segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sem prevenção não há remedeio que nos valha

Imagem retirada da internet
Incrédulo, triste, desapontado, revoltado, indignado. Estamos em Outubro e o país, o nosso país, está a arder. 
Não sei se foi o pior dia do ano, sei que não devia acontecer, nem este nem outro dia de incêndios, melhor ou pior que o dia 15 de Outubro. Nem isso interessa, não é relevante. Não podia, não devia acontecer. Não pode voltar a acontecer.
As condições meteorológicas são adversas, sem dúvida. Estamos num ano de seca, certamente, mas a dimensão dos incêndios não se deve apenas e só a esses fatores.
A prevenção, a vigilância e o ordenamento do território são determinante para evitar outros  infernos como o deste dia de Outono, são determinantes para que a dimensão catastrófica dos incêndios florestais seja reduzida. Se isto for feito evitam-se muitos incêndios e o seu combate será muito mais eficaz, os custos reduzidos. Nunca o dito popular “mais vale prevenir do que remediar” fez tanto sentido.

imagem retirada da internet
Não se pode deixar tudo na mesma. 
Já basta de tanta morte, já basta de tanto sofrimento, já basta de tanta imagem terceiro mundista, já basta de SIRESP.
Já basta.
Já basta e não é aceitável que durante os próximos meses não se tomem as medidas necessárias para que o país não seja consumido pelas chamas da incúria, da inércia e da satisfação dos interesses do mercado, porque também é disso que se trata.
Revoltem-se porra.


Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 16 de outubro de 2017

1 comentário:

Maria Margarida Silva disse...

Sem dúvida que, para além das condições atmosféricas adversas, há uma grande incúria, por parte das entidades governamentais. Direi, mesmo, sem qualquer pudor, que essa inércia, essa irresponsabilidade, aquele "deixar andar" e os grandes interesses económicos que estão por detrás desta horrível tragédia são os verdadeiros culpados.
Há mão criminosa? Também! Mas, voltamos aos interesses e aos outros factores referidos em cima.
Todos os anos, há incêndios e cada vez mais com dimensões catastróficas.
Que se fez para isso? NADA!
As mortes continuam a crescer!
O que vai acontecer às pessoas desalojadas? Aos que vão ficar sem emprego?
As ajudas que chegarem serão encaminhadas para os sítios certos, a tempo e horas? Ou a situação de Pedrógão repetir-se-á?
É muito cómodo e fácil assistir, de camarote, a toda esta tragédia!
Prevenção é mais que cuidado! É agir!
É preciso dizer "BASTA" a tanta incompetência! BASTA à corrupção que continua a germinar (e de que maneira!) no nosso país.
Não chega dizer que há que criar um novo plano de (re)florestação. O que é preciso, sim, é exigir que o mesmo seja feito URGENTEMENTE, com regras bem claras e definidas e subsequente vigilância. Não devemos, nem podemos aceitar a submissão desonrosa que nos pretendem impingir!
Dizer não, NÃO BASTA!
Um abraço
Margarida