Julgo ser legítimo manifestar a minha estranheza para tantas coincidências, as que descrevi e as que ainda não descrevi, que colocam o Grupo SATA, os interesses dos Açores, debaixo de um cerrado ataque, ofensiva que, me parece óbvia quanto ao método e aos objetivos que pretende atingir. Podemos esperar pelas cenas dos próximos episódios ou, pelo contrário, questionar. Foi o que fiz e faço.
Mas tenho mais questões. Em que consiste a repetidamente anunciada reestruturação da SATA, alguém conhece sequer os seus contornos, Eu não, e não me parece que a generalidade dos cidadãos, alguns dos quadros superiores e, os restantes trabalhadores da SATA conheçam uma linha, uma linha que seja, dos contornos de tal reestruturação.
Com o encerramento da Base da Funchal, com o fim da ligação Funchal/Porto Santo, com o eventual encerramento da Base de Lisboa, com a necessidade de renovação da frota de longo curso, com a apresentação do Relatório de Contas de 2013, com a entrada da Windavia no mercado dos charters, mercado que também é (era) da SATA, digamos que a reestruturação está quase completa, digo eu. Basta ao Governo Regional continuar a deixar que tudo isto aconteça para ter, sem custos políticos e outros, a anunciada e desconhecida reestruturação completa e, o Grupo SATA reduzido, em versão minimalista, à expressão regional.
Para terminar esta publicação que, para blogue, já vai demasiado longa apenas mais alguns dados e uma ou outra dúvida, as dúvidas são minhas, não para a maioria dos leitores.
A Aero Vip vai, a partir de 1 de Janeiro de 2014, assegurar as ligações entre o Funchal e o Porto Santo. Dizem-me que a SATA perderia umas centenas de milhares de euros durante os cinco meses de duração deste “convite”, sim foi por convite, não houve concurso. E eu não tenho dúvidas, é verdade, a SATA perderia algumas centenas de milhares de euros se tivesse aceitado o convite do Governo da República. Mas, há sempre um mas, ou mesmo mais, qual é o prejuízo da SATA ao ter o avião imobilizado na placa de estacionamento em Ponta Delgada, pergunto eu. Porque não se rentabilizou, em devido tempo, aquela ligação de serviço público com a utilização de outra aeronave que efetuasse outras rotas, para o Sul da Macaronésia, ou para o Norte continental, ou ainda para o Leste norte africano, pergunto eu. Estamos a falar da frota dos Dash, é claro e da estrutura orgânica da SATA no Funchal.
Este assunto não vai morrer por aqui, voltarei de novo e, sobretudo irei, como é meu dever, acompanhar a sua evolução.
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