quarta-feira, 30 de abril de 2008

Para quem tinha dúvidas... elas descongelaram!

Após alguns episódios que me coíbo de comentar, mas dos quais os educadores e professores devem tirar as devidas ilações, eis a reafirmação do descongelamento do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira.
Os educadores e professores na Região Autónoma dos Açores pela luta, capacidade, representatividade e combatividade do Sindicato dos Professores da Região Açores recuperaram o tempo de serviço que esteve congelado entre 31 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de 2007.
Uma vitória do SPRA!
Uma vitória dos educadores e professores dos Açores!
Uma vitória de quem não se resigna!
Para saber mais aceda a http://www.spra.pt/

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A religiosidade e a identidade açoriana

As manifestações de fé do povo açoriano e as suas peculiaridades estão, segundo alguns autores, estritamente ligadas aos cíclicos e violentos cataclismos naturais de origem vulcânica e sísmica e, sem dúvida que a religiosidade deste povo ilhéu é um dos pilares da sua identidade.
A transversalidade da devoção ilimitada ao Divino Espírito Santo e ao Senhor Santo Cristo dos Milagres que ultrapassa as fronteiras das ilhas e as Romarias Quaresmais, estas confinadas à Ilha de Miguel, constituem uma demonstração de fé com características únicas nos Açores e em Portugal.
Se a devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres atravessa toda a sociedade açoriana residente e da “diáspora” é, sem dúvida, no culto do Divino Espírito Santo que a religiosidade dos açorianos mais genuinamente se manifesta.
Embora existam algumas referências a festividades com características similares noutros contextos – designadamente em França – as Festas do Espírito Santo constituem em grande medida um traço específico da cultura popular portuguesa.
A sua origem, segundo alguns autores e de acordo com um conjunto de narrativas eclesiásticas seiscentistas, é geralmente situada no séc. XIV, em Alenquer, e atribuída à Rainha Santa Isabel.
Tendo conhecido no continente português uma ampla difusão – particularmente no centro e sul – as Festas do Espírito Santo irradiaram para os territórios povoados e colonizados pelos portugueses.


Mas foi aqui, no arquipélago dos Açores, que as festas em louvor do “Divino” conheceram um desenvolvimento mais importante e onde guardam intacta a sua relevância.
As festas do Espírito Santo, enquanto conjunto de manifestações culturais, memórias e tradições, são partilhadas por todos os açorianos e constituem um dos maiores senão o maior sustentáculo de uma identidade açoriana.
O culto do Divino do Espírito Santo é comum a toda a Região e às comunidades de emigrantes açorianos, em particular as dos Estados Unidos, Canadá e Sul do Brasil.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Amor em Abril

Em Abril
As lágrimas
Soltaram-se
Dos teus olhos
Rolaram pela tua face
O choro embargou-te a voz
Mas o teu semblante
Irradiava uma alegria incontida
Abraçaste-me, Mãe
Chorei contigo
A tua exultação prenunciava
Que os teus receios, os teus medos
Que cresciam comigo
Findavam
Naquele Abril

Sabes, Mãe
Nunca mais deixei
De celebrar o teu Amor em Abril
E... por Ti, Mãe
Fiz-me um dos homens
Que Nunca
Nunca deixarão
Abril morrer

A solidariedade num abraço de Abril


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Vale a pena

O Governo Regional bem tentou, aliás como aqui fiz referência, mas a determinação do SPRA e dos seus dirigentes foram mais fortes e o que estava congelado (tempo de serviço) vai ser descongelado.
Ganharam os educadores e professores!

Perdeu quem aceita, resignadamente, as inevitabilidades do poder.
Ganhou o sindicalismo!
Perderam os seus detractores!
Resistir é já vencer!

Consultem o site do SPRA (http://www.spra.pt/)

sábado, 19 de abril de 2008

Para ti, para nós

Careço do tempo
Que se esvai
Inexoravelmente
E não se fixa
Num momento
… Em momentos

Careço de tempo
Para mim
Para que haja
Tempo
Para ti
Para nós

Boa governança, segundo o PR (vulgo Sr. Silva)

Ficámos a saber, pela voz autorizada do Presidente da República, que a Madeira é um exemplo de boa governança!

