terça-feira, 30 de setembro de 2014

Nem tudo vale(*)

Foto - Aníbal C. Pires

(...) O risco do investimento é nulo e a receita está assegurada. Os orçamentos da Escola Pública e a qualidade do ensino público ressentem-se destes desmandos. (...)

(...) Neste setor acresce o facto, que não é despiciente, de que os profissionais do serviço público são os mesmos que mantêm em funcionamento os serviços de saúde privados. Os orçamentos dos EPEs e das Unidades de Saúde de Ilha e, as respostas do serviço público ressentem-se destes desmandos. (...)

(*) Fragmentos da crónica que será publicada na imprensa regional na próxima quarta-feira

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A SATA vem. E as outras, Virão

Foto - João Pires
A inconstância das condições atmosféricas nos Açores é, para quem aqui vive, uma bênção. Temos chuva em todas as estações do ano, o verde permanece todos os dias, temos Sol e temperaturas amenas, no ar e no mar, em todas as estações do ano. Para nosso contentamento o bom e o mau tempo alternam ao ritmo das dinâmicas atmosféricas do Atlântico.   
Se para nós, que aqui vivemos, esta versatilidade meteorológica a que estamos habituados mas que, sobretudo, sabemos gerir sem que “o aperto desta bruma que às vezes nos quer vencer” nos perturbe. Todos sabemos que depois de uma manhã chuvosa virá o Sol a iluminar o fim da tarde, depois da agitação marítima, que deixa os pescadores em terra, virá a acalmia e o regresso à faina, depois das densas neblinas que escondem os picos e as lagoas que habitam o mais íntimo das crateras virá a brisa que as dissipa. É o equilíbrio da natureza a funcionar. Se para nós que aqui vivemos é assim, não será para quem nos procura e visita no período de férias. Os Açores não são um destino de Sol e praias de areia dourada. Os Açores são um destino ambiental (em terra e no mar) de excelência, somos um destino procurado pela nossa singularidade. É na nossa singularidade que reside todo o potencial turístico da Região. Vulgarizar o destino irá, a prazo, colocar graves problemas de sustentabilidade para o setor.
A geografia e o clima faz destas ilhas um lugar diferente, um lugar único. Diferente mesmo de outras ilhas com as quais partilhamos semelhanças e proximidade. Madeira e Porto Santo, as ilhas Canárias e as ilhas de Cabo Verde. As ilhas da Macaronésia. Com estas ilhas partilhamos o mesmo oceano e algumas espécies de flora, pouco mais para além da história que em tempos foi comum e a importância que todas elas tiveram, e têm, como plataformas naturais entre as margens do Atlântico.
E porque os Açores são diferentes, são únicos, a importação linear de modelos estará sempre condenada ao fracasso. Sejam modelos económicos, ou de organização política e administrativa, sejam modelos de transportes, de turismo, industriais ou agrícolas. O que é diferente não pode nem deve ser tratado por igual. As políticas comuns que emanam da União Europeia, naturalmente desenhadas para espaços contínuos e com grande dimensão territorial e populacional dificilmente terão sucesso numa região insular como as caraterísticas das ilhas açorianas.
Hoje está um fim de tarde radioso, não sei como estará lá mais para o anoitecer quando chegar o voo S4 129 da SATA Internacional, mas os oficiais de operação de voo que o vão despachar e, os tripulantes que o vão realizar sabem, sabem quais as condições meteorológicas que vão encontrar em rota e à chegada a Ponta Delgada. E mesmo que se abatam densas neblinas sobre o aeroporto João Paulo II, que os ventos se levantem em Santa Maria e na Terceira e impossibilitem as operações aéreas e que o aeroporto alternante seja o Porto Santo, ou mesmo Lisboa (regresso à origem), a aeronave descola e ruma aos Açores, em segurança, mas com incerteza. Incerteza se à chegada a visibilidade lhe permitirá a aterragem. Mas vem, a SATA Internacional vem, Vem porque é uma empresa pública açoriana, vem mesmo sabendo que o destino final pode ser o Porto Santo, ou Lisboa, e que aquela viagem pode resultar num encargo acrescido para a companhia, vem porque a SATA existe para servir os Açores e o seu Povo. Mesmo considerando as críticas legítimas que se podem fazer à transportadora aérea açoriana, porque há por aí muitas outras que visivelmente são instrumentalizadas, nenhuma companhia de transportes aéreos servirá melhor os Açores e os açorianos que a SATA. E, a talhe de foice, direi que considero politicamente ridículo que o maior partido da oposição tenha vindo a público congratular-se com um anúncio feito pelo CEO de uma companhia “low cost”. Anúncio onde foi manifestado o interesse em realizar 3 voos diários para S. Miguel pelo aliciante preço de 19,99€. Não somos ingénuos e muito menos estúpidos.

