Nos Açores como na República, os procuradores dos interesses da troika, dos mercados e das agência de rating são, o PS, o PSD e o CDS/PP.
É, nos Açores, o Governo do PS ao deixar cair na proposta de orçamento para 2012 a remuneração compensatória aos funcionários públicos no que, certamente e sem nenhuma dúvida terá o apoio incondicional do PSD e do CDS/PP.
E são-no, por exemplo, na consagração direta e subserviente do roubo dos subsídios de Natal e de Férias, que garantem um acréscimo de receita na ordem dos 35 milhões de euros ao Orçamento regional, à custa dos trabalhadores açorianos e que pretendem aplicar no apoio às empresas.
Onde já se viu!? O dinheiro que por direito próprio pertence aos trabalhadores da administração pública vai ser dado às empresas.
Salvo melhor opinião o apoio que o Governo Regional poderia dar às empresas, para além dos programas já instituídos, seria pagar os 13.º e 14.º meses aos funcionários da administração regional contribuindo, assim, para manter níveis de consumo que não coloquem em risco muitas pequenas e médias empresas da Região, como já se está a verificar com a erosão no rendimento das famílias e que está a deixar os comerciantes regionais à beira de um ataque de nervos.
A este propósito mas sobre a aplicação do imposto extraordinário sobre o 13.º mês de 2011, foi o próprio líder parlamentar do PS Açores a manifestar uma grande preocupação sobre os 20 milhões de euros que foram subtraídos à economia regional por via deste corte no rendimento dos trabalhadores açorianos. Não posso estar mais de acordo com Berto Messias, espero é que, em nome da coerência e na semana em que se discute o Plano e Orçamento da Região, o líder parlamentar do partido que suporta o Governo Regional defenda o pagamento do 13.º e 14.º meses aos trabalhadores da administração pública regional para não subtrair à economia regional mais umas dezenas de milhões de euros em 2012.
Tenho dúvidas que isso venha a acontecer pois a opção do Governo Regional, tal como a opção do Governo da República é pela satisfação da gula dos mercados. Gula que, como está amplamente demonstrado, é insaciável.
As opções do Governo Regional e, apesar do dramático crescimento do desemprego, que superou 11% no terceiro trimestre deste ano, o Governo Regional corta a direito nos Programas de Emprego (-27%), nos Programas de Estágios Profissionais (-23%), na Inspeção do Trabalho (-12%) e no combate ao trabalho precário, ao subemprego e ao trabalho informal (-50%), enquanto mantém intocáveis os apoios às grandes empresas ou a bonificação dos seus juros bancários.
As opções do Governo Regional demonstram claramente que a sua opção não é pelos trabalhadores açorianos, a sua opção não é pelas famílias açorianas, a opção do Governo Regional não é pela garantia do bem-estar e qualidade de vida do Povo Açoriano, a opção do Governo Regional, como a opção do Governo do PSD/CDS na República é, como já referi pela satisfação da gula dos mercados.
E não há como satisfazer os mercados financeiros, o último exemplo vem da agência de Fitch Ratings ao baixar para “lixo” os títulos da dívida pública nacional justificando a sua avaliação na prevista recessão da economia portuguesa em 2012. Pois! E então a recessão que, certamente se vai verificar em 2012 deve-se a quê!?
Julgo eu, e salvo melhor opinião, às medidas decorrentes do resgate financeiro. E o resgate financeiro aconteceu porquê? Julgo eu, e salvo melhor opinião, às sucessivas notações negativas das agências de rating que levaram o mercado a fechar o financiamento a Portugal.
O leitor dirá de sua justiça mas a mim quer-me parecer que andamos há demasiado tempo a insistir no erro e a submetermo-nos a um poder ilegítimo.
Horta, 27 de novembro de 2011
É, nos Açores, o Governo do PS ao deixar cair na proposta de orçamento para 2012 a remuneração compensatória aos funcionários públicos no que, certamente e sem nenhuma dúvida terá o apoio incondicional do PSD e do CDS/PP.
E são-no, por exemplo, na consagração direta e subserviente do roubo dos subsídios de Natal e de Férias, que garantem um acréscimo de receita na ordem dos 35 milhões de euros ao Orçamento regional, à custa dos trabalhadores açorianos e que pretendem aplicar no apoio às empresas.
Onde já se viu!? O dinheiro que por direito próprio pertence aos trabalhadores da administração pública vai ser dado às empresas.
Salvo melhor opinião o apoio que o Governo Regional poderia dar às empresas, para além dos programas já instituídos, seria pagar os 13.º e 14.º meses aos funcionários da administração regional contribuindo, assim, para manter níveis de consumo que não coloquem em risco muitas pequenas e médias empresas da Região, como já se está a verificar com a erosão no rendimento das famílias e que está a deixar os comerciantes regionais à beira de um ataque de nervos.
A este propósito mas sobre a aplicação do imposto extraordinário sobre o 13.º mês de 2011, foi o próprio líder parlamentar do PS Açores a manifestar uma grande preocupação sobre os 20 milhões de euros que foram subtraídos à economia regional por via deste corte no rendimento dos trabalhadores açorianos. Não posso estar mais de acordo com Berto Messias, espero é que, em nome da coerência e na semana em que se discute o Plano e Orçamento da Região, o líder parlamentar do partido que suporta o Governo Regional defenda o pagamento do 13.º e 14.º meses aos trabalhadores da administração pública regional para não subtrair à economia regional mais umas dezenas de milhões de euros em 2012.
Tenho dúvidas que isso venha a acontecer pois a opção do Governo Regional, tal como a opção do Governo da República é pela satisfação da gula dos mercados. Gula que, como está amplamente demonstrado, é insaciável.
As opções do Governo Regional e, apesar do dramático crescimento do desemprego, que superou 11% no terceiro trimestre deste ano, o Governo Regional corta a direito nos Programas de Emprego (-27%), nos Programas de Estágios Profissionais (-23%), na Inspeção do Trabalho (-12%) e no combate ao trabalho precário, ao subemprego e ao trabalho informal (-50%), enquanto mantém intocáveis os apoios às grandes empresas ou a bonificação dos seus juros bancários.
As opções do Governo Regional demonstram claramente que a sua opção não é pelos trabalhadores açorianos, a sua opção não é pelas famílias açorianas, a opção do Governo Regional não é pela garantia do bem-estar e qualidade de vida do Povo Açoriano, a opção do Governo Regional, como a opção do Governo do PSD/CDS na República é, como já referi pela satisfação da gula dos mercados.
E não há como satisfazer os mercados financeiros, o último exemplo vem da agência de Fitch Ratings ao baixar para “lixo” os títulos da dívida pública nacional justificando a sua avaliação na prevista recessão da economia portuguesa em 2012. Pois! E então a recessão que, certamente se vai verificar em 2012 deve-se a quê!?
Julgo eu, e salvo melhor opinião, às medidas decorrentes do resgate financeiro. E o resgate financeiro aconteceu porquê? Julgo eu, e salvo melhor opinião, às sucessivas notações negativas das agências de rating que levaram o mercado a fechar o financiamento a Portugal.
O leitor dirá de sua justiça mas a mim quer-me parecer que andamos há demasiado tempo a insistir no erro e a submetermo-nos a um poder ilegítimo.
Horta, 27 de novembro de 2011
Aníbal C. Pires, In Jornal Diário, 28 de novembro de 2011, Ponta Delgada
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