sábado, 31 de maio de 2014

Dia do Tripulante de Cabine


Hoje o dia é dedicado a todas as mulheres e homens que apoiam os passageiros da aviação civil, zelando pelo seu conforto e segurança a bordo.

O momentos associa-se a este dia que se comemora-se desde 31 de maio de 1976.
Vejam este vídeo e divirtam-se.

A 30 de Maio de 1975, no Salão Nobre da VARIG, no Rio de Janeiro, realizou-se o 1º Congresso Mundial dos Comissários e Comissárias de voo, organização da responsabilidade da ACVAR – Associação dos Comissários da VARIG. Nesse mesmo Congresso foi decidido passar a prestar homenagem a estes profissionais da aviação comercial através da institucionalização dum Dia Mundial do Tripulante de Cabine. Esta iniciativa foi oficializada um ano depois, na data de 31 de Maio.
Contudo, durante um longo período, este evento não colheu grande adesão e, praticamente, só a Instituição brasileira lhe deu o devido relevo. Em 1984, com a constituição da APTCA – Associação Portuguesa dos Tripulantes de Cabine, os profissionais portugueses chamaram, também a si, a iniciativa dessa comemoração, que teve, então, lugar no Restaurante do Castelo de São Jorge, em Lisboa. Em dois anos consecutivos chegou mesmo a haver permuta de colaboração entre os Tripulantes de Cabine portugueses e brasileiros.

domingo, 25 de maio de 2014

S. Miguel a Ocidente, os Mosteiros





Fotos - Madalena Pires

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Primavera Insular

Foto - Madalena Pires

Ilha bendita
Banhada de luz
A orgia policromática
Acorda os sentidos
Aqui
Onde a terra é escassa
E infindo o mar
Ocorre vida
Conjuga-se o verbo amar

Aníbal C. Pires, Ponta Delgada, 22 de Maio de 2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Candidatos, personagens e independentes