Foto retirada daqui
E a grande questão é, e a partir do próximo verão IATA, a partir da entrada em vigor das novas Obrigações de Serviço Público (OSP), da consequente liberalização de algumas das rotas e da entrada de novas companhias de transporte aéreo no “mercado” açoriano, Virão, será que essas transportadoras virão sabendo que o alternante é o Porto Santo ou Lisboa (origem do voo). Não me parece, não me parece que cheguem, sequer, a descolar de Lisboa.
Tenho muito mais dúvidas que certezas mas, sobre as vantagens do novo modelo de transporte aéreo para os Açores, tenho poucas dúvidas. Este modelo não serve o perfil do passageiro ilhéu e pode colocar em causa a sobrevivência da SATA Internacional. Se isso é bom para os Açores e para os açorianos, não me parece. 
Prefiro não ter alternativa à SATA do que ficar prisioneiro de uma “low cost”.
Ponta Delgada, 28 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário et Azores Digital, 29 de Setembro de 2014

domingo, 28 de setembro de 2014

Prá manhã, A SATA vem... (*)

Foto - retirada daqui
(... ) E a grande questão é, e a partir do próximo verão IATA, a partir da entrada em vigor das novas OSP, da consequente liberalização de algumas das rotas e da entrada de novas companhias de transporte aéreo no “mercado” açoriano, Virão, será que essas transportadoras virão, sabendo que o alternante é o Porto Santo ou Lisboa (origem do voo). Não me parece, não me parece que cheguem, sequer, a descolar de Lisboa. (...)

(*) Excerto do texto que amanhã publicarei na imprensa regional. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A FESTA em 2014, foi assim



Para quem não foi, para quem queria ir, para quem, um dia, irá, fica um resumo da FESTA do AVANTE! 2014.
Vejam também as fotografias da FESTA

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Os trabalhos de Avelino, também de Meneses

Foto - Aníbal C. Pires
A Educação é um setor a que todos os quadrantes políticos, sem exceção, fazem juras de amor e sobre o qual se dizem, a momentos, profundamente apaixonados, que sim, que agora é que é, o futuro é agora. Não tenho dúvidas que assim é. E afirmo-o sem qualquer laivo de ironia. 
Mas o facto de nas declarações de princípio as posições políticas coincidirem, isso, em si mesmo, não significa que todos tenham sobre a Educação a mesma opinião quanto às suas finalidades. A matriz ideológica que conforma o posicionamento partidário e político têm para e Educação um lugar e um papel diferenciados.
Direi que, para mim, a Educação tem como primeira finalidade a conquista da liberdade individual. A cultura e o conhecimento são o único caminho para a atingir liberdade. Dir-me-ão que é pouco, direi que tudo o resto daí advém.
Mas se há quem, como eu, tenha este entendimento existe quem esteja nos antípodas desta posição e utilize a Educação para eternizar o domínio sobre os indivíduos e sobre os povos, domínio que lhes garante a perpetuação no poder, ou seja, que implementa modelos educativos que, embora, sob a capa da igualdade do acesso para todos e da escolarização obrigatória, se constituem como paradigmas reprodutores das desigualdades e bloqueiam, à maioria da população, o acesso à cultura e ao conhecimento. 
Em Portugal com as sucessivas reformas a que tem sido submetido o Sistema Educativo, sem que, no entanto, se tivesse alterado a “Lei de Bases”, caminhamos a passos largos para a destruição da Escola Pública e para a mercantilização do ensino obrigatório (básico e secundário), uma vez que no Ensino Superior esse caminho já foi percorrido, com Bolonha, com as alterações às regras de financiamento e com as alterações ao regime jurídico das Universidades e Politécnicos.
Na Região temos um novo responsável pela tutela da Educação e grandes desafios pela frente, desafios não só para o Secretário Regional, mas também para toda a comunidade educativa. O longo consulado de Álamo Meneses na tutela da Educação deixou marcas profundas no Sistema Educativo Regional e os seus efémeros sucessores não tiveram tempo para deixar marca. Álamo Meneses construiu, transformou e diferenciou o Sistema Educativo Regional (SER) utilizando até ao limite as competências autonómicas, o que só por si mereceria uma apreciação positiva não fossem os resultados tão negativos que se observam no SER. O legado de Álamo Meneses vai, certamente, deixar Avelino, também de Meneses, à beira de um ataque de nervos, tais e tamanhos são os trabalhos que lhe estão destinados a breve trecho. Estatuto, concurso ordinário, avaliação do desempenho, formação contínua, promoção do sucesso, combate ao abandono escolar e à iliteracia, ensino especial e, por aí fora. 
Não são os “Doze Trabalhos de Hércules” mas andam lá por perto, quer na quantidade quer, sobretudo na sua complexidade. A minha expetativa em relação a Avelino Meneses, personalidade que muito prezo, não é baixa nem elevada é, sobretudo perceber qual o caminho que quer percorrer, que opções vai fazer, que apoio político lhe vai ser concedido pelo partido do governo que integra, qual a sua capacidade de diálogo e de gerar consensos, é saber, no fundo, se Avelino Meneses está disposto a transformar qualitativamente o Sistema Educativo Regional valorizando a Escola Pública e dignificando a função docente.
Lisboa, 22 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Diário Insular et Açores 9, 24 de Setembro de 2014

