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imagem retirada da internet |
(…) calaram as tuas mãos
não apagaram a tua arte
nas tuas telas respira a Palestina
das oliveiras
dos rostos
das crianças
da memória (…)
não apagaram a tua arte
nas tuas telas respira a Palestina
das oliveiras
dos rostos
das crianças
da memória (…)
Aníbal C. Pires
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Heba Zagout pintava com as cores da terra e do exílio, como quem bordava na tela a memória coletiva de um povo. Cada traço era resistência, cada figura uma afirmação de existência contra o apagamento. Na sua arte cabiam as oliveiras, as mulheres, as casas teimosamente reerguidas sob as ruínas.
No dia 13 de outubro de 2023, as bombas genocidas da ocupação sionista calaram-lhe as mãos, mas não o seu legado. As suas telas sobrevivem como gritos silenciosos, como faróis no meio das trevas, lembrando que a Palestina não é só dor, mas também beleza e vida perseverante.
A sua morte não é apenas ausência é, sobretudo, presença transformada em luz. Heba permanece no gesto de cada criança que desenha o céu sobre Gaza, na voz de cada mulher que resiste, no sopro de cada artista que ousa criar sob o jugo colonial sionista e dos seus cúmplices.
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