quarta-feira, 30 de março de 2011

Pescas - II

A formação no sector das pescas tem de se constituir como um dos pilares estruturantes desta importante actividade económica. Posso até reconhecer que alguns esforços têm sido feitos mas, falta dimensão estrutural a esse empenho do Governo Regional, aliás o empenho é aparente por não ter associada uma estratégia de desenvolvimento e sustentabilidade do sector.
A aposta na formação e valorização dos profissionais da pesca pode contribuir para a empregabilidade de muitos jovens, fornecendo-lhes competências académicas e profissionais específicas num sector que é, a nível mundial, carente de mão-de-obra.
A criação de uma “Escola Profissional das Pescas” é, de há muito uma exigência do PCP Açores pois como se pode comprovar por alguns exemplos, bons exemplos na Região, no País e, muitos e excelentes exemplos por esse Mundo fora, a pesca e os pescadores são reconhecidos socialmente e auferem remunerações condizentes com a sua formação especializada e peculiaridades da sua actividade profissional.
Este não tem sido, para mal dos pescadores e pequenos armadores da Região, o caminho trilhado pelo PS que nos Açores busca, como noutros casos, o mau exemplo do seu Governo na República.
Recentemente, fomos confrontados com a vergonhosa decisão do Governo Regional de fixar o valor da compensação pelos dias de paralisação forçada, do FUNDOPESCA em apenas 250 Euros. Isto não é compensar os pescadores, isto é insultar os pescadores! Ainda para mais num extraordinariamente difícil do ponto de vista das condições climatéricas, como foi o de 2010!
Por outro lado, o Governo Regional rasga assim a expectativa de aproximação do valor do Fundopesca ao salário mínimo assumida, na Assembleia Legislativa da Região Autónomas dos Açores, pelo Subsecretário das Pescas.
Este fundo tem de parar de ser entendido como uma espécie de saco azul arbitrariamente gerido pelo governo regional em função dos seus interesses políticos. Este é dinheiro descontado pelos pescadores! Pertence aos pescadores! O Fundopesca tem de parar de servir para o Governo ir gerindo os descontentamentos e passar a servir para o objectivo que foi criado, ou seja, para compensar a perda de rendimentos dos pescadores.
Não satisfeito ainda com a miséria em que tem lançado a classe piscatória, o PS vem agora através das novas regras do código contributivo, dar mais uma machadada sobre a pesca artesanal e sobre a sobrevivência dos pequenos armadores.
Com estas alterações o PS criou, com o apoio do PSD, mais uma situação de injustiça objectiva, ao não entender o que é realidade sócio económica da maior parte dos pequenos armadores e dá mais um passo na destruição da nossa frota tradicional, que é um pilar essencial da sobrevivência de muitas comunidades ribeirinhas. Demonstra assim, uma cegueira abstrusa no plano económico e uma insensibilidade monstruosa no plano social e humano.
Com estas políticas arruínam-se os pescadores e os pequenos armadores e será escusado virem os indefectíveis apoiantes do PS e do Subsecretário das Pescas dizer que não há alternativa! O caminho pode e deve ser diferente, diferente se considerar com princípios: a manutenção da soberania nacional sobre as nossas águas, o mar territorial e área adjacente com prioridade para a frota regional; uma gestão dos recursos que respeite o acesso colectivo, baseada em aspectos biológicos e com um sistema de co-gestão; a modernização e renovação das frotas, com o abandono dos abates indiscriminados; a formação profissional e a valorização salarial dos pescadores e o incentivo à sua profissionalização, bem como a aplicação generalizada de contratos de trabalho a bordo; a defesa dos direitos adquiridos e obtenção de novos direitos, nos acordos da União Europeia e bilaterais; a efectiva aplicação e fiscalização sobre a margem máxima de lucro para os intermediários; e o reforço de meios financeiros e técnicos para a investigação científica.
Ponta Delgada, 28 de Março de 2011

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 30 de Março de 2011, Angra do Heroísmo

Horta - Na rota dos grandes veleiros

Ficam algumas imagens registadas na Marina da Horta, Faial, Açores, no dia 26 de Março de 2011. Voltarei com mais imagens do mesmo dia e palavras se conseguir que elas, as palavras, respirem e se libertem.






terça-feira, 29 de março de 2011

"I love Bristol"

Bóia de salvação! É imprescindível como meio de segurança mas… não deixa de ser apenas um recurso a jusante, ou seja, como o próprio nome indica um meio de salvamento. A segurança resulta antes de mais de todas as acções e recursos de prevenção a montante.
O conhecimento, o rigor dos procedimentos, o cumprimento estrito das normas e do planeamento é fundamental para a compreensão e consolidação dos saberes.


