quarta-feira, 4 de outubro de 2017

… das autárquicas

Foto by Madalena Pires
Alguns analistas políticos e comentadores da nossa e de outras praças têm-se dedicado a lamber, ou se preferirem a adular, as personalidades vencedoras nas últimas autárquicas, como se as mesmas personalidades, no mesmo contexto, mas candidatando-se por forças políticas de menor expressão eleitoral conseguissem obter vitórias eleitorais.
Pode até encontrar-se um ou outra exceção, pode até argumentar-se com as candidaturas de cidadãos eleitores, em que as personalidades se sobrepõem aos partidos ou coligações, como o paradigma de Oeiras, mas essas são as exceções.
Não significa, esta minha opinião, que o cunho pessoal dos candidatos vencedores não tenha acrescentado valor eleitoral à candidatura que protagonizaram, mas não tenham ilusões, minhas senhoras e meus senhores, quem ganhou foi o partido ou coligação que os propôs, outro que fosse e algumas dessas vitórias teriam sido derrotas. Derrotas que, atente-se bem, não seriam derrotas pessoais. As vitórias e as derrotas eleitorais são de quem as apoia e não de quem as protagoniza.
Não se iludam os vencedores e não se martirizem os perdedores.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 04 de Outubro de 2017

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