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O assalto continua


Foto - Catarina Pires
O falhanço das políticas de austeridade, quer sejam as que decorreram do “memorando de entendimento”, vulgo resgate, pacto de agressão ou, simplesmente, programa da troika, quer sejam as que foram acrescidas por iniciativa do governo português, pela mão do PSD e do CDS/PP,  demonstrando uma subserviência humilhante e que contribuíram para acelerar a recessão económica e o empobrecimento dos portugueses, sem que nenhum dos objetivos com que se justificaram essas opções políticas fosse cumprido. A dívida pública cresceu e o valor do défice está muito aquém do que foi imposto e previsto. O rendimento subtraído ao país e ao povo português foi diretamente para os cofres da banca internacional e, tal como todos já percebemos, o roubo vai continuar. 
O aumento da carga fiscal, os cortes salariais, o congelamento das carreiras, a redução e revisão dos apoios sociais, o feroz ataque aos setores sociais do Estado, o desrespeito pela Constituição da República, tiveram como resultado um retrocesso social e económico sem precedentes. Os portugueses estão mais pobres e desprotegidos e não há propaganda que negue o que os indicadores sociais e económicos evidenciam.
A ideia do “milagre económico português” fica inteiramente desmistificada com os números do incomportável serviço da dívida, com um crescimento económico anémico e, sobretudo, com os dados do desemprego, que são mascarados pela emigração de milhares e milhares de portugueses e, com os mais de 180 mil trabalhadores considerados como “ocupados” apenas porque andam de ação de formação em ação de formação, sem conseguirem efetivamente obter o emprego de que necessitam.
A situação do país será ainda agravada pela dimensão, ainda não inteiramente conhecida, do colapso financeiro do BES/GES, 4,4 mil milhões de Euros foram já desviados do erário público para auxiliar este banco privado, e estão em risco muitos, dos mais de 25 mil, postos de trabalho no conjunto das empresas do BES/GES. 
O Governo da República perspetiva para 2015 a continuação do corte nas funções sociais do Estado, da austeridade cega e da continuação dos sacrifícios para todos os portugueses.
Em vigor, estão de novo, os cortes salariais aos trabalhadores da administração pública, agora sob a forma que lhe deu o PS em 2011, mas cujo significado é o mesmo, ou seja, a continuidade das opções políticas que obrigam a generalidade dos portugueses a suportar os erros da governação e os desmandos da economia de casino e, que nos traz à memória a responsabilidade que os Antónios (Costa e Seguro) do PS têm neste processo político de continuada desvalorização do trabalho e de desmantelamento do Estado. Sei bem que o protagonista era José Sócrates mas, em boa verdade, nem à data, nem durante, nem no presente foi dado nenhum sinal, pelos Antónios, de não concordância com as opções tomadas pelos governos do PS, nem posteriormente quando o PS passou à oposição. A não ser as abstenções violentas, vá-se lá saber o que isso é, com que o António Seguro posicionou o PS face ao governo do PSD e do CDS/PP, posicionamento do PS sobre o qual o António Costa não tugiu nem mugiu.
A situação nacional tem reflexos agravados nos Açores e, nem mesmo os números recentemente divulgados, pelo INE, que indicam uma ligeira redução do número de inscritos nos Centros de Emprego da Região em relação ao mês homólogo do ano anterior, facto que não é sinónimo de uma efetiva redução do desemprego nos Açores, disfarçam a ineficácia da governação nos Açores. É importante notar que a multidão de trabalhadores inscritos em programas ocupacionais temporários, correspondem, cada um deles, a um posto de trabalho real, útil e necessário e que, é o Governo Regional que escolhe não os contratar efetivamente, optando por utilizá-los como mão-de-obra barata e descartável. Uma vez terminados os programas, estes trabalhadores são de novo empurrados para o desemprego, muitas vezes sem qualquer apoio ou subsídio.
Cresce, assim, a pobreza e  a exclusão no nosso arquipélago, com sinais claramente visíveis mesmo nas ilhas de menor dimensão, sem que o Governo Regional consiga ir além de respostas assistencialistas, parcelares e insuficientes.
Ponta Delgada, 21 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário et Azores Digital, 22 de Setembro de 2014 

domingo, 21 de setembro de 2014

Leonard Cohen, parabéns


Já lá vão muitos anos, ouvi e gostei. A voz e a música de Leonard Cohen acompanharam-me ao longo da vida.
Cohen completa hoje 80 anos e o seu próximo álbum estará disponível nos próximos dias, aguardemos então por “Popular Problems”, 13.º álbum da sua carreira.
Enquanto esperamos vamos ouvindo, por exemplo, este conhecido tema.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mazurka Klandestina

A foto foi retirada daqui

(…)
A mazurka é uma estória de amor
Que nasce e morre
No espaço e tempo de uma dança (…)
(Tradução livre)
Desconheço o autor.