Retirado da internet
Embora personalizadas nos primeiros candidatos, ou cabeças de lista como se instituiu dizer, as candidaturas ao Parlamento Europeu (PE) no território continental estão bem identificadas com as famílias políticas a que verdadeiramente pertencem e aos interesses que cada uma delas representa. Há algumas exceções como sejam, por exemplo, os casos de Marinho Pinto, de Rui Tavares e Paulo Casaca, não pelos partidos que representam mas pelos interesses que defendem, os seus próprios. Enfim são ambições em causa própria, julgo é que os eleitores já o perceberam o que coloca em causa a ambição dos próprios.
Depois há, o Rangel da Aliança (contra) Portugal, coligação que deixa o CDS/PP escondido com o rabo de fora e o PSD a arcar com as despesas da erosão pelo exercício do poder que conduziu ao empobrecimento dos portugueses, a maioria porque alguns, poucos, aproveitaram para enriquecer ainda mais. Quanto ao Assis nada tem a esconder é um quadro do PS, não importa se do PS socrático, do PS do António Costa, do seu próprio PS ou, do PS do Tó Zé, este último o líder político que vai ficar para a história como criador dessa nova figura regimental da Assembleia da República, a “abstenção violenta”.
Nos Açores insiste-se nos deputados açorianos coisa que como se sabe não existe, uma vez que o círculo eleitoral pelos Açores é fruto da mais desenvergonhada demagogia, aliás deputados há, que não residindo nos Açores têm defendido mais e melhor os interesses da Região do que os ditos deputados açorianos. Mas voltemos aos “candidatos açorianos”, que já estarão eleitos ainda antes das assembleias eleitorais encerrarem nos Açores. Não me vou referir a todos pois não disponho nem de espaço, nem de tempo. Não o faço pelas razões já referenciadas mas, sobretudo, porque os que ficam de fora, para lá da sua valia intrínseca, não estão a perverter a campanha com o logro do “candidato açoriano”, nem acenando a bandeira da independência partidária, ou seja, defendem e identificam-se com projetos políticos e partidários, não usam máscaras.
Foto - João Pires
O PS Açores apela ao voto dos açorianos em Ricardo Serrão Santos, independente e cientista ligado às questões do mar. Mais do que o qualificativo de independente importa saber que este candidato é um especialista em assuntos do mar, conveniente quando a agenda política e dos interesses está focalizada na “nova” dimensão Atlântica de Portugal, e talvez aqui resida o mais forte argumento para o afastamento de Luís Paulo Alves, um homem mais ligado à terra. Mas mais importante ainda é saber qual foi e qual será a posição do PS e do PSE, família política europeia onde Serrão Santos será mais um, sobre a recuperação da soberania nacional da ZEE portuguesa, ou sobre a desregulação do setor da produção de leite (fim das quotas) é que, quer sobre um ou outro tema de importância vital, desde logo, para o País, e em particular para os Açores, é bom recordar que quer num caso, quer noutro os deputados do PS, no PE, votaram ao lado dos seus companheiros do PSE, num alinhamento perfeito com a outra grande família política europeia o PPE, votaram a favor do diretório político que domina a União Europeia e contra os interesses regionais e nacionais, ou seja, por este lado nada de novo. A inquestionável competência académica e científica de Serrão Santos de nada servirá, Serrão Santos, aliás terá disso consciência pois, segundo um seu colega do DOP, o Ricardo Serrão Santos sempre disse que quando entrasse para a política ativa seria para um cargo como este, compensatório. A ambição/missão política de Serrão Santos é, afinal, bem comezinha.
Do lado da Aliança (contra) Portugal o PSD e o CDS/PP Açores apelam ao voto numa professora e sindicalista, dirigente da UGT Açores e da FNE, independente como, de momento, convém. Sofia Ribeiro é uma mulher bonita, pronto vá lá, interessante. Eu acho que sim, talvez seja do longo cabelo ondulado que lhe dá uns ares de rebeldia, rebeldia de que tanto gosto, embora no que toca ao cabelo e à rebeldia, prefira mesmo a Angela Davies, tem o cabelo bem mais ondulado e foi, de facto, uma insurgente. Sei que este parágrafo me vai garantir o epíteto de sexista, mas assumo. Não que sou sexista, mas que sobre o Ricardo Serrão Santos não encontrei outros qualitativos do que independente e especialista em assuntos do mar, admito que posso não ter sido um bom observador mas as fotografias do “outdoor” também não ajudam.  
Foto - Madalena Pires
Sofia Ribeiro ganhou um desmesurado protagonismo mediático algumas semanas antes do anúncio da sua candidatura pela aliança eleitoral e político PSD/CDS, vá-se lá saber porquê, Bem o motivo todos conhecemos, embora tenham escapado alguns pormenores interessantes à maioria dos interessados, mas o que fica por explicar é porque raio de razão é que a comunicação social regional, designadamente a pública, lhe deu um tratamento VIP, certamente foi por causa da “vaca sagrada” dos critérios editoriais, pois que seja, o que não tem explicação explicado está, é tudo uma questão de fé ou de subserviência. Crença à doutrina do mercado, servilismo a quem no momento melhor assegura, politicamente, a catequização em prol da teologia neoliberal.
Já lá vou. Tenho a perceção da vossa inquietude quanto aos pormenores que terão escapado à maioria dos interessados e não vou continuar sem os explicitar pois, não quero ser responsável por estados de ansiedade que vos possam prejudicar. Pois bem, uma das últimas tarefas político sindicais de Sofia Ribeiro foi a proposta de realização de um concurso externo extraordinário para educadores e professores, posteriormente assumida pelo Bloco de Esquerda e apresentada na ALRAA. Nada de estranho nem sequer original, quantas e quantas vezes os partidos políticos assumem propostas de cidadãos ou de organizações que os representam. O problema consistia na solução apresentada: um concurso externo, deixando os educadores e professores do quadro sem possibilidade de acederem à mobilidade, ou seja, o concurso apenas permitia o ingresso na carreira aos educadores e professores contratados. Qual era o resultado prático desta medida, todos os docentes do quadro designadamente os que acederam à carreira concorrendo para toda a Região era-lhes agora vedada a possibilidade de mobilidade para vagas dos quadros que apenas seriam disponibilizadas para os professores contratados. Mas a Sofia Ribeiro, não satisfeita com esta proposta e para garantir a clientela, contando para isso com a inércia dos professores dos quadros, propunha também a criação de quadros de ilha, assegurando assim que a maioria dos docentes contratados ficaria afeto, não a uma Unidade Orgânica, mas a uma área geográfica, ou seja, a proposta original da Sofia Ribeiro era o retrocesso aos “Quadros de Zona Pedagógica” e a descaraterização do local de trabalho.
Satisfeita a vossa curiosidade, pelo menos parte dela, mas, quiçá com a ansiedade em valores mais elevados passemos, agora, ao eventual contributo que a futura deputada europeia do PSD pode vir a dar aos Açores e a contribuir para a resolução de alguns dos problemas que afetam a economia regional, designadamente as pescas e a agricultura, até porque a Sofia Ribeiro na sua itinerância eleitoral tem vindo comprometer-se com soluções para estes dois importantes setores, coisa que os seus antecessores já tinham feito, mas que no momento da verdade acabaram, como vai acabar a Sofia Ribeiro, por votar contra os Açores e contra Portugal.
Angra do Heroísmo, 19 de Maio de 2014