A mecanização serve apenas o momento e só com o tempo se incorpora nos skils necessários a um bom desempenho mas… nunca haverá bom desempenho sem um conhecimento largo e profundo dos diferentes domínios das artes e ciências da navegação.
É importante ter ali a bóia disponível e operacional, sem dúvida.
Dá segurança e permite treinar… apenas treinar!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Nos Açores como em Lisboa

“Uma vez mais, no espaço de menos de seis meses, as medidas de consolidação orçamental anunciadas pelo Governo da República preparam-se para atingir, com gravidade, a Região Autónoma dos Açores.
As linhas de orientação da actualização anual do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) irão de novo atingir duramente os açorianos e as instituições regionais.
Para além das medidas que no plano social terão fortes impactos negativos na economia regional e na vida das famílias, o Governo anunciou, uma vez mais, a redução das transferências para as Regiões Autónomas e para as Autarquias Locais.
Para além de uma violação grosseira dos princípios da Autonomia constitucionalmente consagrada e da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, a redução das transferências coloca a Região numa situação de total instabilidade e incerteza orçamental que é incompatível com o desenvolvimento planificado dos investimentos que os Açores necessitam e que esta Assembleia, legitimamente, decidiu.
Por outro lado, uma nova redução das transferências para as Autarquias colocá-las-á sob o peso de um garrote insuportável que poderá paralisá-las de forma permanente, com graves prejuízos para as populações, para além de tornar letra morta a Lei das Finanças Locais.
Não é admissível que o Governo da República, perante dificuldades orçamentais de que é responsável, pretenda fazer cair o ónus dos sacrifícios sobre as outras instituições com as quais deve manter uma relação de solidariedade e lealdade legalmente consagradas.”
O que acabaram de ler são nem mais nem menos os considerandos do Projecto de Resolução apresentado pela Representação Parlamentar do PCP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores que propunha a rejeição, no quadro do novo PEC, da redução das transferências para a Região e para as Autarquias Locais.
Foram estes os considerandos que serviram de argumento ao PS Açores para rejeitar, sozinho, a iniciativa do PCP. O PS Açores apresentou uma proposta alternativa com o mesmo objecto mas com um preâmbulo diferente que veio a ser aprovado por unanimidade.
Este exercício de demagogia ilustra bem de que lado está o PS Açores e os seus dirigentes.
O PS Açores, disciplinadamente, apoia os congelamentos das pensões de reforma, os aumentos de impostos, a subida das contribuições para a segurança social, os cortes salariais ainda que na Região os sirva acompanhados de paliativos compensatórios.
Fica claro que o PS Açores está ao lado de Sócrates e das medidas que penalizam a população portuguesa. O PS nos Açores, como já há muito o havia feito em Lisboa, demitiu-se de lutar pelos interesses nacionais e regionais e, adoptou assumidamente, como pode concluir-se das declarações de Carlos César a este propósito, uma atitude de braços caídos perante aquilo a que chama inevitabilidade da regulação da União Europeia.
Para quem tinha dúvidas elas esfumaram-se!
Horta, 22 de Março de 2011