Pois!!!
Segundo o Sr. Silva (como é conhecido na Madeira) o défice democrático, as desigualdades sociais, a pobreza e a exclusão são coisas de somenos importância, senão mesmo invenções dos "loucos" da oposição, face à obra feita de Alberto João Jardim.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

"Galarós" e "Carapaus de Corrida"

Soube-se hoje a data - 24 de Maio - de uma inevitabilidade!
Luis Flipe Menezes demitiu-se e convocou eleições directas para a liderança do PSD.
A luta é entre os "galarós" e os "carapaus de corrida"! Há quem lhe chame "barões" mas, a "nobreza" é coisa em desuso no seio dos dirigentes deste partido a quem o PS de José Sócrates tomou o lugar.
Que importam os projectos políticos onde o mediatismo e os interesses atomizados imperam!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Currículos Regionais mais um expediente do SREC

É do domínio público, que já no presente ano lectivo um número considerável de Unidades Orgânicas da Região introduziram profundas alterações curriculares com base em sugestões dadas durante uma reunião do Conselho Coordenador do Ensino Público pelo Secretário Regional da Educação e Ciência.
É, igualmente, do domínio público que essas alterações foram “cobertas” legalmente pelos diplomas da Autonomia e da Inovação o que levanta algumas dúvidas sobre esses procedimentos, em virtude, de as alterações que foram introduzidas ferirem princípios consagrados na Constituição da República e na Lei de Bases do Sistema Educativo.
Quanto ao conteúdo da proposta carece, igualmente, de alguns esclarecimentos pois as alterações propostas diferenciam profundamente o currículo regional do currículo nacional e contém implicações ao nível das condições de trabalho dos docentes.
Assim,
Considerando que o DLR n.º 15/2001/A, de 4 de Agosto, é bem claro quanto aos princípios orientadores ao referir no seu ponto 3, alínea a) que: - “Respeito integral pelo currículo nacional correspondente.”;
Considerando que as experiências pedagógicas estão enquadradas no DLR n.º 7/2006/A, de 10 de Março, limitando-as no tempo e no número de turmas por unidade orgânica, constituindo assim um impedimento à sua generalização;
Considerando os objectivos do Ensino Básico, consagrados na Lei, são inexequíveis com as alterações propostas e que os conteúdos de índole regional ali estão explícitos;
Considerando que a proposta aumenta a carga horária dos alunos do Ensino Básico e extingue áreas curriculares não disciplinares e altera o desenho curricular das áreas disciplinares;
Considerando, ainda, que as alterações ao desenho curricular do Ensino Básico devem ocorrer após uma avaliação do modelo em vigor e de uma discussão pública envolvendo todos os agentes educativos.

As perguntas são: - Porque é que o SREC continua a insistir nos expedientes e não num amplo debate sobre o desenho curricular para o ensino básico?
- Porque é que o SREC continua a insistir na demagogia e no manobrismo ao invés de, como seria desejável, promover o diálogo participado?
A legitimidade eleitoral não cobre expedientes, nem permite impor políticas e medidas que não foram, de todo, sufragadas.
Até quando temos assistiremos, serenamente, à destruição da Escola Pública nos Açores pela mão do SREC e com o beneplácito de um órgão que se sendo formalmente representativo da comunidade educativa mais não faz do que abençoar, de forma normalmente acrítica (vivam as excepções), as proposta de Álamo de Menezes.
Até quando!!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Intolerável!

Então não é que o governo se prepara para discriminar os educadores e professores!
Pois é, na proposta de Decreto Legislativo Regional, apresentada pelo Vice-presidente do Governo Regional aos sindicatos da administração pública regional, que visa a adaptação à Região do novo Regime de Vinculação, Carreiras e Remunerações os docentes ficam de fora.
O governo propõe, sendo de justiça a este facto não deve ser alheio este ser um ano eleitoral, que todos os trabalhadores da Função Pública nos Açores, com 2 anos de serviço, excepto os docentes, integrem os Quadros de Ilha com Nomeação Definitiva, bem assim seja relevado, para efeitos de progressão de carreira, o tempo de serviço do congelamento desde Agosto de 2005 até 31 de Dezembro de 2007.
É inaceitável!
É intolerável!
Ao que parece o Governo Regional está a querer ver novamente os educadores e professores nas ruas a agitar as bandeiras da indignação!
Álamo Menezes bem pode ir preparando uma reformulação da sua estratégia para garantir a paz social. Pois, ao que parece, Sérgio Ávila veio introduzir um factor de instabilidade no seio da classe docente e, é bom lembrar que os docentes ainda há bem pouco tempo demonstraram que não aceitam de bom grado os "bom-bons" do estatuto regional.
Não ter quotas e ter uma carreira única, não é tudo!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Inaceitável!

