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imagem retirada da internet |
Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.
(...) Fora da bolha euro-atlântica, o mundo já começou a reagir. Em África, especialmente no Sahel e entre os países da CEDEAO, assistimos a um levantamento contra o neocolonialismo e as elites locais aliadas às antigas potências coloniais. Em alguns casos foram Golpes de Estado? Talvez. Mas também sinais claros de que uma nova geração rejeita o papel de marioneta num teatro montado em Paris, Londres ou Washington.
Na América Latina, o mapa político mudou. México, Colômbia, Venezuela e Brasil estão a afirmar soberania e a questionar décadas de submissão ao Fundo Monetário Internacional e aos interesses estado-unidenses, não são mais o quintal do seu vizinho do Norte. O Sul Global está a criar as suas próprias alianças, os seus próprios fóruns, a sua própria linguagem política, e veja-se o despropósito, não está à espera da aprovação de ninguém.
Mas talvez o exemplo mais gritante da falência moral do Ocidente seja a Palestina. O que está a acontecer em Gaza é um genocídio transmitido em direto. E mesmo assim, os líderes ocidentais hesitam, relativizam, justificam. O direito internacional, que durante décadas foi brandido como argumento de superioridade civilizacional, tornou-se irrelevante quando os aliados do Ocidente o pisam com as botas cardadas do sionismo. A hipocrisia é total. A humanidade, ausentou-se e os direitos humanos suspenderam-se. (...)
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