Aníbal C. Pires, In A União, 23 de Março de 2011, Angra do Heroísmo

quarta-feira, 23 de março de 2011

Pescas - I

As questões que se relacionam com estatuto profissional dos pescadores são, de há muito, caras ao PCP. Desde logo porque foi o PCP que esteve na origem da lei 15/97 que, pela primeira vez na história do nosso país, instituiu um regime laboral assente num contrato de trabalho, à semelhança dos restantes trabalhadores portugueses.
No entanto, este regime laboral não se generalizou, tanto quanto seria desejável, em virtude da posição assumida pelo PS ao recusar a proposta do PCP para assegurar a subsidiariedade da legislação laboral comum. Ao fazê-lo, o PS abriu a porta à manutenção de relações de trabalho ditas “tradicionais”, isto é: permitiu a manutenção do arcaico regime de exploração infelizmente bem conhecido por muitos pescadores, também na Região, sob o nome de quinhão.
Uma realidade que é tanto mais vergonhosa quanto Portugal está entre os países subscritores da Convenção 188 da Organização internacional do Trabalho sobre as condições laborais no sector da pesca!
Claro que, para além deste buraco legal, outros factores contribuem para a contínua degradação do rendimento dos pecadores, desde logo o baixo valor do pescado em lota que, não se deve à falta de escoamento do pescado antes se relaciona com o mecanismo de formação dos preços, que depende da intervenção dos compradores que, a seu bel-prazer e no seu interesse controlam a primeira venda, impondo preços muito abaixo do que seria justo; mas, também, a falta de especialização das capturas, flagrantemente clara no caso da pesca do chicharro.
É, infelizmente, o lógico resultado de anos de desmantelamento da nossa frota e redução do nosso esforço de pesca, com apoios que deveriam ter servido para a sua modernização, que entregaram e entregam a frotas extra-regionais, maiores e melhor equipadas os melhores recursos dos mares dos Açores. Enquanto navios estrangeiros e do continente, com a devida licença emitida por este Governo Regional, pescam nas nossas águas, para os pescadores açorianos e as suas pequenas e envelhecidas embarcações resta a pequena captura costeira, de baixo valor! Para os de fora, o peixe graúdo, para os açorianos, os restos!
Mas, como se tal não bastasse, entregámos ainda uma extensa fatia da nossa Zona Económica Exclusiva à ganância europeia, sem deixarmos protegidos os nossos interesses e as nossas riquezas. Os milhões de apoios europeus que serviram para financiar o desmantelamento da nossa frota, teriam sido muito mais bem empregues na sua reconversão e modernização, para que hoje pudéssemos contar com um sector moderno e bem apetrechado, praticando uma actividade sustentável.
Basta percorrer algumas das localidades piscatórias da Região para com facilidade perceber a dimensão deste erro e os custos sociais desta política desastrosa: A exiguidade e incerteza dos rendimentos, o perigo sempre presente, a falta de reconhecimento social do seu papel e importância, tudo contribui para tornar a pesca profissional uma actividade pouco atractiva e os pescadores uma camada social e economicamente fragilizada.
Esta desvalorização relaciona-se também com as baixas qualificações dos pescadores e a falta de incentivos para a sua profissionalização. Devido a estas dificuldades muitos são os que encaram a pesca apenas como actividade ocasional ou temporária, um mero rendimento complementar a outras actividades, perpetuando assim a penosidade sem fundamento, a precariedade e a exploração.
Horta, 21 de Março de 2011

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 23 de Março de 2011, Angra do Heroísmo 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Hoje é dia de cartoon

Hoje é dia da árvore, da poesia e do nascimento de Bach.

O cartoon saíu daqui

É dia de celebrar a natureza, a arte e os artistas, não obstante as celebrações não podem fazer esquecer os eventos que nos rodeiam e que colocam em causa a humanidade, a sua continuidade e essência.
A desflorestação, o acidente nuclear no Japão e a intervenção na Líbia não se coadunam com a construção de um Mundo melhor antes são sinónimo de voragem, ganância e destruição.

domingo, 20 de março de 2011

Alfama não cheira a fado

Acabei de descobrir no Cantigueiro e não resisti em publicar aqui.



As apreciações a esta incursão de Mayra Andrade no fado podem lê-las no Cantigueiro que está muito mais habilitado que eu. Eu só posso dizer mesmo que gosto e muito.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Souad Massi

Música do Mundo para este fim de tarde.



Souad Massi vai estar na Gulbenkian no dia 28 de Março, pela 21, Grande Auditório.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Basta