Todos os residentes nos Açores compreendem que as intempéries por vezes pregam algumas partidas e a chegada pode não ser exactamente na data e hora previstas. Nada a fazer contra as condições meteorológicas adversas a não ser esperar (e exigir) que as transportadoras aéreas façam aquilo que têm de fazer: cumpram as normas de segurança e garantam os direitos dos passageiros.
Assim devia ser, mas a impreparação da generalidade das companhias aéreas para lidar com as contingências do mau tempo - que por vezes deixa centenas de pessoas em terra e à beira de um ataque de nervos com a leviandade e ligeireza com que são “abandonadas horas e horas à sua sorte no desconforto e impessoalidade das aerogares - é inaceitável.
Acerca de uma semana quando faltavam cerca de 30mn para a ansiada chegada a Ponta Delgada o comandante do voo S4 129 informou os passageiros que as condições atmosféricas em Ponta Delgada não permitiam a aterragem e que o regresso a Lisboa era inevitável. Conformados e aliviados pois todos tínhamos consciência, quando partimos, que só com uma acelerada dinâmica dos céus açorianos a tempestade que assolava as ilhas nos deixaria chegar ao nosso destino.
À chegada a Lisboa e quando esperávamos um rosto da SATA para nos informar de qual o nosso destino para as próximas horas eis que temos como interlocutores duas imberbes e inoperantes funcionárias com o uniforme da TAP mas, em representação da Groundforce (companhia de handling que resultou da segmentação da TAP). Fomos informados que seriámos alojados num hotel da Costa da Caparica e que teríamos de estar às 7h da madrugada no Aeroporto pois a reposição do voo estava prevista para as 9h. Passada uma hora à espera e após muita pressão lá apareceu a bagagem dos 88 passageiros que por essa altura já estavam em desespero pela inoperância do sistema, pela incompreendida ida para a Costa da Caparica àquela hora da madrugada (1h 15mn) e, sobretudo, por não terem ali um interlocutor da SATA capacitado para tomar decisões. Entrados depois das 2h no hotel de onde saímos pelas 6h 30mn para o Terminal 2, ali permanecendo em situação de “detenção/prisão”, às ordens da SATA, até cerca das 17h, hora a que o embarque se efectuou e reiniciámos viagem para Ponta Delgada.
É lamentável e inaceitável que uma companhia aérea que culturalmente é açoriana não esteja devidamente preparada para lidar com situações que, nos Açores, não são meras contingências face à frequência com que o tempo nos prega partidas, impedindo-as.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Regresso

Fora da ilha
na capital,
penalizado pela intempérie
que assolou a Madeira, os Açores e o continente
e pela impreparação das companhias aéreas
em lidar com “crises” provocadas por condições meteorológicas adversas
De regresso às ínsulas açorianas e à blogosfera
com novas imagens
uma ligação à música de intervenção (vale a pena)
um ou outro texto
e o que mais se verá