Aníbal C. Pires, In Diário Insular et Açores 9, 21 de Maio de 2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cinco Anos Depois (One Eyed Jacks) - hoje no 9500 Cine Clube

Retirado da internet
Hoje, pelas 21h30mn, no Cine SolMar, sala 2, o Cine Clube de Ponta Delgada propõe: "Cinco Anos Depois) - Um estranho western da fase de mudança do género. Começado por Stanley Kubrick, foi Marlon Brando quem tomou a direcção quando o primeiro a abandonou. O resultado é singular e importante. «One-Eyed Jacks» põe Brando frente a frente a um velho cúmplice de assaltos que o traíra, Karl Malden, feito sheriff de uma cidade onde o primeiro o vai encontrar cinco anos depois de ter sido preso.
Para quem está ou vive em Ponta Delgada fica a sugestão para o serão de hoje

O trailer pode ser visto aqui

Sorte, destino ou escolhas

Retirado da Internet
Não são, apenas, as circunstâncias que determinam o nosso percurso de vida, sendo certo que existe um conjunto de variáveis que não controlamos, não é menos verdade que, mais do que as conjunturas, são as nossas opções que determinam, a cada momento, os percursos da nossa vida. Sorte, oportunidade, destino, e o seu contrário ou negação, são conceitos que utilizamos para justificar os nossos sucessos ou insucessos. Esquecemos bastas vezes, diria quase sempre, que num dado momento houve uma decisão individual, não predestinada, que nos colocou a sorte no caminho, que nos colocou frente a frente a uma oportunidade que agarramos ou dela abdicamos, e, como sabemos, o caminho da vida tem muitas encruzilhadas muitas barreiras, quando escolhemos ir por ali, ou a saltar a barreira, estamos nós a decidir e não outros.
A sabedoria popular sintetiza, na expressão “fia-te na Virgem e não corras…”, as opções individuais tomadas ao sabor do acaso ou, se preferirem, conforme as circunstâncias, ou ainda quando as conjunturas são entendidas como uma realidade imutável.
Sobre esta questão não tenho dúvidas, as decisões sendo individuais são fortemente condicionadas pelos contextos sociais, económicos, políticos e culturais mas, em boa verdade, sabemos que as conjunturas são, isso mesmo, momentos. Ocasiões que se alteram com o tempo e, no tempo que corre as mutações da realidade acontecem a um ritmo alucinante. O que é hoje, não é amanhã. A perceção da mudança configura-se, assim, como um fator determinante para que as decisões que tomamos sejam bem-sucedidas.
Retirado da Internet
O endosso de responsabilidades, para terceiros, pelas nossas desventuras é a norma, e lá vem de novo a sabedoria popular que classifica esta atitude tão portuguesa como “ (…) sacudir a água do capote (…) ”, ainda que as nossas decisões individuais sejam, como já afirmei, condicionadas por outros a verdade é que não podemos continuar a “sacudir a água do capote”, responsabilizando apenas os outros pelas contrariedades que temos de enfrentar. Então e o próprio, que foi quem decidiu, não tem responsabilidade.
Não é a primeira vez que abordo este tema e, certamente, a ele voltarei. A oportunidade desta reflexão pode ser entendida como dirigida a cada um dos leitores, pode ser entendida como uma abstração que tenha resultado de um bom ou mau momento pessoal mas, também pode ser entendida pelo facto de esta semana preceder um ato eleitoral do qual a maioria dos eleitores se tem alheado, é também essa uma decisão, a não participação. Mas a não participação, sendo uma decisão individual, neste caso não influencia o que será a decisão coletiva, ao passo que a participação, essa sim será tomada em devida conta. Os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu serão eleitos com muita ou pouca participação dos eleitores, a não participação é meramente acessória. Verdadeiramente importante é se quem decide, quem vota, vai continuar a dar o seu apoio maioritário aos responsáveis no País e na Europa pela crise que graça na União Europeia, ou se vai decidir mudar, mudar o seu voto e apoiar quem defende os interesses do País e do Povo. Não vamos continuar a “sacudir a água do capote”. 
Angra do Heroísmo, 18 de Maio de 2014

