terça-feira, 29 de outubro de 2024

das revoluções

Thomas Fischer por Luís Monte

Excerto de texto para publicação na imprensa regional (Diário Insular) e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.







(...) Os jovens da geração do Thomas viveram o tempo das grandes utopias, mas também de grandes realizações e de alterações sociais e políticas que os moldaram e mobilizaram.

Os acontecimentos, preocupações e modos de vida dos jovens no final dos 60 e princípio dos 70. Woodstock, a revolução sexual, o governo de unidade popular no Chile, mas também o seu trágico fim, a guerra do Vietname, a revolução cubana, alguma desilusão, criada artificialmente, com os percursos nos países socialistas do Leste, a revolução de Abril em Portugal e o fascínio que exerceu sobre muitos jovens e menos jovens cidadãos europeus, mas também da América do Sul e do Norte, e de outros territórios mais longínquos. 

As caraterísticas da Revolução de Abril e as transformações ocorridas no período revolucionário, atraíram ao nosso país muitos jovens, mulheres e homens, das mais diversas proveniências geográficas e com objetivos diversos. Cada um à sua maneira queria sentir o pulsar de um inusitado golpe de estado militar que ao invés de instaurar uma ditadura acabou com uma e instaurou um regime democrático.

As transformações sociais e económicas da Revolução de Abril atraíram muitas centenas, quiçá milhares de jovens ligados às lutas políticas e sociais nos seus países de origem. A reforma agrária, a democracia popular e o autogoverno mobilizaram esses jovens, que não vieram só para sentir, mas para participar ativamente, uns com a genuína atitude de se integrarem no processo revolucionário, outros nem tanto. Mas esse é um outro assunto. (...)


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