sexta-feira, 4 de abril de 2008

É tempo de mudar, alterar equilibrar

As alterações no quadro político regional são desejáveis e possíveis pois do que se trata, em primeira instância, é de eleger deputados e de reequilibrar a representação partidária na Assembleia Regional, ou seja, retirar poder a quem tem de mais e dele faz um mau uso, dar mais pluralidade àquele órgão elegendo deputados que não se limitem a fazer coro com a maioria, ainda que num tom mais acima ou mais abaixo. Deputados que possam, tal como aconteceu entre 1984 e 2004, fazer a diferença na forma como exercem os mandatos para que são eleitos mas, sobretudo a diferença nas propostas alternativas ao actual modelo de desenvolvimento que tem vindo a ser implementado pelo PS Açores, com o beneplácito do PSD e do PP Açores.
As políticas públicas têm de favorecer o desenvolvimento harmonioso, o quadro financeiro, sendo favorável não pode nem deve ser desperdiçado com a alienação de património comum ou, hipotecando o futuro a modelos de financiamento anacrónico de obras públicas, como seja o caso das SCUTS de S. Miguel e do novo Hospital de Angra do Heroísmo.
As denominadas ilhas da coesão precisam mais do que obras de betão e asfalto. As ilhas da coesão necessitam de políticas públicas que acautelem o futuro com medidas e planos integrados que favoreçam a fixação e captação de população e dos meios que potenciem as particularidades das suas economias.
No presente continua a verificar-se a existência de um forte sector produtivo assente na agropecuária e na pesca garantindo a necessária e desejável sustentabilidade à economia regional. Sectores que, em minha opinião, devem ser objecto de políticas públicas adequadas e ajustadas à sua importância. Paralelamente a diversificação da economia regional deve ser igualmente objecto de uma política que a favoreça sem que se caminhe para a sua pulverização. A desejável e necessária diversificação dos sectores económicos deve ter em conta a complementaridade e não procurar os caminhos ínvios da substituição de um sector dominante por outro.
É tempo de mudanças e de um novo rumo para os Açores. É tempo de procurar o caminho do desenvolvimento harmonioso e da justiça social. É tempo de mudar, de alterar, de equilibrar.
Ponta Delgada, 29 de Março de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Prevenção do alcoolismo ou como prolongar a noite até mais não poder

Há coisas que só mesmo vendo para crer e eu que até não sou, por natureza, um céptico. Mas esta… só mesmo vendo.
Ontem quando entrei na sala de aula deparei com duas jovens de bata branca e com um estendal de frascos e frasquinhos, sacos e saquinhos em cima daquilo que costuma ser a mesa que me serve de suporte durante a actividade lectiva.
Primeiro julguei que me tinha enganado! Estava meio combalido por uma virose que me atormentou nos últimos dias e era o primeiro dia de aulas após a interrupção da Páscoa e nada mais natural do que um engano.
Mas não! Era mesmo ali as meninas lá se encarregaram de me dizer que podia entrar.
Depois de saber quem eram e ao que vinham lá fui abrir a porta aos alunos que foram entrando a conta gotas. São alunos do tal PERE e nem aos outros quanto mais a estes se pode recusar a entrada, não vá o diabo tecê-las.
Bem! Vamos lá ao que interessa e deixemos o acessório.
As meninas são de uma organização que tem um protocolo com o Governo e estavam ali para fazer uma acção de prevenção sobre o consumo de álcool.
Muito bem! Pensei para comigo cá está um dos tais “programinhas” do governo regional de “Prevenção Contra o Mau Uso e Abuso de Substâncias Psicoactivas”.
A abordagem foi interessante, as raparigas boas… comunicadoras, o conteúdo… mais ou menos quanto ao objectivo… Bem! Quanto ao objectivo depende do ponto de vista.
Se os objectivos forem:
- aprender a beber com moderação;
- aprender como é que podes prolongar o tempo até ficares completamente embriagado, dependendo da massa corporal, do género, ou dos alimentos sólidos que ingerires antes e/ou durante a ingestão de álcool.
Então, não tenho dúvidas, os objectivos foram completamente atingidos.
Parece brincadeira mas não é!
Nunca, em momento algum foi dito que o álcool não devia ser consumido. Ponto!
Aliás os exemplos referenciados às saídas com os amigos às sextas à noite, a um jantar uma festa, etc., foram sempre acompanhados com a frase: -“É claro que não vais beber leite ou água”.
Mas porque não!? O que não é obrigatório é ingerir bebidas alcoólicas. Agora água, sumos, refrigerantes… Porque não!?
Fiquei a perceber a profundidade e o rigor da designação do Programa do governo regional na prevenção primária das toxicodependências quando se refere ao mau uso. A forma como esta acção é ministrada demonstra que afinal há um bom uso.
Estou aí para ver quando vierem fazer a acção sobre o mau uso do haxixe, da cocaína e da heroína.