|
Foto by Aníbal C. Pires |
Na sua edição do passado dia 3 de Agosto o Diário dos Açores publicou uma matéria em que referenciava um estudo feito por um grupo de pilotos da SATA Air Açores e que merece alguma atenção, o estudo certamente, mas também a forma como a matéria foi tratada.
Quanto ao estudo, direi apenas que era mais abrangente quer quanto à utilização de aeronaves, bem assim como à possibilidade de alargamento da operação. Mas isso não me cabe a mim esclarecer.
O estudo referenciado tem, digamos, mais uns anos do que os dois que foram referenciados na matéria do Diário dos Açores.
Mas o aspeto mais relevante e que
carece, ou carecia, de algum esclarecimento pelo autor da matéria publicada no Diário dos Açores é um juízo que afirma:
“(…) Estas rotas seriam operadas pelos pilotos da Sata Air Açores, que teriam seguramente uma maior pontualidade e menor taxas de cancelamento, como aconteceu com a rota PDL / Funchal / PDL, devido à elevada experiência e conhecimento dos aeroportos dos Açores por estes pilotos. (…)”.
|
Foto by Aníbal C. Pires |
Nenhum, mas mesmo nenhum, piloto da SATA Air Açores sustentaria a proposta, desta operação ser feita pela SATA Air Açores, com um argumento destes. E não por se tratar de uma questão corporativa, mas tão-somente pelo facto de que as performances das aeronaves é que determinam se há ou não cancelamentos, ou outras questões de ordem operacional que sejam determinadas pela performance da aeronave e com a infraestrura aeroportuária que por sua vez se relacionam diretamente com as condições meteorológicas a dado momento (vento, rajada, direção do vento, temperatura, chuva, pista molhada, ou com neve, etc. etc.). Ou seja, qualquer piloto qualificado e com as certificações adequadas opera com uma aeronave em qualquer parte do Mundo, em qualquer aeroporto, desde que a aeronave e a infraestrutura aeroportuária tenham as condições adequadas e a meteorologia o permita.
|
Foto by Madalena Pires |
Aliás o exemplo da ligação PDL/Funchal/PDL é redutor e falacioso, ou terá o autor da matéria esquecido a SATA Internacional operou muitos anos no Funchal e que, neste caso, apenas um aeroporto da Região é utilizado (PDL). Por outro lado, e este aspeto sim, seria problemático,
os voos que ligam PDL ao Funchal e às Canárias, são operados com equipamentos e tripulações da SATA Air Açores, mas os voos têm o código da Azores Airlines/Sata Internacional. E isto não acontece por acaso. A Internacional voa fora da Região e a Açores voo interilhas. A operação é feita, e bem, por equipamentos e tripulações da SATA Air Açores por acordo das partes. É só isso.
Esta clarificação que devia ser assumida pelo Diário dos Açores parece-me importante pois, a forma e o conteúdo da matéria jornalística no que diz respeito a este aspeto vem provocar (ou pode provocar) uma clivagem entre os pilotos das duas transportadoras. E tenho cá para mim que esse não seria bem o objetivo do autor da matéria.
Dividir para reinar só serve o interesse do Governo Regional e de qualquer administração do Grupo SATA.
Sem comentários:
Enviar um comentário