foto de Aníbal C. Pires |
A pergunta foi feita por uma jovem aluna que assistia ao debate, por sinal com uma participação que excedeu a minha expetativa pois, tratava-se de ocupar o serão (ou parte dele) a discutir e refletir sobre a educação, a escola, os alunos, os pais e encarregados de educação, as autarquias, os docentes e não docentes, e todos os que o desejassem, pois, a entrada era livre, como livres foram as diferentes opiniões manifestadas pelos participantes.
A minha expetativa excedeu-se, pois, o tema sendo do interesse de todos é, porém, complexo e as soluções não se prescrevem como uma receita médica, ou seja, corre-se sempre o risco de sair destas iniciativas com um sentimento perda de tempo, mas sobretudo de impotência na procura de respostas para a resolução dos diversos problemas, por vezes conflituais, que as comunidades educativas têm como preocupações.
Cheguei atrasado, como se isso fosse uma novidade dirão alguns dos presentes no debate, mas a tempo de ouvir as intervenções de abertura que estiveram a cargo da Presidente da Associação de Estudantes, de uma professora da escola e de uma representante da organização promotora do debate.
A minha participação, estava mais ou menos estruturada mentalmente, tinha como objetivo provocar consciências e promover alguma reflexão crítica. Assim fiz, ainda que não tivesse tido grande retorno face a preocupações mais pragmáticas e legítimas da audiência e que urgem por respostas no imediato.
Depois! Bem, depois a Raquel pediu a palavra para perguntar: - Como podemos ter sucesso educativo e ser felizes?
Não vou tentar qualquer abordagem na procura de uma resposta para a Raquel, conquanto, o tenha feito, quiçá de forma atabalhoada, durante o debate. Mas sempre direi que a pergunta revela uma inquietação que deve (deveria) preocupar, desde logo, os pais e encarregados de educação, mas também os professores, a administração educativa, e os teóricos das ciências da educação.
Pode inferir-se da pergunta da Raquel que nem sempre o sucesso (não só o educativo) se enlaça com a felicidade, ou seja, os bons resultados não garantem, de per si, que sejamos felizes.
Obrigado Raquel!
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 9 de novembro de 2023
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