Foto - Madalena Pires |
A personagem que por aí andou a fazer e a dizer como se fosse o que já não é nem voltará a ser e, digo eu, ainda bem. Veio aos Açores e foi recebido pelos seus acólitos e apaniguados como se ainda fosse o que já não é, mas que eles, e ele em particular, gostariam que fosse. Só que as eleições de 4 de Outubro que, como todas as outras daquela natureza, se destinavam a eleger deputados e não governos, nem primeiros-ministros, ditaram-lhes o fim. Custou a compreender a muitos cidadãos eleitores e, perdoem-me os outros, os não eleitores, não os tomar em consideração nestas cogitações mas como não votaram, não contam para estas contas, mas como dizia custou a compreender que a maioria dos deputados é que determina quem forma Governo e, quiseram os eleitores dar um sinal diferente. Sinal que os partidos, digamos, da esquerda souberam interpretar e arriaram do poder, digo eu, a direita revanchista que se preparava para continuar empobrecer o país e a generalidade dos portugueses.
A incompreensão genuína foi, e ainda é, conscientemente alimentada pelos acólitos e apaniguados da coligação de direita aos quais a comunicação social continua a dar ampla cobertura. Talvez porque, a comunicação social, necessite de manter a mentira que tão bem promoveu e alimentou ao longo dos anos reduzindo o ato eleitoral para a Assembleia da República a uma suposta eleição do primeiro-ministro.
Foto - Madalena Pires |
O azedume espera-se, vai passar com o tempo e com chá de cidreira. O tempo tudo cura e o chá não faz mal a ninguém, ajuda nas digestões difíceis e diminui a acidez.
Ponta Delgada, 28 de Fevereiro de 2016
Aníbal C. Pires, In Jornal Diário e Azores Digital, 29 de Fevereiro de 2016
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