sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Luisa Basto - Os Artistas da FESTA

Na FESTA com uma cantora do Povo.
Luísa Basto.
“Minha vida, meu amor” - um novo CD com poemas de Nuno Gomes dos Santos e músicas de Nuno Nazaré Fernandes e Paulo de Carvalho – será apresentado na Festa do Avante!

Linda Martini - Os Artistas da FESTA


Os Linda Martini vão estar no Palco 25 de Abril, um dos muitos palcos da FESTA.

Tiago Bettencourt - Os Artistas da FESTA


Tiago Bettencourt é um dos 3 convidados de Jorge Palma para a FESTA.

Cristina Branco - Os Artistas da FESTA


A Cristina Branco é uma das convidadas de Jorge Palma.
Na FESTA pois tá claro.

Tim - Os Artistas da FESTA


O Tim, com ou sem os Xutos, confunde-se com a FESTA.
Desta vez é um dos convidados do Jorge Palma.

Jorge Palma - Os Artistas da FESTA


É uma presença habitual na FESTA.
Desta vez convidou 3 amigos, e que amigos.
Os próximos posts são dedicados aos convidados do Jorge Palma.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A ultraperiferia e a defesa da agricultura açoriana


Os agricultores açorianos sofrem duramente os efeitos de um modelo de integração económica errado e prejudicial. A visão dita “de mercado” – mercantilista, diria eu – favorece os que produzem maior quantidade ao mais baixo preço e subalterniza o fator qualidade e as características diferenciadoras do produto. Por outro lado, a concentração do setor da distribuição na mão de alguns, poucos, grupos económicos, permite que estes controlem unilateralmente o preço pago aos produtores, as quantidades e condições de venda, impondo por vezes contratos inacreditáveis. A dimensão e poder de mercado destas centrais de compras permite-lhes promover ou despromover produtos, marcas e origens consoante as suas conveniências comerciais e disponibilidades de stock.
É a ditadura comercial da grande distribuição que em primeiro lugar e no plano interno tem ditado a ruina dos nossos agricultores, ao concentrar todo o valor no fim da cadeia, de forma injusta e inaceitável. O paradoxo é que, na verdade, o Estado nem pode intervir diretamente sobre esta pouca vergonha, graças às doutrinas e dogmas do “mercado livre”, impostas pela UE, mas muito aplaudidas pelos três partidos que nos têm governado. 
No fim de contas, os nossos Governos nunca perceberam a agricultura e a sua importância económica e social. Os conhecimentos rudimentares de economia dos nossos governantes das três últimas décadas levam-nos a pensar que uma economia moderna é sinónimo de uma economia de serviços, o mais possível balanceada para o setor terciário. Não entendem que é no setor primário – e na agricultura em primeiro lugar – que reside a base da criação de riqueza, da capacidade produtiva e exportadora do país, a partir da qual poderemos desenvolver os restantes setores. 
Apesar deste mal disfarçado menosprezo pelo setor agrícola, os nossos governos sempre trataram, do ponto de vista legal e fiscal, os agricultores como se fossem apenas empresários como os restantes, não levando em conta o papel central da atividade na fixação, subsistência e até na cultura das comunidades rurais. Temos assim um País e uma Região em desertificação acelerada, em consequência da morte lenta a que foram condenando a atividade agrícola e que leva de arrasto a transformação e, em última instância, os serviços. 
O processo de construção europeia teve, nos Açores, efeitos contraditórios. Apesar do volume de fundos comunitários investidos na Região ter permitido modernizações importantes, a abertura de mercados e a imposição de diversas regras e constrangimentos têm contribuído para sufocar e até destruir a capacidade e competitividade do aparelho produtivo. 
Um exemplo disto são as quotas leiteiras, cujo fim começa a tornar-se uma questão algo académica porque, em boa verdade, estão a ser “progressivamente eliminadas”, com o aumento anual da cota de cada país em 1%. Este processo tem de ser interrompido, senão, em 2015, mesmo que ainda se mantenha o sistema de quotas leiteiras, elas já não terão um papel regulador. Esta situação tem culpados e são PS, PSD e CDS que, não as defenderam nos conselhos de ministros da União Europeia. Em 2008, os ministros da União Europeia reunidos decidiram pelo fim das cotas. Os ministros portugueses – eleitos para defender a região e o país – preferiram calar-se e deixar ganhar os interesses dos grandes produtores da União Europeia. As compensações devidas aos Açores como região ultraperiférica não permitem compensar as dificuldades resultantes da condição insular e arquipelágica. A postura do Governo Regional, infelizmente, tem sido nas questões europeias a da subserviência em alinhamento com os diversos Governos da República.
Defendo a continuidade de todas as iniciativas que visem junto da UE a defesa do regime de quotas leiteiras, mas defendo, também, o aprofundamento do estatuto e prerrogativas das regiões ultraperiféricas, garantindo-lhes os mecanismos que lhes assegurem alguma soberania alimentar e assumindo a proteção das suas produções locais, independentemente do mercado europeu ser ou não excendentário.
Angra do Heroísmo, 27 de agosto de 2012

