Ana Amélia (do arquivo pessoal) |
As novas edições de Philip Roth, de quem somos fiéis leitores, mas também a edição de “Isso Não Pode Acontecer Aqui” de Sinclair Lewis escrito em 1935, já depois da atribuição do Nobel da Literatura (1930) e sobre o qual Vamberto Freitas escreveu em 2014, muito antes da sua edição em Portugal e sobre o qual a editora fez tábua rasa.
Também conversámos sobre os incêndios que flagelaram o nosso país e das alterações climáticas. Nos próximos dias é esperado um inusual, para a época, aumento da temperatura do ar no continente.
E, já para o fim da conversa divergimos para algumas questões, diria, acessórias a que só me refiro porque terminaram com uma gargalhada que quero partilhar convosco, se é que o riso se vai soltar quando chegarem ao fim do penúltimo parágrafo. As reações, como sabemos, são diversas perante a mesma situação. Convosco não tenho mesma cumplicidade que naturalmente tenho com os meus 3 filhos, e como não sou, nem tenho pretensões de vir a ser um humorista, é bem possível que não achem piada nenhuma e nem sequer um sorriso lhes aflore aos lábios.
Sabes, dizia eu à Ana Amélia, a Madonna disse, através do Instagram, que a vida dela em Lisboa estava a ser como a de uma freira, sabendo-se que a realidade é bem diversa da que anunciou naquela rede social.
Mas isto apenas serviu de mote para eu lhe dizer que com tantas estrelas em Lisboa já nem me apetece ir até à capital e muito menos pensar em mudar-me para lá. Ao que ela respondeu, Pois é pai, depois cruzas-te com o Éric Cantona, na Lapa, com a Monica Bellucci, no Castelo, com o Michael Fassbender, em Alfama e com a Madonna em todo o lado, like a virgin, o que pode ser uma chatice.
E terminámos a conversa tendo eu ficado a pensar que outros nomes mediatizados pelo cinema, ou outras artes, têm escolhido a capital portuguesa para viver como, de entre outros, John Malkovich que desta nova vaga, de estrelas, terá sido o pioneiro.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 22 de Outubro de 2017
4 comentários:
Aníbal, gostei muito deste teu texto, por diversos motivos, e que perceberás, ao leres o resto do meu comentário que vale o que vale. Obrigada, desde já, pela partilha.
Linda, esta cumplicidade com os teus filhos (neste caso específico, a tua mais velha)! É bom! É salutar e enriquece-nos a alma podermos trocar ideias, opiniões, falarmos de temas que são tão importantes e pertinentes para nós, cidadãos, e para o nosso País que anda a ser tão maltratado. Culpa de quem? Não é que seja urgente apontar o dedo a alguém, mas a verdade é que andamos todos às voltas, enquanto atiram a bola para o lado errado (propositadamente, para que não a apanhemos). Continuam a abafar os "tubarões", insistindo em tapar o sol com a peneira!
O importante não tem sido tomar medidas para que situações trágicas como estes fogos deixem de acontecer. NÃO! Importante, sim, é apregoar aos sete ventos que Lisboa está na moda e que todos essas figuras mediáticas escolhem este paraíso à beira-mar plantado, para comprarem casa e por lá viverem, algumas temporadas. A memória de alguns é muito curta e esquecem-se de que uma das razões deste descalabro tem a ver com medidas descabidas, direi mesmo, fruto duma grande ignorância, tomadas por (des)governantes. Triste! Lamentável! Principalmente, REVOLTANTE!
Deliciei-me com o sentido de humor da tua filhota! Ah! Já agora, concordo em absoluto convosco. Não arrisques muito em idas a Lisboa, pois podes ter encontros do 3º grau e isso iria ser embaraçoso... :)
Um abraço.
Margarida
Olá Margarida,
Eu é que me sinto agradecido e honrado pelos teus comentários que VALEM MUITO.
Não só enriquecem a publicação original, mas também me dão alento para continuar a partilhar estes e outros momentos.
Beijinhos
Texto magnifico.... conheço muito bem a Ana Amélia e o texto é delicioso, porque acho que consigo ouvir a voz dela e uma gargalhada muito especial que ela tem. Ana Nascimento
Olá Ana
Obrigado pelo comentário.
Aníbal C. Pires
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