João Duque, o Professor do ISEG que o ministro Relvas nomeou para coordenar o Grupo de Trabalho para a definição do conceito e serviço público de comunicação social, Grupo de Trabalho que pariu aquele chorrilho de asneiras que se assemelham a um vómito neoliberal do invertebrado José Manuel Fernandes, o Professor João Duque, dizia eu, declinou o convite para ser ouvido pela Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho (CAPAT).
Isto depois de várias tentativas de conciliação de datas entre o Presidente da CAPAT, o deputado Hernâni Jorge, e o Coordenador e, como tal primeiro responsável pelo tal “vómito”. Tentativas frustradas como se veio recentemente a comprovar quando João Duque resolveu, finalmente, declinar o convite tendo como base a sua ignorância sobre o assunto, ou seja, segundo as suas próprias palavras em ofício enviado à CAPAT, da qual sou membro. Diz então o Professor João Duque:
(...) Salvo melhor opinião, entendo que a prestação de declarações ou esclarecimentos enquanto primeiro subscritor e ex-coordenador do referido Grupo de Trabalho não terá o mérito de esclarecer sobre quaisquer questões substantivas ou materiais no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho dado que, como é publicamente conhecido, a minha maior intervenção neste Grupo de Trabalho se processou apenas pela sua coordenação administrativa e pela vertente económica que alguns dos temas envolvem. (...)Diz ainda o solidário ex-coordenador depois de ter sacudido a água do capote:
(...) parece-me que a Comissão Parlamentar (...) ficaria melhor esclarecida sobre qualquer tema ou assunto relativo ao Grupo de Trabalho para a definição do conceito e serviço público de comunicação social se procedesse à audição de outras individualidades com reconhecido mérito científico na área da comunicação social e também componentes do Grupo de Trabalho que, ao contrário de mim, com formação exclusiva na área económica, têm formação científica específica na área. (...)
Julgo que isto diz alguma coisa sobre a personalidade de João Duque, por outro lado e no que me diz respeito enquanto Deputado membro da CAPAT dispenso os conselhos deste “testa de ferro” do ministro Relvas. Votei favoravelmente a audição de João Duque e voltaria a fazê-lo e, se entendesse que depois de o ouvir sobravam dúvidas, certamente, proporia a audição dos tais “especialistas” que João Duque aconselha na missiva que enviou à Comissão.
Apesar de confessar a sua ignorância sobre o assunto João Duque não se coibiu de tecer considerações e comentário sobre o “vómito”, como se pode comprovar aqui, aqui e aqui e em muitos outros registos.
E assim vai este país e esta democracia!
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