Gosto de mazurkas e gosto sobretudo desta ideia de Mazurka Klandestina.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A futilidade dos objetos de luxo

Aviso: O conteúdo e a linguagem utilizada neste texto podem ser considerados chocantes. As fotografias que ilustram o texto não estão nem direta nem indiretamente relacionadas com os "personagens", nem com o local referenciado no texto.

Era uma manhã de sábado como muitas outras. Procurei a tranquilidade acolhedora da esplanada de um pequeno café/bar no bairro onde fica o meu refúgio doméstico. No interior os habituais rostos da vizinhança. Fiz o meu pedido cumprimentei os presentes e instalei-me no exterior, corria uma brisa fresca bem diferente da melada atmosfera húmida dos últimos dias.
Bebericava o meu café pingado, expressamente solicitado com leite frio, as três mesas da esplanada estavam vazias, ocupei a que me pareceu mais adequada às condições atmosféricas, acendi um cigarro. Abeiravam-se duas mulheres, dei por elas devido ao elevado tom em que se expressavam e pela pronúncia afetada que, particularmente uma delas, exibia. O sossego daquela manhã estava prestes a chegar ao fim. 
Não as conhecia, seriam turistas, talvez tivessem vindo visitado familiares, ou quem sabe, alguém que se está a instalar, afinal é o início de um novo ano escolar… Não pude evitar ouvir o diálogo que mantinham, embora uma delas monopolizasse a conversa, transformando aquele momento num quase monólogo.
Nada disto seria digno de registo nem me prenderia a atenção, afinal era uma manhã de sábado como tantas outras, sem muito para contar a não ser as agradáveis conversas que mantenho com alguns outros frequentadores daquele espaço e por aqui moram e cujo registo guardo em memória.
A estranha temática que as duas mulheres teimavam em partilhar comigo e com outro forçado ouvinte, que entretanto se sentara ocupando, assim, a única mesa ainda livre, levou a que mais tarde um de nós as interpelasse.
Quando chegaram manifestavam o seu desagrado pelo tempo, pela cidade, pela ilha. Que chatice, afinal onde está o paraíso. Ouvi e não esbocei nenhum sinal que desse a entender às senhoras que aquilo que diziam em alta voz, não era nada mas mesmo nada simpático. Sou uma pessoa tolerante, aguentei firme. Mas o pior, ou o melhor, conforme queiram, estava para vir.
A conversa evoluiu para as relações de género. E que era uma atitude machista do fulano que tinha a mulher em casa, o que é que esperaria, um par de cornos, semana sim semana não. Uma relação assim só pode dar nisso, uma cabeça enfeitada com chifres. Pois bem, cá por mim que não conheço o tal fulano, nem a esposa e, muito menos a base em que ancoraram a relação conjugal, admito que sim.
E continuou, Havia de ser comigo. Eu disse logo ao meu marido que não sabia cozinhar, nem um ovo estrelado, que o pó me causava alergias e por isso não podia fazer as tarefas domésticas. Que o médico me recomendou muitas saídas com as amigas e ginásio, muito ginásio. E trata de contratar uma empregada doméstica em full time, até pode ser gira, não me importo.

Foto - Aníbal C. Pires
Lá se foi a minha tolerância e o meu cavalheirismo, levantei-me e perguntei à senhora de voz afetada que não parava de dar conselhos à amiga e, de tecer considerações sobre o seu papel no casamento, Desculpe minha senhora mas não pude deixar de ouvir o que acabou de dizer e gostava de lhe fazer uma pergunta, E foder a senhora sabe, E fode, Ou não foder faz parte da lista de contraindicações médicas. 
A surpresa da interpelação e a linguagem que utilizei inibiu uma reação imediata e eu insisti, É que se não fode, a senhora é um adereço matrimonial muito caro, Permita-me que lhe diga minha senhora mas, face ao que acabei de ouvir, qualquer acompanhante de luxo oferece condições muito mais vantajosas. Tenha um bom dia.
Afastei-me, para lhe dar espaço à ira e às justificações que se iniciaram, e fui curtir o meu sábado.