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 29 de Agosto de 2012, Angra do Heroísmo

Helder Moutinho - Os Artistas da FESTA


O fado desvendado na voz de Helder Moutinho.
Na FESTA ali prós lados do Seixal, na Amora, Quinta da Atalaia

Zeca Medeiros - Os Artistas da FESTA


Pois é! O Zeca Medeiros também vai à FESTA. Os Gaiteiros de Lisboa convidaram.

Adiafa - Os Artistas da FESTA


Os Gaiteiros de Lisboa convidaram os Adiafa para a FESTA

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Canto Daqui - Os artistas da FESTA


Do cancioneiro nacional e tendo como referências José Afonso e Adriano Correia de Oliveira os Canto Daqui vão dar espetáculo na FESTA.

 “Amigos maiores que o pensamento” e dedica então este concerto á evocação destes dois vultos impares da cultura portuguesa .“Usemo-los como pretexto de celebração propulsor da convergência necessária entre todos os que vierem por bem e quiserem lutar por um mundo melhor, porque é tempo de ir para a rua gritar! Cantos velhos, cantos novos; lutas velhas, lutas novas… Unidos pelos tons maiores dos nossos sonhos, pelo arco-íris da diversidade, estaremos juntos e não nos deixaremos esmorecer… mesmo quando os ventos não prestem ou as marés não convenham”.

Cais Sodré Funk Connetion - Os Artistas da FESTA


Na FESTA com os Cais Sodré Funk Connetion.

Memorando, apoios eleitorais e serviço público

O “memorando de entendimento” que o Governo regional celebrou com o Governo da República e que foi tornado público a passada semana vem confirmar os piores receios de muitos açorianos, ou seja, a autonomia açoriana está, à longos meses, a sofrer o maior ataque de que há memória. O memorando de entendimento apenas veio formalizar a suspensão da autonomia pelo período de maturidade do empréstimo que está na base do compromisso entre a República e a Região
O Governo Regional já não tinha como esconder a sua subserviência a Lisboa, subserviência justificada na recusa sistemática aos desafios feitos pela Representação Parlamentar do PCP para que a Região utilizasse as competências autonómicas para minimizar os efeitos do pacto de agressão de que o país está a ser vítima. 
O “memorando de entendimento” agora formalizado com a República é, também, o reconhecimento público da falência das políticas do governo do PS e a assunção de que afinal a célebre frase de Vasco Cordeiro “nos Açores mandam os açorianos” não passou de mais um dos muitos discursos de circunstância para animar as hostes da, cada vez mais, desbotada rosa.
As declarações do PSD e do CDS sobre o “memorando de entendimento” constituem-se como um exercício de hipocrisia política que não posso deixar de registar pois, se dum lado assinou o PS, pelo Governo Regional, do outro lado estão as imposições das condições constantes no “memorando” feitas pelo governo do PSD e do CDS na República.
São os partidos troikistas, o PS, o PSD e o CDS os responsáveis pela suspensão das competências autonómicas, são estes partidos e não outros a que as açorianas e açorianos terão de pedir responsabilidades políticas, são estes partidos e não outros que o Povo Açoriano deverá penalizar nas eleições de 14 de outubro.
A pretérita semana, para além da divulgação pública do “memorando de entendimento”, foi marcada por dois acontecimentos sobre os quais não posso deixar de tecer algumas considerações. 
O PSD, por manifesta falta de credibilidade, não concorre aos 9 círculos eleitorais de ilha. De fora ficou o Corvo onde o PPM conseguiu, pela segunda vez consecutiva, canibalizar o PSD, aconteceu nas autárquicas de 2009 e volta a acontecer nas regionais de outubro, aliás as autárquicas de 2009 constituíram-se como o prenúncio deste forçado apoio do PSD à candidatura do PPM no círculo eleitoral do Corvo.
O Governo do PSD/CDS tornou público qual o destino que quer dar à RTP, SA e o que pensa do serviço público de televisão. As manifestações de indignação não se fizeram esperar e os movimentos nas redes sociais em defesa da televisão pública estão a ganhar crescentes apoios.
Não posso dizer que a solução proposta não me tenha surpreendido. Surpreendeu sim, nunca pensei que a pouca vergonha do ministro Relvas fosse tão longe, embora nunca tenha tido dúvidas sobre a clara intenção do governo da República entregar o serviço público de rádio televisão ao setor privado e que as alterações feitas na RTP Açores e na RTP Madeira eram o prelúdio de algo muito mais grave como agora se pode constatar.
Angra do Heroísmo, 27 de agosto de 2012