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário et Azores Digital, 19 de Maio de 2014 

sábado, 17 de maio de 2014

Dos lugares e dos homens

Foto -Tiago Redondo
Antiga 
Como o homem
Nova
Como a utopia
Chama-se Esperança
E
Não morre
Vive
No brilho daquele olhar
Cravado no horizonte
Pernoita
Com o Sol
Volta
Com a aurora
Caminha
Sempre comigo
É
Esperança Velha
Num
Mundo Novo

Aníbal C. Pires
Ilha Graciosa (Açores), 14 de Maio de 2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Pensar global, agir local

Foto - retirada da internet
 Desde há muito que a ideia de desenvolvimento sustentável é uma parte integrante e inalienável do projeto político e da proposta social do PCP. E, mais do que uma postura ideológica, o avanço do conhecimento científico tornou hoje consensual que, a prazo, não existe desenvolvimento económico nem progresso humano fora de um quadro de sustentabilidade ambiental.
A proposta apresentada pela Representação Parlamentar do PCP que visa a redução do uso de sacos de plástico com a criação de uma “ecotaxa” é, justamente fruto desse consenso cada vez mais alargado na nossa sociedade. Dando expressão legislativa à vontade manifestada por um número importante de cidadãos numa petição que discutida e apreciada na ALRAA, mas também ouvindo a voz de diversos movimentos sociais açorianos e de muitos cidadãos, individualmente considerados, ou seja, o PCP como é seu dever, leva com esta iniciativa, à prática a vontade dos açorianos. 
Importa continuar o esforço de mudança de mentalidades e, também, passar à ação concreta, minorando os impactos negativos da atividade humana e contribuindo para o equilíbrio ecológico do qual depende a nossa sobrevivência coletiva, e a proposta do PCP opera nesses dois níveis. A introdução da ecotaxa pretende, em primeiro lugar, contribuir para alertar o consumidor, contribuindo para a compreensão de que o plástico, e concretamente os sacos de plástico, são um resíduo nocivo e perigoso, com elevados custos económicos e ambientais. O primeiro objetivo da ecotaxa não é a de arrecadar receita, é a de mudar mentalidades. 
Mas a iniciativa do PCP pretende, também, no imediato, conseguir uma redução dos resíduos de plástico e, por consequência, a redução da despesa dos sistemas de recolha, seleção e reciclagem. O sucesso desta iniciativa poderá no futuro ser avaliado quantitativamente pela redução no volume deste resíduo. E, qualitativamente, na melhoria do estado do nosso ambiente. 
Foto - retirada da internet
Os Açores têm, no campo da sustentabilidade, uma responsabilidade acrescida. Enquanto região marinha, de elevada qualidade ambiental, tesouro natural do Atlântico, impende sobre os açorianos o encargo de cuidar e preservar o ambiente das suas ilhas e do seu mar. Não podemos, naturalmente, resolver os grandes problemas globais com os resíduos ou com a poluição oceânica. Mas podemos e devemos fazer a nossa parte.
Não devemos ficar à espera que sejam outros a tomar as decisões necessárias para proteger o nosso património ambiental. Não devemos estar atrás. Temos de estar à frente. Devemos esforçar-nos por ser, no plano nacional e mesmo no europeu, o modelo, o exemplo a seguir em termos de proteção do ambiente. 
Esta iniciativa legislativa do PCP irá, justamente, colocar os Açores à frente de todas as outras regiões do nosso país, em termos de medidas de redução dos resíduos de plástico e fará com que a nossa Região se junte às centenas de cidade e dezenas de países, que na Europa e em todo o Mundo, assumiram políticas de limitação ou desincentivo do uso dos sacos de plásticos descartáveis.
Estaremos, com a introdução da ecotaxa, a agir localmente reduzindo a quantidade de sacos de plástico consumidos nos Açores, mas estaremos também a agir globalmente, dando força a esta ideia, contribuindo para a tomada de consciência global em relação aos resíduos de plástico. 
Horta, 06 de Maio de 2014