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 06 de Setembro de 2014

SATA, notas soltas

Foto - Aníbal C. Pires
A necessidade de renovação da frota de longo curso da SATA Internacional tem sido demonstrada à saciedade nos últimos meses. E não se trata de preocupações decorrentes da segurança do voo, a segurança está garantida pelo exercício das competências, reconhecidamente de excelência, dos seus pilotos e do cumprimento estrito da legislação que regula esta atividade. Julgo que quando a opinião pública se levanta em coro colocando em causa as lutas, nem sempre associadas a questões salariais, dos pilotos, tripulantes de cabine, técnicos de manutenção e pessoal de assistência em terra, deveria ter em consideração que a segurança em voo depende desses trabalhadores e que são eles que a garantem, não é administração, nem a tutela. Talvez alguma moderação, designadamente dos órgãos de comunicação social, fosse mais avisada do que as manchetes despropositadas, mas bem pagas, que em tempo de conflitualidade no seio do Grupo SATA mais não pretenderam do que linchar na praça pública os trabalhadores da transportadora aérea regional. 
A SATA Internacional necessita, não pelas evidências dos últimos dias e meses mas de há muito tempo, se quiser continuar a integrar no seu core business as ligações com os Estados Unidos e Canadá, de renovar a frota de longo curso. Não é de agora, é de há muito tempo, que os trabalhadores da SATA têm vindo a alertar a administração e a tutela dessa necessidade. Pelo já longo tempo de vida das aeronaves e o custo que está associado à manutenção e reparação de avarias, que naturalmente se tornam mais frequentes, pela imposição de utilização de novos sistemas de navegação para a travessia transatlântica, já a partir do próximo ano, mas também por uma questão concorrencial, como sejam os custos associados ao combustível. Por um lado o pagamento de penalizações e, por outro o elevado consumo quando comparado com aeronaves de nova geração.
Pelo exercício das minhas funções políticas, mas não só por isso, mantenho contatos regulares com muitos trabalhadores da SATA e, mais do que preocupações com as suas carreiras e direitos o foco das suas apreensões é o Grupo SATA e as empresas que o integram. Inquietações quanto ao futuro, onde desde sempre se integrou, a necessidade de renovação da frota de longo curso, mas também a sua sustentabilidade e o seu potencial para gerar fluxos financeiros para o Grupo, o mesmo é dizer receita para a Região. Potencial que tem sido desperdiçado.

Foto - Aníbal C. Pires
Aguardo com algum expetativa que nas próximas semanas seja divulgado o Plano de Exploração 2015/2020. Plano que, segundo Vítor Fraga, “(…) se pretende que corporize uma estratégia que seja assumida por todos, acionista, gestão de topo e colaboradores, englobará, para além do plano de negócios, o plano de sustentabilidade económico-financeiro, o processo de renovação da frota e ainda o plano de desenvolvimento e qualificação de recursos humanos (…)”. O nosso povo diz que tarde é o que nunca chega, não tenho a certeza de que, neste caso se aplique a sabedoria popular. As medidas avulsas que foram tomadas ao longo dos últimos anos, a redução da atividade operacional, as intermitências operacionais, as novas obrigações de serviço público, a liberalização de algumas rotas na ligação com o exterior, de entre outras variáveis, deixam-me algumas dúvidas sobre o que o dito popular significa, talvez seja tarde. Mas, como disse, vou aguardar pelo tal Plano de Exploração do Grupo SATA, e confiar. Confiar nos seus trabalhadores que garantem, esses sim, a segurança da operação da SATA Air Açores e da SATA Internacional.
Ponta Delgada, 16 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Diário Insular et Açores 9, 17 de Setembro de 2014 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Caminhos da terra e do mar

Foto - Madalena Pires
Viandantes

A cada passo
A cada curva
O viajante
Ganha alento
E caminha
O andarilho
Traçou destino
Não é romeiro
Nem peregrino
Anda
O caminho
Da beira mar
O caminho
Da beira terra
Caminha
Nas margens
Da ilha
E do sonho
De outras ilhas

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 16 de Setembro de 2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Colóquio promovido pela APPLA


A Associação Portuguesa de Pilotos de Linha Aérea promove, amanhã, dia 16 de Setembro, pelas 20h30mn, na Sala Canadian, do Hotel Lynce, um colóquio dirigido a todos os Pilotos de Linha Aérea (frozen ou não frozen) que se encontrem em Ponta Delgada.

