.
Lá fomos caminhando até à zona onde o azul era mais escuro. Os mais afoitos não se fizeram rogados e atiraram-se para o abismo aquático, outros, como eu, foi preciso uma ajuda suplementar – um empurrão.
Aí vou eu pelo ar. Sinto o contacto com a água e o corpo a afundar-se, experimento a sensação de não ter nada que me ajude a impulsionar até à superfície. Mas mesmo que tivesse não sabia muito bem o que fazer quando chegado à tona de água. Nadei submerso até à segurança da margem. Com a cabeça fora de água deixei entrar o ar nos pulmões. Acalmei, saí para de novo saltar, mergulhar e experimentar o prazer de mais uma descoberta.
As inseguranças tolhem-nos, inibem-nos, privam-nos da necessária afirmação pessoal.
Por vezes é preciso o tal “empurrão”.
2 comentários:
Oi, Aníbal!
Espero que estejas melhor.
Quero-te pedir desculpa por um comentário que te mandei para o sítio errado. O comentário do "tal empurrão" é para o teu texto da "Infância". Emenda, por favor.
Beijinhos.
Olá Margarida,
Julgo que se percebe e não há necessidade de corrigir.
Beijinhos,
Aníbal Pires
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