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Li, por estes dias, a última obra de ficção de Henrique Levy “Vinte e sete cartas de Artemísia”. Para além de outras apreciações que possa vir fazer, há uma que não posso deixar de partilhar já, este romance é, de toda a obra publicada pelo autor, a que mais me tocou. Estes são os mais sublimes e poéticos textos que, em minha opinião, o Henrique já publicou.
Tratando-se de ficção pode-se perguntar: Então e onde fica a tal afirmação (…) a poesia é, direi eu, o seu território literário (…)!? E eu direi que as “Vinte sete cartas de Artemísia” têm uma dimensão poética que em nada abala o que afirmei, o território literário do Henrique Levy é, continua a ser: a poesia.
As “Vinte sete cartas de Artemísia” são, no seu conjunto, o mais belo poema construído pelo Henrique Levy.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 6 de janeiro de 2023
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