Investimento público

Foto - Catarina Pires
Não nego que a Região tem, quando comparado com o país e portanto em termos relativos, um valor de investimento público superior, bastante superior, ao do país. Por outro lado, o ciclo das grandes obras públicas de infraestruturação, como o próprio Governo Regional reconhece, está concluído, o que só pode significar que o investimento público tem e deve de ser redirecionado. Estou, assim, expetante quanto ao que o plano de investimentos para 2015 nos reserva. Será que 2015 vai ficar marcado por uma rutura ou, vamos ter mais um plano e orçamento de continuidade, tudo leva a crer que nada de inovador será apresentado ao Povo Açoriano. O governo do PS Açores não tem dado sinais de mudança nas opções políticas de investimento público. Mas aguardarei sem antecipar outros juízos, a não ser o que já ficou dito. Ou seja, alguma desconfiança de que tudo continuará na mesma.
O futuro constrói-se aprendendo com erros do passado e corrigindo o rumo. Ao fim de quase quatro décadas de autonomia a face dos Açores transformou-se. Hoje as nossas ilhas estão equipadas com as infraestruturas necessárias para garantir a todos os cidadãos acesso à educação, à saúde, à segurança e apoio social e, à mobilidade. Assim é. É no que concerne à existência dos equipamentos, já assim não é quando olhamos para os indicadores sociais e económicos. O Insucesso escolar e as baixas qualificações académicas e profissionais da população contrariam qualquer avaliação positiva do Sistema Educativo Regional, as taxas moderadoras e as longas listas de espera dão-nos conta que, também na saúde, o acesso universal e gratuito, ou tendencialmente gratuito, não passa de uma miragem e quanto ao direito à mobilidade e ao não isolamento, o custo dos transportes priva a maioria da população do exercício desses direitos.
A economia regional mantém a crónica dependência externa e, por isso, uma grande permeabilidade às cíclicas crises do capitalismo. A cabal demonstração desta afirmação funda-se na análise da evolução da taxa de desemprego, da mais baixa do país no limiar da atual crise, para a mais elevada no auge da crise, do elevado número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção e do valor médio do salário no setor privado, menos cerca de 100€ por mês que no continente português, isto apesar de na Região existir um acréscimo ao salário mínimo nacional. Acréscimo que urge por ser ampliado pois ao contrário do efeito esperado, a convergência com a média nacional, se verifica uma cada vez maior divergência.
Após muitos milhões, muitos milhares de milhões, de euros de investimento público os Açores continuam no fundo da tabela das regiões mais pobres da União Europeia e, quer se queira quer não queira, os indicadores sociais e económicos são reflexo das políticas públicas de investimento. A situação social e económica da Região face ao volume de investimento público da história da autonomia constitucional é reveladora de que as opções não foram as mais ajustadas.
O que se exige ao Governo Regional e à maioria parlamentar que o suporta face, não a um mero exercício de especulação, mas à constatação de factos, é que a maioria e o Governo abandonem as velhas receitas e artificialismos que apenas mascaram os crónicos problemas do desenvolvimento regional.
Nem tudo se pode imputar aos órgãos de governo próprio da Região. Há um conjunto de fatores externos que não controlamos e que cerceiam as competências autonómicas, mas isso não justifica tudo.
Ponta Delgada, 14 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário et Azores Digital, 15 de Setembro de 2014

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Sobre o 9/11, algumas interrogações

Recomendo vivamente uma leitura do artigo THE 9/11 READER The September 11, 2001 Terror Attacks
No sítio GLOBAL RESEARCH pode encontrar-se muita informação alternativa e que se constitui como uma preciosa fonte de informação para quem não aceita, sem questionar, a informação mastigada pelos chamados órgãos de comunicação social de referência. Não deixem de o visitar.

Linhas e luz

Foto Aníbal C. Pires - Minneapolis (uma das pontes que ligam Minneapolis a  Nicollete Island)
Esta imagem pode ser inspiradora e provocar um caudal de palavras. Mas não hoje que estou a sair do modo de Plenário e, como tal, em fase de alguma descompressão.
O resto dia do será dedicado à contemplação

Apontamentos da FESTA 4



A festa dos Buraka Som Sistema na FESTA.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Apontamentos da FESTA 2



Mais um vídeo com apontamentos da edição, de 2014, da Festa do Avante. Nos próximos dias outros se seguirão.

Com tempo mas sem coragem

Foto - Madalena Pires
Iniciou-se esta semana a 3.ª sessão legislativa da X Legislatura da Região Autónoma dos Açores, ou seja, estamos a sensivelmente a meio deste ciclo e do mandato do XI Governo Regional, o primeiro presidido por Vasco Cordeiro.
Qualquer avaliação que seja feita aos poderes legislativo e executivo penderá favoravelmente para o primeiro, a ALRAA cumpre os poderes que lhe estão conferidos constitucional e estatutariamente e, só não assume um maior protagonismo, que lhe cabe por direto próprio, na condução da política regional devido à existência de uma maioria absoluta castradora que lhe limita a iniciativa.
O Governo Regional e a maioria que o suporta são de continuidade é certo com algumas caras novas, na ampliação de que recentemente foi alvo, mas com as velhas receitas e as mesmas políticas. Por incapacidade, Não. Por convicção, por compromissos com o falido modelo europeu e com a matriz neoliberal que o conforma, sem dúvida, mas também por falta de coragem, por alinhamento com o pensamento único e com a teologia do mercado.
As velhas opções políticas não resolveram os crónicos problemas de desenvolvimento da Região e os indicadores aí estão para o demonstrar. A economia regional está mais dependente mais fragilizada, os problemas sociais agravaram-se, a qualidade dos serviços públicos degradam-se, o desenvolvimento harmonioso continua a ser apenas, um desígnio por cumprir. O novo governo em funções, que completa em Novembro dois anos de mandato, tem-se revelado velho nas opções políticas e económicas que tem vindo a adotar. Diria que não constitui uma surpresa. Se é verdade que as personalidades são importantes, não é menos verdade que essas diferenças se situam no espetro do acessório, uma vez que a matriz ideológica não se alterou os resultados não podiam ser diferentes, por muito diferentes que sejam os protagonistas.
Nem tudo depende de nós, Lisboa, Bruxelas e o contexto internacional determinam e conformam muito do nosso quotidiano, mas muito depende de nós. A sistemática recusa, do PS e do seu governo, em utilizar todos os instrumentos e competências autonómicas que estão ao nosso dispor, que poderiam contribuir para fortalecer a nossa economia e reduzir a nossa crónica dependência externa, é reveladora de uma subserviência política a interesses que não servem objetivamente os Açores.
Nos dois anos que restam a esta maioria e a este governo sobra tempo para agir e romper com velhos e falidos paradigmas, haja coragem e vontade para recentrar o investimento público na economia produtiva, para avaliar e adequar o modelo de turismo à nossa realidade, para redistribuir a riqueza valorizando os salários de quem trabalha, para apoiar as micro, pequenas e médias empresas, para dinamizar o mercado interno, para aumentar e diversificar as produções regionais e diminuir a dependência externa, para procurar novos parceiros e parcerias no contexto da bacia atlântica, enfim para cumprir a autonomia elevando a qualidade de vida e o bem-estar do Povo açoriano, quer se viva no Corvo ou em S. Miguel.  
Horta, 09 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Diário Insular et Açores 9, 10 de Setembro de 2014 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Da migração açoriana (*)

