Manuel Barbosa, nasceu em Ponta Delgada, a 17 de Dezembro de 1905, filho de Manuel José Leite Barbosa e de Maria do Espirito Santo Cardoso. Fez o ensino liceal no Liceu de Ponta Delgada. Licenciou-se em Direito, em 1931, na Universidade de Lisboa, em 1932 casou com Clarisse Albuquerque Guerreiro Barbosa, e, em 1940, licenciou-se em Ciências Históricas Filosóficas, pela Universidade de Coimbra.
Em 1948 regressou aos Açores, tendo-se fixado na Ribeira Grande onde fundou e dirigiu o Externato Ribeiragrandense, que durante 25 anos foi o único estabelecimento de ensino secundário na Ribeira Grande. Durante este período exerceu, também, advocacia.
Desde a sua juventude esteve ligado aos movimentos estudantis e políticos, designadamente ao Partido Comunista Português. Em 1969, com os Drs. António Borges Coutinho e João Silvestre, foi candidato a deputado pelo círculo eleitoral de Ponta Delgada, numa lista do MDP/CDE.
Em 1975 foi constrangido a sair da Ribeira Grande tendo-se instalado de novo em Coimbra onde residiu até 1980, ano em que regressou à Ribeira Grande.
O Dr. Manuel Barbosa foi um homem culto, possuidor de uma sólida e multifacetada formação académica, tradutor, ensaísta, escritor emérito e pedagogo.
Em 10 de Junho de 2005 foi homenageado preço Presidente da República com a Comenda da “Instrução Pública”.
Em 17 de Dezembro de 2005, pelo centenário do seu nascimento foi, igualmente, homenageado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande.
Faleceu em 26 de Junho de 1991, na vila algarvia de S. Brás de Alportel, onde se encontra sepultado.
A vida de um cidadão não cabe numa coluna de jornal. A vida e obra do cidadão Manuel Barbosa não cabem no resumo de uma nota biográfica mas, não ficaria bem comigo mesmo se não trouxesse ao presente a memória deste açoriano. Um açoriano a quem nem sempre foi reconhecido o devido valor.
Amanhã, 28 de maio de 2012, vão ser agraciados com Insígnias Honoríficas Açorianas um vasto conjunto de personalidades e instituições, dessa lista consta o Dr. Manuel Barbosa. A dimensão Universal deste ilustre açoriano justifica a distinção que lhe vai ser concedida, a título póstumo. Reconhecimento que peca por tardio, ainda assim nunca é tarde para homenagear um dos mais diletos filhos destas ilhas.
Se o Dr. Manuel Barbosa é uma personalidade que me é particularmente cara não posso deixar, porém, de estender uma palavra de reconhecimento a todos quantos, pela sua dedicação aos Açores e às suas gentes, são este ano distinguidos com insígnias honoríficas açorianas.
Ponta Delgada, 27 de maio de 2012
Aníbal C. Pires, In Jornal Diário, 29 de maio de 2012, Ponta Delgada
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