Um grupo de cidadãos tem a circular uma petição com o objetivo de solicitar a antecipação das eleições regionais. Mas porquê? Com que fundamentos? Interrogações legítimas pois nenhuma alteração ocorreu que justifique tal proposta.
Se é verdade que a situação social e económica se veio a degradar e, a Região e o País vivem tempos dramáticos, não será menos verdade que a antecipação de eleições, a tão pouco tempo do fim da legislatura, em nada contribuiria para a solução dos graves problemas que enfrentamos e que decorrem, quer de uma continuada política de destruição da economia produtiva, quer da subserviência a que sucessivos governos se submeteram ao diretório da União Europeia.
Por outro lado os órgãos de governo próprio da Região não se encontram diminuídos de competências apenas porque é sabido que o atual Presidente do Governo Regional não está disponível para exercer mais um mandato, caso o PS, venha a sair vencedor das eleições regionais.
Há, todavia, um facto que sustenta petição, embora considere a “proposta” de antecipação do ato eleitoral um perfeito disparate, que não pode deixar de merecer atenção e que traduz um sentimento transversal à sociedade açoriana, sentimento que deve e tem de ser atendido, desde logo, por quem o protagoniza, mas também por todas as forças políticas que se vão apresentar a sufrágio em outubro de 2012.
Dizem os peticionários no ponto 5 da exposição de motivos: “A partir de Janeiro a Região entrou em pré campanha eleitoral quando os partidos deviam ter evitado tal facto, pois 2012 é um ano extremamente exigente, quer pelas medidas decretadas na sequencia dos acordos de Portugal com a troika, quer pela necessidade do governo ter força para fazer as reformas que são exigidas e preparar aquelas que se mostrem indispensáveis para fazer crescer a economia e responder ao desemprego crescente. O facto da campanha eleitoral ter vindo para a rua a destempo implica que o ano de 2012 será um ano perdido com consequências sociais e económicas imprevisíveis para os Açores e para o povo Açoriano.”
Tudo isto seria verdade se apenas 2 partidos políticos concorressem ao ato eleitoral previsto para outubro deste ano. Em bom rigor aquilo que é dito pelos promotores da petição aplica-se, por inteiro ao PSD e ao PS, ou seja, à D.ra Berta Cabral e ao Dr. Vasco Cordeiro.
Quando os peticionários reduzem aquilo a que designam por campanha eleitoral a destempo à lamentável e vergonhosa atuação dos “candidatos” do PS e do PSD pois, de facto, é disto que estamos a falar. Nenhuma outra força política, com ou sem representação parlamentar, se tem comportado como o PS e o PSD.
Assim, se outros motivos não houvesse, desde logo o quadro legal, estatutário e constitucional, esta tentativa de, uma vez mais, uniformizar o que não é uniforme – nem todos os políticos, nem todos os projetos políticos, são iguais – retira toda a credibilidade a esta iniciativa cidadã, aliás lamento que a iniciativa dos requerentes não se tivesse centrado naquilo que, de momento e face ao despudorado comportamento da D.ra Berta Cabral e do Dr. Vasco Cordeiro, é verdadeiramente exigível ao PS e ao PSD e que, em minha opinião, se deve traduzir na exigência de que a Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e o Secretário Regional da Economia abandonem os cargos públicos que ocupam e assumam as suas candidaturas a tempo inteiro.
Ponta Delgada, 04 de março de 2012
Se é verdade que a situação social e económica se veio a degradar e, a Região e o País vivem tempos dramáticos, não será menos verdade que a antecipação de eleições, a tão pouco tempo do fim da legislatura, em nada contribuiria para a solução dos graves problemas que enfrentamos e que decorrem, quer de uma continuada política de destruição da economia produtiva, quer da subserviência a que sucessivos governos se submeteram ao diretório da União Europeia.
Por outro lado os órgãos de governo próprio da Região não se encontram diminuídos de competências apenas porque é sabido que o atual Presidente do Governo Regional não está disponível para exercer mais um mandato, caso o PS, venha a sair vencedor das eleições regionais.
Há, todavia, um facto que sustenta petição, embora considere a “proposta” de antecipação do ato eleitoral um perfeito disparate, que não pode deixar de merecer atenção e que traduz um sentimento transversal à sociedade açoriana, sentimento que deve e tem de ser atendido, desde logo, por quem o protagoniza, mas também por todas as forças políticas que se vão apresentar a sufrágio em outubro de 2012.
Dizem os peticionários no ponto 5 da exposição de motivos: “A partir de Janeiro a Região entrou em pré campanha eleitoral quando os partidos deviam ter evitado tal facto, pois 2012 é um ano extremamente exigente, quer pelas medidas decretadas na sequencia dos acordos de Portugal com a troika, quer pela necessidade do governo ter força para fazer as reformas que são exigidas e preparar aquelas que se mostrem indispensáveis para fazer crescer a economia e responder ao desemprego crescente. O facto da campanha eleitoral ter vindo para a rua a destempo implica que o ano de 2012 será um ano perdido com consequências sociais e económicas imprevisíveis para os Açores e para o povo Açoriano.”
Tudo isto seria verdade se apenas 2 partidos políticos concorressem ao ato eleitoral previsto para outubro deste ano. Em bom rigor aquilo que é dito pelos promotores da petição aplica-se, por inteiro ao PSD e ao PS, ou seja, à D.ra Berta Cabral e ao Dr. Vasco Cordeiro.
Quando os peticionários reduzem aquilo a que designam por campanha eleitoral a destempo à lamentável e vergonhosa atuação dos “candidatos” do PS e do PSD pois, de facto, é disto que estamos a falar. Nenhuma outra força política, com ou sem representação parlamentar, se tem comportado como o PS e o PSD.
Assim, se outros motivos não houvesse, desde logo o quadro legal, estatutário e constitucional, esta tentativa de, uma vez mais, uniformizar o que não é uniforme – nem todos os políticos, nem todos os projetos políticos, são iguais – retira toda a credibilidade a esta iniciativa cidadã, aliás lamento que a iniciativa dos requerentes não se tivesse centrado naquilo que, de momento e face ao despudorado comportamento da D.ra Berta Cabral e do Dr. Vasco Cordeiro, é verdadeiramente exigível ao PS e ao PSD e que, em minha opinião, se deve traduzir na exigência de que a Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e o Secretário Regional da Economia abandonem os cargos públicos que ocupam e assumam as suas candidaturas a tempo inteiro.
Ponta Delgada, 04 de março de 2012
Aníbal C. Pires, In Jornal Diário, 05 de março, de 2012, Ponta Delgada
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