Foto - Aníbal C. Pires

Arquipélago de sonhos e saudade

No princípio eram nove, as ilhas
Não eram de sonho
Mas, já eram saudade
Mulheres e homens
Conformaram a paisagem
A terra, exígua mas fértil, prosperou
Em proveito de poucos

Muitos partiram
Por vontade própria
Por ordem D’el-Rei
Povoaram o Rio Grande do Sul
E Santa Catarina
Desceram ao Uruguai
Foram para outro Brasil
S. Paulo, Rio de Janeiro e Baía 

Nas ilhas olharam o horizonte
Sem proveitos
Sonharam a partida
Os navios baleeiros
Abriram os caminhos do mar 
Os trilhos do sonho

Agricultores feitos marinheiros
Aportaram à Califórnia
E à Nova Inglaterra
Novas ilhas dos Açores emergiram
No Ontário, no Quebéc e Winnipeg
Em Lisboa capital
No Norte e no Algarve
Deste migrante Portugal

Já não são nove, as ilhas
A vaga de erupções migrantes
Universalizou a açorianidade
Novas e muitas ilhas despontaram
Unidas pelo culto ao Divino 
Num imenso arquipélago 
De sonhos e saudade

Aníbal C. Pires, Hilmar (Califórnia)/Ponta Delgada, Agosto/Setembro de 2014

(*) a propósito da realização da XVII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores, Hilmar, Califórnia, 28 a 31 de Agosto de 2014

O PS do(s) António(s)

A ausência foi para lá do que tinha programado, não aconteceu por vontade própria mas por imprevistos que decorreram, no essencial, da dependência dos meios informáticos e das plataformas de comunicação que aceleraram o tempo mas que, ao invés do que seria de esperar, subtraem tempo ao já escasso tempo. As dependências dão sempre mau resultado, até esta que parecendo inócua também induz dolorosos estados de privação. Não faltará muito tempo, se é que não acontece já, para que sejam desenvolvidas terapias de substituição para esta nova adicção.  
Um pequeno bug no sistema foi o suficiente para prolongar, por mais uma semana, a pausa anual neste exercício prazeroso de partilha que se vai prolongando no tempo. Confesso que me deixou irritado, confesso que já sentia saudade e não foi do meu agrado ter de adiar o regresso a este espaço. Gosto de me sentar, abrir o processador de texto e mergulhar nas palavras, organizá-las em função de uma ideia previamente estruturada ou, como hoje acontece, iniciar um texto sem saber muito bem qual o caminho que vou percorrer até ao ponto que lhe colocará fim.
O tempo do calendário nem sempre se adequa aos ciclos da vida contemporânea. Para professores e alunos, nesta latitude, o ano inicia-se em Setembro, a atividade política, passado o período de latência da silly season, desperta pujante por esta altura do ano, embora a silly season que agora terminou tenha sido marcada por grande agitação lá prás bandas do PS. Infelizmente, nesta guerra intestina, não se procuram soluções políticas para o país, procura-se o protagonista que mais votos poderá arregimentar, procura-se um lugar à mesa do poder.