Aníbal C. Pires, In Diário Insular et Açores 9, 07 de Maio de 2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

SATA 2014 - das intermitências operacionais e outras minudências


Foto - Aníbal Pires
A passada semana o Grupo SATA foi de novo alvo de várias notícias que dão conta, por um lado da preocupação da Plataforma Sindical em relação ao futuro de uma empresa do Grupo e às implicações que, seguramente, terão reflexo nas outras, por outro lado uma fonte, ou um “chafariz”, não identificada, do Conselho de Administração (CA) do Grupo SATA, também veio a terreiro afirmar que da parte dos trabalhadores da SATA existia “má vontade” na aceitação de trabalho, adiantando a tal fonte, mais à frente, que os trabalhadores só estavam a cumprir o que decorria do Acordo de Empresa.
Se é verdade que a Plataforma Sindical quer ver a negociação de 2014 fechada, tal como sucedeu em 2013, mas sem recurso a formas de luta para as quais, como todos nos lembramos, foram deliberadamente empurrados, vá-se lá saber com que finalidade, não é menos verdade que tem associado, desde sempre, às suas reivindicações a necessidade de que o Grupo possa ter uma estratégia de sustentabilidade operacional e financeira, preocupação que, em bom rigor, não tem sido acompanhada pela tutela e pelo CA do Grupo. 
Para os estrategas, para os mandantes e para os executantes da nova estratégia da SATA, as preocupações são bem diferentes e a comprová-lo aí está o caminho seguido e que tem como destino a chegada à falência operacional da SATA Internacional, que justificará a tal “reestruturação”, bastas vezes anunciada mas de todo, e de todos, desconhecida. “Reestruturação” para a qual a divulgação do Relatório de Contas de 2013, que se prevê para os próximos dias, também servirá de justificação.
Outra das notícias, já perto do fim-de-semana, anunciava o esperado há algum tempo. A Presidência do CA do Grupo SATA foi entregue a Luís Parreirão, nada de novo para quem tem seguido atentamente as “mudanças” na SATA.
Foto - Aníbal Pires
Voltemos, por agora, à notícia que tem por base a fonte do CA. Fonte que tinha por objetivo verter uma notícia inquinada na opinião pública regional, mas que afinal foi de uma limpidez cristalina. As relações de trabalho são reguladas, protegendo os interesses de quem emprega e de quem trabalha, não depende de boas ou más vontades, digo eu, que não sou especialista em direito de trabalho. A fonte afirmava que os trabalhadores estavam a cumprir estritamente o que decorre do Acordo de Empresa. Lá caiu por terra, uma vez mais, a tentativa de culpabilização dos trabalhadores da SATA pelas intermitências operacionais da SATA Internacional de que todos nos damos conta, intermitências operacionais que têm graves prejuízos diretos e indiretos para o Grupo SATA. O recurso a ACMI’s tornou-se regra, não há semana, em que alguns voos da SATA Internacional não sejam feitos sem o recurso a aeronaves e tripulações de outras companhias de transportes aéreos e, não estamos a falar de voos para a e Europa, para África, ou para o Brasil, são mesmo os voos das Obrigações de Serviço Público e os voos para os Estados Unidos e para o Canadá, por conseguinte os voos do novel “core business” da SATA Internacional.
Sabendo-se que a operação da SATA Internacional se tem vindo paulatinamente a reduzir é incompreensível que o recurso a ACMI’s se tenha tornado norma. É má vontade ou é falta de aeronaves, É má vontade ou falta de tripulantes. Falta de aeronaves não deve ser, digo eu, pois como é do conhecimento público um dos A320 da frota da SATA Internacional foi alugado a uma companhia estrangeira, se foi alugado é porque não era necessário para satisfazer as necessidades operacionais programadas. Falta de tripulantes, não tenho dúvidas que sim. De 2011 até à data a SATA Internacional perdeu 20% dos seus pilotos e face à instabilidade que se vive na empresa outros estarão, naturalmente, de saída.
Tudo isto me coloca, legitimamente, uma dúvida. Mesmo considerando que o acordo para 2014 se fechasse nos próximos dias, como é que a SATA Internacional irá realizar a operação de Verão se estamos agora no princípio da época alta e as intermitências operacionais são as que conhecemos. Se é assim na Primavera como será no Verão.
Horta, 04 de Maio de 2014

