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O bloqueio mediático imposto pela União Europeia aos seus cidadãos está a romper-se. A comunicação social portuguesa já não consegue seguir o guião. Não por vontade própria, mas porque há por aí alguns jornalistas que conseguem furar o bloqueio e as redes sociais têm dado uma ajuda preciosa a quem procura outras narrativas sobre a guerra na Ucrânia. Embora não me esteja a referir ao jornalista Pedro Mourinho, não posso deixar de registar a forma como repôs a verdade sobre um ataque russo a Kiev.
Por outro lado a ilegalização dos partidos ucranianos, com exceção dos que apoiam o presidente Zelensky, e a televisão única no espaço ucraniano não contribuiu para o estado de graça do governo ucraniano.
Os relatos e as imagens circulam há muito por aí. Vou continuar, por decência, a não as reproduzir nas minhas redes sociais. E não o faço por ter algum receio de ser insultado, não o faço por uma questão de princípio e, porque, mais tarde ou mais cedo acabarão por passar nas televisões nacionais.
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Sei que vou “esperar sentado” pelos pedidos de desculpa, pelas correções dos jornalistas que de forma acrítica e unilateral noticiam a guerra na Ucrânia e, pela forma como trataram alguns comentadores convidados. Dos comentadores residentes e analistas não espero nada, pois nada esperava deles a não ser a cassete a que nos têm habituado. Basta lembrar as justificações para a invasão do Iraque, qualquer cidadão informado sabia que a existência de armas de destruição massiva era uma falácia, mas os serventuários do mundo unilateral contaram, como agora, com a falta de informação e, sobretudo, conhecimento da generalidade da população para impor o seu discurso de ódio e promover a escalada da guerra e a corrida armamentista dos países europeus, a mando da NATO.
Começa a perceber-se que não se podia, nem devia, olhar para o conflito como um evento que teve o seu início a 24 de fevereiro e isso nota-se com o gradual arriar das bandeiras azuis e amarelas dos perfis nas redes sociais. Tudo é mais complexo do que a visão redutora e simplista dos “bons e dos maus”.
Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 23 de março de 2022
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