Não será este PS que, com o António ou com o António, se constituirá como uma verdadeira e necessária alternativa política de rutura, até porque o António propôs, em Coimbra, e o António em Coimbra subscreveu, o documento que já foi “Portugal Primeiro” e é agora, “Documento de Coimbra”, mudança de nome para evitar confusões com a designação da moção de Passos Coelho, moção que o consagrou como líder do PSD, em 2010. Como se isto fosse diferenciador, como se a semelhança de ideias, propostas e soluções entre o PS e o PSD não fosse muito para lá da designação dos documentos estratégicos e moções destes dois partidos. Mas isto são assuntos da vida interna do PS que, sendo importantes, prefiro não aprofundar para não ser acusado de ingerência externa. Não que isso me preocupe mas porque, de facto, a guerra fratricida no seio do PS apenas contribui para afastar, ainda mais, os cidadãos da vida política.
Não consigo evitar. E, para que não fiquem dúvidas nos leitores, o “Documento de Coimbra” subscrito pelos dois “candidatos a primeiro-ministro”, coisa que não existe, é assim, como uma espécie de programa de governo do PS. Pois é, e os Antónios estão os dois de acordo naquilo que é verdadeiramente importante no projeto do PS, o “Documento de Coimbra.
Voltando ao calendário e ao seu desajustamento com os ciclos da vida contemporânea, palavras minhas, chegado aqui talvez seja mais avisado não problematizar o assunto e deixar que tudo fique na mesma, afinal há coisas bem mais importantes para fazer e pensar.
Horta, 07 de Setembro de 2014

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário et Azores Digital, 08 de Setembro de 2014

domingo, 7 de setembro de 2014

Imagens da FESTA


A edição de 2014 da Festa do Avante chega hoje ao fim. Aqui podem encontrar muita outras imagens do maior evento político e cultural que se realiza em Portugal.




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A FESTA abre hoje as portas



Não houve tempo de divulgar tudo o que vai acontecer na FESTA.
Fica uma síntese neste vídeo do PCP.

Camané - os artistas da FESTA


O Camané canta no Domingo da FESTA
Desde 1995, quando saiu «Uma noite de fados», Camané fez carreira extensa e plena e ganhou lugar destacado na reduzida lista dos grandes intérpretes. Ao lançar «O Melhor – 1995|2013», com grandes clássicos a que tem dado voz, propõe uma reflexão musical, a propósito da arte de procurar boas canções, contar histórias e revelar o que nelas está escondido, que se completa com alguns temas inéditos. Para que não se esqueça, tudo começou quando um miúdo ganhou a «Grande Noite do Fado», em 1979.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Uxía - os artistas da FESTA

Uxía traz à Festa «Meu Canto», uma nova abordagem aos temas fundamentais do seu repertório e a temas que até aqui não tinha explorado. Espectáculo de uma voz que mostra toda a força e toda a vulnerabilidade com que Uxía chega a este ponto do seu caminho: com a convicção de que um povo que cantou desde tempos imemoriáveis não pode perder um instrumento tão fundamental como a sua própria voz, o seu próprio canto. Meu Canto. Uma proposta sem artifícios em que o fundamental é a sua excepcional voz.

Guto Pires - os artistas da FESTA


Guto Pires na FESTA.
O conhecimento da world music e a criação de temas que colhem inspiração no continente africano e, sobretudo, na Guiné-Bissau marcam profundamente a personalidade deste artista radicado em Portugal desde os anos 70. Integrou diversos projectos, com destaque para os Issabary, de que foi co-fundador, participa nos colectivos Sons da Lusofonia e Sons da Fala, e encontra-se representado em várias colectâneas nacionais e estrangeiras. Sol Na Manssi (2002) foi o seu primeiro CD a solo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Samuel & Oficina do Canto - os artistas da FESTA

Samuel traz à Festa «Qualquer dia», um espectáculo de Abril para todos os dias do ano; uma viagem pelas canções que fazem a banda sonora da nossa memória e esperança colectivas; um concerto onde se entrelaçam as suas próprias canções com as canções de “cantautores” históricos e com o melhor da música tradicional portuguesa. A ele junta-se a «Oficina do Canto», um projecto da Câmara de Montemor-o-Novo, uma aventura que leva já 17 anos de divertimento inteligente e cumplicidade com a melhor música portuguesa.

Catherine Deneuve - a abrir Setembro

A bela parisiense Catherine Deneuve abre este Setembro no momentos. A atriz francesa foi, nos anos 60, um modelo de elegância e beleza. Foi dirigida por realizadores como Luis Buñuel, Manuel de Oliveira, Roman Polansky e François Truffaut.






Da sua filmografia destacam-se Vício e Virtude (1963), Os Guarda Chuvas do Amor (1964), Repulsa ao Sexo (1965), Duas Garotas Românticas (1967), A Bela da Tarde (1967), Manon 70 (1968), Mayerling (1968), A Sereia do Mississipi (1969), Tristana (1970), Pele de Asno (1970),  Expresso para Bordeaux (1972), O Selvagem (1975), Fome de Viver (1983), Place Vendôme (1998), Dançando no Escuro (2000), 8 Mulheres (2002),  Um Filme Falado (2003) e Um Conto de Natal (2008)