do que resta
felicidade e prosperidade
palavras volúveis
ecos na penumbra do quotidiano
extintos com o brilho dos fogos de artifício
palavras volúveis
ecos na penumbra do quotidiano
extintos com o brilho dos fogos de artifício
restam os gestos
ao fim da tarde
o pão partilhado
as palavras livres
as mãos que afagam
cumplicidades
resta a luz que alimenta
a esperança
o olhar que anima
não pede desculpa
não diz obrigado
nem cansa
resta a esperança
a renascer dia após dia
na perene luta
pela humanidade
perdida na Palestina
dos silêncios cúmplices
Ponta Delgada, 6 de janeiro de 2025
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