Actualização do PEC, medidas adicionais, PEC 4 ou 5, já lhe perdi o conto, "precaução adicional" para garantir o objectivo do défice este ano, a caminho do Plano de Competitividade, ou lá o que queiram chamar às medidas anunciadas, ainda que de forma genérica, no passado dia 11 de Março, pelo ministro Teixeira dos Santos.
Estas medidas adicionais, chamemos-lhe assim, geraram grande contentamento em Bruxelas e Berlim, com quem terão sido negociadas à revelia dos portugueses e dos órgãos de soberania nacionais, o mesmo contentamento não se verificou com as famigeradas agências financeiras, designadamente a Moody’s que reduziu o “rating” de Portugal contrariando a euforia do Sócrates e do Eurogrupo e, sobretudo desmentindo, ou então não se entende, o discurso da eficácia das medidas de austeridade dos sucessivos PECs e do Orçamento de Estado para 2011.
Mas mais importante que a opinião da Moody’s, alterável a qualquer momento assim o queira a senhora Merkel, é o impacto negativo das medidas adicionais sobre a vida dos portugueses e da economia nacional que me preocupa e, julgo, nos deve preocupar a todos.
Redução no rendimento disponível por via dos cortes e congelamento de pensões de reforma, mas também por ajustamentos fiscais, redução das transferências para as Autarquias Locais e Regiões Autónomas, flexibilização – mais ainda – das relações laborais, cortes na saúde e educação, enfim um ror de medidas que só podem contribuir para a recessão económica, para o aumento do desemprego, para o aumento da precariedade e para o aumento da pobreza.
Nas medidas adicionais não se vislumbra uma única que seja a apontar para a dinamização da economia nacional, uma única que seja que favoreça o crescimento económico, a valorização e revitalização da produção nacional. Nada! A não ser a obsessão pelo défice e a satisfação dos interesses do directório que domina a União Europeia.
A aduzir às críticas que se podem fazer a este novo pacote de reforço das, já brutais e desumanas, medidas de austeridade, existe um outro factor que não é de somenos importância e que retira, na minha e em muitas outras opiniões, por completo a já ténue legitimidade deste governo.
As medidas adicionais foram cozinhadas no seio das instâncias europeias e apresentadas ao país como facto consumado.
Nada pode desculpar esta atitude do ministro das Finanças e do primeiro-ministro e, bem pode agora José Sócrates vitimizar-se em dramáticas comunicações aos portugueses. Portugueses que ainda alimentaram a secreta esperança de que aquele momento fosse um lampejo de lucidez do Eng. Pinto de Sousa para anunciar a sua demissão. Infelizmente e para nosso desconsolo não veio a verificar-se, ainda, esse esperado momento mas julgo que o seu mandato está perto, muito perto, do fim. Seja por vontade própria ou com o empurrão de uma qualquer geração à rasca que tenha como desígnio a satisfação deste imperativo nacional que é o derrube de José Sócrates e do seu mal fadado governo.
O primeiro-ministro para além de surdo está politicamente moribundo e já ninguém, nem mesmo no PS, a não ser os indefectíveis, acredita que seja possível mais um fôlego, desta vez José Sócrates foi longe de mais e a sua legitimidade política está ferida de morte.
Basta! Basta! Basta!

Ponta Delgada, 16 de Março de 2011
Aníbal C. Pires, In A União, 17 de Março de 2011, Angra do Heroísmo

quarta-feira, 16 de março de 2011

Bem-vindos à luta

A manifestação da geração “à rasca” teve expressão em todo o território nacional e congregou muitos descontentes de várias gerações que adoptaram a atitude de finalmente “saírem do sofá”, aliás como se podia ler em alguns dos cartazes que os manifestantes empunhavam. Muitos outros cidadãos continuam a acumular descontentamento, ainda inertes, frente aos sonhos e pesadelos com que nos vendem as TVs. Até quando irá essa resignação? Não sei! Não sei até quando, mas sei que o potencial está latente e mais tarde ou mais cedo, mais PEC, menos PEC, também os resignados acabarão por “sair do sofá” para contestar estas ou outras medidas adicionais que mais mês, menos mês, Teixeira dos Santos e José Sócrates, nos anunciarão após uma viagem a Bruxelas com uma curta mas significativa passagem por Berlim.
Participei na manifestação promovida pela “geração à rasca” em Ponta Delgada e gostei. Gostei, desde logo, porque os jovens promotores numa atitude solidária e plural identificaram o evento como uma manifestação das “gerações à rasca”, o que corresponde a uma designação mais consentânea com a realidade, ou seja, estamos todos “à rasca” logo, a manifestação era mesmo para todos. Mas não foi só… o manifesto de luta apresentado equaciona os problemas e exige mudanças: “Basta! Basta! Basta!” Esta terá sido a palavra mais ouvida durante a concentração e manifestação que levou perto de um milhar de cidadãs e cidadãos, de todas as idades, até ao Palácio da Conceição. Este facto denota uma tomada de consciência colectiva da auto-denominada geração “à rasca” que não pode ser olhada de forma despiciente.
Gostei quando o jovem, que de megafone na mão não se cansava de enumerar os diversos pontos do manifesto e de incentivar os manifestantes com palavras de ordem, referenciou a luta das gerações que o precederam. Gerações que conquistaram a liberdade e a democracia. Gostei da atitude deste jovem que não esqueceu o passado e as lutas travadas para que naquele sábado ele pudesse manifestar-se livremente. Gostei porque ao meu lado manifestava-se um cidadão que em Abril de 1974 estava preso em Caxias. Um cidadão privado da sua liberdade por ter ousado tomar partido contra a ditadura em que Portugal esteve mergulhado 48 anos.
Gostei! Gostei de ver os jovens, com os pais e avós unidos na defesa das portas que Abril abriu.
Gostei de ver o povo na rua a exigir que se cumpra Abril por inteiro!
Gostei e dou as boas-vindas a quem está a chegar à luta. Luta pelo direito ao trabalho e ao trabalho com direitos, luta pela valorização do trabalho e dos trabalhadores (podem até chamar-lhe colaboradores mas, não deixam de ser o que sempre foram… trabalhadores).
Bem-vindos à luta!
Ponta Delgada, 15 de Março de 2011