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário, 27 de agosto de 2012, Ponta Delgada

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Big Band da Nazaré - Os Artistas da FESTA


Da Nazaré para a FESTA vem uma Big Band.

Triângulos com vértice comum


Terras abençoadas por Deus e esquecidas pelos homens. Isto é o que penso de cada vez que visito as ilhas Graciosa e S. Jorge e, a cada visita se aprofunda mais esse sentimento. É possível fazer mais e melhor pelas chamadas ilhas da coesão, é possível fazer mais e melhor pelo desenvolvimento harmonioso dos Açores.
A aplicação de modelos económicos que privilegiam a dimensão dos mercados e a economia global numa região insular e arquipelágica, onde a dimensão territorial e demográfica são exíguas, só pode estar condenado ao insucesso e provocar distorções e assimetrias ao desenvolvimento.
É tempo de repensar este modelo de desenvolvimento económico, não de reconfigurar a economia regional face às dificuldades que atravessamos, mas de romper, refletida e conscientemente, com um modelo económico que não atende às características da Região, ou seja, necessitamos de encontrar um paradigma açoriano para o desenvolvimento.  
Um modelo de desenvolvimento que limite os constrangimentos da dispersão territorial e a distância aos continentes, um modelo de desenvolvimento que favoreça a comercialização interna da produção regional, um modelo que garanta a sustentabilidade da atividade produtiva (no mar e na terra), um modelo social e economicamente mais justo que promova a coesão territorial, social e económica.
Mas voltando às ilhas a que me referi no primeiro parágrafo. Abençoadas porque de uma beleza e fertilidade peculiares e, no caso particular de S. Jorge a bênção está, também, relacionada com a sua posição geográfica. A ilha do dragão é o vértice, não de um, de dois triângulos. 
A proximidade de S. Jorge ao Pico e ao Faial, o tradicional triângulo, é a mesma proximidade que se verifica entre S. Jorge, Graciosa e Terceira. Um vértice comum a dois triângulos. É assim que vejo S. Jorge quando penso esta parte da Região, quando penso o seu futuro e as dinâmicas de desenvolvimento que podem ser potenciadas na diversidade e complementaridade das ilhas do Grupo Central.
Quanto ao abandono a que os homens, leia-se Governos, as outorgaram nada direi porque tudo está dito – desertificação e empobrecimento.
A história da cabotagem açoriana, verdadeira epopeia marítima dos Açores, está ou estará por fazer, mas não tenho dúvidas que do seu estudo poderão resultar ensinamentos para alguns dos problemas que nos afligem no presente, designadamente, os transportes marítimos de mercadorias e passageiros. 
Foi pelo mar, até ao fim do terceiro quartel do século XX, que os açorianos comerciaram e viajaram, embora por vezes nos pareça que não, tal tem sido a dificuldade em encontrar navios e modelos de transporte marítimo que sirvam de fator de desenvolvimento e motor da economia regional.
A centralidade de S. Jorge tem sido desbaratada, a proximidade das ilhas do Grupo Central anulada com a competitividade alimentada em bairrismos cegos e ardis eleitorais.
Insistir em estratégias de atomização das unidades territoriais da Região e não procurar e potenciar as sinergias e complementaridades entre elas, atendendo às suas especificidades e á sua capacidade e vocação produtiva, é insistir num erro e colocar em causa um dos principais desígnios autonómicos – o desenvolvimento harmonioso da Região Autónoma dos Açores. 
Para evitar qualquer especulação sobre o conceito direi que, no meu dicionário político, desenvolvimento harmonioso não é sinónimo de igualitarismo.
Santa Cruz das Flores, 20 de agosto de 2012