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário et Azores Digital, 05 de Maio de 2014 

domingo, 4 de maio de 2014

SATA 2014 - saídas e entradas

António Gomes de Menezes - foto retirada da Internet
Porque será que não me surpreendeu, diria mesmo que esperava a demissão e a nomeação.
Nada me move nem nunca moveu, contra o António Gomes de Menezes (AGM), nem contra o Luis Parreirão (LP), embora por algumas vezes os tenha mencionado nos meus escritos e ditos, não pelas personalidades que são, e respeito, mas pelo que fizeram, ou não fizeram, ou no caso de LP viera fazer ou não fazer, enquanto responsáveis do Conselho de administração do Grupo SATA.
As minhas relações com estas duas personalidades têm sido, fortuitas e em situações de maior ou menor formalidade, mas sempre revestidas de cordialidade e urbanidade, separando assim o que são profundas diferenças de opinião, talvez mais num caso do que outro, no que concerne à gestão e à estratégia para o Grupo SATA.
Ao AGM, que por vezes até consegue ser simpático e bem-humorado, desejo os maiores sucessos para a sua carreira académica e, é bem possível que, mais tarde, lhe possa vir a reconhecer algum mérito na gestão do Grupo SATA, enquanto elemento de bloqueio à estratégia interna e externa de destruição da SATA Internacional, tal como a conhecemos. Não tenho certezas mas… talvez assim seja. O futuro o dirá. E como dizia Che Guevara, “Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar”. Cá estou e estarei para assumir os meus erros e enganos.

Luís Parreirão - foto retirada da Internet
Ao LP que veio para cumprir uma tarefa desenhada por alguns estrategas do PS, com o aval parcial ou total do Governo Regional (ainda não percebi), ou não fosse ele o quadro político que faltava no Conselho de Administração da SATA, uma vez que Isabel Barata nunca cumpriu esse papel, a LP, como dizia, não lhe posso desejar sucesso no cargo que agora vai ocupar pois, o sucesso de LP terá certamente efeitos desastrosos para o Grupo SATA e, por conseguinte para a Região.
Esperemos pelos próximos dias, aliás amanhã, dia 5 de Maio, poderá começar a levantar-se uma ponta do véu que tem encoberto os contornos da “reestruturação” da SATA Internacional.
Amanhã virei de novo com mais opinião sobre a SATA.  

É hoje e todos os dias

Foto do arquivo pessoal
À minha Mãe
Que me ensinou a ser livre
Num tempo de liberdades proibidas

Celebra-se hoje o dia da mãe, a minha ausentou-se em 2008 mas nem por isso deixou de estar presente, como está presente o meu pai. A memória e os genes perpetuam-nos.
Gostava de te ver Mãe, queria ter-te aqui e poder continuar a partilhar as minhas alegrias e tristezas contigo.
Queria o sentir o calor do teu carinho, o calor do teu abraço, queria sentir a tua inabalável força de mulher do Povo.
Estamos bem, se é que neste País destruído e empobrecido podemos dizer que o nosso Povo está bem. Estão a destruir Abril, continuo a lutar contra os que querem fechar as portas que Abril abriu, aquele Abril em que choraste, como todas as mães portuguesas, lágrimas de incontida alegria. Alegria pelo fim da Guerra Colonial, alegria pela dignidade do teu Povo que soube erguer-se contra os poderosos, alegria pelo teu Povo que naquele Abril conquistou a liberdade e a democracia.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

ruínas sobre a lagoa

Tinha tudo para ser...
Olhais para onde!?
Magnifica, não é!?

Assim como uma espécie encantamento... - Fotos Madalena Pires

Em Maio com Che


Hoje é dia de luta, é dia de luta dos trabalhadores.


O momentos assinala o 1.º de Maio com duas frases de Che Guevara.


Che Guevara é um dos maiores símbolos da luta dos trabalhadores e dos povos.

Lupita Nyong'o - a abrir Maio


Não sei se é a mais bela,
Mas é muito bonita
Esta atriz mexicana
De seu nome Lupita
E com ar de queniana

Lupita Nyong’o foi eleita a mulher mais bonita do ano.
A atriz encabeça a lista das cinquenta mulheres mais belas feita pela revista ‘People’.
Para lá da sua beleza, Lupita, é já uma atriz premiada com um Óscar pela sua interpretação da “ escrava Patsey", no filme “12 Anos de Escravidão”.