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 16 de Março de 2011, Angra do Heroísmo

domingo, 13 de março de 2011

Rostos

Uma sequências de fotos feitas nos Açores, Madeira, Seixal, Lisboa, Serpa, S. Tomé e Principe, Suécia, Cabo Verde e Egipto.



A música que acompanha as fotos é uma das faixas do CD "Café Anatólia - Dreams", produção turca.

terça-feira, 8 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Insularidades (1)

Uma versão instrumental do "regresso do boémio", de Nelson Gonçalves. Podem encontrar aqui a versão original.
As fotos e o texto que dei o nome insularidades são produto meu.



(1) O texto insularidades foi publicado aqui

quinta-feira, 3 de março de 2011

O "Lápis Azul" de Cláudia Cardoso

Ora eu que esperava ter um dia sem vir até aqui depois da festa do 3.º aniversário do "momentos", ainda não recuperei da ressaca, mas chegou até mim um mail emanado do Gabinete de Sua Excelência a Secretária Regional da Educação e Formação que não posso deixar de partilhar e comentar.
Pois bem!
Os Conselhos Executivos das Unidades Orgânicas da Região receberam ontem o mail que a seguir trancrevo:

(...)
Ex.mo Sr.

Presidente do Conselho Executivo
Venho por este meio informar que assumi recentemente funções de Assessor de Imprensa do Gabinete da Secretária Regional da Educação.
Manifesto por isso a minha disponibilidade para o ajudar e prestar apoio no que necessitar, na minha área de intervenção.
Solicito ainda a vossa atenção para que a partir de agora, por forma a conseguirmos atingir o objectivo duma boa comunicação com os órgãos de comunicação social, através de posições concertadas, entrem em contacto comigo sempre que forem questionado pelas rádios, televisão ou jornais e antes de prestarem qualquer declaração aos mesmos.
Certo da sua compreensão, apresento os
Melhores cumprimentos,

Hélder Blayer
Assessor de Imprensa do Gabinete da Secretária Regional da Educação e Formação
(...)

É claro que o Assessor de Imprensa fez aquilo que Cláudia Cardoso lhe mandou, para isso é pago.
Não é tão claro que o objectivo seja conseguir aquilo a que o Assessor chama "(...) duma boa comunicação com os órgãos de comunicação social(...)
Claro é que Claúdia Cardoso e Graça Teixeira pretendem atingir um objectivo bem diferente.
E não posso deixar de confessar a minha surpresa por esta faceta obscura de Cláudia Cardoso. Sim, porque o que a Secretária Regional da Educação e Formação pretende é amarrar os Conselhos Executivos ao discurso, leia-se: propaganda, oficial.
Lamentável!
Quem diria que que a mordaça seria amarrada pela mão de Cláudia Cardoso.
Depois das coimas para os Pais e Encarregados de Educação aí está Cláudia Cardoso com o lápis azul em riste.
Que mais se irá seguir!?




quarta-feira, 2 de março de 2011

Até para o ano

Com este post terminam as comemorações do 3.º aniversário do "momentos".



Uma boa noite!