Aníbal C. Pires, In Diário Insular, 22 de agosto de 2012, Angra do Heroísmo

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tempestades


Estou assim, em suspenso. Aguardo a chegada do furacão Gordon. Como eu, estão milhares de cidadãos açorianos, os que vivem mais a oriente que devido à sua localização e ao presumível trajeto do Gordon, sofrerão os efeitos tempestuosos deste fenómeno meteorológico e, todos os outros cidadãos que vivem nestas ilhas do “umbigo” do Atlântico Norte. 
À espera da passagem do furação, quiçá ainda mais preocupados, estão muitos outros cidadãos portugueses que por laços familiares ou apenas por mera curiosidade têm a sua atenção centrada no arquipélago, aliás a comunicação social tem divulgado ao milímetro todo o percurso que o Gordon está a fazer. As previsões são conhecidas e os efeitos serão certamente minimizados pelas medidas preventivas e pelo hábito. Não há um açoriano que não saiba o que tem a fazer em situações como esta, para além de esperar que passe, para se proteger e proteger os seus haveres. 
Ao longo da história dos Açores passaram muitos furacões e tempestades tropicais, sentiram-se muitos terramotos e aconteceram muitas erupções vulcânicas, os vestígios estão por aí, Nós também.
Bem mais avassaladores que os fenómenos naturais são, todavia, as decisões dos homens. Os barcos partiam cheios de trigo e a fome grassava no seio do povo que o cultivava, a este facto da história açoriana outros se podem juntar passados em qualquer rincão do espaço português. Os sacrifícios recaem sempre sobre os mais desfavorecidos. Apesar da evolução social que se verificou em Portugal e no Mundo, pela qual muitas lutas se travaram, continuamos a assistir à velha receita.
Por mais devastadora que seja a passagem do Gordon pelos Açores não provocará, por certo, tantos estragos como as medidas políticas de austeridade que nos últimos meses se abateram sobre os portugueses e, em particular, sobre os povos insulares. 
E se o Gordon não pode ser combatido e derrotado, a natureza disso se vai encarregar, a tempestade neoliberal que se abateu sobre Portugal pode ser combatida e derrotada, assim o queiram e decidam os povos.
Em outubro, mais precisamente no dia 14, os açorianos têm uma oportunidade para dizer: basta. Nesse dia os açorianos têm oportunidade de mostrar aos protagonistas das políticas que mergulharam o país nesta dramática crise que estão fartos, que querem mudar, que exigem mudar, que não se satisfazem com a mudança de protagonistas, que querem mudar de rumo, mudar de modelo de desenvolvimento.
A 14 de outubro os açorianos têm oportunidade de dizer que não querem continuar a adiar o futuro.
Ponta Delgada, 19 de agosto de 2012

Aníbal C. Pires, In Jornal Diário, 20 de agosto de 2012, Ponta Delgada

An X Tasy - Os Artistas da Festa


Os An X Tasy são algarvios e vão estar na Festa.

A NAIFA - Os Artistas da Festa


A partir de hoje tem início a divulgação dos artistas da Festa
A ordem é alfabética e começamos com "A NAIFA"

domingo, 19 de agosto de 2012

Cruz... em agosto


Por motivos alheios à minha vontade - quem me dera libertar-me do tempo - a primeira publicação de agosto só acontece hoje.
Trago-vos, diretamente do blogue "E Deus Criou a Mulher", uma Cruz de seu nome Mónica.
Sim, é irmã da Penélope.