O ano de 2012 vai ser marcado com a “democratização da economia portuguesa”, isto a fazer fé no que disse Passos Coelho ao interpretar o papel de Presidente do Conselho na sua comunicação aos portugueses por altura do Natal de 2011.
Sobre os importantes anúncios, feitos por Passos Coelho, dizia-me o meu filho: - Oh pai! Nada vai ser como dantes. A partir de hoje os pais vão falar aos filhos de 2 datas marcantes da vida nacional. Perguntei, então filho quais são essa datas? Prontamente respondeu: - O 25 de Abril de 1974 e o Natal de 2011. Então não tás a ver meu. Os 3 “Dês” do programa do MFA, Democratizar, Descolonizar e Desenvolver. O “D” de Democratizar tinha escrito em letras miudinhas “ D... a economia nacional”. O Passos Coelho conseguiu descodificar o verdadeiro sentido do primeiro “D”. Era isto que faltava fazer para que Portugal pudesse sair, de uma vez por todas, da cauda da Europa.
Não pude deixar de sorrir. A brincar o miúdo acabou por demonstrar um sentido crítico acintoso e que revela preocupação com o nosso futuro próximo. O que está a acontecer no País são transformações profundas. Transformações que não visam cumprir Abril, bem pelo contrário têm como objetivo destruir tudo o que a Revolução de Abril de 1974 trouxe para o bem-estar do povo português. E, sem dúvida, estas transformações irão marcar negativamente a nossa história.
O que significam as palavras de Passos Coelho na sua comunicação ao País!? Privatizar e liberalizar, apenas isto. E isso é bom? Não, aliás como está mais do que comprovado. O povo português ainda não experimentou a receita? Não na sua totalidade mas, outros povos já sofreram e sofrem as agruras da cartilha onde Passos Coelho vai buscar as suas brilhantes ideias, por conseguinte os resultados são conhecidos e não são nada bons, mesmo nada.
Dir-me-ão que a escolha foi do povo português que deu maioria ao PSD e ao CDS/PP e que este governo está a cumprir um mandato que lhe foi conferido por quem mais ordena. Direi que não, direi que este governo e esta maioria perderam legitimidade porque não estão a cumprir os seus programas eleitorais. Programas eleitorais, esses sim, sufragados pelo povo. E não o digo por dizer, digo-o porque me lembro muito bem daquilo que Paulo Portas e Passos Coelho, repetidamente, disseram na campanha eleitoral das legislativas de 2011 e que não vou repetir aqui, mas que está devidamente registado em diversos suportes, designadamente à distância de um clique para quem quiser fazer o exercício e verificar por si próprio até onde vai a perversidade e a mentira. Nada, nem mesmo Sócrates, o mestre, foi tão longe como foram a dupla Portas/Passos Coelho.
O ano de 2012 vai iniciar-se sob o signo da imoralidade e da ilegalidade e, como me disse um amigo na sua mensagem de Ano Novo, só posso esperar e, sobretudo lutar para que 2012 seja considerado inconstitucional. E, se o residente do Palácio de Belém não velar pelo cumprimento da Lei Fundamental, então que seja o Povo a fazê-lo na rua.
Um Ano Novo melhor do que aquilo que nos está anunciado. São os votos que formulo para 2012. Votos que se alicerçam na luta contra a ilegalidade, a imoralidade e a inconstitucionalidade das medidas tomadas e anunciadas para o nosso futuro próximo.
Ponta Delgada, 26 de dezembro de 2011
Sobre os importantes anúncios, feitos por Passos Coelho, dizia-me o meu filho: - Oh pai! Nada vai ser como dantes. A partir de hoje os pais vão falar aos filhos de 2 datas marcantes da vida nacional. Perguntei, então filho quais são essa datas? Prontamente respondeu: - O 25 de Abril de 1974 e o Natal de 2011. Então não tás a ver meu. Os 3 “Dês” do programa do MFA, Democratizar, Descolonizar e Desenvolver. O “D” de Democratizar tinha escrito em letras miudinhas “ D... a economia nacional”. O Passos Coelho conseguiu descodificar o verdadeiro sentido do primeiro “D”. Era isto que faltava fazer para que Portugal pudesse sair, de uma vez por todas, da cauda da Europa.
Não pude deixar de sorrir. A brincar o miúdo acabou por demonstrar um sentido crítico acintoso e que revela preocupação com o nosso futuro próximo. O que está a acontecer no País são transformações profundas. Transformações que não visam cumprir Abril, bem pelo contrário têm como objetivo destruir tudo o que a Revolução de Abril de 1974 trouxe para o bem-estar do povo português. E, sem dúvida, estas transformações irão marcar negativamente a nossa história.
O que significam as palavras de Passos Coelho na sua comunicação ao País!? Privatizar e liberalizar, apenas isto. E isso é bom? Não, aliás como está mais do que comprovado. O povo português ainda não experimentou a receita? Não na sua totalidade mas, outros povos já sofreram e sofrem as agruras da cartilha onde Passos Coelho vai buscar as suas brilhantes ideias, por conseguinte os resultados são conhecidos e não são nada bons, mesmo nada.
Dir-me-ão que a escolha foi do povo português que deu maioria ao PSD e ao CDS/PP e que este governo está a cumprir um mandato que lhe foi conferido por quem mais ordena. Direi que não, direi que este governo e esta maioria perderam legitimidade porque não estão a cumprir os seus programas eleitorais. Programas eleitorais, esses sim, sufragados pelo povo. E não o digo por dizer, digo-o porque me lembro muito bem daquilo que Paulo Portas e Passos Coelho, repetidamente, disseram na campanha eleitoral das legislativas de 2011 e que não vou repetir aqui, mas que está devidamente registado em diversos suportes, designadamente à distância de um clique para quem quiser fazer o exercício e verificar por si próprio até onde vai a perversidade e a mentira. Nada, nem mesmo Sócrates, o mestre, foi tão longe como foram a dupla Portas/Passos Coelho.
O ano de 2012 vai iniciar-se sob o signo da imoralidade e da ilegalidade e, como me disse um amigo na sua mensagem de Ano Novo, só posso esperar e, sobretudo lutar para que 2012 seja considerado inconstitucional. E, se o residente do Palácio de Belém não velar pelo cumprimento da Lei Fundamental, então que seja o Povo a fazê-lo na rua.
Um Ano Novo melhor do que aquilo que nos está anunciado. São os votos que formulo para 2012. Votos que se alicerçam na luta contra a ilegalidade, a imoralidade e a inconstitucionalidade das medidas tomadas e anunciadas para o nosso futuro próximo.
Ponta Delgada, 26 de dezembro de 2011
Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 28 de dezembro de 2011, Angra do Heroísmo
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