Em Março… quero um Abril novo

Não quero gerações à rasca
Nem no desenrasca
Quero Abril por inteiro
Abril do povo e para o povo
Abril Justo e prenhe de liberdade
Quero um Abril novo


Não quero gerações à rasca
Nem no desenrasca
Não quero:
Crianças sem pão,
Jovens com o futuro adiado
Famílias com vidas por construir e
Velhos com passado e sem presente
Não quero gerações à rasca
Nem no desenrasca
Quero Abril por inteiro
Abril do povo e para o povo
Abril Justo e prenhe de liberdade
Quero um Abril novo


Não quero gerações à rasca
Nem no desenrasca
Não quero:
As amarras dos mercados
A ditadura dos usurários dos
Bancos centrais e
Fundos monetários
Não quero gerações à rasca
Nem no desenrasca
Quero Abril por inteiro
Abril do povo e para o povo
Abril Justo e prenhe de liberdade
Quero um Abril novo


Quero ser livre
Livre como o pensamento
Em Março…
Quero um Abril Novo
Abril justo e prenhe de liberdade
Abril do povo e para o povo
Em Março quero… Abril por inteiro

Ponta Delgada, 02 de Março de 2011

Imagens de palco

Um vídeo com fotos feitas durante alguns espectáculos a que assisti nos últimos anos ao qual adicionei um funana dos Ferro Gaita para lhe dar ritmo.



Espero voltar ainda hoje para encerrar a efeméride.
Até lá divirtam-se e sei lá... até podem tentar dançar. Eu por mim, mesmo de forma desajeitada, não resisto aos sons e aos ritmos apelativos do funana.

Olhares

Chegam agora algumas fotos, nada de mais apenas alguns olhares que partilho com os visitantes do "momentos" neste dia de aniversário do blogue.


Velas, S. Jorge, Açores


Presença dominante nas ilhas do triângulo, o Pico e o transporte marítimo.


Farol dos Capelinhos, Faial, Açores


Com tanto mar... uma sereia


Hip-hop tuga

Valete e "Revelação".
Vais-se fazendo boa música em Portugal qualquer que seja o género e das periferias onde "nem para dormir, quanto mais para sonhar" emergem liricistas com "Keidje Lima (Valete).
Este vídeo pode ferir algumas almas mais sensíveis.



Continuem por aqui que eu volto com mais.

Cabo Verde e caboverdianos

A minha paixão pelas ilhas de Cabo Verde é antiga e ainda não encontrei uma explicação para ela, tenho por aí um texto onde abordo a questão mas que agora não vem ao caso.
Fica um vídeo feito ontem à noite com fotos minhas que registam alguns aspectos de Cabo Verde e rostos, muitos rostos de caboverdianos. A música é do mestre do violino Antoninho Travadinha.



Já volto!
Não arredem pé e divirtam-se.

Alvorada

Nada como a percursão para transmitir ritmo e despertar para o dia. Dia que sendo de festa de aniversário desculpa alguns excessos.



Faz hoje um ano dei a primazia aos "Black Fire" hoje coube a vez aos portugueses "Toca a Rufar" mas deixo mais um vídeo de "hip-hop" dedicado ao meu filho que contribuiu para a minha descoberta, gosto e valorização desta forma de cultura urbana (não gosto de atirar os miúdos para os subúrbios). Ainda hoje haverá lugar ao hip-hop tuga com o Valete mas isso fica para mais tarde.



Vão passsando plo momentos que daqui a pouco há mais...

3 anos na blogosfera

703 posts, 546 comentários, mais de 29000 visits e de 47500 page views, este é o balanço quantitativo da minha aventura na blogosfera que hoje completa 3 anos mas, mais do que a quantidade relevo o prazer da partilha e dos registos como me referi aqui quando o "momentos" completou o primeiro ano de existência.
O aumento significativo de visitantes durante o último ano, num período em que o Facebook se mostrou um forte concorrente, demonstra que os blogues continuam a ter espaço e, se articulados com a redes sociais chegam ainda mais longe e ganham outra dimensão.


Como é dia de festa de aniversário vou, ao longo do dia, publicar mais alguns posts. Fotos, vídeos, música, pequenos textos e curiosidades e, quiçá se a alma para aí estiver virada poderá até haver alguma brincadeira com as palavras e os sentimentos para juntar à etiqueta Estados D'Alma.

terça-feira, 1 de março de 2011

Tucanas

O tema "ma mazurka" pelo grupo Tucanas.
Divirtam-se valorizando o diferente!



Março promete...