quarta-feira, 16 de abril de 2025

da obra de Dias de Melo


Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.


(...) Dos títulos publicados destacam-se os livros que integram o que J. H. Santos Barros, em 1977, numa recensão a Mar Pela Proa, designou: O Ciclo da Baleia, - Mar Rubro, 1958; Pedras Negras, 1964, e Mar Pela Proa, 1976; mas que Dias de Melo considerava, para que o ciclo se completasse, se lhe deveriam juntar Toadas do Mar e da Terra, poesia e o seu primeiro livro, bem assim como o trabalho futuro que já tinha planeado e que veio a ser concretizado na obra Na Memória das Gentes, como nos dá conta Urbano Bettencourt num dos vários ensaios que publicou sobre Dias de Melo. Independentemente do debate em torno dessa questão, importa referenciar que a obra de Dias de Melo é muito mais vasta do que os títulos já referidos, embora, tenham sido os livros do chamado O Ciclo da Baleia que lhe deram projeção nacional e internacional. Pedras Negras foi traduzido para inglês e japonês e teve, à semelhança de Mar Pela Proa 4 edições, tendo as crónicas romanceadas Mar Rubro, Baleeiros do Pico, 3 edições. A Imprensa Nacional, reuniu, numa edição de 2024, coordenada por Luís Fagundes Duarte, os três títulos de O Ciclo da Baleia e sobre a qual, na nota editorial o coordenador desta edição diz:  “(…) Pretende-se com esta edição conjunta, em boa hora assumida pela Imprensa Nacional, resgatar Dias de Melo da etiqueta simpática mas redutora de «escritor açoriano» - que o é por natureza e essência -, o inscrever no vasto cânone da literatura portuguesa a que, com as suas caraterísticas próprias, resultantes das circunstâncias em que viveu e escreveu deve pertencer.” (…).

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