segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

pelos 52 anos da morte de Amílcar Cabral - não foi o fim

Passam hoje 52 anos sobre a morte de Amílcar Cabral. O "momentos" assinala esta data prestando assim tributo ao líder que conduziu a luta armada, para a qual foi empurrado, pela independência da Guiné e Cabo Verde (quem fecha as portas à revolução pacífica abre as portas à revolução violenta).

Os caminhos do pós-independência foram diversos para estes dois países para os quais Amílcar sonhava paz, prosperidade, justiça social e económica. 

Os herdeiros políticos de Amílcar Cabral destruíram, quer em Cabo Verde, quer na Guiné-Bissau, o seu projeto político e defraudam a cada dia o sonho e a utopia que mobilizou aqueles povos para se libertarem do colonialismo português e construírem um futuro de paz e prosperidade.

"Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios."

Amílcar Cabral


Por estes dias, no âmbito de uma pesquisa sobre Amílcar Cabral visionei um vídeo sobre as mulheres na luta pela independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau de onde extraí duas frases, proferidas por mulheres, que dizem bem da dimensão do homem e da sua obra. O contexto era a morte de Amílcar Cabral, passo a citar:

“(…) isto chegou ao fim, mas depois vimos que não era o fim. É aí que reside o valor de Cabral: projetar-se para além da sua morte (…)”. Zezinha Chantre.

“(…) perdemos um grande homem, mas ele soube transmitir-nos a sua força de tal forma que a nossa luta redobrou de intensidade e chegamos à independência sem a sua presença, mas com ele no coração. (…), Amélia Araújo.


Sem comentários: