Excerto de texto para publicação no Diário Insular e, como é habitual, também aqui no blogue momentos.
(...) O caso da privatização da ANA insere-se numa lógica mais vasta de entrega de setores estratégicos ao mercado, cujas consequências vão muito além das infraestruturas aeroportuárias. O apagão de 28 de abril é um exemplo alarmante das fragilidades criadas pela desregulação e pela perda de controlo público sobre setores estratégicos como seja o da energia.
O apagão que se verificou no passado dia 28 de abril é uma prova indiscutível de que setores como o da energia não são compagináveis com o mercado, os interesse e a gestão privada. A ligação à rede elétrica europeia e a dependência de terceiros, quando o país tem capacidade instalada para garantir a soberania na produção de energia elétrica é incompreensível e deixa a descoberto os erros da privatização dos setores estratégicos como sejam, por exemplo os transportes aéreos, rodoviários, ferroviários e marítimos, ou ainda, sem que aqui se esgotem os exemplos, a distribuição postal, isto é, os CTT. Privatizações que importa impedir (TAP e SATA) ou reverter como seja a própria ANA e o já aludido serviço de distribuição postal. (...)
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