A presença de cidadãos de diversas origens e culturas na nossa Região não é um dado novo. Os Açores, à semelhança do território continental, desde sempre acolheu e acolhe o contributo para a sua diversidade, riqueza e desenvolvimento trazido por todos os que, pelas mais diversas razões, procuraram o nosso arquipélago.
A consciência e o reconhecimento da multiculturalidade da sociedade açoriana contemporânea não será nova mas, nas últimas décadas ganhou uma outra dimensão. Grandeza que hoje se processa a uma escala muito superior, abrindo novas oportunidades de desenvolvimento e progresso, mas também a necessidade de passar de uma atitude estática de aceitação e tolerância, associada ao conceito de multiculturalidade, para um patamar dinâmico de promoção da interculturalidade Assumindo, assim, o pluralismo cultural como um diálogo positivo, entre identidades e culturas em transformação mútua. A promoção da interculturalidade favorece a capacidade de lançar pontes e aprender a viver com os outros num mundo mais tolerante, que é de todos.
Na realidade, os açorianos dispersos pelas suas nove ilhas e por todos os continentes, não são um monólito cultural. Muito pelo contrário, a identidade cultural açoriana é composta pela diversidade dos matizes e linguagens que o seu povo adquiriu nas longas viagens da sua diáspora e que acolheu e absorveu dos muitos povos que vieram para as nossas ilhas.
Nenhuma sociedade é viável sem assumir a sua complexidade e a identidade (pessoal, social) de forma múltipla, partilhada e em constante metamorfose. Por outro lado, é essencial que difunda o reconhecimento da diversidade, interdependência e interacção de pessoas e de culturas como uma condição da sua própria evolução social e da sua sustentabilidade enquanto sociedade moderna e cosmopolita.
O reconhecimento da diversidade e a valorização da interculturalidade entendida como diálogo positivo entre identidades e culturas é uma característica intrínseca da própria identidade açoriana que deve ser defendida e estimulada, especialmente entre as gerações mais jovens.
Com base nestes pressupostos, ao que julgo, compreendidos e aceites pela generalidade dos cidadãos importa dar corpo à promoção da Educação Intercultural, desde logo na Escola, ela próprias um “caldo” de culturas mas que continua a veicular uma matriz cultural hegemónica que, já não sendo puramente etnocêntrica, é, não bastas vezes, imposta por estereótipos culturais resultantes da importação globalizada de padrões de cultura que pouco têm a ver com a realidade social e cultural da nossa sociedade.
Assim, faz todo o sentido que a Escola, enquanto instituição fundamental na transmissão e promoção de saberes, competências e valores, encontre também os necessários espaços dedicados à compreensão da realidade multicultural do mundo em que vivemos mas, sobretudo, à promoção do diálogo e compreensão interculturais.
A consciência e o reconhecimento da multiculturalidade da sociedade açoriana contemporânea não será nova mas, nas últimas décadas ganhou uma outra dimensão. Grandeza que hoje se processa a uma escala muito superior, abrindo novas oportunidades de desenvolvimento e progresso, mas também a necessidade de passar de uma atitude estática de aceitação e tolerância, associada ao conceito de multiculturalidade, para um patamar dinâmico de promoção da interculturalidade Assumindo, assim, o pluralismo cultural como um diálogo positivo, entre identidades e culturas em transformação mútua. A promoção da interculturalidade favorece a capacidade de lançar pontes e aprender a viver com os outros num mundo mais tolerante, que é de todos.
Na realidade, os açorianos dispersos pelas suas nove ilhas e por todos os continentes, não são um monólito cultural. Muito pelo contrário, a identidade cultural açoriana é composta pela diversidade dos matizes e linguagens que o seu povo adquiriu nas longas viagens da sua diáspora e que acolheu e absorveu dos muitos povos que vieram para as nossas ilhas.
Nenhuma sociedade é viável sem assumir a sua complexidade e a identidade (pessoal, social) de forma múltipla, partilhada e em constante metamorfose. Por outro lado, é essencial que difunda o reconhecimento da diversidade, interdependência e interacção de pessoas e de culturas como uma condição da sua própria evolução social e da sua sustentabilidade enquanto sociedade moderna e cosmopolita.
O reconhecimento da diversidade e a valorização da interculturalidade entendida como diálogo positivo entre identidades e culturas é uma característica intrínseca da própria identidade açoriana que deve ser defendida e estimulada, especialmente entre as gerações mais jovens.
Com base nestes pressupostos, ao que julgo, compreendidos e aceites pela generalidade dos cidadãos importa dar corpo à promoção da Educação Intercultural, desde logo na Escola, ela próprias um “caldo” de culturas mas que continua a veicular uma matriz cultural hegemónica que, já não sendo puramente etnocêntrica, é, não bastas vezes, imposta por estereótipos culturais resultantes da importação globalizada de padrões de cultura que pouco têm a ver com a realidade social e cultural da nossa sociedade.
Assim, faz todo o sentido que a Escola, enquanto instituição fundamental na transmissão e promoção de saberes, competências e valores, encontre também os necessários espaços dedicados à compreensão da realidade multicultural do mundo em que vivemos mas, sobretudo, à promoção do diálogo e compreensão interculturais.
Aníbal C. Pires, IN Expresso das Nove, 05 de Junho de 2009
1 comentário:
A cultura tem um impacto muito forte naquilo que somos. Compreender a diversidade cultural é fundamental para que possamos compreender e reflectir sobre a realidade, sobre o que somos, sobre o que são os outros e sobre a forma como cada um pensa.
A diversidade étnica e cultural da sociedade reflecte-se nas escolas. Há que saber respeitar não só essas diversidades, como também as linguísticas, promovendo a autoconfiança e a auto-estima, impulsionando interacções livres de preconceitos e moldadas de forma a gerarem entendimento e cooperação entre todos. É importante, por isso, reflectir sobre os estereótipos e preconceitos etnoculturais.
“A primeira tarefa do educador é ensinar a ver. Os olhos têm de ser educados.
A educação divide-se em duas partes: a educação das habilidades e a educação das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.” Rubem Alves
Um abraço.
margarida
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